Uma companheira escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Festa Asteca


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/vBLcmGPbryg-Festa Asteca.
https://youtu.be/rtOvBOTyX00-Renesmee canta e chora.



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P.O.V. Hope.

Eu me arrumei para ir á festa e quando eu cheguei tava lotado de gente.

—Caramba! É uma galera ein.

A festa acontecia no quintal. Eu cheguei bem na hora.

—E agora, deixemos os ritos sacrificiais começarem!

—Sacrifício. Não gosto dessa palavra.

Mesmo assim eu fiquei pra ver.

—É hora dessa bela virgem ser sacrificada no vulcão de gelatina!

Ah, é tudo falso. Ainda bem. 

Mas, imagine a minha cara quando eu vejo a minha única amiga sendo carregada numa liteira e usando um traje tão pequeno que deveria ser ilegal. Daí, colocaram ela na beirada do vulcão.

—É chegada a hora.

E um cara atirou ela na gelatina. Então, ela desceu por um escorregador e caiu numa piscina de água laranja.

—Demais!

P.O.V. Renesmee.

Eu tava toda melecada de gelatina e água com corante. Eu tentava sair da piscina, mas eu ficava escorregando.

—Que droga.

Alguém me estendeu a mão e eu peguei.

—Eu já vi muitos sacrifícios em minha vida, mas nunca um como esse.

—Obrigado. Você é tio da Hope não é?

—Sim. Elijah Mikaelson.

Eu acho que eu fiz uma cara de... puta que pariu.

—Você não precisa se assustar. Eu não vou lhe causar nenhum mal.

—Não acredito em você. Você não é bem vindo. Se manda.

—Eu compreendo o seu receio.

—Receio? Vocês mataram a prima da minha mãe! Sacrificaram ela, de verdade! Depois, você jogou ela num buraco, você aterrorizou ela! Usou ela e ai vocês a mataram! De novo!

Eu entrei correndo dentro de casa, tomei banho, me arrumei e sai.

—Aquilo foi incrível! Foi muito maneiro.

—Foi mesmo? Hope Marshall?

—Porque tá falando assim comigo?

—Porque você olhou nos meus olhos e mentiu na minha cara! Você é uma deles. Hope Mikaelson!

—Por favor... eu não falei nada porque sabia que ia reagir assim. Todo mundo reage. Todo mundo foge.

—E porque será?

—Olha, eu sinto muito pelo o que os meus tios e o meu pai fizeram.

—Então você é filha daquele cretino do Klaus Mikaelson? Ele sacrificou a prima da minha mãe. De verdade! Mas, os amigos dela salvaram ela, trouxeram ela de volta. Acharam que tinha acabado, mas não. Ele voltou e transformou o namorado da Caroline num monstro híbrido que nem ele, contra sua vontade. A prima da minha mãe virou uma bolsa de sangue ambulante, ele ia drenar ela até a morte pra fazer mais monstros híbridos. Então, o nobre tio Elijah e a adorável tia Rebekah provocaram o acidente de carro que fez ela morrer e virar uma vampira! Ela não queria ser vampira. Ela só queria viver em paz.

—Eu não fiz nada disso.

—Mas, provavelmente vai. Vai usar qualquer desculpa pra sair por ai matando gente.

—Eu não sou do mal.

Eu respirei fundo.

—Tá. Vamos fazer um acordo. Eu te dou uma chance. Mas, se você se quer pensar em me trair ou em me machucar ou a qualquer um com quem eu me importo... eu acabo com você. Com todos vocês.

Eu disse olhando para aquele cretino. 

—Desgraçado. Se vier pra cima de mim, eu acabo com a sua raça.

—É mesmo?

—Ah, é. Sabe a ponte lá de Mystic Falls que vocês tacaram fogo? Não passava de madeira comum. E o mesmo acontece com as estacas que o Stefan deu para o seu irmão Klaus dentro da sacola. Minha família e eu estamos de posse das verdadeiras. Então, se vocês tentarem alguma coisa, eu vou adorar matar toda a merda da sua família, vou te forçar a assistir eles queimando e ai eu vou te matar.

—Está blefando. Isso é impossível.

—O seu ego, será a sua ruína. Você se acha tão esperto, tão poderoso, mas você não é. Você é só um babaca como os outros.

—Eu lhe asseguro que não pretendemos causar nenhum mal nem a você, nem aos seus entes queridos. Eu te dou a minha palavra.

—Sua palavra? Elijah, sua palavra vale menos que merda. Essa coisa de homem nobre... homem de honra? Fachada teatral barata, eu não caio nessa.

Eu fechei os olhos e liguei o meu botão da telepatia. Um milhão de vozes, eu tampei os ouvidos, então comecei a respirar fundo e a bloquear, fui eliminando as mentes uma por uma até só sobrar as deles.

—O que você veio fazer aqui? Aqui em Magic Falls?

—Depois de vários problemas em Nova Orleans, decidimos recomeçar.

Eu vi nas mentes deles. Hollow, uma mulher morrendo, queimada viva. Hope inconsciente. Algemada.

—Não vai adiantar muito. Se você quer que as coisas mudem, tem que começar por si mesmo. E eu sinto muito pela sua mãe Hope.

—Como sabe da minha mãe?

—Vocês tem os seus truques... temos os nossos. Porque está aqui, na festa?

—Eu vim para ficar de olho na Hope.

—Não. Veio pra ficar de olho em mim. Eu sou igual a elas. Porque eu sou igual a elas?

—Você é uma duplicata Petrova. Uma cópia.

—Tudo bem. Pelo menos foi esperto o suficiente pra não mentir pra mim. Acho que eu preciso de uma bebida.

P.O.V. Elijah.

Ela encheu vários copos com o ponche e foi se sentar num lugar afastado.

—Que merda. Eu não mereço isso.

Ela começou a beber.

—Qual é o problema?

—Você. Sua família de monstros. Sabe o que é engraçado? Eu tenho uma família inteira de vampiros, mas eles são mais humanos do que metade dessa gente que está aqui agora. Mas, eles não são como vocês. Eles são diferentes, até o fenótipo deles é diferente.

—Fenótipo?

—A aparência física. Você parece um ser humano, você tem pintas e olhos castanhos. Meus tios, meus avós, meus pais... eles tem olhos dourados porque são vegetarianos, eles sobrevivem só com o sangue de animais. Eles não tem uma única imperfeição. A pele deles é pálida, mas é dura como uma pedra, não... é mais dura que uma pedra e fria que nem gelo. Estacas não funcionam neles, pode passar um caminhão carregado de pedras encima deles que eles não sentem nada.

—Impossível.

—Se acha é?

Ela tirou uma faca, um canivete da bota e ficou esfregando-o na mão. Mas, ela não sangrou. O canivete fazia um barulho, como se estivesse sendo amolado.

Ela me estendeu a faca.

—Quer tentar? Testar se a faca é real?

Eu apertei a minha mão em volta da lâmina esperando que ela não me ferisse, mas feriu. A lâmina me cortou, cortou fundo.

—Ai!

—Viu? Vocês não são mais a raça superior da espécie vampira. Dá pra devolver meu canivete?

—Aqui.

Ela pegou o canivete.

—Como isso é possível?

—Eu sei lá. Meu vô tá tentando descobrir.

—Seu avô?

—Um vampiro médico. Eu sei, chocante.

—Ele é um médico? Ele exerce a profissão?

—Exerce. Meu pai me contou sobre a sua fase rebelde. Ele se rebelou contra o meu avô, ele queria saber como era provar sangue humano. Acho que foi nos anos vinte. Os homens que ele matou, eram assassinos, psicopatas.

—E como ele saberia isso?

—Ele pode ler mentes. Minha tia Alice pode ver o futuro, meu tio Jasper é empata. E eu sou... tudo isso e mais um pouco.

Eu ia fazer a pergunta que tanto queria. Saber o que ela era, mas ela começou a cantar e lágrimas começaram a escorrer pela sua face.

A música era romântica.

—Porque chorar ao cantar uma música romântica?

—Porque é a música que representa o relacionamento dos meus pais, a primeira música que eles dançaram como marido e mulher. Quando eu penso em tudo o que eles tiveram que passar para ficar juntos, isso os torna as pessoas mais corajosas que eu conheço.

—Eu ouvi os batimentos do seu coração. Nenhum coração humano bate nesse ritmo.

—É. Quando meus pais se casaram minha mãe ainda era humana, uma humana nascida numa linhagem de viajantes. Eles saíram de lua de mel, eles não faziam ideia de que... que ela poderia ficar grávida. Mas, ela ficou. E ela quase morreu. Mas, ela não desistiu de mim. Eu lembro quando vi a minha mãe pela primeira vez... ela estava... doente. Cadavérica, coberta de sangue e mesmo ela sabendo que eu era responsável por aquilo, ela olhou pra mim e disse:

—Você é linda. Ela ia morrer, por causa de mim. Foi um parto de emergência, a placenta deslocou e o meu pai teve que usar os dentes pra romper o saco amniótico e me tirar. A placenta era tão dura quanto a pele deles. Minha mãe ficou consciente o parto todo. E o meu pai teve que transformar ela ou ela ia morrer. Por isso eu tenho o batimento cardíaco de um passarinho. Meu pai Edward, é o meu pai biológico.

—Então você é uma híbrida. Como Hope.

—Hope quebrou as costelas da mãe dela com um chute?

—Não.

—Hope se tornou adulta, sete anos depois que nasceu?

—Não.

—Hope tem sede de sangue?

—Não.

—Então, não. Eu não sou como a Hope.

Ela se levantou e saiu, voltou pra dentro da casa. Ela soltou um grito, um grito de dor emocional profunda. Era agonia, raiva, culpa.

A festa finalmente acabou e ela ficou catando copos de plástico do chão com um pegador e enfiando dentro de sacos de plástico.

—Precisa de ajuda?

—Não. Você é convidada. A gente não faz o convidado limpar a própria bagunça.

—Seus olhos estão vermelhos. Você chorou?

—Chorei. Mas, acho que foi bom. O que tava entalado saiu.

—E o que tava entalado?

—Emoções que eu nem sabia que tinha. E eu me sinto melhor. Você vai no baile de Halloween da escola?

—Agora eu vou. Obrigado. Por me dar uma chance.

—Não faça eu me arrepender.

—Você não vai se arrepender.

—Eu realmente espero que não. O meu avô Carslile acredita em segundas chances.

Elas estavam conversando. Quando, Renesmee parou de falar. Seus olhos se perderam.

—O que foi?

Ela não respondeu. Seus olhos se moviam de um lado para o outro.

—Ness?

Então ela piscou e foi como se voltasse á realidade.

—Filhos da puta.

—O que?

—Eu tive uma visão. Uma visão do futuro. Os Volturi vão dar o ar da graça na festa de Halloween.

—Se me permite perguntar, quem são os Volturi?

—Um clã inimigo. Eles são os vampiros mais letais que eu conheço. Você não pode lutar contra eles, não sem um escudo mental. Felizmente, eu tenho um. E posso expandir, mas os Volturi não sabem do meu escudo ou da minha habilidade de copiar habilidades. Ou da minha magia. Já passou da hora de alguém chutar as bundas italianas deles.

—Então, esse clã inimigo vem da Itália?

—Sim. Se algum dia decidirem visitar a Itália, fiquem longe de Volterra e do Castelo de São Marcus.

—Você disse que eles são os vampiros mais letais que conhece. Porque?

—Um dos três Mestres, Aro. Ele pode com um toque ler todos os pensamentos que você já teve na vida, Dimitre, um rastreador. Vampiros rastreadores encontram qualquer coisa ou qualquer pessoa não importa o quão longe ela esteja. E os piores e mais letais de todos. Os gêmeos. Alec e Jane. Eles entram na sua cabeça, Jane te faz acreditar que está sentindo a pior das dores e Alec é o contrário. Sua névoa negra tira os sentidos da vítima, a deixa cega, surda, sem tato... completamente indefesa. Mas como a minha mãe e eu somos escudos mentais nós anulamos os poderes dos gêmeos. E eu tenho um plano. Vou ligar para uns amigos, uns parentes e vou armar uma armadilha para eles. Os poderes mentais dos gêmeos, não vão ter chance contra os meus e os de Silas. Vou usar o efeito duplicata pra confundir eles.


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