Onze anos de Paz escrita por Anna Silva


Capítulo 1
PRÓLOGO


Notas iniciais do capítulo

"Não sei como será a terceira guerra mundial, mas sei como será a quarta: com pedras e paus." Albert Einsten



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13 ANOS ANTES

 

A tempestade não parava, já faziam-se horas e nenhuma trégua. Cláudia sentada na cadeira de balanço que rangia, observava seus filhos brincarem enquanto sua mente se esvaia em preocupação. Robert completará 6 anos recentemente, Bryantton logo completaria seus 13, eram apenas crianças que já nasceram em meio ao caos. A torre parecia mais escura por conta da noite sem lua, mesmo com tochas e velas tudo tinha seu toque mais sombrio. Cláudia nunca gostará de lá, queria nunca ter de voltar para aquele lugar.

— Mãe, quando vamos voltar para casa? - Robert perguntou enquanto mantinha seus olhos fixos em seus brinquedos -

Cláudia respirou fundo, e com tristeza respondeu:

— Este lugar é nossa casa agora.

Ela fechou os olhos por alguns segundos enquanto tentava não perder o controle e chorar em frente aos filhos, mas Bryatton a conhecia a quase 13 anos, ele a conhecia muito bem. os garotos continuaram a brincar, Cláudia tentou continuar a leitura do livro em seu colo, porém sem sucesso até perceber algo estranho no quarto. A vela posta ao lado de uma das janelas se apagou, como se alguém a houvesse apagado. A jovem mãe se levantou e deixou o livro na cadeira, encarava a escuridão que aquele canto do quarto agora se encontrava com um certo receio.

— Meninos, é hora de irem para a cama. Porque não vão chamar sua amã....

Cláudia parou de falar assim que ouviu a porta sendo trancada. Se virou rapidamente em direção a porta e encontrou um Homem forte usando vestes escuras, ele usava um tapa-olho que lhe dava uma aparência Sombria.

— Boa noite rainha Cláudia, peço perdão por entrarmos sem sermos convidados...

Cláudia puxou seus filhos para atrás de si, tentando de algum modo protege-los. Do canto escuro do quarto, um homem que lembrava um esqueleto surgiu das sombras, sua pele era pálida e seus ossos eram saltados para fora, sua cabeça raspada e havia uma cicatriz de ponta a ponta em seu rosto.

— Vão embora. Deixem meus filhos em paz ou irão se arrepender! - Cláudia ameaça -

O homem esqueleto riu.

— Mães...sempre tão tolas! Sempre tão fiéis a suas crias! - debochou -

Cláudia começou a gritar por socorro, mas o barulho da tempestade abafava seus gritos, ninguém a ouviria do alto daquela torre. Robert estava tremendo de medo, enquanto Bryatton pensava num modo de tirar sua família dali...

— Qual você escolhe, irmão? - perguntou o homem forte -

— Desde que você me deixe fazer as honras, qualquer um! - o homem esqueleto responde -

— Façam oque quiserem comigo, mas deixem meus filhos em paz, por favor são só crianças! - Cláudia suplica -

Os homens se entreolharam.

— Seu marido não se importou em matar crianças, Rainha. - o homem forte responde -

Num piscar de olhos, o homem esqueleto desapareceu nas sombras e quando reapareceu estava com Robert em seus braços, o pequeno garoto agora chorava tentando se soltar, até que o homem o colocou no chão enquanto o segurava pelos braços. O homem forte, com brutalidade avançou sobre a rainha e a derrubou no chão, para assim puxar seu Primogênito para si. Cláudia em desespero voltou a olhar para frente ao se sentar, ambos os homens agora estavam com adagas próximas aos pescoços de seus filhos.

— Existem três Blackwell dentro deste quarto, mas só dois podem sair. Vamos fazer a gosto da rainha, a escolha é sua. - o homem esqueleto diz enquanto aperta ainda mais a adaga ao pescoço do pequeno -

Cláudia entra em choque, lagrimas e mais lagrimas escorrem pelo seu rosto enquanto ela suplica por uma troca, sua vida pela de seus filhos.

— Não temos todo o tempo do mundo, Majestade. Escolha....- o homem forte diz ao fazer um corte profundo no Ombro de Bryantton que grita -

Cláudia ficou em silêncio olhando para os dois filhos, o pequeno chorava e gritava. Bryantton deixava suas lagrimas escaparem enquanto tentava se soltar a todo custo, seu sangue agora banhava suas roupas e logo o chão.

— Cri....crianças não....não devem ter de viver num....num mundo assim. - a rainha diz gaguejando -

— Mãe....! - Bryantton chama desesperado -

— Crianças são puras. São seres indefesos. - ela continua agora com os olhos arregalados e fixos ao chão- Meu Robert não merece viver num mundo Assim...

— Não! - grita Bryantton - por favor, mãe...eu sou mais velho! Deixem meu Irmão em paz! Tudo bem mãe, me escolha!

O homem esqueleto abre um sorriso maldoso, e então se abaixa e se aproxima do ouvido do pequeno Príncipe Robert.

— Ouviu isso, Garotinho? Sua mãe quer que você morra. - ele sussurra calmamente -

O garotinho que já havia parado de gritar, agora apenas deixa lagrimas silenciosas escorrerem pelo seu rosto.

— Feche os olhos, meu pequeno. - Cláudia pede em meio ao choro -

O homem esqueleto se prepara, levanta a adaga enquanto o garotinho a segue com os olhos. No segundo seguinte, num golpe que nenhum dos Blackwell esperavam, o homem forte enterra sua adaga no pescoço do príncipe Bryantton, lavando o chão com seu sangue.                                                


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