True Love escrita por Candy S


Capítulo 17
Capítulo 17




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Tinha acabado de chegar na Revista e escutava risadas altas de Carly e Liza.
— Do que estão rindo? - perguntei ao entrar.
— Não vai acreditar no que a Liza fez! Estávamos esperando o Edward para colocar esse bendito lustre, quando a Liza teve uma brilhante ideia.
— Eu achei que daria certo, ok? - ela falava rindo.
— Sei... Daphne, a Liza pegou a escada e subiu com o lustre. Seria normal para uma pessoa que é acostumado, mas a Liza não é!
— O que ela fez?
— É melhor falar o que ela não fez. A Liza simplesmente se desequilibrou na escada e quase caiu com o lustre e tudo. A sorte foi eu, que estava aqui.

As duas riram e acabei me juntando a elas.
— Você tinha que ver...

Ouvimos passos subindo as escadas.
— Ed... - Carly logo disse. - Você não vai acreditar...

Ao olharmos para a entrada da sala, vimos Edward entrando com mais alguém. Karen.
— Ai droga. - pensei.
— Oi, pessoal.
— Oi, Ed. Oi, Karen. - Carly foi cumprimenta-la por educação.
— Olá.

Quando olhei para Liza, percebi ela nervosa. Estava ficando branca como papel. Me aproximei dela, sussurrando no seu ouvido.
— Você está bem?
— Estou bem. Eu estou ótima. - ela deu um sorriso nervoso.
— O que vieram fazer aqui mesmo? - Carly tentou intervir.
— Eu encontrei a Karen aqui por perto e ela pediu pra conhecer a Revista.
— Estou realmente muito impressionada, Ed. Vocês estão fazendo um belo trabalho aqui.
— Tinha que ver como isso aqui estava antes. Parece até mentira que conseguimos transformar esse lugar.
— Não esperava menos de você. Sempre tão dedicado, bondoso...
— Acho que eu quero sair daqui. - Liza disse baixinho.
— Tudo bem. Eu vou com você.

Assim que começamos a cruzar o escritório para sair, algo aconteceu. Karen e Edward simplesmente se beijaram bem na nossa frente. Eu percebi que ela praticamente tinha o agarrado, mas para Liza já foi o suficiente para sair correndo pelas escadas, chorando.
— Liza! - Edward disse ao se afastar do beijo de Karen. - Liza!
— Deixa que eu falo com ela, Edward. Vai ser melhor.
— Eu não queria magoa-la. Não foi minha intenção. Eu... - ele tentava falar, nervoso.
— Eu sei disso. Não precisa se preocupar, vai ficar tudo bem.
— Só diz a ela que eu não queria...
— Tudo bem. Eu digo. Agora fica calmo, ok? - segurei sua mão e olhei para Karen de uma forma nem um pouco amigável.

Desci o mais rápido que pude e encontrei Liza na entrada da Saturno, andando de um lado para o outro e chorando.
— Ei.
— Daphne... - ela me abraçou como uma criança, chorando nos meus ombros. - Não acredito que isso está acontecendo! Eu perdi ele pra Karen. Eu perdi...
— Ei, você não perdeu. O Edward não planejou aquele beijo.
— Ela vai fazer de tudo pra ficar com ele. Você vai ver...
— Liza... - segurei seu rosto, fazendo com que me olhasse. - O Edward não gosta mais da Karen. Ele não quer ela.
— Você não sabe disso...

Antes mesmo de poder continuar nossa conversa, escutei passos descendo a escada e no mesmo momento, um furgão preto parou de forma brusca na nossa frente e de dentro dele saíram dois homens encapuzados, que logo correram em nossa direção, nos forçando a entrar.

Eu e Liza estávamos complemente assustadas e gritando por socorro. Batíamos no vidro de trás do furgão, quando eles aceleraram o carro e acabamos vendo Edward nos procurando pela rua. Quando ele nos viu, sua expressão foi de surpresa e ao mesmo tempo preocupação. Ele corria atrás do carro o mais rápido que podia, mas já era tarde demais.
— Moço, por favor. Vocês pegaram as pessoas erradas. Deixa a gente ir, por favor.
— Calada! - um deles disse e logo colocou um saco de pano nas nossas cabeças, cobrindo-as.

Senti uma mão delicada e fria segurando a minha e logo deduzi que era Liza. Apertei forte, tentando acalma-la, mas nem eu mesma conseguia parar de tremer.

Não demorou muito até sentirmos que o furgão havia parado. Logo os homens nos tiraram de lá e nos coloraram sentadas em cadeiras, amarrando nossas mãos. Depois disso o silêncio tomou conta do lugar e entendi que eles haviam nos deixado sozinhas.
— Liza?
— Daphne, eu estou com medo. - ela choramingava. - Não consigo respirar direito com esse pano no meu rosto. Eu estou com muito medo.
— Calma, ok? Só precisa se acalmar e respirar fundo.
— Eu não consigo.
— Consegue sim. Vamos fazer isso juntas, ok?
— Tudo bem.
— 1... 2... 3... inspira bem fundo e agora expira. Inspira e expira. - apois repetirmos esses passos algumas vezes, acabei me sentindo mais calma. - Como está agora?
— Acho que melhor. Mas ainda tenho medo. Quem são essas pessoas e o que elas vão fazer com a gente?
— Eu não sei.
— Ninguém sabe que estamos aqui, Daphne. Não tinha ao menos uma pessoa na frente do Departamento de Polícia. Ninguém pode nos salvar.
— Claro que vão.
— Como?
— O Edward nos viu lembra? Ele com certeza vai até a polícia.
— Ainda assim, ninguém sabe onde estamos.
— Alguém virá, Liza. Só precisamos de um pouco mais de fé.
— Quem?!
— O Flash. Ele virá, eu sei... - falei um pouco nervosa também.
— O Flash? Por que ele viria? Com certeza ele deve ter mais o que fazer e ainda por cima ele não nos conhece. Por tanto é uma ideia totalmente descartável.
— Não, Liza, ele virá.
— Daphne, eu sempre tento ser otimista para tudo, mas isso é uma coisa impossível de acontecer.
— Você não entende... É que... Eu conheço o Flash e sei que ele virá por mim.
— Como tem tanta certeza disso?
— Porque... Ele é o Barry.
— O quê?! - sua voz soou surpresa. - Como assim?! Eu nunca imaginei...
— Isso não vem ao caso. O que realmente importa é que o Barry virá nos salvar. Se o Edward for até o CCPD, o Joe vai saber e avisar ao Barry. Ele vai vir. Eu sei que vai.

O barulho de um portão enferrujado nos assustou. Ouvimos passos se aproximando.
— Mas o que é isso? - uma voz, que me parecia familiar, disse brava. - A minha ordem foi de trazer apenas uma pessoa. Vocês são surdos?
— Desculpa, chefe. Mas é que na hora não sabíamos qual das duas eram.
— Vocês realmente são uns idiotas.

Vi então a sombra do homem se aproximando de Liza e arrancando o saco de pano da sua cabeça.
— Não é essa. Então posso deduzir que é a outra. - ele falou, se aproximando de mim. - Olá Daphne, ou melhor, Madame.

O homem tirou o pano da minha cabeça e a claridade fez com que eu fechasse os olhos. Quando voltei a abri-los, o vi bem em frente a mim, rindo. Mesmo com a cabeça raspada e roupas mais simples, a sua pose e seu ar de superioridade não haviam ido embora.
— Marcus.
— Eu mesmo. Surpresa em me ver livre? Pois é... Eu consegui fugir daquele inferno de prisão que você me colocou. Você arruinou minha vida, sabia? - ele falou alto. - Eu tinha tudo, era prefeito de Keystone, extremamente respeitado por todos, estava ficando rico... E você estragou tudo!
— Eu não fiz nada, Marcus. Você que se colocou nessa situação sozinho. Se não fosse eu a descobrir as suas falcatruas, seria outro jornalista.
— Pelo visto você continua abusada. Mas logo isso vai acabar, sabe por quê? Porque eu vou terminar o serviço que aquele idiota do Anthony não fez. Eu vou te matar. - ele achou graça nas suas palavras. - E depois eu vou entrar em um jatinho e vou sair desse país e viver com a quantia milionária que eu juntei antes de você aparecer e arruinar os meus negócios.
— Você quer se vingar de mim? Tudo bem! Mas deixe ela ir, ok? A Liza não tem nada a ver com isso.
— Infelizmente ela viu nossos rostos e ouviu nossa conversa. Mas pense por outro lado, Daphne, não irá morrer sozinha.
— Por favor, Marcos, ela não tem nada a ver com isso!

Ele então se aproximou de mim.
— Não sabe como é bom te ver implorar algo a mim. Mas infelizmente não será possível. - ele sorriu vitorioso. - E então, quem vai morrer primeiro? Podem escolher.

Olhei para Liza e sua expressão era de desespero. Seus olhos denunciavam seu medo sem nem ao menos se importar.
— Ok. Acho que vou ter que escolher. - ele estendeu a mão para que um de seus capangas o entregassem uma arma. - Você primeiro, loirinha. Acho que a madame ali precisa sofrer mais um pouco antes de chegar a hora dela.

Marcus se aproximou de Liza e colocou a arma em sua cabeça.
— Por favor, não faça isso... - suplicava, com lágrima nos olhos.
— Você realmente não faz ideia do quanto planejei esse dia... Pedi que meus assistentes aqui do lado de fora da prisão te seguissem e descobrissem quem você era. Assim que eles descobriram que seu nome não era Alexandra e sim Daphne Dean, você saiu da cidade. Passei 6 meses sem notícias suas, até que finalmente voltou para Central City. Não sabe o prazer que eu estou tendo de te ver bem aqui, prestes a me vingar. - ele segurou o rosto de Liza com força, colocando a arma em sua cabeça.

Ela então começou a chorar em desespero e eu acabei me juntando a ela. No mesmo instante, um raio roxo passou por nós e em seguida Marcus e seus capangas estavam amarrados um ao outro.
— Nossa... Acho que isso foi mais fácil do que um prédio em chamas. - uma velocista com máscara preta e jaqueta de couro preta e branca parou na nossa frente. - Acho que é agora que tiro vocês daí, certo?

Ao nos desamarrar, eu tinha certeza que a conhecia.
— Iris?
— Oi. Quer dizer, não devia ter dito isso na frente dela.
— Tudo bem, ela já sabe sobre o Barry.
— Prometo que vou guardar segredo. - Liza disse, enxugando as próprias lágrimas.
— Você está bem? - perguntei.
— Sim. Agora sim. Juro que pensei que ia morrer.
— Agora você está a salvo. - Iris afirmou.
— Iris, eu não entendo. Como você virou velocista?
— É uma longa história, mas pra resumir, um dos metas do ônibus tem o poder de passar os poderes de outros metas para outra pessoa.
— Uau. E como o Barry está?
— Não muito feliz, já que perdeu os seus poderes.
— Eu imagino...
— O papai já está vindo para prender esses bandidos. Não acredito que esse cara veio atrás de você.
— Nem eu.

Ouvimos então sirenes da polícia e logo Joe entrou.
— Olá, querida. - ele me abraçou. - Vocês estão bem?
— Agora sim.
— O Barry queria ter vindo, mas achei melhor não, já que ele está afastado da polícia. E o amigo de vocês também queria, mas ele estava muito nervoso.
— Quem? O Edward? - Liza perguntou, curiosa.
— Sim. Levei ele e a outra mocinha para o STAR Labs. Achei que o Barry poderia tranquiliza-los.
— Obrigada, Joe. - falei.
— Não tem de quê. Vamos embora? Acho que o dia de vocês ja foi difícil de mais.
— Não tem ideia do quanto.
— Eu vou indo na frente e aviso ao Barry e a todos que vocês estão bem. - Iris falou, saindo correndo e deixando seu rastro roxo para trás.

Enquanto Marcus era detido mais uma vez, agora com seus capangas, eu e Liza seguimos Joe até o seu carro e fomos direto para o STAR Labs. Entrei primeiro que Liza e ao chegar ao córtex, Barry logo veio me abraçar. Meu pai também estava lá.
— Meu amor! - Barry me beijou e abraçou preocupado. - Você está bem?
— Sim. - falei com a voz embargada.
— Filha! - meu pai se aproximou, me abraçando forte.
— Pai... - comecei a chorar.
— Ele te machucou? Aquele crápula fez algo com você?
— Não. Mas eu fiquei com tanto medo, pai... Eu tentava acalmar a Liza, mas por dentro achava que eu ia morrer.
— Está tudo bem, agora, minha pequena. Vai ficar tudo bem. - meu pai me aconchegava em seus braços, do mesmo jeito que fazia quando era pequena.
— Onde ela está? A Liza se machucou? - Edward veio até mim, apavorado.
— Calma, Ed. - Carly tentou acalma-lo e logo veio me abraçar. - Vocês estão bem?
— Agora sim. A Liza ficou lá fora. Ela queria se acalmar um pouco mais.
— Então eu vou atrás dela.

Edward disse, saindo do córtex, mas não foi preciso, já que Liza entrou bem na hora.
— Oh meu Deus! - ele exclamou, indo ao seu encontro e a abraçando forte. - Liza! Você não tem noção do que eu senti quando vi vocês indo embora naquele carro. Pensei que ia te perder pra sempre...
— Eu-eu tive tanto medo... - ela soluçava.
— Não precisa mais, ok? Não acredito que tive que passar por tudo isso pra poder entender e assumir que eu te amo.
— Você o quê?
— Eu te amo, Liza. Eu te amo, eu te amo!

Liza tinha o maior sorriso que eu já tinha visto em seu rosto e logo Edward a beijou. Os dois pareciam tão apaixonados, que resolvemos deixa-los a sós.

No laboratório de velocidade, Carly se aproximou de mim.
— Parece que todos estão se acertando não é... Primeiro você e o Barry, agora a Liza e o Ed...
— O Tyler não retornou mais suas ligações?
— Nunca mais eu quero ver aquele traste na minha frente...
— Isso é ótimo. Mostra que você finalmente se deu conta que ele não te merece.
— É... - Carly olhava para algo fixamente. - Quem é aquele bonitão?
— Quem? O Ralph?
— Não! Cruz credo. O outro.
— O Cisco?
— Não. O de óculos e camisa preta. Ele não estava aqui quando cheguei.
— Está falando do Harry?
— É esse o nome dele? Nossa! Ele é um gato!
— Ok... - ri. - Você está interessada no Harry?
— Talvez e por que não?
— Nada... Não é nada.
— Acha que devo ir falar com ele?
— E porque não? Vai lá.
— Tudo bem. - ela falou sorridente, indo até Harry.

Barry então me abraçou por trás.
— Está mais calma?
— Agora sim. - o beijei.
— Fiquei tão assustado quando o Joe chegou aqui contando o que tinha acontecido e eu não pude fazer nada.
— Falando nisso... Como a Iris virou velocista?
— Um meta-humano chamado Matthew tirou meus poderes e transferiu para ela.
— E você está bem com isso?
— Bem que eu gostaria. A você eu posso falar... Sinto tanta falta da minha velocidade.
— Eu imagino, meu amor. - beijei seu rosto, o abraçando em seguida. - O Cisco logo encontrará esse meta e vai ter sua velocidade de volta.
— Não sei se vai ser tão fácil assim... Acho que a Iris está gostando de ser velocista. Não quero tirar isso dela sem que ela concorde.
— Você é realmente uma pessoa especial.

Barry riu, corando um pouco.
— Filha. - meu pai se aproximou de nós. - Eu já estou indo para casa. Vamos?
— Sim. Tchau, meu amor. - me despedi de Barry com um beijo.
— Tchau. Te vejo amanhã?
— Claro. Eu te amo.
— Eu também.


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