Bite Your Tongue (don't make a scene dear) escrita por Araimi


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Boa leitura



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A sala já está cheia quando Julieta entra. Ela desculpa-se pelo atraso e senta na primeira cadeira que encontra vazia. Atrás dela está sentada uma mulher mais velha com um coque um tanto quanto desgrenhado, ela puxou outra cadeira para perto de si, onde colocou um bebê conforto. Julieta dá uma espiada para o bebê lá dentro. A menina tem olhos azuis muito abertos, parece interessada com tudo, mas não parece que vá chorar. Julieta espere que continue assim. Ela olha para o rosto da mãe rapidamente antes de virar-se para frente e se pergunta como alguém pode parecer tão cansada e tão animada ao mesmo tempo.

Ao seu lado está um casal mais humilde, a mulher sorri para ela, mas o homem nem olha na sua direção, os braços cruzados, olhando para frente com cara de poucos amigos. Do lado deles está uma mulher loira que parece saída de uma capa de revista. Também parece que ele preferiria estar lá ao invés de em uma reunião de escola. Nas filas de trás tem outro homem mal humorado, ao lado dele está uma ruiva que parece achar a situação toda muitíssimo engraçada. Ao lado deles um homem barbudo que parece ser apenas um pouco mais velho que Julieta; ele balança a perna direita, ansioso para o início da reunião. Ele olha em direção a Julieta e sorri para ela como quem acha um aliado em meio àqueles pais mais velhos. Julieta desvia o olhar.

A porta da sala se abre e um homem já com alguns cabelos brancos entra, pedindo desculpas e sorrindo apaziguador, apesar do leve rubor em suas bochechas. Ele passa por Julieta e senta-se ao lado da mãe cansada/animada, mexendo com o bebê rapidamente.
A professora olha ao redor, conclui que todos estão ali e levanta-se para começar a reunião.

— Boa tarde. – Ela diz séria. – Bem, eu chamei os senhores aqui porque...

— Foi Elisabeta, não foi? – A mulher atrás de Julieta questiona nervosa. – É sempre Elisabeta.

Julieta sente-se irritar. Odeia quem interrompe os outros.
A professora não parece nem um pouco surpresa com a interrupção, olha para a mãe de Elisabeta e responde calmamente.

— Elisabeta está envolvida, dona Ofélia, mas não foi ela quem começou a confusão.

— Ah, menos mal. – Ofélia suspira e lança um olhar para o marido, que encolhe os ombros e sinaliza para que ela preste atenção.

A professora abre a boca para falar novamente, mas não consegue dizer palavra.

— Se não foi essa menina, deve ter sido Ludmila. – O homem mal humorado ao lado da mulher ruiva diz entredentes. – Com uma mãe que não dá limites, não me surpreende em nada que ela dê tanto trabalho.

A ruiva ri e rebate:

— Com um pai tão emocionalmente ausente, me surpreende que ela não dê mais trabalho.

O homem fica vermelho de raiva, parece prestes a responder, mas a professora os interrompe.

— Também não foi Ludmila quem começou a confusão, apesar de que sim, as coisas atingiram proporções maiores por causa dela e Elisabeta.

O pai de Ludmila e Ofélia exclamam, afirmando que sabiam desde o princípio. O pai de Elisabeta tenta acalmar os ânimos enquanto a mãe de Ludmila revira os olhos. A professora tem que tomar as rédeas da situação o mais rápido possível, antes que eles comecem a jogar acusações. Aqueles quatro já se encontraram diversas vezes naquela mesma sala. Ludmila e Elisabeta são simplesmente encrenqueiras e aonde uma vai, a outra costuma seguir.

É a loira, no entanto, quem chama a atenção.

— Será que a senhora pode simplesmente nos dizer o que aconteceu ou teremos que adivinhar?

A professora solta a respiração pesadamente e, quando percebe que tem a atenção de todos os pais, começa a história.

Tudo começou com Camilo.

Camilo, a professora já reparara, era um menino bastante sensível. Um tanto diferente dos outros meninos. Sabendo que a mãe dele era muito jovem, imaginou que ela fosse uma dessas mães da nova geração, que criam os filhos de uma maneira que os pais mais velhos jamais fariam. A questão é que Camilo, as vezes, usa sapatos de menina, tem uma mochila da Dora A Aventureira e, algumas sextas feitas (o dia de trazer brinquedos de casa), ele leva brinquedos de menina.

Naquela sexta, Camilo levara algumas Barbies e roupinhas para as mesmas. É claro que causou uma certa comoção entre as meninas. Talvez esse seja outro aspecto importante da história. Exceto por Januário e Rômulo, a maior parte das amizades de Camilo eram com meninas. As meninas o adoram, o acolheram como se ele fosse uma delas. A professora suspeitava que ele fosse gay, mas isso não vem ao caso.

O que vem ao caso é que Ema também tinha uma Barbie e os dois logo começaram a brincar juntos. Camilo deu uma de suas bonecas para Jane, sua amiga inseparável. Ludmila quis participar da brincadeira, pois ela adora roupas e moda. Elisabeta juntou-se a eles, mas apenas porque ela queria o carro da Barbie de Ema. Tudo estava bem nesse grupo.

Do outro lado da sala, outro grupo que também estava muito bem era o de Ernesto, Rômulo e Edmundo. Eles brincavam com seus bonecos de super-heróis e, apesar de que a brincadeiras parecia envolver muitas lutas, os meninos não estavam brigando entre si, então a professora deixou estar.

Tudo estava bem até não estar mais.

A professora não viu o início da briga, mas conseguiu juntar algumas coisas com o que os alunos contaram. Aparentemente Ernesto se incomodara com a brincadeira das meninas e Camilo. Os três meninos foram até eles e Ernesto indagou Camilo a respeito de suas bonecas e suas amizades e seu All Star cor de rosa. Ema se incomodou com o incômodo de Ernesto e os dois começaram a discutir, o que era bastante frequente, na verdade.

Dali as coisas apenas pioraram. Com os ânimos a flor da pele (a professora ainda teria que conversar com os pais de Ernesto sobre o gênio do menino), Ernesto chamou Camilo de maricas e o empurrou. Camilo caiu no mesmo instante, pois não é de seu feitio brigar. As meninas contaram para a professora que ele começou a chorar e os três meninos riram, fazendo piadas com ele.

Foi nesse momento que o pandemônio começou de verdade.

Ludmila empurrou Ernesto com tanta força que ele caiu por cima de Rômulo. Elisabeta, seguindo o exemplo da amiga, jogou o carro da Barbie de Ema no menino que restava de pé, Edmundo. Edmundo impediu que o carrinho atingisse seu rosto com as mãos, mas ele acabou atingindo Ernesto. Esse, já muito irritado, jogou o carrinho no chão e pisou nele até ficar em pedacinhos. Ema gritou, indignada, com lágrimas nos olhos. Ernesto chutou o que sobrou do brinquedo na direção das meninas e um dos pedacinhos atingiu o olho de Jane, que começou a chorar imediata e copiosamente. Então Camilo, doce Camilo, partiu para cima de Ernesto e os dois meninos caíram no chão entre arranhões, socos e pelo menos uma mordida. Rômulo e Edmundo partiram em defesa do amigo e jogaram-se naquela confusão. Ludmila e Elisabeta fizeram o mesmo. Ema tentava acudir Jane enquanto pedia inutilmente que os colegas se separassem ao mesmo tempo em que chorava pelo brinquedo quebrado.

A professora precisou da ajuda de mais dois professores para separar as crianças.

Ela olha para os pais quando termina a história e espera para ouvir o que eles têm a dizer. Eles passam alguns segundo em silêncio, aparentemente absorvendo a coisa toda. A única que parece estar quieta por medo de se descontrolar é a jovem mãe de Camilo. Ela está ficando vermelha.

— Ernesto fez isso? – Nicoletta, a mãe do menino, pergunta amargurada.

Julieta vira-se em direção a ela com seus olhos cheios de fúria. No mesmo instante, os pais de Ludmila começam uma discussão entre eles. Ofélia começa a falar alto, com todos e com ninguém. O marido dela tenta fazer com que ela se acalme, sem muito sucesso. A mãe de Rômulo e Edmundo olha ao redor entediada. O pai de Ema parece perdido e confuso.

A professora chama a atenção de volta para si.

— Eu chamei os senhores aqui porque, apesar de nunca termos tido problemas com todos eles, os filhos dos senhores já deram alguma dor de cabeça para a escola.

Josephine, a mãe de Rômulo e Edmundo, levanta uma mão elegante no ar.

— Me desculpe, mas os meus filhos nunca fizeram nada do tipo.

Gaetano, pai de Ernesto, ri debochado.

— Ah, não, os filhos da senhora são anjos na terra.

— Meus filhos não são nada do tipo. Eu reconheço os defeitos dele. Mas acho que temos que concordar aqui que Ernesto é um verdadeiro problema e uma péssima influência.

Nicoletta faz um barulho como se tivesse sido machucada, levando uma mão ao peito. Gaetano continua encarando Josephine, que o encara de volta e acrescenta:

— O menino já esteve em minha casa várias vezes. É um tanto espirituoso, irritadiço e explosivo. Mal criado, se podemos dizer.
Nicoletta tem lágrimas nos olhos, mas Gaetano parece cada vez mais furioso.

— Pois pode ficar tranquila que ele nunca mais vai aparecer por lá. – Ele garante.

Aurélio, pai de Ema, fala pela primeira vez. Ele fala baixo, olhando preocupado para todos, como se não quisesse piorar ainda mais as coisas.

— Eu não quero ofender o senhor e sua esposa quanto a criação de seu filho, mas não é a primeira vez que eu sou chamado aqui por conta de Ernesto e algo que ele fez a Ema.

— O temperamento de Ernesto realmente tem sido um desafio. – A professora comenta.

Julieta, mais nervosa do que estivera no início da confusão toda, diz:

— O temperamento... ora, será que podemos parar de tratar esse menino como uma vítima? Ele claramente é um bully.

Gaetano revira os olhos e Julieta quase pode ler seus pensamentos. Ele com certeza é uma dessas pessoas que acreditam que bullying não passa de um exagero. Não a surpreende em nada que seu filho aja daquela maneira.

— Caso o senhor não saiba, isso é exatamente o que ele fez com o meu filho. Bullying. É crime, é errado e pode deixar marcas no psicológico de uma criança para sempre. – Ela diz olhando para ele.

Gaetano dá de ombros.

— Quem manda o filho para escola com brinquedos de menina e não espera que ele seja caçoado?

Nicoletta coloca uma mão sobre o braço do marido, olhando para Julieta como quem pede desculpas. Aurélio concorda com Julieta do outro lado da sala e diz:

— Ele tem feito bullying com a minha filha desde o início das aulas. Puxando o cabelo dela e dando apelidos. O que a escola tem feito sobre isso?

— Aparentemente o mesmo que os pais. – Sofia, mãe de Ludmila, diz. – Nada.

— O mesmo que você vai fazer com Ludmila? – Adalberto indaga. – Ela quem começou a confusão e aposto que você nem vai castiga-la.

Sofia olhou para ele como se uma segunda cabeça tivesse brotado em seu pescoço.

— Você não ouviu a história? Ela estava defendendo um amigo. Eu não vou castiga-la por defender alguém que estava sofrendo bullying. – Ela faz um vago gesto com a mão em direção a Julieta. – Ela está certa. Qual o seu nome, querida?

— Julieta Sampaio.

— Julieta está certa. – Sofia declara. - É bullying. Quem aqui tem filhos que já sofreram por causa de Ernesto?

Aurélio levanta uma mão no ar, olhando ao redor. Julieta acha estúpido, mas também levanta. Ofélia olha ao redor, olha para Nicoletta, parecendo em dúvida se deve ou não levantar o braço. Felisberto faz isso por ela. Josephine faz o mesmo, tão displicentemente quando pode. Gaetano olha para ela como se ela fosse a maior mentirosa do mundo.

— Muito bem. – A professora retoma as rédeas da situação. – Dona Nicoletta, seu Gaetano. Ernesto tem sido um problema. Ele é um menino explosivo, irritadiço, não gosta de ser contrariado. Tem essa situação com Ema, que eu creio ser coisa de menino. Acho que ele gosta dela e não sabe lidar com isso. Mas ele está sempre se metendo em brigas. A escola faz o que pode, mas temos que ter a colaboração dos pais. Talvez fosse o caso dele ter algum tipo de acompanhamento profissional.

— Um psicólogo? – Nicoletta pergunta chorosa.

— Meu filho não é doido. – Gaetano resmunga.

— Não, não. – A professora tenta apaziguar. – Ele é um menino muito bom quando quer ser. Terapia poderia ajuda-lo a lidar melhor com suas emoções.

Felisberto inclinou-se para mais perto do amigo, tocando seu braço.

— Cecília fez terapia. Ela disse que se divertia bastante. Foi muito bom para ela. Pode ser bom para o menino.

Gaetano resmungou algo para Felisberto, desvencilhando-se dele, e depois disse mais alto para a professora:

— Escute, eu não vejo necessidade de terapia alguma.

— É claro que não vê. Não é o seu filho que está sofrendo. – Aurélio fala nervoso.

— Tampouco sua filha. O menino gosta dela. É assim que meninos são.

Sofia e Julieta estão cada vez mais nervosas, cada uma querendo agredir o pai de Ernesto de uma maneira diferente.

— Eu não sou um desses pais que acha que os filhos precisam de terapia. Ou que criam meninos como meninas.

Ele lança um olhar em direção à Julieta e aquilo é demais para ela. Ela se levanta, olhando-o intensamente.

— Primeiro de tudo, eu não estou criando meu filho como uma menina. Ele gosta de rosa e de bonecas e de “coisas de menina”, como o senhor diz. Isso não faz dele menos menino, porque cores e brinquedos não têm gênero. Eu não me importo que ele goste dessas coisas, eu não me importo se vocês acham que ele age como uma menina. Não me interessa se daqui uns anos ele disser que é gay. A única coisa que importa pra mim é que ele seja uma pessoa boa, que seja gentil. Que não seja covarde ou mesquinho ou violento. E até aqui me parece eu estou fazendo um bom trabalho. Eu estou criando uma pessoa boa. Uma pessoa decente. É uma pena que o senhor não esteja fazendo o mesmo. – Ela olha para a professora. – Eu espero que a escola tome uma atitude quanto a isso. Eu não quero que meu filho sofra por ser quem ele é. E espero que alguma atitude seja tomada quanto a menina Ema também. Que estupidez é essa de que ele a machuca porque gosta dela? É esse tipo de ideia idiota e irresponsável que faz meninas se tornarem mulheres que se veem presas em relacionamentos abusivos simplesmente porque cresceram ouvindo que violência é uma maneira de demonstrar amor. Isso é doentio. Tem que acabar. Se algo assim acontecer de novo, eu tiro meu filho dessa escola em dois tempos e sugiro que os senhores façam o mesmo.

Julieta acaba seu discurso e não sabe o que fazer depois disso. Os outros pais e a professora a encaram de boca aberta. Ela coloca a bolsa no ombro e ouve o aplauso de Sofia. Julieta olha para a mulher, mas não consegue decidir se ela está sendo irônica ou não, então simplesmente sai da sala de aula. Sofia ri.

— Gostei dela.

O pai de Ludmila cruza os braços, irritado com a situação toda e querendo ir embora.

— Fique quieta, Sofia. – Ele diz.

— Fique quieto você, Adalberto. – Ela responde, instantaneamente irritada.

E, não só porque ela é a mãe de sua filha e sua ex-mulher, mas também porque ela é consideravelmente mais rica e sua chefa, Adalberto obedece.

Aurélio levanta-se.

— Julieta está certa. Eu não vou mais admitir que minha filha sofra.

Ele olha para Nicoletta e Gaetano; Nicoletta chora, Gaetano está mudo, olhando para o chão; olha para a professora e retira-se. Josephine, que queria ir embora no momento em chegou, não perde a oportunidade e também se levanta.

— Bem, tenham uma boa tarde. – Ela deseja e vai embora.

A professora suspira. A reunião não estava sendo como ela imaginou. Ela pede calma, para os pais e para ela mesma. Ainda tem o que falar sobre Ernesto, Elisabeta e Ludmila. Seus alunos mais difíceis.

No corredor, Aurélio corre para alcançar Julieta. Ela caminha rápido, o barulho de seus sapatos ressoando pelo piso.

— Julieta! Julieta!

Ela vira-se em direção a ele, uma expressão confusa no rosto.

— Sim?

Aurélio sorri, estendendo uma mão em sua direção.

— Eu me chamo Aurélio. Sou pai da Ema.

Julieta continua confusa.

— Eu sei.

— Aquilo que você disse sobre as meninas serem ensinadas que violência é uma forma de demonstrar amor. Eu nunca tinha pensando nisso.

Julieta o olha, olha para seu relógio e volta a olhar para ele.

— É, bem, eu penso nisso bastante.

— Você está certa. Eu engoli essa desculpa da professora durante um tempo, afinal, foi assim que nós crescemos. Mas você está certíssima. Ema merece ser tratada com respeito e carinho e ela deve saber disso desde agora.

— Sim.

Julieta está cada vez mais confusa sobre o que aquele desconhecido quer com ela. Não é todo dia que isso acontece. Aurélio parece perceber seu incômodo.

— Desculpe. Você deve estar me achando um maluco. Minha esposa, ela morreu há um tempo. Somos só eu e Ema agora.

— Eu sinto muito.

— Obrigada. Acho que, agora que eu sou pai solteiro de uma menina, me vejo na obrigação de ser um feminista, sabe. Estou tentando desaprender tudo o que me ensinaram. Tentando enxergar o mundo de uma maneira diferente. Por Ema.

Julieta sorri amarelo, inquieta com aquela abordagem e pelo fato de estarem sozinhos no corredor.

— Bem, boa sorte. – Ela diz, sorrindo rapidamente em seguida e voltando a caminhar.

Aurélio caminha junto a ela.

— Você é mãe solteira também, não?

— Sou.

— Ema me fala de muito de Camilo. Eles são bons amigos. Ele me parece ser um bom menino. Meus parabéns.

Julieta olha para ele longamente, para seu sorriso e seus olhos azuis gentis.

— Obrigada. – Ela diz com sinceridade.

Ele encolhe os ombros, sorrindo ainda mais.

— Você... – Ele começa. – Você gostaria de ir tomar um café?

O coração de Julieta acelera. Ela sente suas mãos suarem.

— Agora?

— É. Algum problema?

Julieta olha para o relógio.

— Eu tenho que voltar para o trabalho. E depois tenho que ir direto para casa, Camilo está com a babá. Sinto muito.

Ela diz tudo rapidamente e começa a andar para longe dele antes que Aurélio ache uma solução ou proponha algo diferente.

— Ah. Outro dia talvez?

Julieta já está há alguns metros dele, vira-se rapidamente e diz:

— Quem sabe. – Sorri amarelo e passa pela porta de entrada da escola, desaparecendo de vista.

Aurélio continua parado no mesmo lugar, sorrindo de orelha a orelha.

— Que mulher é essa? – Ele pergunta para si mesmo.


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Notas finais do capítulo

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