Nacionalidades Amorosas... escrita por EPcraft


Capítulo 16
Pedido de desculpas...




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Depois do jantar...

Assim que acabamos de jantar eu fui tomar banho. Vesti o meu pijama penteei os cabelos e em seguida sequei-os. Eu e Nathaniel ainda não tínhamos dirigido a palavra um ao outro. Sinto que deveria pedir desculpas.

Fiquei a pensar nisso durante um bom tempo enquanto escovava os dentes.

Fui até ao meu quarto.

Abri os lençóis da cama e deitei-me encostando as costas à cabeceira da cama.

Peguei num livro que estava na mesinha que estava ao meu lado.

Abri-o na página em que, na última noite tinha parado.

Acendi a luz do candeeiro e comecei a ler.

Eu fazia aquilo todas as noites. A meio o sono vinha. Mas desta vez não veio.

Já tinha passado uma hora e eu não tinha sono.

Deviam ser onze e meia da noite quando eu desisti de ler.

Castiel, Night e Nath já deviam ter ido dormir.

E, para eles eu já estava a dormir à muito.

Mal eles sabiam que eu ainda não pregava olho.

O motivo de eu não dormir era saber que eu não tinha pedido desculpas ao Nath. E ainda por cima ficava a pensar na vida.

A imagem do beijo do Nathaniel e da Melody não prava de se repetir na minha mente.

Por mais que ele tenha dito que não gosta dela como namorada eu ainda tinha ciúmes.

Decidi deixar isso de parte e pedir desculpas no dia seguinte.

Eu precisava de dormir.

Tive a ideia de ir beber alguma coisa quente à cozinha para ver se conseguia pregar o olho.

Então eu levantei-me da cama e saí do quarto.

Quando saí porta fora vi que a luz de um dos quartos estava acesa. Era a luz do quarto do Nathaniel.

Será que ele está acordado?

Decidi ir conferir isso.

Fui até à porta do quarto dele e coloquei apenas a cabeça dentro do quarto. Consegui ver ele em cima da cama, encostado com as costas na cabeceira a ler um livro. Tínhamos o mesmo costume.

O quarto dele era bonito, arrumado, continha um tom de azul e branco. A cama ficava mesmo ao lado da porta. Na parede em frente à porta havia uma estante com alguns livros. E mais detalhes como o chão e uma parte da parede em madeira.

Havia uns quadros na parede.

Uau. Ele tem jeito para arrumar e decorar.

— Nathaniel.- ganhei coragem e chamei a atenção dele.

Ele deitou o livro nas pernas e olhou para mim.

— Amy.- sorriu.

Ok, eu não vou perguntar porque é que ele sorriu.

— Posso entrar?- perguntei.

— Claro. Sente aqui.- disse ele enquanto se chagava mais para o lado e apontava para um sítio vago na cama dele.

Eu então fui até lá e sentei-me ao seu lado.

— Nathaniel, eu quero pedir desculpas por ter sido tão rude contigo hoje à tarde. O que eu queria dizer era que, tu não precisas de me dizer tudo o que aquilo que faz parte da tua vida pessoal a mim. Tu não és obrigado.- expliquei.

— Eu sei. Mas eu me sinto obrigado. Porque eu confio em você. E sei que se eu contar algo que seja muito pessoal para mim você não vai dizer a ninguém.- ele disse aquilo com uma voz muito doce.

— É bom saber. Eu também confio muito em ti.- disse.

— Eu sei disso.- ao dizer isto Nathaniel levou uma das suas mãos ao meu rosto e fez um carinho com o polegar nele.

Não consegui conter um sorriso.

De repente o Nathaniel olhou bem nos meus olhos e disse:

— E... o beijo que a Melody me roubou. Não se compara aquele que nós demos no dia da Copa em que Portugal jogou contra Marrocos.- o polegar que à pouco acariciava a minha bochecha desceu para os meus lábios, e fez um carinho lá.

Não consegui esconder as bochechas rosadas.

Quase que me perdia enquanto olhava naqueles olhos dourados.

— Eu tenho certeza que se beija-se outro nunca seria igual aquele beijo.- deixei escapar esta frase.

De repente ouvimos bem o que estávamos a dizer e acabamos com aquele clima. Ambos ruborizados.

— *Cof, Cof* Então , tu não consegues dormir, é?- tentei desviar o assunto.

— Sim. Eu costumo ler um livro antes de ir dormir e acabo sempre por ter sono mas, hoje não.- explicou.

Achei engraçado o nosso motivo ser o mesmo.

Então de repente sorri.

Nathaniel percebeu a minha reação e perguntou:

— Que foi?

— É que eu também estava assim. Eu também costumo ler antes de ir dormir e isso acaba por me dar sono , só que, hoje, não consigo pregar olho.- expliquei.

Rimos os dois.

— Se você quiser podemos ouvir um pouco de música para ver se o sono acaba vindo.- ele sugeriu.

— Ok. Eu aceito a sugestão.- concordei com ele.

Ele então pegou no telemóvel, colocou os fones e entregou-me um.

Eu coloquei-o e ele colocou o dele.

— Se quiser pode se deitar aqui. Eu não me importo.- ele disse dando permissão para que eu me deitasse ao lado dele.

Não é a primeira vez que nos deitamos na mesma cama, afinal, já tínhamos feito isso quando o Ricardo aqui estava.

Então eu puxei os lençóis e deitei-me ao lado dele, encostando as minhas costas na cabeceira e colocando os cobertores por cima das minhas pernas.

O Nathaniel carregou no play e começou a dar a música "Peito" dos HMB.

— Eu amo esta música.- dissemos os dois ao mesmo tempo.

— Sério? Eu conheci esta banda quando ouvimos "O Amor é Assim" no dia em que nos mudamos para cá lembra?- Nathaniel perguntou.

— Lembro. Esta é a minha música favorita deles.- disse eu.

— A minha também.- respondeu.

— Então a partir de agora esta pode ser a nossa música.- dei esta sugestão.

— Claro. Eu adorei a ideia.- ele concordou.

Ficamos a ouvir algumas músicas e de repente eu bocejei.

Estiquei os braços e disse:

— Acho que os sono já está-me a bater à porta. Eu vou dormir.

Estava a preparar-me para levantar quando o Nath puxa-me pelo braço.

— Pode dormir aqui se quiser.- o meu coração quase deu um pulo quando ele disse aquilo.

— Aqui? Dormir contigo?- perguntei o óbvio.

— Sim. Mas se você não quiser porque acha desconfortável tudo bem.- que fofo! Ele está sempre a tentar achar conforto para aqueles que gosta. 

No caso aqui é por amizade.

— Não, tudo bem. Eu também não estava com vontade de ficar sozinha num quarto escuro.- expliquei.

— Então tudo bem. Eu só vou apagar a luz e fechar a porta e podemos nos deitar.- disse ele.

— Tá.-concordei.

Ele fez o que disse e deitou-se.

Em seguida deitei-me eu.

Não vou mentir. Eu estava constrangida e envergonhada.

Mas feliz em saber que a nossa amizade era assim tão íntima.

Eu deitei-me de costas para ele. Por mais que estivesse escuro eu tinha medo que as minhas bochechas fossem como o nariz do Redolfo e brilhassem de TÃO vermelhas que estavam.

— P-posso te abraçar?- Nathaniel fez esta pergunta completamente inesperada.

Quase que eu morria ali. 

—P-podes.- respondi.

Ele então colocou o braço sobre a minha cintura e puxou-me mais contra ele.

Só serviu para eu ficar mais constrangida e envergonhada.

Mas era bom estar nos braços dele.

O sono parecia que tinha passado. Mas de repente ele voltou.

Quando dei por mim estava a sonhar.

 

 

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Pessoal, para verem o quarto do Nath têm de descer um pouco mais para baixo e logo vai estar lá.

Beijos! ♥



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