Its Over Now escrita por Berka


Capítulo 13
Capítulo 13 - Far or Near


Notas iniciais do capítulo

Sei que o capítulo é gigante, mas é um presente pra vocês.
Tudo isso em um dia na Alemanha.



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A noite estava quente, com certeza não era a Alemanha. Tom sorria para mim e vinha em minha direção, até eu sentir um forte impacto me puxar. Uma lágrima quente escorreu em meu rosto.

- Bom dia, flor do dia! - Tom estava deitado de bruços apoiando o quiexo nas mãos me observando despertar. Ele sorria intrigado - Com o que estava sonhando? Parecia triste...
- Bom dia, Tom... - sorri aliviada - Não me lembro bem, mas espero que não aconteça... Como foi sua noite?
- Foi ótima, eu dormi ao lado de uma garota incrível, você devia conhecê-la... Ela é demais! Tem o melhor perfume que eu já senti e o beijo mais quente que já provei! - Tom sorria iluminado por uma felicidade irradiante. Ele beijou minha testa e voltou a olhar em meus olhos - Tenho algo pra você.

Tom pulou da cama e foi correndo para a sala. Eu me sentei e esperei pelo garoto que voltou com uma rosa vermelha e uma caixinha. Ele veio até a cama e me entregou a flor e a caixinha preta aveludada. Eu encarei-o e ele fez um aceno para que eu abrisse logo. Eu obedeci e abri. Meu estômago deu uma volta e eu não acreditei no que vi. Um anel prata discreto, mas todo ornamentado, que dentro trazia "Far or near...Thomas". Eu entendi o que aquilo significava. Sempre teríamos um ao outro. Minha garganta apertou e eu senti meus olhos arderem.

- I-isso já e-estava pronto? - gaguejei.
- Eu ia te mandar quando você estava no Brasil, mas... Desse jeito foi melhor, não acha? - sorriu singelamente.
- Então, você sempre gostou de mim? - perguntei desacreditada.
- Eu não acredito que você está me perguntando isso! Eu realmente cruzei 1000 oceanos só pre te buscar no Brasil só porque você é uma mera aventura de uma noite... Você só pode estar doida de pensar assim! - ele pareceu espantado. Eu sorri como nunca.

 

Coloquei o anel que agora faria parte de mim e o admirei. Tom sorriu de canto e me puxou pela nuca e me beijou de uma maneira sincera, como nunca outro garoto teria me beijado. Ele foi se deitando sobre mim e olhou em meus olhos.

- Quero que você seja minha.



Tom ainda estava em cima de mim, e eu sentia sua respiração acelerar a cada segundo que nos encarávamos. Ele sorriu de cando e foi beijando meu pescoço suavemente me fazendo ter arrepios. Eu larguei a flor do meu lado e coloquei minhas mãos na nuca de Tom. Ele estava me beijando mais e foi segurando na minha cintura. Eu sentia todas as minhas células do corpo desejando Tom naquele momento.


- Tom, vocês não vão tomar café? - Bill invadiu o quarto sem bater e Tom saiu imediatamente de cima de mim e ficou do lado da cama.
- Bill, o que eu te disse sobre entrar sem bater!? - Tom estava vermelho.
- Ahh, desculpa Tom, mas não estou acostumado com isso ainda... Eu sempre entrava no seu quarto antes, mas agora... - Bill olhou para mim, e me senti mal pelo desentendimento dos gêmeos.
- Agora as coisas continuam iguais, mas só quero um pouco de privacidade... Já estamos indo tomar café, não se preocupe... - Tom falou agora mais calmo e com pena do irmão.
- Tudo bem... Me desculpem mesmo... - Bill baixou a cabeça.


Me senti mal pela situação. Tom me encarou cabisbaixo.


- Bill deve ter ficado chateado... Ele tem que entender que agora cada um tem a sua vida, mas que nunca vou deixá-lo. - Tom explicava-se.
- Sim, vocês sempre terão um ao outro... - sorri para quebrar o gelo. Tom voltou a sorrir também e me pegou no colo.
- Tom, o que você está fazendo? Pode me largar! Mas que mania de ficar me carregando!!!
- Ahh, é que você é tão lindinha, pequenininha... Dá vontade de carregar pra todo lado! - Tom fez uma cara meiga. Eu fiquei envergonhada, mas trancei meus braços em torno de seu pescoço e lhe dei um beijo nos lábios. Tom me colocou no chão e virou-se para a porta.
- Vista-se e venha tomar café... Vou te esperar lá. - Tom saiu e encostou a porta do quarto. Eu a encacarei e olhei para a cama. A rosa que Tom me dera estava toda amassada, provavelmente eu a apertei quando Tom me provocava. Começei a rir internamente e coloquei uma roupa mais adequada.

 

Saí do quarto e fui até a cozinha já escutando a falação dos garotos. Fui de mansinho para ouvir a conversa.

- Bill, oficializei meu namoro com ela. Eu estou realmente apaixonado! - Tom falou com uma voz pastosa.
- Eu falei que isso iria acontecer! Você teria que se apaixonar uma hora ou outra! - Bill falou rindo, com certeza não estava mais chateado.
- Caramba, que diria! - Georg comentou espantado.
- Tô com pena dela, tadinha! Imagine quando Tom pegar ela de jeito!? - Gustav zombou.

Eu senti meu rosto arder. Tom nunca havia passado de amassos comigo, mas certamente um dia iria avançar. Pelo jeito, Tom falou para os meninos que nada havia acontecido por enquanto, mas esperei para ouvir o que ele tinha a dizer.

- Nhaaaa, não é assim! Eu amo ela mais do que a mim mesmo, e olha que isso é difícil, porque eu sou um máximo - fez uma cara de orgulho - mas quero que quando isso acontecer, que seja especial para ela. Eu não falei com ela sobre isso ainda, mas aposto que ela é virgem. - os garotos o encararam intrigados e eu gelei meu estômago - Não que ela beije mal, ou faça algo errado, muito pelo contrário. Só que ela não é maliciosa, e não fica agindo de maneira promíscua... Sei lá, ela não fica se esfregando em mim como fazem aquelas gurias que eu passava uma noite. Ela tem um certo pudor, e isso é muito legal, foi o que me chamou a atenção nela...

Aquilo tudo me soou muito sincero e fofo. Eu não pude deixar de soltar gemido de alegria.

- Eu ouvi algo, vamos parar essa conversa por aqui... Ela deve estar vindo. - Tom alertou.

Descoberta, fui me aproximando da cozinha e puxei uma cadeira para o lado de Tom. Sentei ao seu lado e lhe dei um selinho, depois cumprimentei todos os meninos.

- Você está vermelha, aconteceu alguma coisa? - Bill falou rindo.
- Não, não... Deve ser calor! - falei o que me veio na cabeça.
- Bom, então tá, né? - Tom olhou para a janela e apontou. Lá fora estava tudo branco de neve, e as árvores estavam congeladas. Eu parei e encarei os garotos que me olhavam rindo.

- Bom, mas aqui dentro é climatizado... - Tom tentou me salvar daquela situação, mas também ria disfarçadamente.
- Hoje temos mais uma entrevista marcada. Vai ser daqui três horas, e de lá nós vamos gravar mais um Tokio Hotel TV. Você vai querer participar? - Bill convidou animado.
- Nossa, seria muito legal! O que vocês farão nesse episódio? - perguntei.
- Vamos filmar na neve! - Georg falou muito empolgado. Gustav olhou com uma cara de doente e tremilicou ao ver a neve na janela.

Tom pegou um pedaço de bolo de nozes para mim.

- Sabe, gostaria de saber se você gostaria de sair comigo um dia à noite pra jantar. - Tom olhou para mim e colocou sua mão em minha perna. Eu olhei para sua mão e o encarei lembrando da conversa dele com os meninos.
- Sim, mas aonde vamos? - perguntei intrigada?
- Pensei em um restaurante mais sofisticado, coisa boa. - lembrei-me de que havia trazido comigo na mala um vestido mais social e fiquei mais aliviada.
- Claro, vai ser ótimo sair com você... - respondi mandando um beijo no ar. Bill fez uma cara fofa e logo ficou triste.
- Ahhhh, também quero uma namorada! - Bill resmungou. Tom riu e me abraçou.

Todos terminaram de comer e fomos esperar até a hora da entrevista. Fui até o meu quarto de descanso, sentei no pufe colorido e liquei meu notebook. Coloquei umas músicas para tocar do Tokio Hotel e abaixei o volume, pois os garotos deveriam estar fartos de suas próprias músicas. Peguei um livro e fui ler, mas alguém entrou no quarto antes que eu pudesse fazê-lo.

- Oi, Tommy... - sorri. Tom fez uma cara fofinha.
- Você me chamou de Tommy... Ahhh, você é tão lindinha! - Tom pulou no pufe e me colocou no seu colo, me abraçando e me beijando na bochecha - Você gosta de ouvir nossas músicas, mesmo nos tendo aqui? - Tom reparou que tocava Sacred no notebook.
- Claro, Bill não iria ficar cantando toda hora pra mim! - brinquei. Tom sorriu e acariciou meus cabelos.
- Pode voltar a ler, só quero ficar aqui com você. - Ele falou me acomodando em seu ombro.

 

Eu tentei começar minha leitura, mas toda vez que meus olhos passavam sobre uma frase, a respiração de Tom me distraia e eu tornava a reler a frase várias e várias vezes. Tom encostou a cabeça para trás e fechou os olhos tentando descansar, enquanto eu lia e esperava até a hora da entrevista

- Tom, vá se trocar que logo vamos sair! - Bill berrou do lado de fora do quarto.

 

Tom levou um susto e acordou na hora. Parei de ler o livro e me levantei junto dele, fui até o quarto e dei uma retocada no visual para a entrevista. Não sabia o que vestir. Se eu iria aparecer pela primeira vez como namorada do Tom, queria causar uma boa impressão. Vesti uma calça jeans escura e coloquei um moletom preto não muito justo. A última coisa que eu queria era parecer uma vadia para as fãs de Tokio Hotel. Eu coloquei meu velho amigo All Star e enquanto ia amarrando ela, me lembrei da primeira noite que passei com Tom. Se eu fosse uma simples fã dele e ficasse sabendo que ele está namorando, com certeza ficaria muito desapontada. comecei e me sentir mal por tudo isso. Passei lápis no olho e rímel, mas nada muito carregado, e logo fui até a sala me encontrar com os garotos TH. Tom estava bem arrumado, todo de preto. Ele realmente ficava lindo de preto. No seu pescoço estava a minha corrente, mas agora Tom carregava mais um acessório: nosso anel.

- Nossa! Como você tá linda! - Tom veio até mim e me abraçou por trás, cheirando meu pescoço - E que perfume bom esse, ein? Nossa, tô ficando louco! - Tom me virou e me agarrou me puxando para seu corpo, me devorando num beijo delicioso.
- Tom, er... Vamos? - Bill interrompeu. Tom separou nossas bocas e me encarou sorrindo perversamente.
- Vamos, já esta na hora. - Tom me puxou pela mão e me envolveu num abraço, guiando-me até o carro. Ele abriu a porta do veículo e sentou-se ao meu lado logo após eu sentar.

 

Bill falava várias coisas sobre a entrevista, e sobre o que pretendiam fazer nas gravações, mas minha mente se perdeu quando Tom colocou sua mão em minha perna.

Eu fiquei sem graça e baixei a cabeça, mas ele pareceu se divertir com aquilo tudo. Tom riu e beijou meu pescoço suavemente, eu até podia sentir o calor de seus lábios contrastando com o gelado do metal de seu piercing em minha pele. Não entendia porque eu estava me sentindo cada vez mais nervosa toda hora que Tom me tocava, quando eu deveria estar me acostumando com seu corpo. Ele estava exercendo uma posse sobre mim, eu não conseguia fica em meu juízo normal quando ele me encarava.
Tom parou para me observar e segurou em minha mão acariciando-a. Com certeza ele também não ouvia o que Bill falava.

- E o que você acha, Tom? - Bill falou animado para seu irmão.
- Oi? - Tom pareceu levar uma pancada e foi voltando a realidade - Ahh, desculpa Bill, não ouvi...
- Eu disse que poderíamos ir ao cinema hoje. - Bill falou aborrecido.
- Ehhh, seria muito legal! - Georg comentou animado.
- Que filme vamos ver? - Gustav perguntou.
- Pensei em uma comédia, já que o último filme que vimos foi terror... - Bill falou com ar de apavorado por lembrar do filme assustador.
- Eu acho legal, Georg pode levar sua namorada... - Tom olhou para mim - Assim você vai poder falar com alguém que não te seduza o tempo inteiro. - falou rindo e com um olhar engraçado.
- Ahh, seria ótimo conhecê-la! Eu realmente preciso falar com alguém que não seja garoto!!! Estou pirando ao lado de vocês! - fiz uma cara de falso sofrimento e Bill riu me dando um leve tapa.

Chegamos até um prédio enorme em uma rua bastante urbanizada e movimentada. Tom me abraçou me protegendo de algo que eu nunca tinha visto. Uma multidão estava lá com câmeras e papéis, camisetas e até CDs tentando nos alcançar. Era a primeira vez que eu via tudo isso pelo ângulo mais frustrante: o de dentro. Algumas garotas me viram com Tom mas nem se importaram e começaram a implorar por fotos e autógrafos para o Tokio Hotel. Uma menina tacou-se no pescoço de Tom e gritou loucamente me empurrando para a massa.

 

Fui me perdendo dos garotos e então Tom parou e me procurou desesperado pelo povo que gritava histericamente. Eu tentei alcançá-lo sem sucesso, até que senti um de seus seguranças me agarrar e me levar até o interior do prédio em segurança. Eu senti minhas pernas tremerem e então sentei em um sofá na recepção do local. Tom veio logo após com uma cara de desespero.

- Você está bem? Aconteceu alguma coisa? Não consegui te segurar, essas fãs loucas! Ahh, eu fiquei muito preocupado... - Tom me abraçou e me observou como se checasse se eu estava inteira.
- Tá tudo bem, Tom... Só que da próxima vez eu vou amarrar uma corda em você pra não me perder! - brinquei me recuperando do susto. Tom riu mais calmo e fomos até o elevador.
- Nossa, que susto você nos deu! - Bill olhava espantado - Pareciam animais enlouquecidos! - eu ri de seu desespero e falei que estava bem.

Todos estavam calados esperando chegar ao andar do estúdios para a entrevista. A porta se abriu.

- Sejam bem vindos! - uma loira saudou com um enorme sorriso que se desfez ao notar a minha presença. - Quem é você? - perguntou ela num tom meio indelicado. Eu me apresentei timidamente, até Tom me interromper.
- Essa daqui é a minha garota, minha namorada. - Tom sorriu para mim e segurou em minha mão com firmeza. Meu estômago estava rodopiando dentro de mim.
- Você está namorando? - perguntou ela incrédula - Ahhmm, que bom... - desviou desapontada.
- Como você está? - Bill quebrou a situação chata segurando a mão da entrevistadora.
- Muito bem, obrigada! Então, o que estamos esperando? Vamos logo gravar a entrevista! - Falou entusiasmada.

Todos nós fomos até a sala com poltronas coloridas e espelhos na parede. Cada um sentou-se em uma, mas Tom fez questão de se sentar bem ao meu lado e entrelaçar seus dedos nos meus, talvez tentando se acalmar.

- Dez segundos! - berrou um homem atrás dos equipamentos de filmagem.

- Boa noite, Alemanha! Estamos aqui com mais uma entrevista quentíssima e as últimas novidades da banda sensação da Europa, Tokio Hotel! E quem está aqui comigo é a nova namorada de Tom! Sim garotas, ele esta namorando! - a entrevistadora falou rapidamente. Tom sorriu para mim satisfeito e eu sorri meio envergonhada.
- E aí, garotos? Como estão todos vocês?
- Muito bem! Um pouco cansados por causa do trabalho duro que tivemos nos últimos tempos com relação ao nosso novo álbum Humanoid, mas já estamos tratando de relaxar um pouco... - Bill respondeu representando a banda.
- Humanoid tem tido ótimas críticas por suas fãs, mas todas elas notaram uma diferença entre o novo álbum dos antigos. Que mudanças são essas? - perguntou ela.
- Todos podem ver que estamos crescendo e amadurecendo. Além das mudanças de visual da banda, nosso som está mais adulto e um pouco diferente, mas não perdeu a essência do Tokio Hotel de sempre. - Falou Bill.
- Falando em amadurecimento, Tom, você está namorando desde quando? - perguntou a entrevistadora me encarando com desprezo.
- Conheci essa garota perfeita enquanto fui até o Brasil junto da banda em um tour. Ela não estava no show, eu a conheci no hotel. Ficamos juntos lá e ela viajou conosco em nosso Tourbus. Infelizmente tivemos que ficar longe um do outro por muito tempo, a distância foi cruel. Bill me incentivou a ir buscá-la para morar em nossa casa por um tempo e está sendo uma experiência maravilhosa! - Tom contava nossa história com um brilho no olhar, e acariciava minha mão enquanto falava.
- E o que você está achando? É difícil namorar um garoto tão famoso e disputar ele com milhares de garotas que são fãs dele? - perguntou venenosamente.
- Está sendo maravilhoso, Tom é realmente um amor. - olhei para ele que sorria mostrando satisfação no que ouvia - Eu sempre pensei que seria terrível namorar com ele e sair com ele enquanto muitas meninas ficam tentando ter algo com Tom. Eu ficava com um pé atrás pensando se um dia ele daria bola para uma dessas.

- Eu não faria isso! - Tom defendeu-se.
- Eu sei, você me mostrou isso ontem. - virei para a entrevistadora e voltei a falar. - ontem fomos à uma festa e uma garota ficou se esfregando em Tom. Fiquei meio constrangida, mas Tom voltou até mim e foi dançar comigo. - Olhei para ele que sorria singelamente. - Isso foi muito fofo.
- Caíram na internet uma foto de vocês dois nesta festa ontem, eu acho. Pensamos que fosse uma paquera de Tom, nunca imaginaríamos que ele iria namorar algum dia... - Ela colocou a foto no telão. A foto era aquela batida na sala reservada. Tom estava em cima de mim e estava beijando meu pescoço, mas não dava para ver meu rosto. Eu fiquei sem graça e Bill olhou para Tom rindo.
- Entendi porque vocês sumiram aquela hora! - Bill falou e fez todos rirem.
- É o amor! - Tom fez uma cara de safado e beijou minha bochecha. A loiras pareceu enfurecida, mas voltou a falar.
- Claro, claro, mas encontramos outra foto de Tom. - passou de foto, e esta não era eu. Tinha uma guria agarrada em Tom, mas ele não a tocava. A mulher me olhou com uma cara de sucesso, mas não me abati.
- Eu vi isso. Bem nessa hora Tom largou a menina e me abraçou. Logo depois fomos para o reservado... - Sorri para ela com ar de triunfo.
- Humm, que paixão, ein? - falou ironicamente. - Então, vamos para um rápido intervalo e voltamos logo com mais Tokio Hotel.

Tom foi beber água e trouxe um copo para mim. Quando o programa voltou ao ar, Bill mudou o rumo da conversa para quais eram suas ideias para o próximo álbum. Acabamos a entrevista depois de algumas horas. Tom e eu estávamos juntos, e agora toda a Alemanha sabia e logo o mundo todo saberia.

Ao sair do estúdio e descer o elevador, Tom deu a ordem para que vários seguranças me escoltassem para o carro. Ele veio logo atrás dando autógrafos e batendo fotos com as fãs. nem de longe Tom iria me trair, ma nunca deixaria de ser a simpatia que era com suas antigas e queridas fãs. Eu admirava isso, não queria que ele as esquecesse.

Eu já estava acomodada no carro com ar quente esperando pelos garotos. Georg veio correndo e entrou.

- Ixi, é hoje que você tem um treco! Só faltam arrancar a camisa do Tom! - ele riu, mas eu não achei graça. Tá certo que eu tinha o maior gosto pela simpatia que Tom era com as fãs, mas esse tipo de abuso já era demais.
- Não, pode ficar tranquila. - Gustav disse quando entrava no carro pegando nossa conversa. - Ele está mesmo apaixonado por você. Não faria nada pra te magoar... - Gustav realmente me acalmou. Eu sorri satisfeita e vi os gêmeos entrando no carro. Eu sorri para os dois e me espremi na janela para que Tom sentasse ao meu lado.
- Uia! Fãs afobadas! - Tom riu e se abanou, mas logo olhou para mim. - Não faça essa cara! Aiinn, que vontade de te morder!
- Sim Tom, coitada dela! Meu deus, com você é canibal! - Bill riu e Tom tascou uma mordidinha em minha bochecha.
- Ai! - eu massageei minha bochecha rindo. Ele sorriu e beijou aonde antes tinha mordido. Passou seu braço em torno de mim e brincava com minha mão, olhando para o anel em meu dedo.
- Bom, então aonde vamos agora? - perguntei aos meninos e peguei a mão de Tom.
- Bom, vamos filmar o novo Tokio Hotel TV, pensei em irmos até o parque... Lá a neve fica muito linda! - Georg falou conversando e Gustav acenou com a cabeça.

O telefone tocou. Bill atendeu. Olhou para a tela do celular e o desligou guardando-o no bolso.

- Quem era? - Tom perguntou preocupado.
- Não sei... Só escutei uma garota falando em francês. Eu não consegui pegar nada do que ela disse, falava muito rápido. - Bill estava atordoado.
- Putz, será que é alguma fã? Você vai ter que trocar de chip? - eu perguntei tentando ajudar.
- É, pode até ser... - ele concordou e ignorou o acontecido.

Chegamos a um parque lindo, cheio de árvores coníferas, pinheiros e neve por toda parte. Tom aproximou minha cabeça de seu rosto e me deu um beijo na testa. Segurou em minha mão e descemos do carro juntos, enquanto Bill, Gustav e Georg desceram pelo outro lado.

 

Tom pegou a câmera e nos dirigimos até o interior do bosque do centro do parque. A máquina foi ligada e ele captava nosso passeio nevado. Eu me sentei em uma rocha, resolvi amarrar meus sapatos melhor, até que senti uma pancada fofa e gelada nas costas. Eu virei rapidamente para ver o que era, e lá estavam os meninos rindo. Tom gargalhava de minha cara fechando os olhos inclinando-se para trás. Tomou um susto ao sentir uma bola de neve que eu taquei em sua cabeça. Ahh, doce vingança! Todos riram, inclusive ele. Em outra hora, Gustav filmava todos nós fazendo anjos na neve. Bill saiu com a cabeleira toda branca da neve, e Tom estava gelado, tendo a alegria de vir me abraçar depois. Eu tentei fugir de seus braços rindo, mas ele me ergueu e me beijou. Georg tirou as câmera de Gustav e foi correndo nos filmar.

- Ahh, o amor! - ele riu e virou a câmera para o próprio rosto. - Eu te amo minha linda, queria que você estivesse aqui! - mandou um recado apaixonado para sua namorada. Bill olhou e fez uma carinha de triste. Senti meu coração partir-se. Ele também queria alguém.

Após guerras de bolas-de-neve e anjos-de-neve, Tom resolveu fazer um boneco-de-neve enorme. Ele saiu meio deformado porque a toda hora Bill furtava neve de deu traseiro para nos atacar de surpresa. Eu nunca tinha rido tanto com eles. Realmente foi uma tarde maravilhosa.

Após todo o processo de filmagens, Bill resmungou de fome. Ainda não tínhamos almoçados e isso lhe deixava meio mal-humorado. Fomos até uma pizzaria e pedimos uma pizza gigante. Comemos dentro do carro mesmo e tacamos azeitona em Bill que quase teve um ataque. Eu gargalhei e Georg me acompanhou. Tom estava mais quieto desde o parque. Estava horrendamente cansado, então encostou sua cabeça em meu colo e adormeceu no carro mesmo.

 

O céu já estava escurecendo por conta da estação que estávamos. Bill olhou para Tom com ternura. Eles realmente tinham uma forte ligação, a qual ninguém compreenderia. Georg e Gustav falavam sobre os próximos shows com Bill e eu fiquei assistindo Tom ressonar enquanto dormia.

Chegamos na casa do garotos. Todos fomos ligeiramente para dentro, a neve estava caindo intensamente e o vento castigava nossas faces. Tom foi sonolento até o sofá da sala e largou-se nele. Eu estava me sentindo mal, algo poderia acontecer.

- Você está bem? - Bill veio correndo até mim ao ver minha expressão.
- Não sei... Estou enjoada. - baixei a cabeça e respirei profundamente me recuperando.

 

Tom viu a cena e veio correndo até mim, ajoelhando-se diante de mim para ver meu rosto.

- Você está branca! - ele me olhou com uma expressão de pavor.
- Já estou melhor... - suspirei. Georg veio trazendo um copo de água. - Obrigada.
- Será que não devemos ficar em casa hoje? - Gustav me perguntou.
- Não, tudo bem, já estou me sentindo bem... - sorri. Não sabia o que teria causado tal enjoo.
- Tem certeza, pequena? - Tom disse me puxando pelos braços e me colocando no colo dele. Eu apoiei minha cabeça em seu ombro e aspirei seu cheiro. Aquilo fez com que eu me recuperasse.
- Tenho, claro! - disse sorrindo. Bill suspirou aliviado e pegou o telefone.
- Georg, combine com sua namorada para a gente passar pra pegá-la. - Bill entregou o aparelho. Georg fez o que ele falou, enquanto todos nós fomos nos trocar.

Tom segurou em minha cintura e me guiou até o quarto.

- O que foi aquilo? Nós nem fizemos nada e você já está enjoada? Se estiver grávida, não é meu!!! - riu. Eu sorri e me virei para me trocar no banheiro.
- Por que não se troca na minha frente? - Tom perguntou intrigado. Eu não soube responder. Não era vergonha, sei lá o que era, mas me trocar na frente dele era muito estranho. Apenas ri e entrei no banheiro. Tom aguardou na porta. Ele se trocou bem mais rápido que eu.

 

Quando saí do banheiro, Tom estava de costas e virou-se para mim. Ele arregalou os olhos e depois sorriu de canto mordendo o lábio inferior.

- Cara, vamos logo pro cinema antes que eu te agarre agora mesmo! - ele fez uma cara de pervertido e me abraçou por trás, mordendo meu pescoço. Eu me arrepiei. Tom deu risada e me levou até a sala ainda abraçado em mim.

Nós chegamos até onde os outros estavam, ainda ríamos jutos da cena anterior. Bill nos encarou perplexo, ma não comentou nada.

- Vamos? - Georg estava nos apressando.
- Isso, estão todos prontos... - Bill foi abrindo a porta de casa.

Entramos no carro e o motorista conversava com Georg sobre o endereço da namorada. Bill estava dando palminhas de entusiasmo por estar saindo.

- Ain, sabe, de todas as namoradas de Tom, você com certeza é a que eu mais gostei! - Bill olhou pra mim com uma cara muito fofa.
- Ownn Bill! Obrigada! Você é um amorzinho de cunhado! - abracei ele com vontade de morder aquelas bochechas fofas. Tom sorriu ao ver que realmente Bill me aprovava.
- É, realmente... Por que a Chantelle... Pelo amor de Deus! - Georg revirou os olhos e Gustav riu descontrolado. Aquilo foi muito estranho e raro. Tom ficou sem graça, mas também riu.
- Héhé! É verdade! Ela chamava ele de "bombomzinho"! HAHAHA! Que piada! - Bill nos fez gargalhar. Até eu ria da situação. Eu sabia dessa tal de Chantelle. Ela ficou com Tom pouco antes de nos conhecermos. Arg, tinha nojo dela!
- Bom, vamos mudar de assunto? Ela já é passado! - Tom disse irritado. Eu abafei uma risadinha, mas obedeci.

Chegamos na casa da namorada de Georg. Era um sobrado lindo, e logo em frente havia uma garota simpática nos esperando. Ela tinha um sorriso muito convidativo.

- Olá, Gê! - ela deu um beijo em Georg e depois nos cumprimentou. Todos os garotos a conheciam, menos eu.
- Ahh, então você foi a garota maravilhosa que esta namorando com Tom? - ela sorriu pra mim. - Ele me falou muito de você! - Tom ficou vermelho e sorriu encabulado.
- É um prazer te conhecer! - sorri.

 

Ela era realmente muito simpática. Georg parecia muito feliz ao lado dela, e Tom reparou que eu os observava. Ele me abraçou carinhosamente e beijou o topo da minha cabeça.

- Ahh, até que é bonita, mas nem se compara com você! - sussurrou discretamente ao meu ouvido. Eu ri baixinho e lhe encarei. Ele sorria para mim me olhando de cima, e aproximou seu rosto do meu me dando um selinho.

Chegamos ao shopping onde ficava o cinema. Fomos até o estacionamento e saímos escoltados por muitos seguranças. Logo que entramos no shopping, dezenas de fãs os reconheceram e começaram a pedir autógrafos. Eles atendiam os pedidos, batiam fotos e até conversavam com elas. Bill era sempre muito educado, Gustav um tanto tímido, Georg assinava os papeis sorrindo e Tom era encantadoramente sedutor. Eu não disse nada, mas a namorada de Georg percebeu meu incômodo.

- Não se preocupe, ele é assim mesmo. Não faria nada pra te magoar. - ela sorriu e foi para o meu lado.
- É, acho que não faria mesmo... - disse encabulada.
- Não mesmo! Ele está realmente gostando de você! Eu sei porque quando você não respondia aos e-mails dele, ele conversava com os garotos. Ficou realmente destruído. Georg que me contava, na realidade nós até conversamos sobre você, mas ele não tem tanta intimidade assim comigo. - ela falou olhando para ele. Todos sabiam que ele gostava de mim, e isso da boca dele mesmo. Eu não me aguentava de tanta alegria. Apenas sorria para ela.

Depois de gritos histéricos e muitos autógrafos e fotos, Bill foi chamando os seguranças por causa do aumento de pessoas indo em nossa direção. Fomos escoltados até a fila do cinema. Nossos ingressos já tinham sido comprados, então entramos direto.

- Vão escolhendo o lugar, enquanto isso eu e Georg compramos as bebidas e pipocas. - Tom falou para mim. - De preferência mais lá atrás. - eu acenei com a cabeça e fui indo em direção à sala.
- Tom, compra jujubas pra mim? Ou aquelas minhocas! Ahhh, elas são deliciosas! - Bill berrou para seu irmão nos acompanhando.

 

Eu parei para espera por Bill e ele apressou o passo até chegar em mim. Enganchou o braço em mim e saiu saltitando.

- Ahh, nós vamos ver filme! Que legal! Adoro vir ao cinema! - ele sorria para mim ainda enganchado ao meu braço. Eu retribuí o sorriso. ele era o melhor amigo que alguém poderia ter.
- Bill, ain... Eu tô muito feliz de tá aqui com vocês e com teu irmão. Estão sendo muito legais comigo e nem têm a obrigação de me aturar, mas vocês o fazem... - eu falei envergonhada.
- Ahhh, que mentira! Ninguém te atura! Não é questão de aturar, e sim um prazer em ter você conosco! - ele parou e colocou as mãos em meus ombros e me encarou sorrindo. - Você gosta muito do meu irmão, não é? Estão estou mais que satisfeito! É mais que interesse, vocês se amam, e é ótimo ter uma cunhadinha tão fofa que nem você! - senti meus olhos arderem. O que ele disse foi realmente lindo. Bill sorriu de orelha a orelha e me deu um baita abraço, me levando até a sala com o braço sobre meus ombros.

 

Fomos até lá e Gustav já estava no fundão com a namorada de Georg. Eles riam muito. Bill e eu corremos até eles. Em volta de nós estavam muitos seguranças, e a sala estava enchendo cada vez mais. As pessoas nos lançavam olhares e cochichavam. Gustav estava na ponta e ao lado dele estava Bill. Eu me sentei ao lado da garota, mas deixando uma cadeira vaga de cada lado para nossos garotos.

- Cara, você se dá bem com Bill, né? - ela cochichou.
- Sim sim, ele é um fofo. Você deve ser bem amiga de Gustav também, né? - ri e brinquei com ela.
- Sim, Georg e Gustav são como irmãos. Ele é meu "cunhadinho"... - ela riu.

Tom e Georg vieram conversando e rindo em nossa direção. Tom falou para Georg encerrar o assunto e continuou rindo. Ele sentou-se ao meu lado e me entregou uma Coca.

- Bill, toma aí suas balas! - ele jogou ao irmão.
- Aiinn, valeu Tommie! NHAAAAAAMMM - Bill abraçava os pacotes. Eu ri com a cena e me virei para Tom, que estava segurando um pacote de pipoca.
- E aí? sentiu minha falta? - ele me fitou brincando com o piercing.

- Senti, é... Um pouquinho! - sorri de canto e puxei seu roto para perto do meu dando-lhe um beijo suave. Tom quase derrubou a pipoca no chão.
- Uauuu... Geralmente era você que ficava assim, e não eu! - ele me encarava com cara de bobo me fazendo rir. Tom sorriu meio sem graça e passou seu braço envolta de mim.
- Ei, você dois aí, querem bala? - Bill estendeu o pacote e Tom recusou fazendo uma careta. Eu peguei uma minhoquinha coloria, sou louca por doces. Mordi uma ponda da bala.
- Sabe, até que na sua boca ela parece mais apetitosa? - Tom sorriu maliciosamente e mordeu o outro lado da minhoca. Comecei a rir descontroladamente, e todos no encararam.
- Eca! - Gustav fez uma cara engraçada. Todos riram.
Todas as luzes se apagaram e na tela começou a passar trailers de outros filmes.
- Vai começar! - Bill batel palminhas eufórico.

Tom olhou para mim sorrindo como se quizesse dizer algo. Ele aproximou seu rosto do meu, colocando a outra mão em minha cintura firmemente. Foi chegando mais perto a ponto de eu sentir seu cheiro gostoso. Ele me beijou apaixonadamente. Eu sentia seu piercing gelado e o sabor da Coca que ele estava bebendo, o que tornava aquilo tudo muito mais interessante. Sentia sua língua quente brincando comigo numa espécie de jogo o qual me deixei levar. Tom pressionava mais forte minha cintura e me abraçava. Eu escutava o som dos trailers e de nossas respirações afobadas por ar e pelo sabor do outro. Ele começou a me beijar de um modo diferente, mais sincero. Será que Tom Kaulitz estava se entregando? Agora não era ele que comandava o beijo. Na verdade cada um adivinhava o que o outro queria, era uma troca de carinhos. Nos separamos pra pegar ar e Tom sorriu mostrando aquela linda coleção de dentes brancos e bem feitos para mim. Quando já estava mais recuperada, Tom, que estava aguardando pacientemente, mordeu meu lábio inferior e recomeçou a nossa brincadeira. Ficamos algum tempo naquela dança, até sermos interrompidos pelas risadas escandalosas de Bill. Já tínhamos perdido boa parte do filme.

 

O filme foi passando, então Tom e eu decidimos assistir pelo menos um pouco. Tom ainda estava abraçado em mim e acariciava meu braço suavemente. Em cada cena engraçada, Tom gargalhava como um doido e Bill fazia o mesmo. Realmente eram muito escandalosos, mas isso tornava o filme mais divertido.

- Vou ao banheiro... - sussurrei.
- Vou com você! - a garota disse se levantando. Ela também tinha a cara de quem acabara de dar bons amassos. Abafei uma risadinha.

Fomos silenciosamente pelas escadas e saímos da sala, chegando até o banheiro do cinema, com um grande espelho e bem iluminado, o que me doía os olhos por causa da escuridão anterior.

- Ohh, Georg me deixou louca! - ela ria animada e ajeitando o cabelo diante do espelho. Eu ri junto dela e chequei meu estado. Estava toda borrada da maquiagem.
- olhe meu estado! - resmunguei. - Tom não me deixou respirar por alguns minutos, devo estar até tonta! - brinquei.
- É, eu vi! - ela arregalou os olhos e depois sorriu. - Imagino como Tom deve ser na cama!
- Bom, isso eu não posso te contar... - encolhi os ombros.
- O quê? Você e ele ainda não... Ainda? Mas sempre pensei que Tom fosse, ahh, sei lá como dizer... - ela falou meio abismada.
- Na verdade eu sou virgem. Tom realmente me deixa louca, mas ainda não fizemos nada, e ele não me força. Eu ouvi ele comentando com os garotos de que quando for, quer que seja especial para mim. - falei sorrindo e meio envergonhada.
- Ahh, que lindo! Que amor que ele é! - Ela fez uma carinha fofinha e depois mudou a expressão. - Georg sabe o que faz.
- Ahh, você e ele já... Hummm... E ae? - perguntei curiosa.
- Digamos que ele é muito gentil. É realmente muito atencioso. - Ela falou naturalmente.

 

Eu me espantei de como ela lidava bem com o assunto. Eu tonha vergonha até de me trocar na frente do Tom, quem dirá contar detalhes para alguém sobre nossas relações.
Chequei meu visual novamente e fomos para a sala. Devido ao contraste de luz, não consegui enxergar um palmo a minha frente.

Eu fui subindo as escadas e quando estava quase ao lado de Tom, tropecei caindo como uma batata no chão. Eu senti meu rosto queimar de vergonha, mas logo senti um par de mãos fortes e macias me segurarem e me erguerem. Olhei para cima e me deparei com Tom preocupado.

- Tudo bem com você? Se machucou? - Tom me olhava de cima a baixo vendo que eu estava ferida.
- Não se preocupe, eu tô bem... Isso é típico de mim... - tentei rir para disfarçar a vergonha. Tom suspirou aliviado e me levou até meu lugar.
- Até caindo você fica linda, sabia? - Ele beijou minha bochecha carinhosamente.
- Besta. - eu lhe dei um selinho.

O filme continuou e demos boas risadas. ainda bem que ninguém mais reparou no meu tombo. Tom começou a brincar de tacar a pipoca pro alto e pegar com a boca. ele era realmente bom nisso. Quando eu tentei, acertei meu olho fazendo Tom gargalhar. Desisti e comecei a tacar pipoca nele. Bill viu o que acontecia e começou tacar pipocas alucinado na gente. Começamos uma guerra de comida divertida, até sermos interrompidos por uma lanterninha.

- Com licença, senhores. Peço encarecidamente que parem com essa brincadeira. - falou rabujenta, até ver com quem falava. - Ohh, Tokio Hotel! É um prazer tê-los aqui!
Tom deu um sorriso falso e virou-se para o filme ignorando a presença dela. Irritada, a lanterninha foi embora.

O filme acabou, então todos pegaram seus lixos e jogamos lá fora. A notícia de que o Tokio Hotel estava no shopping tinha se espalhado, então fomos todos escoltados direto para o carro. Tinha sido uma noite maravilhosa.

- Amor, você quer dormir lá em casa hoje? - Georg perguntou para sua namorada com uma carinha de cachorro sem dono. Eu ri me lembrando do que ela havia me contado.
- É, por favor! Vai ser legal! - eu realmente tinha achado ela muito legal. Já tínhamos nos tornado grandes amigas.
- Claro, eu adoraria! - ela sorriu.

Fomos para casa felizes com a noite de diversão que tivemos. Há tempos que não nos divertíamos tanto...

 

Chegamos em casa sãos e salvos. Bill abriu a porta e todos entramos rapidamente. Mais um dia frio. Tom ligou o ar-condicionado e se tacou no sofá da sala. ele olhou pra mim que estava parada diante dele, quase babando. Novamente ele me tentou com seu piercing e deu tapinhas na perna.

- Senta aqui, vem! - ele sorria de um jeito amedrontador. Eu fui como que se dá a um vampiro. De certo modo, eu realmente queria que esse vampiro me mordesse. Sentei em seu colo e ele logo me agarrou. Tive que me conter para não passar dos limites. Tom estava me deixando louca, ali na sala, bem na frente de todos.
- Bom, eu vou pegar algo pra beber... Vamos comigo ali na cozinha? - Bill queria nos deixar a sós. Eu tive vontade de abraçar Bill naquela hora mesmo por ser tão querido.

Tom reparou que estávamos sozinho na sala e começou a beijar meu pescoço me enlouquecendo. Eu me virei e me ajoelhei no sofá por cima dele. Agarrei sua nuca com força e beijei sua boca matando minha sede. Tom sorria entre nosso beijo, segurando minha cintura com força.

- Tom, tem gente aqui... - falei entre um beijo. Tom ainda me beijando, me ergueu e me segurou, lavando-me de olhos fechados até o quarto.

 

Tom me deixou no chão me largando e trancou a porta. Eu o agarrei quando ele virou, jogando-lhe na cama. Subi em cima dele e ele deslizava suas mãos em meu corpo. Sentia como se meus nervos tremessem a cada toque dele. De repente Tom parou tudo e sentou-se.

- Desculpe-me. Foi a emoção do momento... - ele sorria meio envergonhado do que tinha feito.
- Tom, não pare o que começou. - sorri para ele. Tom olhou espantado e sorriu de lado. Beijo-me novamente e foi indo para cima de mim. Eu estava deitada sentindo o peso de seu corpo sobre o meu, enquanto ele mordia meu pescoço arrancando a camisa. Novamente tornou a me beijar e explorar cada curva minha com as mãos.
- Tem certeza? - Tom me encarou nos olhos ainda ofegante. Eu não respondi nada, apenas puxei seu rosto e invadi sua boca com minha língua sedenta. Tom retribuiu sorrindo.

 

Tom me beijou suavemente e deslisou suas mãos em meu corpo. Ele estava em cima dde mim, sua respiração era ofegante e ele arrancava sua própria camisa. Tom foi me despindo delicadamente. A única luz que invadia o quarto era a da lua cheia. Eu estava nua sob aquela luz azulada. Tom parou e admirou meu corpo.

- Você... Você é linda! - suspirou. Eu sorri deixando meu rosto corar, mas Tom não percebeu. Eu deixe que ele guiasse nossa noite.

Tom beijava meu corpo delicadamente, me fazendo tremer. Seu piercing gelado me causava arrepios na pele, e isso o divertia. Ele me tocava como forma de carinho, delicado e atencioso. Tom começou a pressionar minha cintura e seu coração disparava. Ele era totalmente apaixonante e ao mesmo tempo cuidadoso. Estávamos mais uma vez em sintonia completa, como numa dança de movimentos intensos. Eu podia sentí-lo dentro de mim, éramos um só corpo. Eu me sentia tonta de prazer e fechei meus olhos, enquanto Tom mordia seus lábios. Estávamos chegando ao ápice do prazer juntos, e nossos gemidos foram abafados por beijos alucinantes. Tom apertou minha cintura com mais força e mordeu meu pescoço, logo relaxando e deitando-se em cima de mim. Estávamos lá, juntos, apaixonados, conectados.
Tom virou-se para o lado e me abraçou, acariciando minas costas levemente. Eu deitei minha cabeça em seu peito ouvindo sua respiração desacelerar aos poucos. Estávamos extasiados.

- Im Endeffekt nich einfach nur um sex... - Tom sibilou ao meu ouvido.

Eu me sentia alegre como nunca. Podíamos ouvir as conversas e risadas da sala, mas não sentíamos vontade de sair. Tínhamos um ao outro, e era isso que importava. Tom acariciava meus cabelos e eu fui me sentindo cada vez mais leve. Adormeci nos braços do guardião do meu sono.

 


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Notas finais do capítulo

ALOKA!
Demorou, mas aconteceu, né? hahahaha xD
O que acharam desse capítulo? COMENTEM!

"Susto"...