— Não queria te deixar preocupada. — Afirmara Gray, com um tom de voz incrivelmente triste.

— Está tudo bem. De verdade. —Estava de costas para ele, tentando a todo custo evitar que seus olhares se encontrassem, caso contrário, não sabia do que seria capaz de fazer.

— Eu deveria ter sido mais precavido. — Mordeu o lábio inferior. — Isso nunca deveria ter acontecido ente a gente. Não daquele jeito, pelo menos.

Ao ouvir tais palavras, Lucy encolheu os ombros, sem saber ao certo como prosseguir com aquela conversa, como expressar seus sentimentos.

— Não é culpa sua. — Tentou segurar as lágrimas que teimavam em escapar, mesmo que por um motivo tão bobo da parte dela. — Eu queria aquilo... mas não tinha coragem. Então, eu... eu bebi para chegar até você. Para te beijar...

Uma expressão de surpresa surgiu no rosto de Gray. Definitivamente não esperava por aquilo.

— Me desculpa. — Dissera com a voz embargada. — Fiz você entender tudo completamente errado. Por simples medo meu, você ficou pensando que tinha me forçado a beijá-lo, e não foi nada disso. Eu queria. Realmente queria.

Um silêncio se fez presente no local.

Ela não tinha mais o que dizer. Assim como ele.

Vagarosamente, aproximou-se de Lucy, abraçando-a por trás, uma reação um tanto quanto inesperada, tanto para ele quanto para ela.

Gray não pode ver, mas os olhos dela se arregalaram, num misto de susto e incompreensão. No entanto, isso não importava para ele. No momento, apenas queria acabar com o sentimento de tristeza e vergonha que haviam a inundado.

— Lucy... — Sussurrou, com uma voz baixa, rouca. — Como eu disse, não queria que tivesse sido daquele jeito. — Virou-a para si, segurando a loira pela cintura com as duas mãos, firmemente. — Quero que seja assim. Com os dois dizendo um para o outro o que desejam. Sem álcool. Sem medo ou angústias. — Acariciou, doce e gentilmente, o rosto dela com as costas da mão. — Você tem medo de mim?

— Não! — Exclamou, imediatamente. — Não... eu só... tinha medo de descobrir que não era recíproco. E então, eu... — Silenciou-a com o indicador.

— Nós dois erramos. — Aproximou seu peitoral sem camisa do corpo dela, prensando-a contra a parede, ignorando qualquer efeito que isso pudesse causar em Lucy. — Eu também tinha esse medo. De não ser correspondido.

— Gray...

Dessa vez, nenhum dos dois falou mais nada, isso porque suas línguas trocavam leves carícias entre si, com ambos prontos para se explorarem cada vez mais, até ficarem sem fôlego, e também sem nenhuma peça de roupa.

No fim, com roupas jogadas pelo chão, bem como corpos aconchegados um no outro, e sem nenhum resquício de álcool, palavras de amor foram trocadas entre eles.