Entre o Amor e a Morte. escrita por Flor Da Noite, Cor das palavras


Capítulo 14
Kily


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda. Ses tão bem? É como estão vendo voltamos aos capítulos separados, somente os especiais merecem ser duplos não é?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/762218/chapter/14

 

 

 

— Ai, ai, ai, ai!

 

 - para de se mexer Kily!

 

 - Você tá me machucando! 

 

 - Não é culpa minha se você se enviou na frente da bala.

 

 - Era um ou outro,eu tive que escolher, horas.

 

 Já era a terceira vez naquele dia que Helena trocava minha faixa. E mesmo depois de passarmos a tarde inteira se pegando, ainda nos tratavamos como cão e gato.

 

 O telefone de Lena toca, ela o pega derramando litros de álcool em meu machucado. Arqueio os ombros tentando não gemer de dor.

 

 - Alô.- ela atende.- p...pai? E...eu? Ah...., Tô ótima, maravilhosa.

 

 A garota aperta um algodão no braço que ardia loucamente. Mordo a boca tentando não dar um tapa em seu braço para que largue aquela merda.

 

 - É, tô no apartamento pai. É que um dos caras da missão foi baleado tentando me salvar.... É pai, a bala era no intuito de matar. Então achei que ele foi digno de não ser deixado a beira da morte na calçada. 

 

 Revirou os olhos, mas que valorização.

 

 - Ele tá aqui, se eu levasse ele para um hospital ia ter aquele negócio de investigação e tal.. - a garota continua. - Não se preocupe, estaremos em Red amanhã bem cedo.- ela solta uma risada de princesa enquanto revira os olhos.- Te amo, tchau.

 

  -Foi digno de não ser deixado pra morrer. Nossa, obrigado. 

 

 - Você queria que eu dissesse oque?Ah pai, eu não podia deixar o garoto que eu gosto morrer. É pai eu gosto de um dos seus competidores, mas agora que você sabe, já posso considera-lo um homem morto. Porque você faz o favor de destruir tudo o que eu gosto.- ela desata a tagarelar, mas quando percebe que falou pelo menos três vezes que gosta de mim, põe a mão sobre a boca.

 

 - Um simples, ele salvou minha vida, seria suficiente.- digo segurando o riso.- mas já que deixe tão explícito que gosta de mim, quem sou eu pra contrariar?

 

 - Idiota.- mas me beija ao dizer isso.

 

— ah, que se dane.- ignorando o meu braço dolorido a pego no colo e ponho sobre a bancada da cozinha, a deixando quase da minha altura, assim consigo beija-la com muito mais facilidade.- Você. É. Maravilhosa.- digo entre beijos.

 

 - Posso dizer o mesmo do moreno a minha frente.- ela ri.- mas para de pegar peso, ou vou te amarrar no sofá é só te deixar sair pra ir no banheiro.

 

 - Sim senhora capitã!- bato continência e a pego para por no chão, fazendo a revirar os olhos.

 

 - Você é pior do que uma criança.

 

 ......

 

— Ah, vai, eu vou até no Mc Donald's se você quiser. Só me tira desse lugar!

 

 Eu estava tendo uma de minhas crises de claustrofobia, elas não eram frequentes, mas no meu apartamento, quando aconteciam eu descia as escadas quase rolando para ficar jogado na grama mal feita em frente ao prédio. Eu só precisava de um pouco de ar.

 

 - Você não vai querer ir lá tão cedo.- ela ri de uma piada interna.- Mas ok, já que eu disse ao meu pai que vamos estar lá só amanhã, podemos sair um pouco.

 

 - Ah que bom.

 

 - Mas você vai ter que por uma blusa de frio, não vamos sair mostrando essa coisa pra todo mundo.

 

 - Ok mamãe.

 

 Depois de trocarmos de roupa, aliás nem sei onde ela conseguiu aquelas roupas pra mim, descemos para a portaria.

 

 - Senhorita Kricher, namorado está melhor da caganeira?- o cara pergunta.

 

 - Namorado? Ah, o Kily? É ele está bem melhor, não é?- ela me dá uma cotovelada.

 

 - claro, mega saudável.- sorrio amarelo sem entender bulhufas. Caganeira?

 

 - Que bom, estou aliviado.

 

 - É eu também.- a loira diz.- mas agora temos que ir seu pei... porteiro, até depois.

 

 Quando finalmente saímos só falta eu beijar o chão de tanta felicidade. Mas me contento em perguntar o que acabara de acontecer.

 

 - Você estava desmaiado, eu precisava de passar pela portaria com você, foi a desculpa que eu encontrei: que você desmaiou de caganeira.

 

 - Estou ficando cada vez melhor nessa história.

 

 ....

 

 - Chegamos.- a garota anuncia ao chegarmos uma praça, toda arborizada e cheia de crianças brincando em um parquinho. Havia bancos espalhados por ela e um pequeno lago muito harmonioso.

 

 - Uma pracinha?

 

 - Sim, você disse que podia ser em qualquer lugar que eu quisesse, e eu adoro ela.

 

 O problema não era a praça, o meu problema era onde ela ficava: bem em frente ao gigantesco prédio do FBI. Eles poderiam querer alguma informação, e a Helena pode estar desconfiando de algo.

 

 Eu tenho certeza que se dissesse o que eu encontrei até agora naquele acampamento merda não iam me levar tão a sério, mas na verdade eu havia encontrado a arma perfeita: Helena kricher.

 

 O problema é que eu não conseguiria força-la a nada, não teria coragem de dar algo para ela fazer que não fosse por sua livre e espontânea vontade. E foi aí que eu percebi uma grande furada.

 

 Eu estou apaixonado por Helena kricher.

 

 Como havia acontecido? Eu não sei. Talvez seja porque sua personalidade forte combine perfeitamente com a minha difícil. Talvez seja por seus cabelos loiros e seus olhos esmeraldas. Talvez seja por ela ainda conseguir ser pura abaixo daquela camada de traumas. Talvez seja pelo seus lábios terem um gosto doce como mel. Talvez tudo junto.

 

 O motivo eu não sei, e nem importa. O que importa é que eu estou apaixonado por aquele ser angelical.  E largaria toda aquela merda pra proteger ela.

 

 - Kily você está bem?- ela me pergunta me tirando de meus devaneios.

 

 - Ah, sim. Eu só estava olhando aquelas crianças e pensando em que  nunca brinquei em um parquinho de uma praça.- minto. O que na verdade, não é completamente mentira, afinal eu nunca tinha ido mesmo.

 

 - Sério? Como isso é possível?- pergunta.

 

 - Simples, não havia quem me levar. Mas esqueça isso, vamos fazer algo divertido.- ouço ela com um braço bom é a arrasto até um balanço. Ela se senta e eu a empurro.

 

 - Você não vai melhorar nunca.- mas ri, se divertindo enquanto a empurro, hora mais forte, hora mais fraco. As crianças olhavam para nós rindo divertidas e nos contagiando ainda mais.

 

 Quando meu braço cansa paro de empurrar Lena e vou até às crianças. 

 

 - Vocês querem brincar?

 

 - Sim. - elas respondem em coro, totalmente animadas.

 

 - então quero ver quem consegue pegar aquela garota no balanço.- aponto Helena, que nos olhava sem entender. Quando as crianças começaram a correr em sua direção ela arregala os olhos. Grito para que ela corra e ela me obedece correndo e gargalhando.

 

 - Socorro.- ela brinca com os pequenos.- alguém me ajude. 

 

  Depois de uma correria danada os pequenos conseguem alcança-la. 

 

 - Desculpem crianças vocês pegaram a pessoa errada, o tempo todo era ele quem deviam pegar, então ao ataque.

 

 É minha vez de sair correndo,  com o pequeno exército atrás de mim. Duro um pouco mais que Helena mas meu braço doi, fazendo eu ser pego pelos monstrinhos. Eles se jogam em cima de mim quase me matando, mas não me deixando menos feliz.

 

 - você...- Helena recupera o fôlego depois de boas gargalhadas.- você está bem?

 

 - Talvez uma costela quebrada, mas nada de mais. Quem quer sorvete?

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Querem fazer um acordo? Se vocês comentarem ou recomendarem dobramos o processo e postamos mais rápido. Que tal? Fica a ideia.

Beijos de arco íris.❤❤



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Entre o Amor e a Morte." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.