Nacionalidades Amorosas... escrita por EPcraft
Depois do jantar...
Assim que acabamos de jantar eu fui tomar banho. Vesti o meu pijama penteei os cabelos e em seguida sequei-os. Eu e Nathaniel ainda não tínhamos dirigido a palavra um ao outro. Sinto que deveria pedir desculpas.
Fiquei a pensar nisso durante um bom tempo enquanto escovava os dentes.
Fui até ao meu quarto.
Abri os lençóis da cama e deitei-me encostando as costas à cabeceira da cama.
Peguei num livro que estava na mesinha que estava ao meu lado.
Abri-o na página em que, na última noite tinha parado.
Acendi a luz do candeeiro e comecei a ler.
Eu fazia aquilo todas as noites. A meio o sono vinha. Mas desta vez não veio.
Já tinha passado uma hora e eu não tinha sono.
Deviam ser onze e meia da noite quando eu desisti de ler.
Castiel, Night e Nath já deviam ter ido dormir.
E, para eles eu já estava a dormir à muito.
Mal eles sabiam que eu ainda não pregava olho.
O motivo de eu não dormir era saber que eu não tinha pedido desculpas ao Nath. E ainda por cima ficava a pensar na vida.
A imagem do beijo do Nathaniel e da Melody não prava de se repetir na minha mente.
Por mais que ele tenha dito que não gosta dela como namorada eu ainda tinha ciúmes.
Decidi deixar isso de parte e pedir desculpas no dia seguinte.
Eu precisava de dormir.
Tive a ideia de ir beber alguma coisa quente à cozinha para ver se conseguia pregar o olho.
Então eu levantei-me da cama e saí do quarto.
Quando saí porta fora vi que a luz de um dos quartos estava acesa. Era a luz do quarto do Nathaniel.
Será que ele está acordado?
Decidi ir conferir isso.
Fui até à porta do quarto dele e coloquei apenas a cabeça dentro do quarto. Consegui ver ele em cima da cama, encostado com as costas na cabeceira a ler um livro. Tínhamos o mesmo costume.
O quarto dele era bonito, arrumado, continha um tom de azul e branco. A cama ficava mesmo ao lado da porta. Na parede em frente à porta havia uma estante com alguns livros. E mais detalhes como o chão e uma parte da parede em madeira.
Havia uns quadros na parede.
Uau. Ele tem jeito para arrumar e decorar.
— Nathaniel.- ganhei coragem e chamei a atenção dele.
Ele deitou o livro nas pernas e olhou para mim.
— Amy.- sorriu.
Ok, eu não vou perguntar porque é que ele sorriu.
— Posso entrar?- perguntei.
— Claro. Sente aqui.- disse ele enquanto se chagava mais para o lado e apontava para um sítio vago na cama dele.
Eu então fui até lá e sentei-me ao seu lado.
— Nathaniel, eu quero pedir desculpas por ter sido tão rude contigo hoje à tarde. O que eu queria dizer era que, tu não precisas de me dizer tudo o que aquilo que faz parte da tua vida pessoal a mim. Tu não és obrigado.- expliquei.
— Eu sei. Mas eu me sinto obrigado. Porque eu confio em você. E sei que se eu contar algo que seja muito pessoal para mim você não vai dizer a ninguém.- ele disse aquilo com uma voz muito doce.
— É bom saber. Eu também confio muito em ti.- disse.
— Eu sei disso.- ao dizer isto Nathaniel levou uma das suas mãos ao meu rosto e fez um carinho com o polegar nele.
Não consegui conter um sorriso.
De repente o Nathaniel olhou bem nos meus olhos e disse:
— E... o beijo que a Melody me roubou. Não se compara aquele que nós demos no dia da Copa em que Portugal jogou contra Marrocos.- o polegar que à pouco acariciava a minha bochecha desceu para os meus lábios, e fez um carinho lá.
Não consegui esconder as bochechas rosadas.
Quase que me perdia enquanto olhava naqueles olhos dourados.
— Eu tenho certeza que se beija-se outro nunca seria igual aquele beijo.- deixei escapar esta frase.
De repente ouvimos bem o que estávamos a dizer e acabamos com aquele clima. Ambos ruborizados.
— *Cof, Cof* Então , tu não consegues dormir, é?- tentei desviar o assunto.
— Sim. Eu costumo ler um livro antes de ir dormir e acabo sempre por ter sono mas, hoje não.- explicou.
Achei engraçado o nosso motivo ser o mesmo.
Então de repente sorri.
Nathaniel percebeu a minha reação e perguntou:
— Que foi?
— É que eu também estava assim. Eu também costumo ler antes de ir dormir e isso acaba por me dar sono , só que, hoje, não consigo pregar olho.- expliquei.
Rimos os dois.
— Se você quiser podemos ouvir um pouco de música para ver se o sono acaba vindo.- ele sugeriu.
— Ok. Eu aceito a sugestão.- concordei com ele.
Ele então pegou no telemóvel, colocou os fones e entregou-me um.
Eu coloquei-o e ele colocou o dele.
— Se quiser pode se deitar aqui. Eu não me importo.- ele disse dando permissão para que eu me deitasse ao lado dele.
Não é a primeira vez que nos deitamos na mesma cama, afinal, já tínhamos feito isso quando o Ricardo aqui estava.
Então eu puxei os lençóis e deitei-me ao lado dele, encostando as minhas costas na cabeceira e colocando os cobertores por cima das minhas pernas.
O Nathaniel carregou no play e começou a dar a música "Peito" dos HMB.
— Eu amo esta música.- dissemos os dois ao mesmo tempo.
— Sério? Eu conheci esta banda quando ouvimos "O Amor é Assim" no dia em que nos mudamos para cá lembra?- Nathaniel perguntou.
— Lembro. Esta é a minha música favorita deles.- disse eu.
— A minha também.- respondeu.
— Então a partir de agora esta pode ser a nossa música.- dei esta sugestão.
— Claro. Eu adorei a ideia.- ele concordou.
Ficamos a ouvir algumas músicas e de repente eu bocejei.
Estiquei os braços e disse:
— Acho que os sono já está-me a bater à porta. Eu vou dormir.
Estava a preparar-me para levantar quando o Nath puxa-me pelo braço.
— Pode dormir aqui se quiser.- o meu coração quase deu um pulo quando ele disse aquilo.
— Aqui? Dormir contigo?- perguntei o óbvio.
— Sim. Mas se você não quiser porque acha desconfortável tudo bem.- que fofo! Ele está sempre a tentar achar conforto para aqueles que gosta.
No caso aqui é por amizade.
— Não, tudo bem. Eu também não estava com vontade de ficar sozinha num quarto escuro.- expliquei.
— Então tudo bem. Eu só vou apagar a luz e fechar a porta e podemos nos deitar.- disse ele.
— Tá.-concordei.
Ele fez o que disse e deitou-se.
Em seguida deitei-me eu.
Não vou mentir. Eu estava constrangida e envergonhada.
Mas feliz em saber que a nossa amizade era assim tão íntima.
Eu deitei-me de costas para ele. Por mais que estivesse escuro eu tinha medo que as minhas bochechas fossem como o nariz do Redolfo e brilhassem de TÃO vermelhas que estavam.
— P-posso te abraçar?- Nathaniel fez esta pergunta completamente inesperada.
Quase que eu morria ali.
—P-podes.- respondi.
Ele então colocou o braço sobre a minha cintura e puxou-me mais contra ele.
Só serviu para eu ficar mais constrangida e envergonhada.
Mas era bom estar nos braços dele.
O sono parecia que tinha passado. Mas de repente ele voltou.
Quando dei por mim estava a sonhar.
CONTINUA...
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Pessoal, para verem o quarto do Nath têm de descer um pouco mais para baixo e logo vai estar lá.
Beijos! ♥