Nem Mais Uma Palavra escrita por Carpe Librum


Capítulo 4
A Lenda do Pôr do Sol


Notas iniciais do capítulo

Autora: Lavínia de Oliveira Rodrigues (segunda colocada)

Sinopse: Havia Yin e havia Yang. Havia o dia e havia a noite. Os lobos brancos e os lobos pretos. Eles não podiam se encontrar, não podiam se amar, mas se amavam. E então havia um pouco de luz na noite e um pouco de escuridão no dia.



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1 - Matilhas

Havia duas matilhas: a de lobos brancos e a de lobos pretos.

A matilha branca tinha o dever de espalhar a luz, formando assim o dia.

A matilha preta levava escuridão, formando a noite.

As matilhas nunca se cruzavam, mas em um dia onde a noite já jazia, um lobo branco, chamado Yang, se distanciou do amanhecer encontrando uma loba preta, Yin, que estava seguindo o caminho contrário da noite. Era a primeira vez que encontravam um lobo de outra matilha.

Quando se aproximaram, o mundo parou e formou-se o pôr do  sol, o equilíbrio do dia e da noite.

 

2- Dias Nublados

Eles tiveram de se distanciar para seguir o dia e a noite, mas sempre se encontravam no — agora criado — pôr do sol.

 Sentiam como se tivessem sido destinados a criar aquela união, para manter o equilíbrio.

Quando as matilhas tiveram conhecimento da união tentaram separá-los, porque para eles aquilo era errado, eram inimigos, aquilo não existia, eles temiam o surgimento do desequilíbrio.

Mas não sabiam que, ao separá-los, o desequilíbrio que nunca se fez presente surgiu, formando os dias nublados e tristes.

 Segundo a lenda, um dia Yin e Yang se encontrariam, mas o dualismo foi quebrado, o destino silenciado.

 

3- Mistério

  Os dois decidiram manter seus encontros secretos, mantendo seu amor alimentado e o equilíbrio do mundo.

 Eles amavam-se tanto que suas almas transformaram-se em energias complementares.

Agora, havia um pouco da noite em Yin, e havia um pouco do dia em Yang, mas havia pôr do sol nos dois.

As matilhas seguiram seus rumos, não interferindo mais na união, para que assim o desequilíbrio não retornasse.

Com este mistério dos opostos, Yin e Yang se complementam até hoje. No bem e no mal; no claro e escuro; no silêncio e som; no calor e no frio. E nunca ficam separados.


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