Vende-se Animais escrita por Android


Capítulo 1
Vende-se Animais!


Notas iniciais do capítulo

.-. História Original

??”.- Não copie, isso é feio.

.-. Espero que gostem.



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— Papai, papai! É hoje, arfante ela continua.

— Hoje é meu aniversário, vou ganhar o meu presente?

As sardas da pequena menina ruiva saltam enquanto ela pula de animação. Seu cabelo em tranças balança em suas costas ao saltar ao pé da cama. O casal ainda sonolento sorri para a criança que exala excitação.

— Certo, filha. Mais tarde vamos a loja, diz o homem com seu cabelo começando a perder seu tom e pequenas rugas ao redor da boca de tanto sorrir.

Ao decorrer do dia o coração da criança explode de emoção, ela finalmente terá o seu animalzinho. Em sua cabeça ela enumera todas as brincadeiras que terão assim como as aventuras que enfrentarão. Se apertando no pequeno elevador fétido e velho, a família desce lentamente do apartamento.

O sol já raiara a muito tempo, porém a nuvem de poeira impede a claridade de chegar às ruas que se iluminam com fileiras de postes que lembram fósforos amarelos e quentes queimando acima das ruas. Um pequenino animal sem pelo algum, se aninha no pé da Mãe que com nojo e repulsa o acerta no rosto. Seu pequeno nariz e lábios começam a sangrar e a mulher ri ao vê-lo engatinhar para longe com pressa.

— Animal, sarnento. Não quero um desses dentro de casa.

A família responde com gargalhadas enquanto se adiantam pelas calçadas desgastaras e sujas em direção da loja de animais.  Na vitrine um letreiro esmeralda brilha em meio as luzes do poste.

“Vende-se quadrúpedes e bípedes, com todas as vacinas e vermifugados!”

— Mamãe, mamãe. Eu quero um bípede!

Com sua voz doce e sonora a menina cantarola. Seu vestido rosa e opaco balança com suas piruetas na porta da loja. Os sapatos se chocam contra o chão em pequeninos estalos a medida que a criança gira.

Bípedes são difíceis de cuidar, você vai acabar deixando ele morrer, diz a mãe com rispidez.

— E isso é um problema?

O pai zomba ao passo que limpa seus óculos na camiseta pegajosa que acaba por os embaçar mais, terminando por entrar na loja. O grupo o segue aos cochichos e comentários sobre a loja e a escolha a fazer.

Bem-vindos, bem-vindos!

Um homem corpulento sai de atrás de um balcão de aproximando da família.

— Nós temos animais de todos os lugares do mundo, aqui, ele se engasga ao falar, porém continua.

— O que o senhor deseja? Ele nem mesmo espera a resposta e já conclui. Um quadrúpede asiático? Eles são bem inteligentes. Um bípede africano? Eles conseguem ficar muito tempo sem comer. O homem planeja continuar como em um discurso que a muito ele decorara.

— Eu não quero um mestiço na minha casa, muito menos um negro, o Pai cospe ao falar, respingos caem na testa do atendente que ignora e o fita com os olhos vidrados. Desejamos um quadrúpede caucasiano mesmo, não me importa de onde, ele conclui batendo o pé esquerdo no chão.

— Mas e o pelo, não deseja escolher? O atendente apontou para uma grande gaiola onde os animais se aprumam apertados um sobre os outros. Alguns chupando o dedo, outros dormindo, e até mesmo alguns brigando.

— Uma senhora comprou ontem aqui um de cabelos crespos maravilhoso, complementa o atendente.

Crespo? Grita o pai, suas bochechas corando. Você está querendo me vender um mestiço? Ele soca o balcão a sua frente fazendo um barulho que assusta todos os animais na loja. Se eu quisesse um animal estragado eu pegava na rua, eu quero um de raça.

O atendente assustado corre pela loja em tropeços, chuta uma gaiola com um filhote de bípede que geme de tontura ao parar de girar. Logo ele volta com um pequeno e amável, mas não muito, quadrúpede em seu colo. Sua pele macia e branca como o leite, seus pelos loiros e dois pequenos olhos azuis que se abrem lentamente como se tivesse acabado de acordar. A menina o arranca do colo do homem o envolvendo em seus braços, o animal resmunga e chora pelo ato grosseiro da menina, porém suas reclamações são cessadas com o forte aperto que a filha o dá, apesar de pequena ela o apertou como um urso agarra sua presa.

— Mamãe, esse vai ser meu novo filho, dando um leve suspiro ela focaliza nos olhos azulados do pequeno que cora ao não conseguir respirar direito, porém o momento de ternura acaba mais rápido do que a criança espera.

— Isso não é seu filho, é só um animal! A mãe atinge o rosto da filha com um frio e apático tapa.


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Notas finais do capítulo

,-, Se tiver algo que queira comentar cmg, não se acanhe pode comentar. Seja frustração, raiva, se não entendeu. kkkk

??”,- Espero que tenha gostado

,-, Te vejo em meus sonhos!



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