P.O.V. Macgyver.

Depois que a Thornton se provou uma traidora e foi presa temos uma nova chefe. Matilda Webber.

Um imitador do assassino do zodíaco matou a afilhada dela.

—Mac, você tá com aquela cara de tive uma ideia.

—Não foi uma ideia. Eu já vi esse símbolo antes, num dos Grimórios da biblioteca da casa da Hope.

—Acha que o assassino do zodíaco e o imitador são bruxos ou algum tipo de ser sobrenatural?

—É possível. Precisamos de ajuda. Porque se esse assassino do zodíaco for sobrenatural não fazemos ideia de que tipo de ser ele é ou do que é capaz.

—Bom, alguém melhor fazer alguma coisa. Agora.

—Sim senhora.

Eu liguei para a Hope. E ela simplesmente apareceu na nossa porta.

—Como sabia onde...

—Feitiço de localização simples. Não se preocupe, eu usei o sangue todo. Ninguém mais acha esse lugar. E ai cara do chiclete? Porque eu to aqui?

—Por causa daquilo. Eu vi o símbolo num dos seus...

A cara dela foi impagável.

—Isso é magia?

—O tipo de magia do que estamos falando, não é natural. As bruxas nem chamam de magia. Chamamos de expressão.

—Isso é tipo, magia negra?

—Pior. Muito pior. Essas mortes, não são apenas mortes. São sacrifícios.

—Sacrifícios? Pra quem?

—Expressão é canalizar a energia de sacrifício humano. O poder, a energia da morte. E canalizar o poder de sacrifício humano invoca uma escuridão, um mal que não pode existir nesse plano sem consumir tudo. Engolir tudo. 

—O assassino pode ser o mesmo assassino do zodíaco de mil novecentos e tanto?

—Pode. Mas, eu duvido. A Expressão consome o bruxo. E tudo em volta dele. Mata sua humanidade, ele não costuma durar muito. Apesar da habilidade de cura que a expressão concede, não impede o envelhecimento ou a deterioração. 

—E como nós impedimos isso?

—Sei o que ele está fazendo. As vítimas são sempre jovens e um homem e uma mulher. Acho que... acho que é o mesmo assassino. De mil novecentos e cacetada. 

—Mas você disse...

—Até expressão tem suas regras. Se ele está matando um homem e uma mulher toda vez e todas as vítimas são jovens e inocentes... ele está realizando o Grande Ritual.

—Grande Ritual? O que diabo é isso?

—Os bruxos das trevas tem um objeto. O Malum. É tipo uma caixa de Pandora. Talvez seja a caixa de Pandora. O Malum existe desde tempos imemoriais. Ele tem a forma de uma maçã. É de madeira, madeira de sabugueiro e as bruxas chamam sabugueiro de árvore da morte.

—E o que esse bruxo e o ritual tem a ver com a maçã?

—O Malum encerra uma coisa que vai destruir a humanidade. Esse bruxo quer realizar o Grande Ritual e abrir o Malum. O Grande Ritual, também chamado de Ritum Magni é o ritual mais profano e perigoso conhecido pelas bruxas. Ele precisa de treze sacrifícios, depois o Malum se abre e libera a praga. E como nós sabemos tem um cometa vindo o que significa que ele tem que completar o ritual antes do cometa passar. E esse bruxo com certeza tem um filho ou uma filha, porque depois que o cometa passar... ele vai sacrificar o próprio filho.

—Caramba!

—Temos que impedi-lo. E acho que sei como rastreá-lo.

—Como?

—O Malum. Eu enquanto Petrova posso sentir seu poder. E o assassino deve estar com o Malum junto dele. Eu vou tentar rastrear o Malum e vocês vão fazer... sei lá, coisas de detetive. Mas, se encontrarem o bruxo... não confrontem ele. Sob nenhuma circunstância! Ou ele vai quebrar os seus pescoços como galhos só por diversão.

Nós fomos ao funeral da afilhada da Matti, interrogamos a mãe da moça e eu descobri que o assassino planejou, escolheu a afilhada da Matti e o namorado dela.

—Ele planejou. Ele deve estar planejando isso a muito tempo. Olha o galho da árvore.

—Foi cortado.

—Sim.

—Assim ele pode ter uma visão clara do quarto da Vanessa. Mas, a Hope não falou que ele tem que sacrificar as pessoas antes do cometa passar?

—Por isso, ele já deve ter escolhido as vítimas, todas elas. Ele só vai seguir a lista.

O meu celular tocou.

—Alô?

—Achei o Malum. Ele está num bar. Eu não posso confrontar o bruxo com gente dentro do bar. Mas, também não podemos evacuar o lugar ou o bruxo vai sair e levar o Malum com ele.

—Tudo bem. Vamos dar um jeito fique vigiando e não confronte o bruxo sozinha.

—Você me subestima Angus MacGyver.

Ela desligou.

—O que foi?

—Hope achou o Malum. Mas, o bruxo está em um bar e não podemos evacuar ou nada assim.

Nós chegamos no bar e chagamos bem a tempo de ver a Hope acabar com o bruxo.

—Monstro! Assassino! Traidor!

O homem se curava, ele dava risada.

—Você está mais perto da escuridão do que eu estava quando tinha a sua idade. Serva da natureza. Deixe sair. Eu não pertenço mais aos espíritos, eu pertenço a mim mesmo!

Ele a atacou de volta e ela voou longe. Mas voltou correndo e mais furiosa do que nunca. Eles brigaram, foi um confronto físico, chutes, tapas, socos. Ele quebrou o braço da Hope, mas o osso voltou ao lugar instantaneamente.

E num minuto de distração do oponente, Hope enfiou uma estaca nele.

—Acha que esse ferimento mínimo vai me parar? Uma estaca? Eu não sou vampiro.

O homem começou a vomitar um sangue negro.

—O que... o que você fez comigo?

—Nenhuma arma comum. Sua favorita, madeira de árvore de sabugueiro com um pouco de sangue Petrova.

Ela enfiou a mão no bolso do paletó dele e tirou a maçã do mal de lá.

—A história talvez se lembre de você Sebastian, mas apenas como uma besta.

Hope colocou a maçã na bolsa. E ficou lá.

—Temos que sair Hope.

—Não. Eu não vou sair até ele morrer. Não vou dar chance pro azar MacGyver.

Ela fechou os olhos e então, depois de uns dez minutos ela finalmente abriu os olhos.

—Agora podemos ir.