True Love escrita por Candy S


Capítulo 19
Capítulo 19




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Finalmente o dia da inauguração da Saturno havia chegado e eu estava completamente ansiosa.

Há algumas semanas atrás, Cisco, como um bom amigo, havia dito que estava muito feliz por mim, por eu estar tocando a vida para frente, mesmo com todos os acontecimentos dos últimos anos e por isso tinha feito um presente para mim. Na verdade, não só para mim, mas para a Saturno.

Assim que cheguei no STAR Labs, para pegar o presente, me deparei com algo inusitado. Barry estava flutuando, como um balão, amarrado por uma corda.
— Mas o que diabos aconteceu? - fiz uma careta, sem entender nada.
— Oi, meu amor. - ele bufou. - Oi, Daphne. – Caitlin tinha entrado no córtex. - O que houve com o Barry? - Bem... Uma meta-humana afetou a densidade das células do Barry. É como se ele estivesse cheio de hélio. - E vocês já sabem como vão desfazer isso? - Não! – Barry falou entediado. - O Harry disse que o efeito deve desaparecer alguma hora... e agora eu estou aqui. Sem poder sair do lugar, porque senão posso simplesmente subir como um balão...
— Eu ainda não sei porque me surpreendo tanto com Central City e seus metas... Mas enfim. Onde está o Cisco?
— Bem aqui. - ele apareceu atrás de mim, segurando algo grande.
— Esse é o meu presente? - perguntei sorridente.
— Sim. Fiz com carinho e espero que você e sua equipe gostem.
— Tenho certeza que sim. Obrigada, Cisco. - o abracei.
— Não há de que.
— Ei, Daphne. - Ralph entrou na sala sorrindo, vindo até mim. - Eu queria te dar uma coisa. Fiquei sabendo que... - ele olhava para cima. - Hum... Não falou ainda, Allen?
— Não! - O que ele não falou ainda? O que vocês estão aprontando? – indaguei curiosa.
— Não é nada. Hum... Eu vou te dar essa caixa, mas você tem que prometer que só vai abri-la amanhã. Ok?
— Tá... - peguei a caixa sem entender muito bem.
— Só vou dizer uma coisa. Tem um bilhete aí dentro que eu estou muito orgulhoso de ter escrito. Ficou ótimo! Nem parece que foi eu mesmo que escrevi. - ele sorriu.
— Santo Harry Potter...! - Cisco resmungou, revirando os olhos.
— O quê, Ramon? Está com inveja?
— Muita inveja, Ralph. Não tem ideia de quanto. - a voz de Cisco soava entediada.
— Bem, meninos, eu tenho que ir. Uma inauguração me espera. Gostaria de me despedir de você, mas acho que é um pouco impossível agora, não é, Bar?
— Eu diria totalmente.
— Ok... Espero que resolva esse... problema... até de noite. Quero ver todos vocês lá na Revista hoje.
— Pode deixar. - Caitlin disse animada.

Acompanhada de Cisco, fui para o meu carro e coloquei a caixa de Ralph no banco de trás.
— Tem certeza que pode se afastar do STAR Labs agora, Cisco? Vocês parecem estar com um problemão com essa nova meta-humana.
— Não precisa se preocupar, eles estão bem. E se precisarem de mim, estarei lá em segundos.
— Tudo bem, então.

Fomos embora e cruzamos a cidade até a sede da Saturno. Ao chegarmos e descermos do carro, Cisco ficou parado na calçada.
— É aqui que nos despedimos. Você sobe e eu fico aqui.
— Então o seu presente tem a ver com a entrada do prédio?
— Ei, eu não vou dar spoiler, ok?
— Tudo bem. - ri. - Vou deixar você em paz. Obrigada, de novo.
— Você merece. Depois de tudo que passou... Sua mãe, seu filho... Você merece o que está acontecendo agora na sua vida, Daphne.

Senti meus olhos marejados.
— Obrigada, Cisco. Você é um ótimo amigo. - o abracei.
— Você também é. Agora sobe logo que eu tenho que fazer isso aqui.
— Tudo bem. Até depois.

Subi as escadas correndo e ao chegar na redação, vendo tudo pronto, todos os móveis no lugar... Me emocionei um pouco.
— Você está chorando? - Carly veio até mim.
— Claro que não.
— Oh meu Deus... Liza, Ed. A Daphne está chorado.
— Não estou não.
— Mas por que? - Liza disse vindo até mim com Edward logo atrás.
— Ok! Estou emocionada. Nunca pensei que seria tão feliz na minha vida. Queria aproveitar que a festa não começou e que estamos só nós três pra dizer uma coisa.
— Só não me faça chorar, ok? - Liza disse, arrancando uma risada nossa.
— Eu queria agradecer a vocês por terem me chamado pra fazer parte disso tudo. Se não fosse o convite de vocês, talvez minha vida tivesse tomado um caminho diferente hoje... Provavelmente eu não teria voltado para Central City... Não teria reencontrado o Barry... Estaria em um casamento mal resolvido, por causa do que eu ainda sentia pelo Barry... E o mais importante, não teria conhecido vocês. Vocês são minha família agora e só tenho a agradecer por isso.
— Ok, a Liza pode não ter chorado, mas eu sim. - Carly disse, enxugando o rosto.

Eu então olhei para Liza e ela estava abraçada a Edward, provavelmente chorando.
— Oh meu Deus! - exclamei, a abraçando. E foi desse abraço que se formou um bem maior, agora com Edward e Carly juntos.
— Meninas, eu também queria dizer algo. - Edward, ainda abraçado a nós, falou. - Vocês são as mulheres mais incríveis que eu conheci na minha vida. Tenho orgulho de dizer que sou colega, amigo de vocês e agora namorado da Liza. Nunca pensei que eu pudesse encontrar uma família no meu ambiente de trabalho. Eu amo vocês.
— Aí Ed... - os abracei mais forte ainda.
— Ok, já chega... - Carly se afastou, enxugando o rosto. - Vamos parar com esse chororô que hoje é dia sabe de quê? De festa.

Nós rimos.
— Pessoal... - Cisco apareceu na porta. - O presente de vocês está pronto.

Super ansiosos, descemos as escadas correndo e ao chegarmos na entrada do prédio não vimos nada.
— Onde está, Cisco?
— Que tal olharem um pouco mais para cima?

Ao fazermos isso, nos deparamos com um Saturno enorme fixado no alto do prédio junto com o nome da revista. Cisco então acendeu o letreiro e o que já estava bom, ficou perfeito.
— Agora parece com uma sede de verdade... - ele disse, parecendo orgulhoso do próprio trabalho.
— Cisco! - levei as mãos ao rosto, maravilhada. - Eu não sei o que dizer...
— Não precisa. É de coração.
— Obrigado, cara. - Edward cumprimentou Cisco, seguido por Liza e Carly. - Você é incrível.
— Ah... - Cisco pareceu envergonhado.

Seu telefone logo tocou e ele teve que ir para o STAR Labs. Algo sobre terem encontrado a meta-humana que deixou Barry naquele estado estar atacando alguma comemoração.

***

Já era noite, quando os convidados começaram a chegar na Saturno. Tínhamos chamado só alguns parentes e amigos.

Depois que Cisco foi embora, todos fomos para casa nos arrumar e agora estávamos todos prontos na Revista, recebendo todos. Enquanto conversava com meu pai e Octávia, Carly tocou meu ombro.
— Não acredito que chamou o Ralph Dibny... - ela cochichou ao meu lado.
— Desculpe, Carly. Mas ele é meu amigo agora e ele mudou. O Ralph é uma nova pessoa, pode ter certeza.
— Tudo bem... Você está perdoada. - ela disse sorrindo.
— Mudou de humor rápido... Viu um passarinho verde?
— Muito melhor que isso. Você chamou o seu amigo bonitão!
— Ah, tá explicado. - falei, rindo. - Gostou mesmo dele, não foi?
— E como não poderia...? Já viu o sorriso dele? Nossa! - ela se abanava com a própria mão.
— Espera, o Harry sorriu pra você? Oh meu Deus. Então ele gosta de você.
— Quê?
— Carly, o que está esperando? Vai lá falar com ele logo.
— Mas assim, sem mais nem menos.
— Vai logo! O Harry é meio devagar... Então acho melhor você tomar a iniciativa.
— Ok então. - ela falou sorrindo, indo até ele.

Observava os dois juntos, quando Barry se aproximou.
— É isso mesmo que eu estou pensando? O Harry e a sua amiga?
— Ah, pode apostar que sim. E se depender de mim, pode apostar tudo.
— Está dando uma de cupido, Srta. Dean?
— E porque não? A Carly é minha amiga, o Harry também. Só quero vê-los felizes.
— Tudo bem, é um bom argumento. - ele me beijou.
— Como conseguiram desfazer os poderes da meta-humana em você? - As minhas células voltaram ao normal logo após você sair... e eu despenquei no chão. - Ai meu Deus! Você está bem? – toquei ele com cuidado. - Sim. Estou ótimo e pronto pra outra. - E a meta-humana? - A Nula está presa no STAR Labs. Tenho que confessar que o Ralph ajudou muito.
— Mesmo? Parece que vocês estão começando a se entender.
— Parece que sim...

Ouvimos então o tilintar de uma taça. Era Liza chamando a atenção de todos.
— Pessoal, por favor, vocês podem se aproximar?

Assim que todos fizeram o que foi pedido, ela continuou.
— É um prazer ter todos vocês aqui na nossa Revista, que é a realização de um sonho nosso. Sei que algum de vocês devem estar se preguntando o porquê do nome Saturno. Pois bem, quando eu, a Carly e o Edward pensamos em abrir essa Revista, logo eu comecei a pensar nas possibilidades de nomes.
— E não foram poucos... - Carly a interrompeu, arrancando uma risada de todos.
— Pois é. Mas uma noite, enquanto eu navegava pela internet, acabei caindo em uma página sobre galáxias e planetas e a primeira foto que eu vi foi a de Saturno. - senti que Liza começava a ficar emocionada. - Eu escolhi o nome Saturno, porque quando vi aquela foto, com os seus anéis ao redor dele... Percebi que ele era único. Seus anéis formam um elo com ele, o que o faz único e mais bonito e é isso que quero para nós. Que a nossa ligação seja como os anéis de Saturno, o fazendo mais forte e único e que como o gelo que os forma, sejamos fortes e levemos essa Revista o mais alto que pudermos. - ela completou, chorando. - Desculpem. Eu sou muito emotiva.
Edward, eu e Carly fomos até ela e a abraçamos.
— Me fez chorar, de novo sabia? - Carly disse, nos fazendo rir.
— Seu discurso foi lindo, Liza...
— Você foi perfeita. Como sempre. - Edward falou, com seus olhos apaixonados.
— Vamos brindar então? - ergui minha taça e todos na sala fizeram o mesmo. - À Saturno!
— À Saturno!

Bebíamos nossas taças de champanhe, felizes e sorridentes, quando senti Barry tocar minha cintura.
— Pode vir aqui um momento?
— Claro.

Enquanto íamos até a varanda da Revista, percebi olhares curiosos de Cisco e Ralph. Eles pareciam saber de algo.
— O que está acontecendo? - perguntei, sorrindo curiosa.
— Não ligue para eles.
— Tudo bem.
— Ok. - Barry respirou fundo, segurando minha mão. - Então... Estamos juntos, não é. De novo.
— É... - falei ainda mais curiosa.
— Hum... Sei que muita coisa ainda está confusa nas nossas vidas, mas eu aprendi recentemente que não devemos desperdiçar momentos. - ele passou a mão pelo rosto, nervoso. - Céus... Isso pareceu tão mais fácil da primeira vez...
— O que está aprontando, Barry Allen?

Ele sorriu com o meu comentário.
— Achei isso guardado no nosso antigo quarto, então... - ele puxou algo do seu bolso, era a minha aliança. - Você aceita se casar comigo? De novo.
Nós rimos.
— Claro que sim, meu amor! - o beijei de uma forma doce e feliz.

Ele então colocou a aliança no meu dedo direito.
— Também gostaria que voltasse a morar comigo. Aquele apartamento sempre foi nosso. Não faz ideia do quanto é solitário viver ali sem você.
— Na verdade, eu sei sim. Por isso aceito o seu pedido. Vamos voltara a ter a nossa vida. - o beijei no rosto.
— Sim e assim que tudo isso com o DeVoe acabar, vamos nos casar. Eu prometo.

Sorri feliz e o abracei. Ao fazer isso, vi Cisco e Ralph, agora junto a Caitlin, Liza e Edward, todos sorrindo.
— Olha só aquela plateia nos observando.
— O quê? - Barry disse sem entender, mas assim que os viu, gargalhou alto.

Assim que voltamos para a redação, eles nos abraçaram, desejando felicidades.
— Então era sobre isso que você estava falando hoje cedo, Ralph?
— Era exatamente isso.
— Pessoal! - Liza disse, chamando a atenção de todos. - A Daphne e o Barry vão casar!
— Felicidades aos noivos. - uma voz voltou nossa atenção para a porta, o que me fez ficar surpresa. - Louis?
— Oi, Daphne.

Me aproximei, o abraçando.
— Como você está?
— Melhor do que eu imaginava.
— Isso é bom. - falei sorrindo. - Então, terminou seu documentário?
— Não. Eu tive que... resolver algumas coisas antes. - seu olhar era distante e estranho.
— Sei... Fico feliz que veio. Mas como sabia que hoje era a inauguração da revista?
— Daphne. - Barry tocou meu ombro e então percebi que o Time Flash saia da Revista.
— O que houve? - me afastei um pouco de Louis.
— O Cisco recebeu um alerta de que o STAR Labs está sendo invadido.
— É o DeVoe?
— Provavelmente.
— Eu vou com você.
— Não precisa. Vai ficar tudo bem.
— Não, eu quero ir.
— E o que vai fazer lá, Daphne?
— Eu... Não sei. Mas quero ajudar.
— Não é necessário.
— Barry!
— Tem certeza disso?
— Sim.
— Tudo bem. Te espero lá em baixo. Não demore.
— Tá. - voltei a me aproximar de Louis. - Eu preciso ir. - Aonde vai?
— Ao STAR Labs. - falei saindo.
— Não. - ele segurou meu braço. - Quer dizer, por que não fica aqui?
— Eu realmente preciso ir, Louis. Desculpe. Depois conversamos com calma...
— Tudo bem...

Desci correndo as escadas e todos me esperavam.
— Prontos? - Cisco perguntou.
— Sim.

Ele então abriu uma fenda e fomos para o STAR Labs. Parecia que tudo estava certo, sem problemas, até que no laboratório de velocidade um outro tipo de fenda se abriu. Provavelmente DeVoe no corpo de mais um meta do ônibus e Marlize.
— Vocês duas fiquem aqui, ok? - Barry disse a mim e Iris.
— Tá.
— Cisco, pode ficar com elas?
— Sem problema.

Enquanto Barry, Harry, Caitlin e Ralph foram até o laboratório, percebi Iris inquieta.
— Não vou ficar aqui. - ela falou, indo atrás deles.
— Iris. Ei, Iris! Por que ela é tão teimosa?

Eu então comecei a andar pelo córtex, ansiosa.
— O que será que está acontecendo?
— Não sei, mas se você não parar de andar pra lá e pra cá, vou te amarrar em uma cadeira dessas. - Cisco disse nervoso.

Enquanto Cisco girava em sua cadeira, Ouvi passos vindo até nós. Pensei que poderia ser um deles, mas não. Alguém, segurando uma katana, se aproximava de nós e eu simplesmente não entendia o porquê.
— Louis? O que você está fazendo? Abaixe isso, por favor.
— Não.
— Uou, uou, uou. O que está acontecendo aqui? - Cisco disse assustado.
— Por que está fazendo isso? - perguntei.
— O meu pai me fez enxergar. Naquele dia na orla, no mesmo dia que terminou nosso noivado, ele foi até mim antes. No início eu não entendi, já que ele estava no corpo de uma mulher. Mas ele me alertou que faria isso, que você me trocaria pelo Allen. Você me trocou pelo Barry sem nem pensar duas vezes!
— Me desculpe, Louis. Não queria te magoar.
— Já chega! - ele esbravejou. - Quando o Iluminismo chegar, nós ficaremos juntos. Ele me prometeu.
— Pensei que ele estivesse do nosso lado. - Cisco comentou.
— Calado!

Louis foi até Cisco, com sua katana e tentou golpeá-lo. Por sorte Cisco desviou. Mas aquele pesadelo estava longe de acabar. Louis já havia me contado uma vez que fazia luta, então não me surpreendi quando ele começou a lutar com Cisco.

Em um único golpe, Louis derrubou Cisco no chão, e para evitar o pior, me coloque em sua frente.
— Louis, olhe para mim. - dei um passo à frente.
— Daphne, volte para cá. - Cisco dizia, ainda no chão.
— Não! Louis, por favor, olhe para mim.
— O Iluminismo... Ele vai concertar tudo isso. - Louis falava como um fantoche de DeVoe.
— Precisa lembrar quem você é. - me aproximei dele. - Eu estou aqui, junto com você.
— Mentira! - seus olhos tinham ódio, mas ao mesmo tempo eram vazios. - Me largou na primeira oportunidade que teve e se juntou com esse velocistazinho.
— Louis, eu sei que o DeVoe está na sua cabeça. Essas palavras não são suas. - me aproximei ainda mais, tocando sua mão e abaixando a katana. – Mas eu também sei que você está aí dentro e que pode me ouvir. Você é forte, Louis, pode lutar contra isso.

Seu rosto se contorcia em confusão, talvez começando a voltar a si.
— Lute, Louis. Lute!
— Eu... Não sei... - seus olhos, agora marejados, deram lugar aquele de antes, vazio e raivoso. - Não vai conseguir, Srta. Dean.

Louis então reergueu a katana e em um ato impulsivo me golpeou no abdômen, fazendo com que a espada atravessasse o meu corpo. Ao puxá-la, seu rosto se contorcia em confusão novamente, ele até parecia querer me ajudar, mas então Marlize apareceu junto a Ralph, abrindo uma bolsa dimensional, sumindo junto com Louis.

Coloquei a mão no meu abdômen e ao ver a quantidade de sangue fiquei tonta, senti que cairia no chão, mas alguém me amparou antes de acontecer.
— Caramba... - Cisco disse aflito. - Aguenta firme, ok? Vai ficar tudo bem, só fique acordada. Caitlin! - ele gritava.
— Cisco. - a dor parecia finalmente ter me tomado e eu respirava com dificuldade. - Acho que... Não consigo ficar acordada...
— Calma. Ok? Calma. -ele pressionava o ferimento. - Caitlin!
— O que aconteceu? - ela disse ao chegar correndo no córtex.
— Graças a Deus você chegou. O Louis, ele golpeou ela com aquela espada desgraçada. Tem que fazer algo logo.
— Tudo bem. Precisamos leva-la para a sala de operações. Pegue a maca rápido, Cisco.
— Tudo bem.
— Daphne, vamos te erguer e preciso que fique acordada por mais um tempinho. Pode fazer isso?
— Acho que sim...
— Ok. Em 3, 2, 1...

Senti quando me colocaram na maca e apressados me levaram para outra sala. Assim que chegamos lá, era quase impossível respirar e meus olhos começavam a se fechar.
— Onde está o Barry?
— Ele está cuidado de outro assunto.
— Eu preciso dele aqui... - falei chorando.
— Calma, vai ficar tudo bem.
— Eu não consigo mais... Caitlin, eu não consigo mais...
— Tudo bem, tudo bem. Eu vou aplicar um pouco de anestesia em você e vai poder dormir. Quando acordar vai ficar tudo bem, ok?

Fiz que sim com a cabeça e Caitlin colocou algo no meu braço. Logo senti meus olhos se fechando, até perder completamente a consciência.

***

Assim que acordei, ainda no STAR Labs, me senti um pouco tonta e meu abdômen doía.
— Graças a Deus você acordou. - Barry disse preocupado ao meu lado, beijando a minha mão.
— Eu ainda sinto dor...
— É normal, vai passar.

Me endireitei na cama, tentando não fazer movimentos bruscos. Olhei para Barry, ele andava pela sala, incomodado com algo.
— O que foi?
— O que diabos você achou que estava fazendo? O Louis tinha uma arma na mão!
— Eu queria ajudá-lo.
— Ajuda-lo a te matar? Por que era o que ia acontecer.
— Barry, eu seu que foi uma atitude estupida e perigosa, mas eu precisava tentar...
— Não, Daphne! - ele parecia chateado e tentava não chorar. - Já pensou se você morresse? O que eu ia fazer?
— Bar, vem aqui.

Ele hesitou, mas se sentou ao meu lado, agora chorando.
— O que aconteceu de verdade? Você não está chateado com o que houve comigo, dá pra ver nos seus olhos. O que aconteceu?
— O DeVoe conseguiu. Ele pegou todos os poderes dos metas que estavam no Star Labs, os atando. Ele se apossou do corpo do Ralph. Aquele desgraçado matou o nosso amigo e eu não pude fazer nada. Ralph morreu bem na minha frente e eu não pude fazer nada. - Barry chorava com raiva.
— Então foi por isso que eu vi o Ralph indo embora com a Marlize. Eu... Eu sinto muito.
— Eu juro, Daphne, o DeVoe não perde por esperar.
— Calma, Bar. - toquei seu rosto. - Esse sentimento não vai te fazer bem.
— Não me importo com sentimentos mais. Se a raiva vai me ajudar a derrota-lo, eu irei usá-la.
— Barry! - o fiz olhar nos meus olhos. - Isso não vai te ajudar, só vai te fazer ficar igual ao DeVoe. Você é um herói e não deve pensar assim. Não pode deixar que ele te derrote dessa forma! Olha pra mim Barry, olha pra mim... - levantei seu rosto. - Me prometa que não vai usar desse sentimento. Me prometa agora.

Ele hesitou por um momento, mas logo cedeu.
— Tudo bem.

Eu então o abracei forte e o beijei.
— Quando vi aquele sangue todo no córtex, pensei que ia te perder também. - ele sussurrou.
— Não vai se ver livre de mim tão cedo, Barry Allen. Eu te amo. Sabe que pode contar comigo para tudo, não é?
— Claro que sei. - ele disse, ajeitando meu cabelo e me beijando novamente. - Você é a melhor parte que há em mim.


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