Se não fosse a primeira vez... escrita por Wun Wun


Capítulo 4
A primeira vez que nos beijamos.


Notas iniciais do capítulo

♣ Agradeço a slytherina pelo comentário, fiquei feliz com o feedback sobre a história.
♣ À todos os que estão acompanhando, boa leitura!



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Nesse momento, Kageyama estava sentado, tendo Hinata entre suas pernas lendo um artigo e, enquanto isso, dava eventuais e curtos beijos na nuca do outro, enquanto com a mão direita fazia um cafuné nos cabelos ruivos. Após deixar o prato limpo, o menor fez Kageyama cumprir com sua palavra sobre os beijos. Se tem uma pessoa que adorava carinho, essa pessoa era o Hinata. Mas, ainda assim, o moreno precisava colocar a matéria acumulada em dia (ou adiantar um pouquinho).

— ...então, segundo o estudo feito por Viega, erm... Tobio? — Hinata interrompeu a leitura.

— Hm? — murmurou em resposta.

— Está prestando atenção? — questionou o ruivo. O moreno se encontrava já a algum tempo com o rosto escondido em seu pescoço, o fazendo se arrepiar com sua respiração calma.

— Sim. — respondeu simplesmente, não saindo de sua posição. Adorava o cheiro refrescante que emanava de seu parceiro.

— Então... segundo o estudo feito por Viega, é difícil um ser humano iniciar um treinamento físico e continuar por um longo período sem procrastinar, com sua obra Musculous, podemos obter uma boa base para explicar a Teoria da Preguiça de Ir Para à Academia...

Hinata continuou lendo por mais alguns minutos, aproveitando aquele momento. Assim que acabou, já estava com muita sede, e chamou pelo moreno calmamente, achando que o mesmo estava dormindo.

— Kageyama? — Tocou os cabelos negros da cabeça que estava repousada em seu ombro.

— Estou acordado. — respondeu, numa voz rouca. Em seguida, beijou o pescoço de Hinata mais uma vez e o abraçou mais forte, gostando da sensação de ter o pequeno entre seus braços. Se acomodou para que fizesse o ele ficar de lado para si, e o aconchegou, trazendo sua cabeleira ruiva para perto, a cheirando.

Assim que buscou encarar os olhos castanhos do menor, esses já se encontravam fechados, com o dono levando os lábios finos de encontro ao seu. O beijo começou calmo, cada um saboreava aos poucos a maciez dos lábios do outro, e isso os instigava a buscar por mais e, acabando por aprofundar.

— Toda vez nos beijamos, até hoje, eu ainda sinto a mesma coisa. — Hinata soltou, quando eles deram uma pequena pausa no momento.

— Sim, o sentimento ainda permanece. — concordou Kageyama.

— Você trouxe calmaria para minha afobação — respondeu o menor, já chegando mais próximo com um sorriso no canto do rosto — e eu trouxe um pouco mais de entusiasmo para seu controle. — Ao terminar, sentou no colo do maior, que não demorou em colocar as mãos naquela cintura um pouco musculosa que tanto apreciava. Logo eles recomeçaram a trocar caricias, enquanto se dirigiam em direção ao quarto. Kageyama nada falou, ele concordava com o menor.

 

A primeira vez em que se beijaram foi, na verdade, um acontecimento inesperado. Se encontravam em mais um de seus treinos pós-treinos da Karasuno, aperfeiçoando suas jogadas. Quando, enfim, conseguiram acertar uma de suas ideias, o ruivo ficou tão eufórico que pulou nos braços do moreno. Este, por reflexo, segurou o menor pela cintura, o fazendo ficar escorando em seu corpo com as pernas ao redor de si.

— Conseguimos, Tobio! — exclamou Hinata, segurando o maior na face com as duas mãos quando, logo em seguida, já levava os lábios de encontro aos seus. Kageyama ficou supresso. Ele agradecia por não ter ninguém na quadra naquele momento; se ele não sabia como explicar o que sentiu e vivenciou para si mesmo, no momento, imagina para outras pessoas. Assim que se deu conta, Shoyo ficou com o rosto bastante vermelho, quase da cor de seus cabelos, e saltou dos braços de Kageyama rapidamente. Mais surpreendente ainda foi depois, quando o menor coçou a nuca, o olhou com o seu maior sorriso aberto, daqueles de fechar os olhos, e falou:

— Já estava a um tempo querendo fazer isso. — Riu-se — Eu gosto tanto de você, Kageyama. — Apesar da espontaneidade, dava pra perceber que o menor estava constrangido com a confissão. O maior, apesar de ser devagar nos estudos, não era tão lento para não perceber o que significava aquele gostar. Sendo assim, chamou Hinata para tomar uma água e conversar sobre o assunto com calma.

Passaram um bom tempo em silêncio, quebrado pelo moreno explicando que também gostava do menor, aquele gostar diferente, sim, mas ainda não tanto quanto o menor sentia, tinha percebido isso à pouco tempo e ainda se encontrava um pouco confuso. Naquele dia, decidiram que não iriam ignorar esses sentimentos, mas iriam com calma nessa coisa de relacionamento. Continuariam como amigos, se conhecendo melhor, se acertando aos poucos.

 

— Quando lembro daquele dia — pronunciou Kageyama — eu fico agradecido por você ter tomado aquela atitude. Acho que em algum momento isso iria acontecer, mas o nosso tempo juntos foi maior graças a sua iniciativa. — falava olhando nos olhos do menor, enquanto acariciava sua bochecha. — Eu lembro exatamente sua feição antes, durante e depois daquele primeiro passo. — sussurrou.

Hinata soltou um sorriso pequeno.

Que bom é ser fotografado — Começou a citar uma música, igualmente aos sussurros — mas pelas retinas desses olhos lindos...

Kageyama sorriu junto ao menor, e finalizou o encarando:

Me deixe hipnotizado, para acabar de vez com essa disritmia....

— Tobio, sendo sincero aqui, se eu te hipnotizar, você vai acabar tendo uma disritmia com o que irei fazer. Eu vou te encantar de um jeito... — Brincou Hinata.

Dumbass, cadê o clima romântico agora? — disse Kageyama, fingindo irritação.

— Não seja dramático — falou o ruivo, beijando o tronco nu do moreno, que se encontrava em baixo de si — é só continuarmos relembrando nossos primeiros momentos.

— Começamos a fazer isso tão de repente, percebeu?

— É, deve ser o espírito do dia dos namorados presente nesse mês.

— Está sendo ótimo essa trégua, esse semestre está tão puxado. — comentou Tobio, com um suspiro pesado. — O domingo foi ótimo pra recuperar as energias.

— Verdade. Nossa... foi o domingo mais longo que lembro ter vivido. Mas o menos tedioso. Eu adorei. Vamos continuar com as memórias? — disse Hinata, já começando a se animar novamente.

— Está bem, mas de preferência façamos isso amanhã, você me deixou cansado. — deu um selinho no menor e o abraçou, de modo que ficassem em conchinha. O ruivo tinha muita energia naquele corpo pequeno, se concordasse, ele passaria parte da noite acordado.

— Tudo bem. Amanhã teremos mais memórias, então, e te farei cansar novamente. — Hinata sorriu e Kageyama corou com sua fala.

 

Beije-me sob o crepúsculo leitoso

Leve-me para fora, no solo enluarado

Levante sua mão aberta

Acione a banda e faça os vagalumes dançarem

A lua prateada está cintilante

Então, beije-me

Kiss Me - Danni Carlos


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Notas finais do capítulo

♣ A música que foi citada no meio do capítulo é Disritmia, do Martinho da Vila.



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