O questionamento surgiu com os primeiros batimentos acelerados que sentiu, mas Todoroki se manteve crente de ser pura curiosidade. Ele queria apenas saber o limite para a individualidade de Yaoyorozu, pois era um poder interessante na sua opinião.

Ele resistiu, seria uma pergunta que nem ela própria saberia, talvez. E de perguntas sem sentido, nada se tirava proveito.

Só que então, vieram rubores, autoconsciência à presença dela, suas ações incomuns - tal como a falta de fala perto da garota, e a chata arritmia persistia. Nesse ponto, Shouto já estava com caneta e caderno na mão, em uma fiel imitação de Midoriya durante o festival esportivo, listando o que Yaoyorozu podia criar, anotou os que viu e os que perguntou à amigos.

Na lista tinham apenas objetos, Midoriya lhe contou que Momo podia criar qualquer coisa inanimada que ela tivesse o conhecimento básico de como era criado, portanto foi criada a dúvida.

Todoroki não entendia por que razão seu olhar era constantemente atraído à ela, ou o que levou à notar tão rápido as habilidades que ela tinha e que poderiam fazê-la uma boa representante de turma, menos ainda por que era embaraçoso conversar com ela. Ou melhor, por que ele hesitava em falar com ela, temendo se envergonhar. Sua curiosidade não era capaz de regredir e apenas aumentava sem restrições, cada dia mais uma perguntava preenchia uma folha do seu bloco de notas n°3.

Shouto queria saber por que ele tinha sentimentos distintos em relação à Yaoyorozu quanto aos outros, mas no fundo, sabia que já tinha a resposta para aquela pergunta e todas as anteriores. A questão que deveria fazer era apenas uma:

Poderia Yaoyorozu criar amor?