Blood Moon escrita por Elysa S Barbosa


Capítulo 3
Uma garota não muito normal




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— Definitivamente não vamos fazer isso de novo. — Falei parando de correr e me encostando sem fôlego na árvore mais perto que encontrei. 


Pepper e eu estávamos no Central Park, depois de muito me tentar eu finalmente cedi e concordei em vim correr com ela. Já cometi uns erros durante minha vida, não foram muitos, sabe, não sou de cometer erros. Mas concordar em vim correr com a ela, esse sim foi um erro, e dos grandes. A sensação é de ter sido atropelado por um caminhão. 


—É, eu já imaginava... —Pepper falou parando de correr e olhando para trás. Ela voltou até onde eu estava encostado na árvore e me entregou uma garrafa d'água

— Sabe... Com essa sua alimentação e sem se exercitar, é mais provável morrer de um infarto do que em alguma missão como o Homem de ferro. —Pepper falava enquanto continuava correndo, agora em círculos.

— Não é que eu não queira me exercitar, é só que agora eu tenho uma reunião... ah, olha aqui...— falei mostrando o lembrete no celular a mulher parada a minha frente, que agora estava parada e com as mãos na cintura.  —Viu? Daqui a quinze minutos. Acho melhor eu voltar agora. Não quero deixar o cara esperando, ele é um doutor... gente importante— Eu tentei enrolá-la, por hoje não faço mais nenhum exercício físico.

— Você é impossível, Tony. — Ela sorria enquanto me acompanhava até a Torre Stark.

— Só por curiosidade, você sabe o que o Dr. Williams quer comigo?

— Bom... ele é pioneiro no ramo de biomedicina e genética, é o diretor do Hospital George Williams, deve estar buscando alguma parceria para projetos. — ela explicou.

— Biomedicina... É, talvez tenha algo interessante para mim.

****

— Dr. Williams, desculpe o atraso. — O Homem estava em pé olhando alguma coisa pela janela panorâmica da minha sala. Ele era um pouco mais alto que eu e aparentávamos ter a mesma idade, os cabelos loiros estavam bem cortados e seu terno bem alinhado. 


Ele virou em minha direção, sorrindo. 
— Não se preocupe com isso, imagino que o dia tenha começado corrido.

— E põe corrido nisso— falei sentindo minhas costas ainda doendo pelo exercício físico mais cedo. — Sente, por favor. —
Ele veio em minha direção e sentou-se do outro lado da mesa. —Eu imagino que tenha vindo falar de negócios.

— Sim. Bom... o projeto é mais da minha filha do que meu. Nós estamos trabalhando juntos. — ele começou a falar e não pude deixar de sentir inveja dele. Por mais que eu negue, no fundo eu gostaria de ter um filho ou uma filha. — Nós já estamos na reta final e a apresentação vai ser no Plaza Hotel daqui a umas semanas, aqui está um resumo do projeto" ele me entregou uma ficha cor de rosa e um pen drive "basicamente, o projeto consiste em criar próteses para pessoas aleijadas de baixa renda, pessoas que sofrem diariamente e que o governo e empresários não estão nem aí. — Eu folheei a ficha sem dar muita atenção.

— Dr. Williams, eu sou um grande fã do seu trabalho, já li suas pesquisas e artigos. São todos fascinantes, mas criar próteses para pessoas aleijadas? É basicamente reinventar a roda.

— Entendo seu ponto de vista, deixe-me explicar melhor, minha filha e eu não queremos reinventar a roda... queremos que essa roda seja acessível a todos. Queremos que cada ser humano que precise dessa roda, possa realmente tê-la, e não uma roda de má qualidade por um preço altíssimo. Uma roda como ninguém nunca viu por um preço acessível para até mesmo moradores de rua... " ele continuava falando e eu já estava ficando com dor de cabeça. Precisava terminar logo aquela reunião e voltar ao que realmente me interessava, estabilizar o soro Extreme. — Minha filha, Tereza, ela criou uma tecnologia à base de nano-robôs capaz de fundir-se ao corpo humano e... bom, criar novamente um braço ou uma perna, por exemplo, e fazer com que esse membro biotecnologicamente criado se comunique em perfeita sintonia com o cérebro. — A parte do "biotecnologicamente criado" e "perfeita sintonia com o cérebro " fez minha mente voltar a atenção para o homem sentado à minha frente. Talvez esses nano-robôs me sejam úteis.

— Se for mesmo tudo isso que o senhor está falando... É realmente interessante. Me fale mais a respeito desses nano-robôs. — Eu agora lia o resumo na ficha.

— Bom... eu não posso falar muito sobre a parte tecnológica, isso é com minha Tereza. — Ele sorria sempre que falava o nome da filha. — Vou enviar um e-mail para o senhor com todas as informações, na verdade... Ela ia adorar a sua presença, ela é fã do seu trabalho. — Ele levantou-se da cadeira. — Imagine a minha surpresa quando percebo que minha filha de dezessete anos não é fã do Justin Bieber e sim do Tony Stark.

— Sua filha não me parece ser uma garota muito normal. Digo... Esse projeto... isso é engenharia mecânica, física quântica, biologia e computação num nível... bom, no meu nível. — Eu lia as páginas da ficha sem deixar passar nenhuma linha. Talvez o projeto dessa garota seja realmente o que está faltando para completar o meu projeto.

—Oh, sim. — ele sorriu. — Ela não é uma adolescente normal. Mas... com os pais que ela tem, quem pode culpa-la? — Ele falou. Agora foi minha vez de sorri, se eu fosse pai, essa seria a frase que eu mais falaria.

— Obrigado por ter vindo, Dr. Williams. Eu fiquei intrigado com essa pesquisa e... com a sua filha. Eu entrarei em contato. — Estendi a mão como ele e um breve aperto de mãos foi nossa despedida.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por não ter desistido no primeiro capítulo kkkk, então... não esquece de votar se achar que o capítulo merece (É muito importante para nós, escritores) e comenta o que está achando da história, quero conversar com voceeees.❤



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