Chocolates escrita por misstsuki


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Yo minna-san!
Essa é minha primeira fic, mesmo sendo uma oneshot meio longa, de Boku no Hero Academia!
Gosto de fics onde o Midoriya é uma garota, então acabei fazendo a minha própria história nesse modelo!
Bem, espero que gostem!



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Não era a primeira vez que Midoriya Izuku preparava chocolates para o dia dos namorados, mas era a primeira vez que ela os preparava para amigos e...

A garota sorriu levemente enquanto continuava a misturar os ingredientes.

...e era a primeira vez que ela fazia chocolates para uma pessoa em especial para o qual ela tinha certeza que poderia entregar cara a cara, mesmo que ela fosse rejeitada.

Durante seus anos de ensino fundamental, Izuku não tinha ninguém para chamar de amigo, além do mais, seus colegas de classe já haviam deixado bem claro que nunca aceitariam nada de alguém sem um quirk. Entretanto, naquela época, Bakugou Katsuki era uma exceção.

Todos os anos a garota preparava chocolates com pimenta (por algum motivo tudo o que Katsuki comia possuía pimenta, e o chocolate não era exceção) para o amigo de infância pelo qual ela tinha uma queda, mas este compartilhava das mesmas ideias das pessoas de sua classe, Katsuki nunca aceitaria algo de alguém sem um quirk.

Como ela tinha certeza disso? Simplesmente pelo fato de que a única vez que ela tentou entregar seus chocolates pessoalmente, o garoto apenas pegou o embrulho cor de rosa e explodiu em suas mãos.

Era por esse motivo que todos os anos Izuku colocava seus chocolates no armário de tênis de Katsuki, assim como outras muitas garotas que não tinham coragem de entregá-lo cara a cara. Depois disso, ela se direcionava aos fundos da escola, onde comia o restante dos chocolates sozinha enquanto observava os flocos de neve cobrirem o chão da escola, até que o sinal tocasse avisando que as aulas estavam prestes a se iniciar.

Porém, aquele ano seria diferente! Izuku poderia entregar os chocolates que ela fazia para todos aqueles que ela levava em seu coração.

Com esses pensamentos em mente ela despejou o chocolate nas forminhas de diferentes desenhos, deixando as de coração separadas para colocar uma mistura de sabor diferente. Chocolate com menta.

Ela sorriu, tudo daria certo...

Com o canto dos olhos ela encarou algumas pimentas em uma bacia de metal.

...bem...pelo menos assim ela esperava.

                                                                         ...

Deitado em sua cama, Bakugou Katsuki encarava o teto de seu quarto, milhares de pensamentos passando por sua cabeça. Nos últimos meses tanto havia acontecido, o ataque na USJ, o festival de esportes da U.A., seu sequestro no acampamento, e...

Seus olhos vermelhos se estreitaram ao pensar nos acontecimentos logo após seu sequestro. All Might havia usado todo o poder que lhe restava para derrotar All for One, e em seguida todos os alunos da U.A. passaram a morar em dormitórios construídos dentro da área da escola. Naquele tempo ele gostaria de ter batido de frente com Izuku, mas com a aproximação dos exames para a carteira provisória de herói, houve necessidade de deixar a “conversa” que ele queria ter para depois.

Bem...ele falhou no exame, mas em algum lugar de seu ser ele agradeceu por não ter sido o único, Todoroki também havia falhado, e Deku...ela havia conseguido. Frustração pareceu se acumular mais ainda dentro de seu ser.

Naquela mesma noite enquanto todos os alunos estavam conversando animadamente na sala do dormitório, ele se aproximou da garota que encarava o celular ansiosamente, e com a maior naturalidade do mundo, pediu para que ela o encontrasse do lado de fora dos dormitórios mais tarde, alegando que era a respeito do quirk que ela possuía.

Assim que todos estavam dormindo, os dois se encaminharam em direção do Campo Beta, onde eles haviam se enfrentado pela primeira vez. Lá Katsuki confirmou suas suspeitas de que Izuku havia recebido os poderes de All Might, além de colocar para fora toda sua frustração.

E a Midoriya o ouviu, fazendo algumas interrupções, mas o ouviu.

Por fim, ele pediu, demandou que eles lutassem. A princípio a garota fez de tudo para evitar uma luta, mas conforme ele lançava ataques, a garota foi obrigada a contra atacar ainda assim pedindo para que ele parasse. Ele voltou a gritar e em algum momento ele deixou escapar a culpa que ele sentia em relação ao fim da carreira de All Might.

No instante seguinte, Izuku o atacou alegando que de uma forma ou outra ela queria testar seus novos ataques, e assim a luta se iniciou verdadeiramente, os dois colocando seus sentimentos e ideais em chutes e socos, até que Katsuki revidou um dos socos da garota, e a prensou no chão. Logo em seguida All Might apareceu, a conversa entre os três foi uma forma de colocar um ponto final naquela briga, e nos sentimentos agora completamente entendidos.

Katsuki fechou seus olhos e um suspiro escapou seus lábios.

Claro que depois daquela luta as coisas não haviam sido muito divertidas. Aizawa-sensei estava furioso pelo fato deles terem saído do dormitório sem supervisão e ainda por cima para brigar. Ele a Midoriya foram suspensos por quatro e três dias respectivamente, e forçados a limpar as áreas comuns do dormitório.

Mas foi a partir dai que sua relação com Deku se tornou mais...estável? Como se agora ele pudesse enfrentar a garota como uma verdadeira rival em vez de vê-la apenas como um estorvo. Claro que ele ainda ele explodia (não no sentido literal) com coisas mínimas que Izuku fazia, e ela ainda se afastava por medo, mas ambos sabiam que algo havia mudado.

Seu estômago roncou e Bakugou se lembrou de que ele ainda não havia comido após voltar de um treino contra Kirishima na parte da tarde. O rapaz se levantou e saiu de seu quarto, pegando o elevador e descendo até a sala do dormitório de onde rumou até a cozinha que por algum motivo estava bem barulhenta.

—O que eu faço agora?

—Ah! É só despejar nas forminhas e depois colocar na geladeira para endurecerem.

—Ahhh! Que forminhas fofas!!!

—Acho que fiz algo de errado....

Katsuki arqueou sua sobrancelha, o que as garotas de sua sala estavam fazendo? Ele andou até a porta da cozinha e no instante em que ele adentrou o cômodo, o loiro viu a bagunça que a cozinha se encontrava. Com certeza ele não conseguiria cozinhar nada naquele instante.

—Ah! Bukugou-kun!

A primeira pessoa que o percebeu foi Hagakure, a bacia que a garota invisível segurava se aproximou dele e de repente uma colher cheia de chocolate foi colocada em sua boca sem mais e nem menos.

Sem muita escolha ele engoliu o chocolate e em seguida tossiu.

—O que achou do chocolate?-perguntou a garota.

—MAS QUE MERDA FOI ESSA?!-gritou-QUEM ENFIA UMA COLHER NA BOCA DOS OUTROS SEM MAIS E NEM MENOS?!

Hagakure teve a decência de pelo menos rir envergonhada.

—Desculpa, só estou um pouco ansiosa acho...

—Mas o que você achou Bakugou-kun?-perguntou Uraraka-Estamos usando essa receita que vimos na internet, mas precisamos de uma opinião de fora.

Ele estreitou seus olhos antes de apenas dizer...

—Doce.

Claro que as garotas apenas o encararam por alguns instantes antes de voltar a trabalhar.

—Perguntamos isso para a pessoa errada.-murmurou Uraraka.

—O QUE VOCÊ DISSE?!-gritou Katsuki-E POR QUE INFERNOS VOCÊS ESTÃO FAZENDO CHOCOLATE TÃO TARDE DA NOITE?! NÃO ESTÃO VENDO QUE EU PRECISO USAR ESSA DROGA DE COZINHA?!

—Bakugou-san, pode parar de gritar?-indagou Yaoyorozu com as mãos no quadril-Já é tarde, você vai acordar o dormitório todo.

—Você é muito barulhento Bakugou-chan.-falou Asui-Desse jeito você nunca vai ser popular e não vai ganhar nenhum chocolate.

—O QUE...

O olhar da vice-presidente da classe fez com que ele reconsiderasse terminar sua frase gritando.

—Amanhã é dia dos namorados, por que você acha que estamos fazendo chocolates?-falou Ashido quase que retoricamente.

Ah...ele havia se esquecido totalmente da data.

—E já estamos quase terminado.-falou Jirou começando a lavar as bacias-Vai ter a cozinha toda só para você.

Katsuki estreitou seus olhos e deu meia volta, indo em direção à sala. Ele ainda podia ouvir as garotas falando de decoração e outras coisas que ele não entendia, mas algo em particular chamou sua atenção.

—Seria mais legal se a Deku-chan estivesse com a gente.—comentou Uraraka.

De fato...onde estava a Midoriya?

—Bem...provavelmente ela queria privacidade para fazer os chocolates dela?-disse Yaoyorozu-Qual outra razão para ela pedir permissão para voltar pra casa às vésperas do dia dos namorados?

—Você acha que ela está fazendo para alguém em especial?!-exclamou Hagakure animada.

A testa do Bakugou franziu com aquele comentário.

—Talvez...—disse Jirou-Não vejo outro motivo para ela voltar para casa. Afinal nós estamos fazendo chocolates para todos da classe, e se Midoriya fosse fazer só esse tipo de chocolate também, ela com certeza iria fazer aqui com a gente.

Um silêncio tomou a cozinha, e o rapaz que agora se encontrava deitado no sofá da sala cogitou voltar à cozinha para ver se algo havia acontecido. Não que ele estivesse preocupado, claro.

—E pra quem vocês acham que ela vai se confessar?-perguntou Asui, curiosidade claramente em sua voz.

Os olhos vermelhos de Katsuki se arregalaram, Deku iria se confessar para alguém?! Para quem?!

Mais uma vez o silêncio predominou na cozinha e o rapaz se encontrou inquieto.

—Bem...acho que todas sabemos pra quem...-disse Ashido.

E a conversa acabou ali, deixando um Bakugou mais do que irritado se contorcendo no sofá da sala por não ter uma resposta.

Por que estou tão irritado?

Ele provavelmente não conseguiria dormir aquela noite.

                                                                   ...

O dia amanheceu nevando, e provavelmente continuaria pelo resto do dia, algumas crianças que iam para escola já haviam começado guerras de bolas de neve com seus amigos e aquilo fez com que Izuku sorrisse. Como ela havia voltado para sua casa, ela precisou levantar um pouco mais cedo para ir a U.A., mas tudo aquilo valia a pena, e a sacola cheia de doces em suas mãos era a prova disso.

Os trens estavam mais lentos por conta da neve, o que resultou nela chegando em cima da hora, mas ela não pode deixar de notar que algumas pessoas já estavam recebendo chocolates, alguns tinham chocolates dentro de seus armários de tênis, enquanto outros recebiam os doces diretamente das garotas.

Não foi uma surpresa quando ela entrou na sala para ver que todos seus colegas de classe já estavam ali, alguns já com chocolates em mãos falando animadamente de que haviam os recebido, mas provavelmente não haviam sido recebidos das garotas da sala já que Izuku podia ver a sacola de doces ainda ao lado da mesa de Yaoyorozu.

A garota lançou um olhar para o fundo da sala, e seus olhos verdes encontraram um par de olhos de cores diferentes. Suas bochechas coraram levemente, mas Izuku acenou para Todoroki, que esboçou um leve sorriso como forma de mostrar que ele havia a visto.

—Deku-chan! Bom dia!-exclamou uma Uraraka animada, fazendo com que a Midoriya desviasse sua atenção do rapaz para prestar atenção na amiga.

—Bom dia Uraraka-san.-respondeu a garota de cabelos esverdeados sorrindo-Achei que vocês já teriam entregado os chocolates.

—Não, não!-disse a morena-Vamos entregar só na hora do almoço.

—Hum...então acho que farei o mesmo.-murmurou antes de andar em direção de sua mesa.

—Deku-chan...-falou Uraraka acompanhando a amiga, que por sua vez colocava as coisas sobre a mesa-Você fez algum chocolate...especial?

Foram precisos alguns segundos para a Midoriya finalmente entender a pergunta, e em seguida suas bochechas ficaram totalmente vermelhas, o que foi resposta o bastante para Ochako.

—Você fez!!!-exclamou Uraraka, antes de ser interrompida por um barulho de explosão.

Ambas as garotas e algumas outras pessoas da sala encararam Bakugou que tinha os punhos fechados e saindo fumaça.

—Caladas! Vocês são muito barulhentas!-exclamou com seu tom irritado de sempre.

—Você é o mais barulhento de todos!-retrucou Uraraka apontando seu dedo na cara do rapaz que brincou com a ideia de mandar uma explosão naquele dedo ofensivo da garota-Você só esta chiando porque provavelmente não vai ganhar nenhum chocolate da Deku-chan!

Mais uma vez a sala ficou em silêncio por alguns instantes, até que uma sequência de explosões saíram das mãos de Bakugou.

—E QUEM DISSE QUE EU QUERO ALGO DESSA NERD, HEIN CARA REDONDA?!

—QUEM NÃO QUER UM CHOCOLATE DA DEKU-CHAN, SEU ANIMAL?!

A troca de elogios continuou entre Ochako e Katsuki, uma defendendo Izuku e o outro a insultando com o imenso vocabulário de apelidos possíveis, a Midoriya por sua vez apenas suspirou antes de encarar sua sacola de doces.

—Quantas vezes eu tenho que repetir? Quando o sinal tocar, quero todos já sentados em suas carteiras.

A voz cansada e irritada de Aizawa fez com que todos os alunos congelassem em seus lugares. Kirishima segurava Katsuki pelos braços, o impedindo de possivelmente tentar matar a Uraraka que era segurada por Iida, que até então tentava parar a briga.

—Sentem-se.

O comando teve efeito imediato, em um piscar de olhos todos estavam sentados devidamente em suas cadeiras.

O professor suspirou e se arrastou com seu saco amarelo de dormir até sua mesa, murmurando no caminho algo sobre crianças terem muita energia.

                                                                      ...

As aulas da manhã passaram rapidamente, ou pelo menos foi assim que Izuku sentiu o tempo passar. Durante as aulas ela pensou em como entregaria seus chocolates, 17 desses pensamentos tiveram um “final feliz” como resolveu chamar, e 2 outros pensamentos tiveram finais incertos.

—Pessoal!-gritou Yaoyorozu animadamente, chamando a atenção de todos da sala-Antes de vocês saírem para o almoço, eu e todas as garotas da 1-A temos um presente para vocês!

—CHOCOLATES!!!-gritou Mineta com os olhos arregalados.

—Só para constar...-falou a Asui-...são chocolates em nome da amizade.

Izuku e Momo encararam a forma encolhida e desapontada de Mineta na cadeira, que murmurava algo sobre saber que eram chocolates obrigatórios.

As garotas começaram a entregar os saquinhos transparentes amarrados por fitas com de rosa para os garotos da sala. Todos agradeceram, alguns um pouco mais emocionados (Mineta, Denki e Sero) do que outros, e com exceção de Katsuki que aceitou depois de muita gritaria, todos estavam felizes por terem recebido os doces.

—Ah! Então eu vou aproveitar e entregar os meus também!-anunciou Izuku se colocando de pé.

—Hehhhh???

A garota encarou seus colegas masculinos de classe que pareciam chocados. Com o que, ela não sabia exatamente.

—Achei que esses chocolates eram de TODAS as garotas?-comentou Denki encarando seus chocolates.

—E quem se importa com isso?!-gritou Mineta-Vamos ganhar MAIS UM CHOCOLATE! E ainda por cima da Midoriya! Do anjo dessa sala! Da linda e maravilhosa, sem falar do corp...

Mineta não pode terminar sua frase uma vez que Tsuyu o estapeou com a língua.

—Não precisa terminar esse comentário Mineta-chan.-disse a portadora do quirk de sapo.

Ignorando o comentário do garoto, Izuku começou a distribuir os chocolates que estavam em saquinhos transparentes com fitas amarelas, para as pessoas de sua sala, inclusive para as garotas, que ficaram surpresas por também estarem recebendo os doces naquela data.

—Deku-chan! Você um anjo mesmo!-exclamou Ochako se jogando na direção da Midoriya para abraçá-la, exemplo seguido pelas outras garotas da sala. Izuku por sua vez apenas riu um pouco sem graça.

Assim que suas amigas a soltaram, Izuku voltou para sua carteira. Dentro da sacola restavam apenas dois chocolates. Agora...a pergunta era como entregá-los? E para quem entregar primeiro?

Os orbes verdes da garota encararam o saquinho de chocolates idêntico aos dos outros que acabara de entregar, sendo a única diferença a cor do laço, vermelho. Provavelmente seria melhor entregar todos os chocolates obrigatórios primeiro, certo? Decidido o caminho que tomaria, Izuku pegou o presente e se virou para Katsuki que continuava a reclamar sobre a data festiva...bem...o máximo que podia acontecer era ele recusar o doce e explodir ele assim como havia feito há alguns anos.

—Ka-chan!-chamou Izuku.

Os olhos vermelhos de Katsuki fitaram a garota de longos cabelos verdes e ondulados, ele franziu a testa.

—O que quer Deku?!

—Ah...-de repente a Midoriya esqueceu toda a fala que havia decorado para enfrentar o amigo de infância. O desespero tomou conta, e uma Midoriya desesperada era sinônimo de apenas enrolação-...eu...eu sei que você não gosta de doces, e bem...eu sei que você também me detesta...-algo naquela frase fez com que o loiro ficasse levemente incomodado-...mas...eu...bem...

—DESEMBUCHA DEKU!-exclamou Katsuki irritado.

—ENFIM!-disse Izuku estendendo o doce para o loiro-Eu também fiz alguns chocolates pra você!

A sala ficou em silêncio e alguns dos alunos encararam Katsuki, esperando por uma reação explosiva, algo que não veio, pois aparentemente, o próprio rapaz estava em choque.

—Deku-chan...você realmente é um anjo.-disse Uraraka quebrando o silêncio-Só uma alma bondosa como a sua daria chocolate para alguém que compra briga com você por nada.

—Realmente...isso é bem cara da Midoriya...-comentou Kirishima.

—Ei Bakugou! Aceita logo esse chocolate!-exclamou Denki, o que finalmente fez com que Katsuki reagisse.

—Chocolates...você fez chocolates...-falou Katsuki um tanto que...incrédulo.

—Não Bakugou, você não tá vendo que são pirulitos?-falou Sero ironicamente-É claro que são chocolates, cara!

E aquela frase finalmente fez com que o Bakugou Katsuki que todos conheciam voltasse.

—EU NÃO SOU CEGO SEU IDIOTA!-gritou-EU SEI QUE SÃO CHOCOLATES! HOJE É DIA DOS NAMORADOS, É ÓBVIO QUE ELA FARIA CHOCOLATES!

—...Ka-chan...?

Katsuki voltou seu olhar para a garota que continua esticando o presente em sua direção, ela o encarava ansiosa, esperando apenas que ele os aceitasse ou os recusasse. Se ele ainda fosse o Katsuki de alguns meses atrás, com certeza ele teria explodido os doces, mas depois da conversa/luta contra a garota, ele sabia que a relação deles havia mudado. Por isso, Bakugou os aceitou, não do jeito mais educado, afinal apenas tirar o presente das mãos de alguém não poderia jamais ser chamado de “educado”, mas para os dois aquilo já era um começo, e o sorriso no rosto de Izuku era mais do que prova disso.

—Espero que eles não estejam ruins, Deku!-comentou Katsuki começando a abrir a embalagem-Caso contrário eu vou explodir eles.

—Bem...não é como se você já não tivesse feito isso antes.-comentou Izuku, o que fez Katsuki parar seus movimentos por alguns segundos.

—Ah...ele não tem a capacidade nem de agradecer.-comentou Hagakure, as outras garotas e alguns dos garotos apenas balançaram a cabeça concordando.

—Realmente...você não tem o mínimo de educação...-disse Ochako antes de finalmente perceber o que a amiga havia dito-COMO ASSIM?! VOCÊ JÁ EXPLODIU OS DOCES QUE A DEKU-CHAN FEZ PARA VOCÊ???!!!

E aquele comentário fez com que a classe voltasse a virar um caos. Um caos que foi aproveitado por Izuku, que pegou seu último presente, uma caixinha em forma de coração, e se encaminhou até Todoroki que até então apenas observava seus colegas, preferindo não se meter naquela confusão.

—Todoroki-kun?

—Midoriya.

As bochechas dela voltaram a ficar vermelhas quando seus olhos encontraram aos do filho do novo herói número 1.

—Hum...será que podemos conversar...lá fora?-perguntou Izuku encarando o chão.

Todoroki sabia do que se tratava, afinal, era dia dos namorados, não tinha como não saber, mas ele não sabia que se encontrava tão ansioso até a garota se aproximar dele.

—Claro.-respondeu por fim.

E sem que seus colegas de classe percebessem, os dois saíram daquela sala, sendo seguidos por apenas um par de olhos vermelhos que perceberam a ausência deles em meio à confusão.

—AHHH!-gritou Katsuki por fim-CALADOS SEUS EXTRAS!!! E CARA REDONDA! VOCÊ NÃO TEM ALGO MAIS IMPORTANTE PRA FAZER DA VIDA NÃO?

—Realmente! Tenho coisas mais importantes pra fazer do que ficar discutindo com alguém como você!-exclamou Uraraka mostrando a língua para o rapaz antes de sair correndo da sala.

Aos poucos os outros alunos da classe 1-A começaram a deixar a sala para finalmente irem almoçar, deixando assim Bakugou sozinho na sala com seus chocolates em mãos. Ele encarou o saquinho de doces que havia começado a abrir, se Deku o tivesse entregado chocolates no ano anterior, ele com certeza os teria explodido, assim como havia feito quando ainda tinham 10 anos, tudo porque ela não possuía um quirk.

Se Katsuki parasse para pensar agora, todos esses anos brigando com a garota haviam sido por uma idiotice de sua parte, tudo porque ele havia acreditado que a garota sem quirk o enxergava como uma pessoa inferior, sendo que esse tempo todo ela apenas estava se preocupando com ele.

Quando ele havia percebido isso?

Provavelmente depois que ela ouviu todas suas preocupações e frustrações, e aceitou seu pedido de luta, tudo para que ele finalmente pudesse voltar a pensar com mais clareza.

Pegando um dos chocolates que tinha o formato de estrela, Katsuki o jogou para o alto e o pegou com a boca, como se estivesse comendo pipocas, e instantes depois seus olhos se arregalaram e encararam o saquinho de chocolates...chocolates com pimenta...iguais os que ele encontrava em seu armário de tênis durante seu ensino fundamental.

                                                                        ...

Dizer que Todoroki Shouto havia sido popular em sua época de ensino fundamental parecia uma redundância, afinal, como um garoto bonito, cavalheiro e com um quirk digno de um herói não seria popular? Além disso, sua atitude fria parecia despertar mais o interesse das garotas, do que afugentá-las. Era como se as garotas estivessem disputando quem seria a pessoa a derreter o gelo de seu coração.

Quando o dia dos namorados chegava, seu armário de tênis estava sempre aberto com caixas de chocolate transbordando, alguns até com cartas de amor anexadas. Sua mesa na sala de aula não estava em diferentes condições, pilhas de chocolates se formavam em cima de sua carteira já que em baixo dela já não cabiam mais.

Ao longo do dia, garotas mais corajosas se aproximavam dele e entregavam seus chocolates, obrigatórios, pois elas sabiam que o Todoroki não os aceitaria se fossem doces como forma de declarações de amor. O rapaz apenas agradecia com sua expressão estoica de sempre, ele não via motivo para sorrir e dar falsas esperanças para garotas que ele se quer conhecia.

Durante seus anos de ensino fundamental, Shouto também aprendeu que nessa data comemorativa, ele devia levar sacolas para a escola, várias sacolas para colocar os doces. Doces que ele nunca comia, pois ele os levava para doar em orfanatos perto de sua casa. Além do mais, os chocolates eram sempre ao leite ou amargos, e como qualquer pessoa, ele tinha suas preferências. Seus favoritos eram os chocolates com menta.

Mas aquele ano seria diferente, pensou Todoroki enquanto seguia a Midoriya pelas escadas que davam acesso a cobertura do prédio.

Quando o ano letivo na U.A. havia começado, Shouto resolveu se isolar, ele não estava ali para fazer amigos, ele estava ali para ser um herói, para seu um herói melhor que aquele que ele chamava de pai, Shouto estava ali para mostrar que ele não precisava usar o quirk de Endeavor para ser o melhor.

Os testes de Aizawa foram fáceis, e naquele placar ele identificou seus possíveis rivais, Yaoyorozu Momo e Bakugou Katsuki, jamais ele teria pensado que a tímida Midoriya Izuku que ficou em último lugar despertaria sua atenção, mas ele admitia que a força de vontade da garota era formidável. Quem quebraria o próprio dedo para provar a um professor que ele estava errado?

Mas na época Shouto deixou aquilo de lado, não era como se ela fosse atrapalhar seu caminho.

Nas batalhas em duplas durante a aula de All Might, Todoroki foi pego de surpresa novamente, não que seu rosto aparentasse isso, mas a luta entre Bakugou e a Midoriya havia o deixado com os nervos à flor da pele. A batalha era intensa, nenhum dos dois lados parecia disposto a recuar, mas o plano desesperado da garota levou sua dupla à vitória, mas a vitória lhe custou queimaduras e um braço quebrado.

E novamente, Shouto testemunhou aquela força de vontade inabalável da Midoriya quando esta saltou em direção de All Might para salvá-lo do ataque de Shigaraki Tomura, enquanto ele, Shouto, junto de Kirishima e Bakugou ficaram parados, imóveis diante a cena.

Foi a partir dai que ele começou a prestar atenção na garota, ele havia reconhecido tanto a força de vontade quanto o poder que ela possuía, e por algum motivo ela e All Might eram próximos. Por que o herói número 1 tinha tanto interesse na Midoriya? Aquilo não importava muito, mas agora ele a enxergava como uma rival em potencial, uma rival mais perigosa que Yaoyorozu ou Bakugou.

E no festival de esportes da U.A. ele deixou aquilo claro para Midoriya, na frente de toda a classe.

Que idiota eu fui, pensou o rapaz corando levemente enquanto observava a garota abrir a porta para a cobertura. Depois de tudo eu ainda perdi para ela na primeira prova...realmente um idiota...

De fato, ele havia perdido para a Midoriya na primeira prova, e na segunda prova também se ele considerasse que por um instante ele usou o poder se seu pai para se proteger do ataque dela. Ao fim das duas provas, lá estava ele pedindo para conversar com Izuku, que tinha todo o direito de esnobá-lo depois das grandes merdas que ele havia dito, mas ela escutou toda sua história e ainda levou a sério sua “declaração de guerra”. Sua luta contra ela não foi fácil, ele admitia isso, ela era uma oponente durona apesar da aparência fofa e tímida. E foi ela quem abriu seus olhos.

Esse poder é seu! Apenas seu!

Como ele não havia percebido antes? Por que algo tão óbvio lhe passou despercebido? Por que uma pessoa que ele conhecia há pouco tempo o desvendou em questão de minutos? Ele não fazia ideia, até hoje ele não conseguiria responder aquelas perguntas, mas a sensação de alivio era algo que ele levava consigo. As palavras da Midoriya destruíram as barreiras que ele havia construído sem perceber, e ele sorriu, algo que ele não fazia há anos. E ela retribuiu o sorriso. Apesar de toda ferida ela lutou até o fim, mas ela não lutava por ela, Izuku estava lutando por ele, e por conta disso, Shouto venceu aquela partida.

Provavelmente, aquela havia sido a luta mais intensa de todo o festival, se a arena de batalha toda destruída servisse como indício, mas Shouto não se importava com isso, sua mente agora estava infestada de pensamentos a respeito daquela garota que sem mais e nem menos resolveu que iria interferir em sua vida. Ele queria se aproximar dela, mas como, ele não fazia ideia, ainda mais depois de tudo o que aconteceu durante o festival de esportes. Foi então que o problema em Hosu com Stain aconteceu. Eles lutaram lado a lado, seus movimentos em sincronia, algo que Shouto não achou ser possível, e com a ajuda de Iida, eles derrotaram o matador de heróis.

Depois desse incidente, ele se aproximou da Midoriya, mas ficou feliz por conseguir ficar amigos não só dela, mas como também de Iida e Uraraka. Os eventos seguintes como o acampamento e o sequestro de Bakugou, os dormitórios, a licença provisória só serviram para aproximá-los cada vez mais. Conversas na sala de aula e durante o almoço passaram a acontecer fora desses horários, eles começaram há passar mais tempo juntos fora da escola. Os treinos passaram a serem mais divertidos quando os faziam juntos, e pelo menos uma vez na semana, ele e a Midoriya pediam permissão para saírem da área da escola para simplesmente passearem.

E em algum momento Todoroki Shouto percebeu que seus sentimentos por Midoriya Izuku iam além da amizade. Ele a amava. Ele amava o jeito forte e destemido da garota, amava a sensação dos cabelos esverdeados em suas mãos quando ele os acariciava, amava ver os olhos dela brilharem quando ela falava de heróis, amava e achava engraçado vê-la murmurar sobre quirks que ela observava, mas acima de tudo, amava ver o sorriso gentil no rosto da Midoriya.

Quando isso aconteceu? Ele não fazia ideia, e nem se importava, pois aquele sentimento trazia o melhor dele para a superfície, e ele não teria as coisas de outro jeito.

—To...Todoroki-kun!-exclamou Izuku. As bochechas rosadas só a deixavam mais adorável.

Os dois se encontravam no meio da cobertura, havia parado de nevar, e o vento gelado balançava o cabelo dos dois.

—Eu...eu...eu fiz alguns chocolates porque hoje é dia dos namorados, óbvio que são chocolates e não pirulitos como o Sero-kun disse...-começou a falar a garota nervosamente, o que fez Todoroki sorrir de canto, claro que ela não conseguiria ser direta-...bem...eu fiz chocolates para todos da sala, e alguns para minha mãe e para os nossos professores também, por sinal eu já os entreguei antes de ir para a sala...ah! E sem querer eu acabei ouvindo que hoje...

—Midoriya.

—Hai!

—Acredito que você está saindo do tópico.

—Ah!-exclamou envergonhada. Todoroki notou que até as orelhas da garota estava vermelhas-Ugh...eu sai do tópico de novo...

Shouto riu levemente e acariciou a cabeça de Izuku que levantou o rosto corado para encarar o rapaz que apenas esboçou um sorriso.

Izuku não pode deixar de retribuir o sorriso. O sorriso de Todoroki era algo que ela havia aprendido a apreciar muito, pois eram raros os momentos que o rapaz se mostrava tão aberto.

Quando Izuku conheceu Todoroki Shouto, ele possuía um ar tão distante que ela nunca teve coragem o suficiente para se aproximar, além do mais, ela tinha que lidar com as atitudes explosivas de Katsuki, então ela nunca pensou em interagir com o portador do quirk de gelo e fogo. A primeira vez que eles interagiram foi durante o ataque à USJ, e apesar de tudo foram poucas as palavras trocadas já que eles estavam mais concentrados em sobreviver.

E de repente, antes do festival de esportes da U.A. se iniciar, ele havia declarado que a considerava uma rival mesmo com as diferenças mais do que visíveis de técnicas. Naquele momento, Izuku não sabia muito bem o que pensar da situação, afinal por que raios um dos melhores alunos da classe para o qual ela nunca havia se quer dado um simples “bom dia” resolveu comprar briga com ela? Justo ela, que não possuía controle nenhum sobre o One for All e que quebrava alguma parte de seu corpo toda vez que usava tal poder! Bem, mais tarde ela descobriu o porquê de tudo aquilo.

A Midoriya lembrava-se de ter pensado que a história da Todoroki era digna de um protagonista de algum tipo de quadrinho, mas nem por isso ela achava certas as motivações que o faziam querer ser um herói. Foi por isso que ela aceitou a declaração de guerra. Foi por essa razão que ela deu o máximo de si na luta contra o rapaz. Mas acima de tudo, ela desistiu da sua ambição de apenas ganhar o festival, para tentar salvar aquele garoto de 15 anos que estava perdido em meio a tantas emoções.

Ela atingiu seu objetivo, o “obrigada” que ela ouviu Shouto murmurar foi o bastante para saber que ela havia feito alguma diferença.

Depois do festival eles não voltaram a se falar, talvez um pouco de estranhamento depois de tantas coisas que haviam sido ditas por ambos os lados, os deixaram um tanto apreensivos para conversarem, porém o incidente em Hosu veio para mudar aquilo. Eles lutaram lado a lado, seus movimentos em harmonia, ela atacava e ele a defendia, e com a ajuda de Iida, eles venceram.

Quando eles voltaram às aulas, Todoroki passou a andar junto dela, de Iida e de Uraraka. A presença calma de Todoroki parecia ser o que faltava naquele grupo. Os incidentes no acampamento de verão, o sequestro de Katsuki, a mudança para os dormitórios e o exame de licença provisória pareciam ter surgido apenas para aproximá-los mais.

Ela e Todoroki começaram a passar mais tempo juntos, as conversas dentro da escola passaram a acontecer dentro dos dormitórios, ela ia ao quarto do rapaz e ele também aparecia em seu quarto. Os treinos pareciam mais divertidos quando eles os faziam juntos, e pelo menos uma vez na semana eles saiam da área da escola para passearem.

Claro que suas interações com o rapaz não passaram despercebidas pelas outras garotas de sua classe, que começaram a questionar quais eram seus sentimentos em relação ao filho de Endeavor. Inicialmente ela negou, disse que eles eram apenas amigos e mais nada, entretanto com o tempo Izuku percebeu como seu coração se acelerava com o simples encostar de mãos quando ela e Todoroki saiam aos finais de semana, percebeu como ela ficava calma, mas não menos envergonhada quando o rapaz acariciava seus cabelos quando ela estava preocupada com alguma coisa, e acima de tudo, percebeu o quão feliz ficava ao vê-lo sorrir.

Ela, Midoriya Izuku possuía sentimentos por Todoroki Shouto que iam muito além da amizade. Ela o amava. E aquele era o momento de expressá-los, mesmo que não fossem retribuídos.

—Todoroki-kun...eu fiz alguns chocolates para você.-disse por fim-Será que você os aceitaria?

Eles não são chocolates obrigatórios. Você aceitaria meus sentimentos?

O sentido subjetivo da frase da garota pendeu no ar.

Ela colocou a caixinha em forma de coração na frente de seu rosto corado, tampando a linha de visão de Shouto, que por sua vez não pode conter o enorme sorriso que surgia em seus lábios.

Ele tirou sua mão dos cabelos esverdeados da Midoriya, e pegou a caixinha de chocolates.

—Obrigada Midoriya.-disse Shouto por fim.

Izuku encarou o rosto do garoto a sua frente, as bochechas dele estavam levemente vermelhas, e um sorriso estava estampado em seu rosto. Ele começou a abrir o embrulho, e dentro dele estavam chocolates em forma de coração colocados cuidadosamente em forminhas rosa. Todoroki pegou um dos doces e os levou a boca, e imediatamente seus olhos se arregalaram. Não eram chocolates ao leite ou amargos como ele sempre recebeu, aqueles eram...

—Chocolates com menta.-disse Izuku sorrindo ao ver a expressão de surpresa no rosto do rapaz a sua frente-São seus favoritos, certo?

Shouto a encarou por alguns instantes, a Midoriya realmente sabia de todas suas preferências.

—Você também anotou isso no seu caderno?-indagou, para logo em seguida rir ao ver a expressão envergonhada da garota. Claro que ela havia anotado suas preferências por chocolates.

—Bem...eu pensei que...que um dia essa informação seria importante...-ela estava tentando se defender, mas falhando miseravelmente-...talvez um dia essa informação salve a nossas vidas? Quem garante que um dia um vilão com um poder...

—Midoriya.-chamou Shouto, o que a fez encará-lo novamente.

Sem perder mais tempo, Todoroki se inclinou para frente, sua mão direita segurava a caixinha de chocolates, e a esquerda pousou sobre as bochechas rosadas da garota.

—Obrigada pelos chocolates...Izuku.

Por fim, ele colocou seus lábios sobre os dela. Não precisou de muito tempo para os olhos verdes da Midoriya se fecharem e ela corresponder ao beijo. Um beijo doce como os chocolates com menta que ela havia feito especialmente para Shouto.

                                                                            ...

Katsuki soltou um leve suspiro, algo muito contrastante com sua personalidade explosiva e confiante. Ele se desencostou da parede e começou a descer silenciosamente as escadas que levavam a cobertura do prédio em que estudava, deixando o casal apaixonado em paz.

Era incrível como ele sempre se pegava escutando a conversa de Deku com Todoroki, nas mais diferentes situações.

Colocando mais um de seus chocolates com pimenta na boca, ele pensou na irritação que sentiu ao ouvir as garotas de sua classe dizendo que Deku se declararia para alguém. Agora ele conseguia entender essa irritação, que podia ser chamada também de ciúmes, não que ele fosse admitir sentir tal sentimento. Ele havia tido sua chance, uma chance que durou anos, e ele havia a desperdiçado da forma mais fantástica possível.

Como ele havia sido idiota...

Agora Deku pertencia à outra pessoa, que soube aproveitar melhor a chance a ele dada. Katsuki não tinha o direito de se sentir frustrado, mas mesmo assim, lá estava ele se remoendo pelos cantos da U.A.

A Midoriya não o seguiria mais, ela havia criado seu próprio caminho, e ao seu lado estaria Todoroki Shouto.

E apesar de tudo, Bakugou Katsuki se pegou pensando se no ano seguinte ele ainda receberia seus chocolates com pimenta.


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Notas finais do capítulo

Bem...a fic ficou meio longa, mas achei melhor ela ser uma oneshot do que quebrá-la em dois ou três capítulos.
Acho que os personagens ficaram um pouco OOC, mas mesmo assim, espero que tenham gostado do meu presentinho de dia dos namorados!

Kissus



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