Eres mi secreto - Tda escrita por Débora Silva


Capítulo 14
14 - "A verdade!"




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Foram horas maravilhosas ali sendo estrela e sempre que podia Heriberto ia até Victória e a beijava sem cerimônia, a apertava e ela sempre se afastava não queria que eles fossem manchete e algo acontecesse com ele ou com Maria pelo simples fato de estarem ao lado dela. Ele ria e não ligava queria que ela entendesse que ele estava ali para ela e mesmo com Luciano rondando ele não estava nem ai sabia que aquele noivado era apenas fachada que ele iria arrancar dela na hora certa.

Maria foi à estrela da noite e quando o desfile terminou as duas deram muitas entrevistas e quase uma hora e meia depois de tudo terminado os três saíram dali para a conversa de suas vidas... Heriberto achou melhor levar as duas para sua casa sabia que o que iria contar a elas mudaria tudo naquele momento. Quando entraram em casa tinha lasanha no forno e eles jantaram primeiro como uma família com Maria sempre recebendo o afago de sua mãe.

Depois de jantarem eles sentaram no sofá as duas uma do lado da outra e Heriberto frente a elas era a hora da verdade e ele sabia que poderia perder as duas no momento em que abrisse a boca, mas não tinha jeito ou ele fala ou fala. Respirou fundo e começou...

— Eu quero que me ouçam antes de qualquer coisa, antes de qualquer julgamento a minha pessoa! - as duas deram a mão sabia que não seria fácil. - Eu era jovem quando tudo aconteceu e estava de ferias lá naquela fazenda... - suspirou somente de lembrar se arrepiava. - Meu quarto era mais afastado por isso quando ouvi os gritos já era tarde demais, mas não totalmente tarde já que Maria ainda estava ali e viva...

O corpo de Victória tremia com aquelas palavras era como reviver e ver a filha ser cortada na garganta e logo em seguida o tiro que quase arrancou sua vida com ela caindo barranco abaixo.

— O que fazia lá? Eu nunca consegui lembrar-se do rosto de quem me fez mal.

Heriberto sabia que aquele momento era o mais difícil de dizer e falou logo de uma vez.

— O meu irmão... João Paulo... - sentiu o coração cortar. - Foi ele a mando de nossa mãe... - era um tiro a ser dado no peito das duas.

Victória ficou de pé no mesmo momento e as lágrimas vieram em seus olhos não podia ser verdade a cada palavra dele era pior para que ela entendesse o que ele queria com ela e com sua filha... Por um momento o olhou e ali tinha tantas perguntas e ele estava preparado para responder a todas. Maria nem sabia o que dizer nunca tinha se quer conhecimento de que tinha avó e muito menos um tio ou seria seu pai?

— Que tipo de jogo é esse? - berrou já não se tinha mais paz em seu coração. - Você estava todo esse tempo esperando para me matar? - foi o primeiro que veio em sua cabeça e Heriberto levantou de imediato indo a ela.

— Se fosse assim eu já teria feito! - era a verdade. - Eu, não sou como eles e nunca fui e a prova é a sua filha aqui bem e viva! - falou com desespero. - Eu a protegi sempre deles desde o momento que a peguei em meus braços sendo apenas uma criança ali sendo vitima das maldades deles dois. - tocou os braços dela. - Eu abandonei tudo por ela para que ela pudesse ser feliz já que a mãe tinha sido vitima!

Victória se afastou dele sem saber o que pensar queria acreditar, mas não era possível já que não conseguia se lembrar do rosto de seu algoz.

— Você pode ser ele, você pode! - falou sentindo dores por todo o corpo. - Pode estar aqui como uma isca assim como ela pode ser uma isca pra me matar! - já chorava arrasada. - É isso não é? Vocês querem me matar!

Maria levantou desesperada e foi até ela agarrando sua mãe que tentou se soltar pela primeira vez estava tão nervosa e cheia de medos que não podia assimilar mais nada.

— Eu sou sua filha! - falou com desespero e tocou o rosto dela com as duas mãos. - Eu te esperei a vida toda! - queria provar para ela que era sim sua filha a sua menina e correu até o quarto e pegou uma foto que o pai tinha dado a ela e voltou mostrando a ela. - É você, é você! - tinha as mãos tremulas.

Victória olhou a foto com desespero e depois olhou os dois.

— Cadê a boneca papai? Cadê? - queria que a mãe entendesse que ela era sua mãe sim e que não iria desistir dela. - pega, papai, pega ela! - já chorava copiosamente.

— Ela está no meu consultório no hospital!

Maria sentia como se aquilo fosse uma desgraça e olhou mãe que nada dizia apenas olhava para os dois com o coração apertado tentando entender todas aquelas coisas.

— Mamãe, por favor, a minha palavra deve servir de alguma coisa! - estava gritando de desespero.

"Mamãe" uma palavra que Victória sempre sonhou em ouvir era anos e anos de dor, de ódio por pessoas que ela nem se quer sabia o rosto e naquele momento tinha apenas um... Um e nele continha todas as suas ilusões de ser amada de verdade, mas ele também poderia ser o seu algoz o homem que mais mal tinha feito a ela. Heriberto sabia o que aquele olhar representava e se aproximou também dela tinha total loucura e cuidado em protegê-la e o faria para sempre com sua vida.

— Eu a protegi... Eu sempre a protegi e quando a vi com o pescoço cortado sem a menor pena eu entendi que não era mais daquela família e com o pouco de dinheiro que eu tinha, eu peguei ela e suas coisas e sumi dali. Não foi só você quem sofreu nessa vida e para estar onde estou hoje tivesse que passar por muita coisa, mas não permiti que nenhum deles tocasse em minha filha! - falava com o coração rasgado. - Eu comi o pão que o diabo amassou porque eles me queriam de volta a casa e eu disse que nunca voltaria porque eu iria cuidar da minha filha e nesse dia quase morremos em um acidente de carro!

Heriberto tinha lágrimas nos olhos tinha feito de tudo para mantê-la vivo e tinha conseguido até aquele momento em que a viu e sabia perfeitamente que ela era a mulher que tanto sua família tinha maltratado e sem coragem ou medo de contar tinha se calado era seu segredo o segredo de sua vida e ele não sabia como falar, não sabia como falar justamente para não ter aquele olhar de medo como se ele fosse o próprio diabo em sua frente. Ele queria somente o amor e o sorriso dela não seu ódio, mas parecia que seria impossível estar novamente nos braços daquela mulher.

— O dia que eu decidi parar de fugir e os enfrentei eu aceitei um tiro no peito dele e disse que o próximo seria na cabeça se ele não me deixasse em paz com minha filha e ele riu porque sabia bem que Maria era a filha dele!

O choque foi tamanho que Maria não aguentou e desfaleceu em seus braços apavorando os dois que segurando sua menina juntos era assim que tinha que ser juntos por um único propósito guardar e proteger Maria como se fosse um segredo...


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