Nacionalidades Amorosas... escrita por EPcraft
Passado duas semanas...
Estávamos todos na piscina.
O dia estava ótimo. Fato de Portugal: as estações do ano, maioria das vezes, nunca são enganosas.
Enfim, aquela tarde de verão estava a ser SUPER divertida.
Jogamos à bola, fizemos brincadeiras de criança, nunca é tarde de mais para se relembrar da infância, e Dakar a achar aquilo uma borga, claro.
É incrível ver como os laços de amizade entre nós quatro aumentaram de tamanho.
Eu e Night somos um caso à parte mas de resto...
E claro, Night e Castiel também estão cada vez melhor no relacionamento.
Fico feliz que finalmente Night tenha encontrado alguém.
De vez em quando acho que não, mas ela mereceu. Mereceu encontrar o verdadeiro amor.
Em relação a mim e ao Castiel, somos amigos, sim. Mas nem tão próximos com eu e o Nathaniel.
Enfim.
Eu estava deitada na espreguiçadeira, a curtir o sol.
Como eu amo o verão.
— Amy?- senti alguém cutucar o meu braço enquanto chamava o meu nome.
Abri os olho, olhei para o lado e revelei a imagem do Nathaniel.
— Olá.-disse eu.
— Oi. Desculpa se incomodei você, mas é que eu cansei de estar ali e pensei que você quisesse conversar.- explicou-se.
— Tudo bem. Tu não incomodas nada.- respondi.
Ele sentou-se na espreguiçadeira do meu lado direito e eu repeti o gesto levantando-me e ficando de frente para ele também sentada.
— Sabes isto faz-me lembrar quando eu e a Night fomos ao parque aquático com o Armin e o Alexy. Uns amigos nossos da primária.- expliquei-lhe antes que ele perguntasse algo.
— Sério? Porquê?- acabou por perguntar alguma coisa.
— Porque eles eram muito amigos. Éramos como melhores amigos. Desde o sexto ano nós nunca mais os vimos. A não ser pelas redes sociais e assim. E também porque eu e Night tivemos um "acidente" na vinda para casa.- disse.
— Que tipo de acidente?- perguntou.
— A mãe do Armin e do Alexy, que são gémeos, adormeceu por fracção de segundos enquanto ia pela autoestrada. Eu e Night íamos a cantar as músicas da rádio, com uma escova de cabelo a fazer de microfone. Não perguntes.- disse eu.
Rimos os dois.
— E como ela adormeceu bateu com lateral do carro em umas coisas quaisquer lá da autoestrada. Night ainda torceu o pescoço. Mas graças a Deus não foi nada demais. O carro é que ficou arranhado de farol a farol- terminei de contar a história do acidente.
Ficamos lá um tempo a falar sobre o dia em que eu fui ao parque aquático.
Bons tempos.
De repente Nath recebeu uma chamada.
— Posso?- perguntou se referindo se poderia atender a chamada.
— Claro. Vai lá.- disse eu.
Ele deslizou o dedo na tela e colocou o aparelho no ouvido.
Ele foi até à sala e ficou lá.
Vinte minutos depois...
Já havíamos saído da piscina.
Nathaniel depois de atender a chamada não foi mais para a piscina ter connosco.
Decidi ir até ao quarto dele ver o que se passava.
Subi as escadas, fui até à porta do quarto dele e bati nela.
— Entre.- ouvi ele dizer do outro lado.
Abri a porta e entrei.
Fiquei paralisada quando vi o que estava lá dentro juntamente com Nath.
— Nathaniel, porque é que estás a fazer as malas?- perguntei.
— Amy, vem cá.- ele veio até mim e pegou nas minhas mãos.
Puxou-me até beirada da cama e sentamos os dois ali.
— Amy, quem me ligou à pouco foi minha mãe. Ela falou que minha irmã quebrou uma perna e precisava da minha ajuda para cuidar dela. Nem deu tempo de eu dizer nada ela apenas disse que eu tinha que voltar para o Brasil amanhã. Caso contrário minha irmã viria para aqui e nós seriamos obrigados a ficar e cuidar dela. Eu não quero que minha mão fique sozinha. E também não quero dar trabalho.- ele ia continuar as eu interrompi-o.
— Ela pode vir para aqui. Não há problema. Eu não me importo.- sem dar por mim eu já estava a deixar escorrer uma lágrima.
— Amy, eu já comprei os bilhetes. Eu não sei quanto tempo ficarei lá. É só até minha irmã recuperar.- ele levou a mão até ao meu rosto e limpou a lágrima que à pouco caía.
Como eu posso não chorar se o Nathaniel vai embora e eu nem lhe vou poder dizer que o amo?
Sem pensar duas vezes eu abracei-o.
— Adoro-te.- acabei por dizer isto. Para não dizer "Amo-te" sem querer.
— Também eu.- disse ele.
Ficamos abraçados por um tempo.
E claro. Eu estava a chorar.
— Não chore. Nós iremos sempre manter o contacto.- disse ele.
Isso era verdade. De certeza iremos sempre conversar. Fosse por videochamada, SMS ou qualquer coisa assim.
Depois disso eu ajudei-o a fazer as malas.
No dia seguinte...
Eram uma da tarde.Estávamos no Aeroporto. Nathaniel já tinha feito o check-in e assim.
Bom, era agora a despedida.
Primeiro ele foi ter com o Castiel que se despediu dele com aqueles cumprimentos de "brothers" sabem.
Em seguida Night com um beijo na bochecha e um abraço.
Por fim veio ter comigo. E eu, sensível como sou, já estava a chorar.
Ele pegou nas minhas mãos e fez-me olha-lo nos olhos. Os olhos cor de mel que quase me punham tonta.
— Eu voltarei logo.- disse ele.
— Eu vou esperar o tempo que for preciso para estares aqui de volta.- respondi.
Abraçamo-nos.
Ficamos abraçados durante sei lá quanto tempo.
De repente eu lembrei-me de uma coisa.
— Tenho uma coisa para ti.- disse soltando-me dele.
Peguei na minha mala e tirei de lá um Pen-Drive.
Entreguei-lhe.
— O que é isso?- perguntou-me.
— Tu verás.- respondi.
Ele sorriu.
Abraça-mo-nos mais uma vez.
Separa-mo-nos e olhamos um para o outro. Ficamos a encarar-nos.
— Não te esqueças de mim.- pedi.
— Como poderia esquecer?- perguntou.
Abraça-mo-nos pela última vez e ele teve de entrar no avião.
Acenamos a mão a encara-lo pelo vidro da janela.
Ele retribuiu o gesto.
Espero que ele volte logo.
CONTINUA...
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