Nacionalidades Amorosas... escrita por EPcraft


Capítulo 21
De volta ao Brasil?




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Passado duas semanas...

Estávamos todos na piscina.

O dia estava ótimo. Fato de Portugal: as estações do ano, maioria das vezes, nunca são enganosas.

Enfim, aquela tarde de verão estava a ser SUPER divertida.

Jogamos à bola, fizemos brincadeiras de criança, nunca é tarde de mais para se relembrar da infância, e Dakar a achar aquilo uma borga, claro.

É incrível ver como os laços de amizade entre nós quatro aumentaram de tamanho.

Eu e Night somos um caso à parte mas de resto...

E claro, Night e Castiel também estão cada vez melhor no relacionamento.

Fico feliz que finalmente Night tenha encontrado alguém.

De vez em quando acho que não, mas ela mereceu. Mereceu encontrar o verdadeiro amor.

Em relação a mim e ao Castiel, somos amigos, sim. Mas nem tão próximos com eu e o Nathaniel.

Enfim.

Eu estava deitada na espreguiçadeira, a curtir o sol.

Como eu amo o verão.

— Amy?- senti alguém cutucar o meu braço enquanto chamava o meu nome.

Abri os olho, olhei para o lado e revelei a imagem do Nathaniel.

— Olá.-disse eu.

— Oi. Desculpa se incomodei você, mas é que eu cansei de estar ali e pensei que você quisesse conversar.- explicou-se.

— Tudo bem. Tu não incomodas nada.- respondi.

Ele sentou-se na espreguiçadeira do meu lado direito e eu repeti o gesto levantando-me e ficando de frente para ele também sentada.

— Sabes isto faz-me lembrar quando eu e a Night fomos ao parque aquático com o Armin e o Alexy. Uns amigos nossos da primária.- expliquei-lhe antes que ele perguntasse algo.

— Sério? Porquê?- acabou por perguntar alguma coisa.

— Porque eles eram muito amigos. Éramos como melhores amigos. Desde o sexto ano nós nunca mais os vimos. A não ser pelas redes sociais e assim. E também porque eu e Night tivemos um "acidente" na vinda para casa.- disse.

— Que tipo de acidente?- perguntou.

— A mãe do Armin e do Alexy, que são gémeos, adormeceu por fracção de segundos enquanto ia pela autoestrada. Eu e Night íamos a cantar as músicas da rádio, com uma escova de cabelo a fazer de microfone. Não perguntes.- disse eu.

Rimos os dois.

— E como ela adormeceu bateu com lateral do carro em umas coisas quaisquer lá da autoestrada. Night ainda torceu o pescoço. Mas graças a Deus não foi nada demais. O carro é que ficou arranhado de farol a farol- terminei de contar a história do acidente.

Ficamos lá um tempo a falar sobre o dia em que eu fui ao parque aquático.

Bons tempos.

De repente Nath recebeu uma chamada.

— Posso?- perguntou se referindo se poderia atender a chamada.

— Claro. Vai lá.- disse eu.

Ele deslizou o dedo na tela e colocou o aparelho no ouvido.

Ele foi até à sala e ficou lá.

Vinte minutos depois...

Já havíamos saído da piscina.

Nathaniel depois de atender a chamada não foi mais para a piscina ter connosco.

Decidi ir até ao quarto dele ver o que se passava.

Subi as escadas, fui até à porta do quarto dele e bati nela.

— Entre.- ouvi ele dizer do outro lado.

Abri a porta e entrei.

Fiquei paralisada quando vi o que estava lá dentro juntamente com Nath.

— Nathaniel, porque é que estás a fazer as malas?- perguntei.

— Amy, vem cá.- ele veio até mim e pegou nas minhas mãos. 

Puxou-me até beirada da cama e sentamos os dois ali.

— Amy, quem me ligou à pouco foi minha mãe. Ela falou que minha irmã quebrou uma perna e precisava da minha ajuda para cuidar dela. Nem deu tempo de eu dizer nada ela apenas disse que eu tinha que voltar para o Brasil amanhã. Caso contrário minha irmã viria para aqui e nós seriamos obrigados a ficar e cuidar dela. Eu não quero que minha mão fique sozinha. E também não quero dar trabalho.- ele ia continuar as eu interrompi-o.

— Ela pode vir para aqui. Não há problema. Eu não me importo.- sem dar por mim eu já estava a deixar escorrer uma lágrima.

— Amy, eu já comprei os bilhetes. Eu não sei quanto tempo ficarei lá. É só até minha irmã recuperar.- ele levou a mão até ao meu rosto e limpou a lágrima que à pouco caía.

Como eu posso não chorar se o Nathaniel vai embora e eu nem lhe vou poder dizer que o amo?

Sem pensar duas vezes eu abracei-o.

— Adoro-te.- acabei por dizer isto. Para não dizer "Amo-te" sem querer.

— Também eu.- disse ele.

Ficamos abraçados por um tempo.

E claro. Eu estava a chorar.

— Não chore. Nós iremos sempre manter o contacto.- disse ele.

Isso era verdade. De certeza iremos sempre conversar. Fosse por videochamada, SMS ou qualquer coisa assim.

Depois disso eu ajudei-o a fazer as malas. 

No dia seguinte...

Eram uma da tarde.Estávamos no Aeroporto. Nathaniel já tinha feito o check-in e assim.

Bom, era agora a despedida. 

Primeiro ele foi ter com o Castiel que se despediu dele com aqueles cumprimentos de "brothers" sabem.

Em seguida Night com um beijo na bochecha e um abraço.

Por fim veio ter comigo. E eu, sensível como sou, já estava a chorar.

Ele pegou nas minhas mãos e fez-me olha-lo nos olhos. Os olhos cor de mel que quase me punham tonta.

— Eu voltarei logo.- disse ele.

— Eu vou esperar o tempo que for preciso para estares aqui de volta.- respondi.

Abraçamo-nos.

Ficamos abraçados durante sei lá quanto tempo.

De repente eu lembrei-me de uma coisa.

— Tenho uma coisa para ti.- disse soltando-me dele.

Peguei na minha mala e tirei de lá um Pen-Drive.

Entreguei-lhe.

— O que é isso?- perguntou-me.

— Tu verás.- respondi.

Ele sorriu.

Abraça-mo-nos mais uma vez.

Separa-mo-nos e olhamos um para o outro. Ficamos a encarar-nos.

— Não te esqueças de mim.- pedi.

— Como poderia esquecer?- perguntou.

Abraça-mo-nos pela última vez e ele teve de entrar no avião.

Acenamos a mão a encara-lo pelo vidro da janela.

Ele retribuiu o gesto.

Espero que ele volte logo.

 

 

CONTINUA...


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