Half Of My Heart escrita por oicarool


Capítulo 1
Capítulo 1




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O sol bateu no rosto do moreno, que ao longe avistava seu novo futuro. Era a primeira vez que Darcy Williamson voltava ao Brasil depois de sua adolescência, e mal podia crer no objetivo que o trouxera para um país tão distante. Esfregou as mãos tentando conter a ansiedade que fingia não sentir.

Darcy era um descendente do império dos Williamson, e seu pai e sua tia vislumbravam um futuro promissor de seu legado no Brasil. Fora enviado para as melhores escolas e universidades, e preparado desde muito novo para os negócios. Beirando seus trinta anos, Darcy era agora um estrategista implacável, e sua fama e nome já o precediam na Inglaterra.

Mas seu objetivo agora era enorme. Desembarcava no estado de São Paulo para cumprir um compromisso assinado antes de seus dez anos, planejado pela visão empreendedora de seu pai, que vislumbrava a união das ferrovias e do café, a união dos Williamson com o legado do Barão de Ouro Verde.

Camilo Bittencourt aproximou-se de Darcy, seus olhos no oceano à sua frente e nas terras que já podiam ser vistas ao longe. Camilo era o melhor amigo de Darcy, um brasileiro, filho de uma das maiores produtoras de café do Brasil, Julieta Bittencourt. Se conheceram na Europa, ambos estudando administração, preparados por seus pais para assumir os negócios um dia.

— Quem diria, meu amigo. Darcy Williamson no Brasil, e não é com o objetivo de cair na farra. Está preparado?

— De forma alguma. – confessou, com um riso fácil. – Se pudesse adiaria esse compromisso pelos próximos trinta anos, mas não conseguiria levar meu pai e minha tia na conversa por todo este tempo.

— E nem Ema. – Camilo sorriu. – Sua noiva.

— De fato. A moça parece bastante ansiosa por nossa união. – deu de ombros.

— E você não parece impressionado com a ideia. – o mais novo riu alto.

— Você me conhece, Camilo. Não há porque negar que já estive com mulheres das mais diferentes classes sociais e nacionalidades. Não há nenhuma razão para acreditar que Ema seja diferente de tantas outras.

— É uma boa moça, de boa família. Minha mãe diz que é herdeira de mais terras do que pode sonhar.

— Acredito. Ema parece ser uma moça virtuosa, de princípios. Por suas cartas, é uma moça agradável e sonhadora. Mas você sabe muito bem que nenhum desses motivos é o que me leva a desposá-la.

— Me admira você, meu amigo, tão dono de seus caminhos, submeter-se a um casamento de conveniência.

— Camilo, é um casamento como qualquer outro. Como o dos meus pais, ou dos seus. As aspirações românticas são para os tolos.

— Como seu amigo aqui. – Camilo sorriu abertamente.

— Exatamente. – Darcy bateu em suas costas. – Para um tolo que acredita que ter uma mulher só é melhor do que ter todas elas à disposição.

— Prefiro ter uma mulher a quem ame, do que procurar na rua o que não terei em casa. – ele deu de ombros.

— Você ainda é jovem, Camilo. Os homens e as mulheres tem necessidades que o casamento não é capaz de suprir. É mais fácil admitir esta realidade do que aguardar uma mulher ideal que una os prazeres com as obrigações. – Darcy riu.

— Meu amigo, sua frieza inglesa é a responsável por esta falácia. Torço para que se apaixone por Ema e seja feliz em seu casamento.

— Acho improvável que me apaixone, meu caro. Torço apenas para não odiá-la. Ou pior, que ela me odeie.

— Se não disser a ela suas impressões a respeito de casamento, imagino que ela não terá motivos para odiá-lo.

— Nunca se sabe, Camilo.

A verdade é que precisava seguir os planos de seu pai, ainda que sentisse que havia muito o que viver. Não sentia-se bem em roubar as chances de felicidade da moça que fora prometida à ele. Sabia, por suas cartas, que Ema era uma moça romântica, que depositava grande esperança na união dos dois. E por tudo isso, duvidava que fosse ser surpreendido em seu encontro com ela.

Darcy era um homem experiente com as mulheres, e Ema não trazia a ele qualquer desafio. Era uma moça previsível, que obviamente sabia se portar diante de um cavalheiro, que em anos de correspondência jamais fora indiscreta ou ousada. Sabia, de antemão, que não a escolheria, caso houvesse a possibilidade.

Mas se esforçaria para ser um marido dedicado, para que tivessem uma união agradável, quem sabe um filho ou dois. Tentaria ser respeitoso o suficiente, e sabia que era capaz de ter carinho pela futura esposa, quem sabe até amá-la um dia. E esperava que Ema e o Vale do Café o surpreendessem.

##

Elisabeta Benedito observava a melhor amiga, Ema Cavalcante, arrumar seus cabelos no espelho. Ainda segurava a última carta do lorde inglês com quem sua amiga se casaria nas mãos, incrédula ao observar seu conteúdo.

Elisabeta era a irmã mais velha entre cinco. Seus pais, Ofélia e Felisberto, eram de uma família humilde do Vale do Café, e a todos surpreendia a amizade sincera entre os Benedito e os Cavalcante. De idade semelhante, ela e Ema eram como irmãs, e passaram a infância e a adolescência nos cafezais.

Ema era herdeira de grandes lotes de Terra, sendo neta do Barão de Ouro Verde, um dos maiores produtores de café do país. Seu pai, Aurélio, dedicara sua vida à botânica, aperfeiçoando as mais diversas técnicas com o intuito de tornar as fazendas da família uma referência mundial no grão.

— Deixe de julgar tanto, Elisabeta. – Ema revirou os olhos, encarando a amiga pelo espelho. – Ele é apenas contido.

— Contido? – Elisabeta encarou o papel. – Ele respondeu uma carta de cinco páginas com meia.

— Darcy é assim, Elisa. Um homem de poucas palavras, mas muito educado e sincero. E em breve o conheceremos pessoalmente.

— Eu não consigo acreditar que você siga com essa loucura, Ema. – Elisa levantou-se, andando pelo quarto. – Logo você, a maior casamenteira do Vale do Café, a pessoa mais romântica que conheço?

— E quem garante a você que não posso amar meu marido? Que ele não possa se apaixonar por mim?

— Minha amiga, não muda a realidade de que você está se casando por um compromisso entre o seu avô e o pai de seu noivo, e não por sua escolha.

— Mulheres como eu não tem tal escolha, Elisa. – ela sorriu, triste. – E eu gosto de me corresponder com Darcy. Espero gostar dele quando o conhecer.

— E quando ele chega?

— Deve chegar ao Vale do Café em alguns dias. Vovô gostaria de oferecer um baile para Darcy na próxima semana.

— Minha amiga, só quero que você analise bem antes de criar tantas ilusões. Lembre-se que não o conhece. Pode ser tudo o que você imagina, ou pode ser um homem completamente diferente do que espera.

— Eu não acredito, Elisa. Darcy nunca me fez promessas de amor. Nunca fingiu sentimentos. Eu o admiro por isso.

— Mas Darcy faz com que você esqueça de...

— Não fale o nome dele. – Ema a cortou. – Sabe bem que é um assunto proibido entre nós. Ele foi embora, Elisabeta.

— Sinto muito, Ema. Apenas gostaria de vê-la casando-se com um homem que realmente fosse capaz de mexer com seus sentimentos.

— Mas não verá. Espero me apaixonar por meu marido, e espero amá-lo, mas não tenho expectativas quanto a casar-me com um homem por quem nutro mais do que respeito ou início de afeto.

— Gostaria que as coisas tivessem sido diferentes.

— Eu também, Elisa. Mas não foram, e a verdade é que Ernesto virou as costas sem olhar para trás. Não considerou nossa história, tudo o que vivemos.

— Eu entendo, Ema. Entendo sua mágoa. Mas Ernesto não traiu sua confiança. Aquele maldito italiano sempre foi sincero quanto à seus sonhos e planos, assim como você foi ao dizer que não abriria mão do acordo de seu avô.

— Pare de defendê-lo, Elisabeta. – Ema bufou. – Sabe bem o quanto o amei, e espero esquecê-lo. E com sorte, Darcy será a distração perfeita. Você viu as fotos dele.

Ela havia visto, e nunca confessaria à amiga, mas havia ficado impressionada. Tanto, a ponto dos olhos claros do inglês as vezes assombrarem seus pensamentos. Lera todas as cartas que Ema e Darcy trocaram nos últimos anos, e ficava cada vez mais surpresa com o conteúdo delas. Cada vez mais intrigada com o tipo de homem que Darcy Williamson era.

Era um homem de palavras diretas, e por mais que soubesse que não devia, procurava pistas sobre ele nas correspondências. Sobre seu passado, sua carreira, o que o pai e a tia esperavam dele. Sabia que era honesto com Ema a respeito de sua ausência de sentimentos. Jamais dera a amiga de Elisabeta qualquer esperança quanto a algo que não sentisse.

Era claro quanto a certeza de que o casamento era o melhor para os dois, de que suas famílias se beneficiariam. Mas jamais falou à Ema sobre amor, sobre estar encantado com ela, sobre querer conhecê-la. Darcy era sério e pragmático, focado em seus objetivos e negócios.

— Elisabeta? – Ema chamou, interrompendo seus pensamentos.

— Perdão, o que disse?

— Que Darcy é um homem bem apessoado e elegante, ao menos por suas fotos.

— De fato, minha amiga, e espero que seja mais do que isso. Espero que seja um homem honrado e capaz de fazê-la feliz.

Ema balançou a cabeça, e o silêncio tomou conta do quarto. Elisabeta leu mais uma vez as palavras de Darcy, observando cada traço de sua caligrafia. Esperava que pessoalmente Darcy se mostrasse um homem um pouco diferente, pois duvidava que visões de mundo tão opostas pudessem se complementar.

Mas restava a ela aguardar a chegada do inglês e o encontro de sua amiga com o prometido. Talvez finalmente conhecendo Darcy, Ema percebesse que seus sentimentos por Ernesto não eram passageiros e que era uma loucura levar em frente um casamento por conveniência.

##

Dias depois...

 

A música clássica tomava conta da sede da Fazenda Ouro Verde. O Barão recepcionava os convidados com um raro bom humor, e Aurélio transitava entre os grupos, tentando deixar todos o mais a vontade possível. Ema mantinha um sorriso no rosto, apesar da ansiedade que extravasava por todos os seus poros.

Finalmente chegara o grande dia de conhecer Darcy, o homem a quem fora prometida ainda na infância. Durante a maior parte de sua vida correspondeu-se esporadicamente com Darcy, mantendo viva a certeza de que no momento oportuno levariam o compromisso adiante.

Não era amor, e Ema sabia disso como ninguém. Mas era parte de seu destino e parte dos planos do Barão, e não era uma opção desistir. Nunca fora uma opção desistir, mesmo quando seu coração foi arrebatado por um italiano de olhos gentis e comentários sagazes.

Tentou evitar a pontada de tristeza que sentia ao pensar em Ernesto Pricelli, o italiano de modos bruscos que conquistara seu coração enquanto trabalhava para seu avô. O conhecera na adolescência, e o amara como não sabia ser capaz. Mas os planos de Ernesto eram ganhar o mundo, e os seus já estavam traçados desde muito cedo.

Meses antes Ernesto partira em direção à São Paulo, e foi com resignação que Ema aceitou seu destino. Agora torcia para que fosse capaz de se apaixonar pelo futuro marido, embora não houvesse uma célula em seu corpo que não sentisse a falta diária do Carcamano.

Ema direcionou seus olhos para a porta a tempo de ver a chegada daquele que tanto esperava. Observou quando Darcy cumprimentou seu avô com um sorriso fácil, antes de seus olhos encontrarem os dela e o sorriso ficar mais largo.

— Senhor Darcy! – o Barão saudou. – Estávamos à sua espera. Como está seu pai, aquele inglês pão duro de uma figa?

— Muito bem, Barão. E o senhor? Como tem passado?

— Melhor agora que o senhor veio conhecer a minha neta. Ema! Ema! – o Barão gritou.

— Estou aqui, vovô. – ela se aproximou, divertida. – Senhor Williamson. – o cumprimentou.

— Senhorita. – Darcy se aproximou, segurando a mão de Ema e a levando aos lábios. – Finalmente nos conhecemos.

— Pois é quase como se já nos conhecêssemos, depois de tantos anos de correspondências. – Ema sorriu.

Estava impressionada com o sorriso e a educação de Darcy, e com o conforto instantâneo que sentiu ao encontra-lo. Era realmente como se já o conhecesse, como se fossem amigos que não se viam há algum tempo.

— Aurelinho! – o Barão gritou novamente. – Venha conhecer o seu genro!

— Vovô! – Ema ralhou. – Por favor, perdoe os modos de meu avô, Senhor Darcy.

Aurélio se aproximou, cumprimentando Darcy e iniciando uma conversa monótona a respeito de negócios. Ema manteve-se imóvel, tentando sorrir o máximo que podia. Trocava olhares divertidos com Darcy durante a conversa, mas de repente o burburinho de vozes chamou a atenção de todos.

Ofélia e Felisberto Benedito chegavam à festa acompanhados das filhas, ou ao menos, de quatro delas. Conversavam em voz alta, como sempre faziam quando estavam em família, e ficava claro que discutiam sobre alguma amenidade relacionada à Lídia, a filha mais noiva.

— Dona Ofélia, Senhor Felisberto. – Ema os chamou, com um grande sorriso. – Por favor, quero apresenta-los ao Senhor Darcy Williamson.

— Um prazer conhece-lo, senhor. – Felisberto cumprimentou Darcy, seguido por Ofélia.

— Seu avô fez um bom negócio, hein? – a matriarca dos Benedito disse, com sua forma naturalmente indiscreta. – É um pedação de mau caminho o seu prometido. – Ema corou.

— Muito obrigado. – Darcy abriu um sorriso galante. – E estas lindas moças, quem são?

— Essas são minhas joias. Jane, Mariana, Cecília e Lídia. – Ofélia foi apontando uma a uma, que receberam sorrisos de Darcy. – E ainda tá faltando a mais velha, mas aquela ali nunca sei onde está. Sabe de sua amiga, Ema?

— Esperava que chegasse com vocês. – Ema deu de ombros. – Mas sabe como é Elisabeta, dona Ofélia. Logo, logo, ela aparece.

— O que é que estão falando de mim? – a voz de Elisabeta soou atrás das irmãs, que deram espaço para a sorridente mais velha se aproximar.

O sorriso de Darcy paralisou ao ver a recém chegada, e sentiu seu coração pular uma batida. Engoliu em seco ao ver o bonito sorriso da moça, seus olhos rapidamente passeando por seu rosto e seu corpo. Os olhos de Elisabeta encontraram os seus, e teve a estranha sensação de que o mundo estava parado.

— Elisa, este é Darcy. – Ema observou, curiosa.

Elisabeta não esboçou reação quando Darcy se aproximou, mas sentiu um arrepio percorrer seu corpo quando a mão quente dele tocou na sua, e não pode evitar fechar os olhos e prender a respiração quando os lábios de Darcy tocaram em sua mão.

— É um prazer conhecê-la. – ele disse em voz baixa, com os olhos nos dela.

Todos os presentes pareciam distraídos em uma animada conversa, mas os olhos de Ema não perderam aquela interação. Não deixaram passar o rubor no rosto de Elisabeta, ou os segundos a mais que Darcy levou para soltar sua mão, nem o desconcerto da amiga e o fato de que os olhos dos dois não saiam um do outro.

Elisabeta sentia-se estranha. Sabia que era o dia de conhecer o prometido de Ema, mas não imaginava que os olhos dele fossem ainda mais magnéticos do que nas fotos que vira com Ema. Não esperava que seu corpo seria tomado por um calor desconhecido, ou que seus pensamentos pudessem tão rapidamente fugir para locais proibidos.

Seus olhos fugiram dos dele e encontraram os de Ema, que continham um brilho curioso e divertido.

— Senhor Darcy, agora terá que nos dar licença. – Ema disse, de súbito. – Preciso que minha amiga me ajude em uma tarefa muito importante.

E Elisabeta não protestou quando Ema a segurou pela mão, subindo rapidamente as escadas e entrando em seu quarto com a amiga em seu encalço.

— O que foi isso? – Ema perguntou com uma risada, fechando a porta do seu quarto.

— O que? – Elisabeta arrumou o cabelo, ansiosa.

— Estes olhares! – Ema apontou. – Elisabeta, eu não acredito que você quer roubar o meu noivo! – ela gargalhou.

— O que? Você está louca, Ema? Por acaso ingeriu alguma bebida alcoolica na festa?

— Você não me engana, Elisabeta. Eu vi!

— O que você poderia ter visto, Ema? Eu interagi com seu noivo por menos de cinco minutos.

— E foi uma das interações mais intensas que vi nos últimos tempos. – deu de ombros. – Parecia que Darcy ia agarrá-la ali, em meio a todos os convidados.

— Ema! – Elisabeta ralhou. – Você está falando de seu noivo!

— Que não me dirigiu mais do que contidos olhares de amizade. Já para você...

Elisabeta encarou seu reflexo no espelho. Sabia que não adiantaria negar para Ema que algo havia se passado naquele encontro. Ainda sentia o coração acelerado ao lembrar dos lábios dele em uma carícia delicada em sua mão, que formigava. Encarou a amiga, derrotada.

— Eu sabia! – Ema vibrou.   

— Eu não sei o que aconteceu. – Elisabeta bufou. – Era como se os olhos dele estivessem me puxando para outro lugar.

— Não acredito que passei os últimos 10 anos da minha vida trocando cartas com Darcy, e bastou para você um olhar. – ela riu.

— Ema, pare de fazer troça. O senhor Darcy é um homem muito bonito, fiquei apenas impressionada. Aposto que também ficou.

— É claro, é um homem realmente muito bonito. Como disse sua mãe, um pedaço de mau caminho. Mas me parece que você está mais disposta do que eu a percorrer este caminho.

— Ema! Você está impossível. – Elisabeta corou. – Vamos voltar para a sua festa. O seu prometido deve estar a sua espera.

Sem deixar Ema reagir, Elisabeta se dirigiu à porta.

— Ou a sua. – Ema a cutucou ao chegar ao pé da escada.

E quando puderam avistar o salão, seu olhar encontrou o de Darcy à distância, fazendo Ema rir baixo, cutucando-a novamente. Automaticamente Elisabeta sentiu o coração acelerar e seu rosto corar. Darcy percorreu o corpo dela com o olhar, sem qualquer cerimônia, sem nenhuma tentativa de esconder o que fazia, fazendo um calor tomar conta do corpo de Elisabeta.

Os olhos dele voltaram aos dela, e ele piscou discretamente, sorrindo em seguida. Se havia ainda alguma dúvida a respeito do tipo de homem que Darcy era, estava respondida. Era sincero e objetivo também pessoalmente, e tudo naquele homem fazia com que entrasse em alerta.


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