The Firstborn escrita por Lia Galvão


Capítulo 1
primeiros encontros e noites em claro


Notas iniciais do capítulo

A minha ideia para este conto era que ele fosse um conto de natal, eu claramente não consegui levar isso adiante, mas não quis desistir e acabei gostando tanto da ideia que pensei: por que não? Espero que curtam conhecer mais da relação de Harry/Ginny e crianças com o Teddy tanto quanto eu estou gostando!



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Com um ano de idade Harry Potter sobreviveu à maldição da morte e foi parte essencial de um processo que desestabilizou o lorde das trevas por muitos anos. Aos 11 passou por uma série de testes, que incluíam sobreviver a um cachorro gigante de três cabeças e a um conjunto de raízes mortíferas, para então poder enfrentar face a faces o tal lorde. E digo faces pois o vilão estava acoplado ao corpo de um de seus professores. Com 12 anos matou uma cobra gigante. 13 e voltou no tempo para resolver uma série de fatores que incluíam salvar seu recém-conhecido padrinho da morte. Com 14 ganhou um torneio bruxo perigoso e, lembram do tal lorde das trevas? Teve seu primeiro confronto direto com ele. 15, 16 e 17. Dedicou sua vida e a entregou, literalmente falando, para impedir que esse cara do mal espalhasse o caos. Todos aqueles eventos, cada batalha, até mesmo sua morte, tudo, naquele momento, era considerado “fácil” para Harry. Fácil, porque aos 23 anos a coisa mais difícil que Potter tivera que enfrentar era a carta de um garotinho de cinco anos para o papai noel.

 

“Querido Papai Noel,

eu sou o Teddy. Hum, é Edward. Mas só a vovó me chama de Edward e ela só faz isso quando tá brava. Mas ela não fica brava muito. Quero dizer, fica, as vezes. Ela ficou brava semana passada porque eu quebrei uma vasilha cheia de poeira dela, mas foi sem querer! Só quebrou porque eu tava correndo para chamar ela porque eu fui tentar ajudar a Vic a subir na vassoura e ela caiu e tava chorando muitão. Mas eu sou o Teddy, todo mundo me chama assim. Você sabe quem eu sou? Vovó disse que você conhece todo mundo. Eu tenho o cabelo azul e orelha de auau. Mas a orelha de auau é só de vez em quando. Meu primo Draco disse que eu não mereço presentes, que eu faço muita bagunça. Mas o senhor sabia que eu fiz a Vic rir? Depois que ela caiu da vassoura e eu quebrei o vaso e a vovó brigou comigo. Ela ainda tava chorando e aí fiquei com bico de pato e ela achou legal. Vic me acha legal. Ela tem três anos e é filha do tio Bill e da tia Fleur. E ela tem uma irmã gêmea que também me acha legal. A Vic vai ganhar presente? Ela é legal também. Mas eu vim te pedir um presente. E eu prometo que nunca mais vou quebrar nenhum vaso da vovó. Eu entendo se o senhor não quiser me dar uma vassoura nova, daquela Starsweeper X, eu até queria, mas tudo bem se eu não ganhar. Eu vim te pedir outra coisa. De natal eu queria mesmo era ficar com minha mamãe e meu papai. A vovó fica brava e chora quando eu peço. Então eu pensei que o senhor podia me ajudar. Eu prometo que eu vou ser mais bonzinho ano que vem. Ah, eu sou o Teddy. Obrigado papai noel, feliz natal.

P.S.: Se você for dar presente pra Vic, ela gosta muito de fadas”

 

A carta estava toda colorida. Cada vez que a palavra “legal” aparecia essa estava circulada com tinta vermelha. Sua boa ação em fazer Victoire rir estava sublinhada de azul e o nome da vassoura fora escrito em verde. No final da carta tinha um desenho. Um homem alto com cabelo marrom, uma mulher de cabelo vermelho e um garotinho de cabelo azul entre os dois, na legenda feita através de setas ele identificava quem era quem: pai, mãe e Teddy. Andrômeda tinha contado a Harry que revelara recentemente à Teddy o motivo pelo qual seus cabelos sempre mudavam de cor e tinha o avisado que a mãe gostava de cores extravagantes. No final do pergaminho tinha um carimbo de meleca que, quando Harry notou o que era, já era tarde demais. Acima da meleca Teddy tinha desenhado um ursinho, aquela era sua assinatura oficial. Agora, o motivo pelo qual a carta era tão difícil para o rapaz Potter mesmo depois de todas as suas perigosas aventuras? Ele conseguiria comprar a vassoura, se esse fosse o desejo de natal do afilhado, mas ele jamais conseguiria trazer os falecidos Remo e Nymphadora de volta para passar o natal. E aquilo lhe doía mais do que ele poderia expressar em palavras.

 

10 de Maio de 1998

Tudo estava bem. Aquelas três palavras estavam sendo tão repetidas nos últimos dias que tinha passado a acreditar nelas apesar de tudo. Pessoas tinham morrido, mais do que eu podia contar. Conhecidos e amigos próximos, todos deram a vida por uma causa que acreditavam ser maior. Mas tudo estava bem. Os enterros foram solenes, cada um dos falecidos recebeu honrarias em seu nome do ministro da magia por prestarem serviços à comunidade bruxa. Em memória de Fred Weasley, Colin Creevey, Nigel Wolpert. Todos mortos. Por algum motivo todas as palavras bonitas não diminuíam a dor da perda, mas, insistiam, eles tinham morrido por um bem maior. Todos jovens, com toda uma vida pela frente. Agora tudo que restava deles era um retrato no meio de muitos outros. A guerra os tinha privado de um futuro. Em memória de Nymphadora Tonks, além disso sua lápide possuía os escritos “filha amada e mãe guerreira”. As palavras de seu marido, Remus Lupin, de quando o vira na Floresta Negra, já morto, e me desculpara pelo fato de ele ter morrido logo após ter um filho ainda soavam em minha cabeça: “Eu também sinto. Lamento que nunca chegarei a conhecê-lo... mas ele saberá por que morri, e espero que entenda.”

À porta da casa de Andromeda Tonks, eu esperava que conseguisse fazer com que ele entendesse. As coisas estavam mais calmas agora. Passados os enterros e cerimônias solenes as coisas pareciam, aos poucos, se ajeitar. A varinha das varinhas tinha sido devolvida ao túmulo de Dumbledore e Hogwarts estava sendo reestruturada. Como diziam, tudo estava bem. E, naquela tarde, eu estava prestes a conhecer meu afilhado. O aperto em minha mão me fizera olhar para o lado e sorrir nervoso para Ginny, que acariciou meu rosto.

— Vamos ficar a tarde inteira aqui?

— E se ele me odiar? — Verbalizei o motivo pelo qual ainda não tinha batido à porta. — E se ele souber que é por minha culpa que os pais dele estão mortos? Ele vai saber. Eu não posso… não vou conseguir…

— Harry! — Seu tom era repreensivo. O mesmo tom que usara ao longo de toda aquela semana, cada vez que eu me culpava por uma das mortes. “Não havia nada que você pudesse fazer, não era uma guerra só sua” Ginny insistia e mesmo sabendo que aquilo era uma verdade, os pensamentos não deixavam de vir. — Ele é apenas um bebê, é claro que não vai te odiar! E ele precisa de você.

— Eu não estava pronto para isso. Eu acho. Quero dizer… e se ele me odiar?

Em resposta Ginny apenas respirou fundo e bateu à porta, anunciando nossa presença ali. Andrômeda não demorou a aparecer, na verdade, o fizera rápido demais.

— Achei que não iriam bater nunca. — Cumprimentou a senhora Tonks com um sorriso fraco no rosto. Tinha a aparência cansada, resultado provável de ter que cuidar de uma criança à sua idade e da recente perda da única filha. — Entrem, ele está lá em cima.

Com o apoio silencioso de Ginny entramos e subimos para o cômodo indicado por Andrômeda. Eu tinha conversado com ela desde o fim da guerra e recebia notícias sobre o menino. Ele estava inquieto, como provavelmente qualquer criança com menos de um mês ficaria sem a mãe. Andrômeda disse que ele mal dormia e tendia a passar o dia todo chorando, anormal para um recém-nascido, além do fato de estar rejeitando a mamadeira.

— Ele só se rende quando está com muita fome, mas mesmo assim não mama muito.

— Ele é tão... pequeno — Ginny suspirou.

Estávamos no quarto e Teddy dormia. Não tinha a aparência serena de um bebê, mesmo dormindo, parecia inquieto. Seu rosto estava manchado com lágrimas e ele parecia tão vulnerável e, como Ginny dissera, pequeno.

— Eu não sei mais o que fazer. Acho que de alguma maneira ele... sente a morte deles.

Palavra proibida. Os olhos se abriram, exibindo íris vermelhas em contraste com os finos fios azuis e logo ele chorava. A voz rouca, como se ele já estivesse cansado de tanto fazer aquilo.

— Pegue-o. — Andrômeda encorajou. — Talvez você consiga acalmá-lo. — Ela evidenciou estar mais exausta do que aparentava. — Eu vou fazer a mamadeira, Ginny você vem comigo?

— Você vai ficar bem? — Ginny perguntou, inconscientemente eu concordei.

Logo, estávamos apenas eu e Teddy, que ainda chorava, no quarto.

— Ei rapaz. — Cumprimentei, segurando o ursinho que estava no berço e balançando-o em frente ao bebê. — Ei... não chore. — Pedi, mas isso pareceu ser um incentivo aos pulmões de Teddy, que começou a chorar mais alto e com mais vontade.

Suspirei. Eu nunca antes tinha estado com um bebê, não sabia o que fazer, como pegar. Mas Teddy se remexia na cama e o choro ficava mais alto. Inclinei-me em direção ao berço e peguei-o no colo, meio desajeitado, tentando não machucá-lo e não deixá-lo cair. Acabou sendo instintivo, o bebê se ajeitou em meus braços, mas não parava de chorar e eu ainda temia machucá-lo, lentamente comecei a balançá-lo, mas Teddy não cedia.

— Eu sei o que você está sentindo amigo. — Disse, deitando-o em meu colo e sentando-me na poltrona, ninando-o para que ele voltasse a dormir. Tão pequeno. — Eu perdi meus pais também, sabia? — Teddy gritou, eu segurei sua pequena mãozinha. — Eu também era um bebê, um pouco mais velho que você sabe, mas sabe o que temos em comum rapaz? Eles morreram para nos salvar, para garantir um mundo melhor pra gente. — As mesmas palavras que todo mundo continuava a repetir, parecia automático, Teddy reparou. — Sabe qual a diferença? — O menino se remexia, os pulmões puxavam o ar e o soltavam em gritos incontroláveis. — Você não está sozinho Teddy. — Afirmei, acariciando-lhe o rosto. — Eu estou aqui por você, não vou deixar nada te acontecer. Vou cuidar de você ursinho, você não tem com o que se preocupar. — Garanti.

O choro de Teddy foi parando aos poucos, suas minúsculas mãozinhas apertaram meu dedo e ele se ajeitou em meu colo. Seus olhinhos pareceram se abrir pela primeira vez, exibindo olhos castanhos, como os de Remus, que após uma piscada tornaram-se verdes, como os meus. O bebê sorriu, eu sorri junto.

— Eu estou aqui por você. — Repeti.

 

Teddy não tornou as coisas mais fáceis depois daquele primeiro encontro. Ele tinha sim melhorado, aceitava melhor a mamadeira, passava mais tempo dormindo, mas, Deus, como chorava. Harry não mais perdia noites de sono pensando em toda a tragédia, agora ele não dormia graças à Teddy, que parecia possuir algum tipo de sensor conectado as pálpebras do padrinho. Sempre que Harry fechava os olhos Teddy despertava.

O tempo do menino se dividia entre o padrinho e a avó, Harry, que começara recentemente a trabalhar na equipe de aurores do ministério, dedicava cada segundo livre ao afilhado e estivera presente em todos os momentos importantes da vida da criança, Andrômeda se irritava com isso, afirmando que Teddy reservava as melhores coisas para o padrinho, mas a verdade é que muito além dos primeiros passos e do aparecimento do primeiro dente, Harry também tivera que lidar com a primeira vez que o pequeno adoecera.

 

Primavera de 1999

 

Virei para o lado cobrindo meus ouvidos com o travesseiro para tentar abafar o som, sem sucesso. Esperei pacientemente até que ele parasse, não adiantou. Eu só precisava dormir. Minhas olheiras estavam enormes, eu mal conseguia me concentrar no trabalho, já estava na hora de Teddy aprender a dormir uma noite inteira. Tateei o chão em busca de minha varinha, o sono atrapalhava minha mente de pensar e quando eu consegui lembrar o feitiço uma mão segurou meu braço.

— Você não vai deixá-lo chorando a noite toda. — Ginny avisou, fazendo-me soltar a varinha. — Eu fui da última vez que ele acordou, é a sua vez, tem mamadeira pronta na geladeira. — Ela disse, sua voz estava arrastada pelo sono, mas ela tinha força o suficiente para me empurrar da cama.

Dei-me por vencido, mas o sono ainda me guiava. Teddy continuava a berrar de seu quarto enquanto eu esbarra em móveis até encontrar a mamadeira e quase me queimava ao tentar aquecê-la. Meus olhos lutavam para permanecerem abertos, mas eu consegui chegar até o garoto.

— Você já pode para de chorar. — Avisei, aproximando-me para pegá-lo no colo. — Você já tem quase um ano Teddy, já devia ter passado dessa fase de acordar a noite toda. — Resmunguei, bocejando, e peguei-o no colo. No mesmo instante despertei, meus olhos se abriram e eu fiquei alerta. — Está tudo bem amiguinho? — Perguntei, colocando a mão contra a testa e pescoço de Teddy. Não estava.

Caminhei de volta ao quarto com Teddy no colo, ele tinha voltado a dormir naquele curto trajeto.

— Ginny, Teddy ficou perto da lareira? — Perguntei, mantendo minha mão contra o pescoço do menino.

— O quê? — Ela se virou na cama, abrindo os olhos e me encarando.

— Ele está quente, ele deveria estar quente assim? — Perguntei, aproximando-me dela com o menino, Ginny sentou-se, pegando-o no colo.

— Eu não acho que ele deveria estar quente assim.

— O que nós vamos fazer?

— Ok, não vamos entrar em pânico. Deve ser só o clima certo? — Ginny colocou a mão contra a própria testa e depois testou a temperatura de Teddy. — Não deve ser nada... — Disse, tentando nos convencer do que falava. — Deve ser só calor. — Concluiu, enfim, cuidando de desabotoar a roupa de Teddy afim de deixá-lo apenas de fraldas.

Ao retirar a roupa dele, entretanto, Ginny gritou, eu gritei, Teddy acordou e chorou.

— O que foi? — Perguntei.

— Ele está com erupções! — Ginny afirmou, cobrindo-o. — Por toda a barriga!

— O que é isso? O que vamos fazer?

— Eu não sei! Ir ao st. Mungus? Levar à Andrômeda?

— E se ele morrer? — A ideia me veio, eu comecei a sentir o desespero, Ginny parecia tão perdida quanto eu.

— Vamos para o hospital, pegue sua vassoura, eu irei arrumá-lo. — Ela mandou e ambos começamos a circular. Voltei cinco segundos depois para buscar Teddy que havia ficado na cama.

Em pouco tempo estávamos no St. Mungus. Teddy tinha adormecido na viagem, mas acordara aos prantos novamente assim que Ginny e eu começamos a conversar, aos berros, com a recepcionista, tentando explicar o que acontecia. A mulher nem por um momento pareceu partilhar nosso desespero, apenas pegou meu bebê e mandou-nos aguardar.

— E se alguma coisa acontecer? — Perguntei, estávamos sentados na sala de espera, Ginny beijou meu ombro e acariciou minhas costas.

— Ele vai ficar bem. — Garantiu, eu não dei ouvidos.

— Eu prometi que iria cuidar dele e eu não estou fazendo isso, estou? Eu disse que não deixaria nada lhe acontecer e aconteceu.

— Vocês devem ser pais de primeira viagem certo? — Uma senhora de idade surgiu, direcionando-se a nós. Ela vestia-se como uma curandeira e tinha um sorriso no rosto, Ginny e eu nos levantamos.

— Como ele está? — Perguntei, ansioso, a mulher alargou o sorriso.

— Ele está bem senhor Potter, não tem com o que se preocupar. — Informou. Ginny me abraçou e eu me senti liberar um ar que não sabia que prendia. — Ele esteve perto de algum animal recentemente? — A mulher perguntou, Ginny quem respondeu.

— Sim... sim, corujas e... gatos. Andrômeda disse que o levou aos Malfoy, mas eu não sei que bichos eles tem lá.

— Bem, não tem o que se preocupar certo? Ele está com pox, é uma infecção e causa aquelas pequenas erupções no corpo, normalmente ela é transmitida para os humanos por animais, é só vocês cuidarem para ele não ficar perto dos bichos até descobrirem qual deles está com a doença e tratá-lo. Eu já realizei o feitiço de cura, mas vocês precisam dar a poção a ele três vezes ao dia nas próximas duas semanas.

— Eu posso vê-lo? — Perguntei, a curandeira assentiu e eu avancei para o quarto, encontrando Teddy sorrindo para um enfeite que pendia acima dele, com unicórnios e hipogrifos. — Olá amiguinho. — Saudei, pegando-o no colo.

Agora fazer aquilo era muito mais fácil, quase natural, Teddy sorriu. Sentei-me com ele no colo, por mais que Teddy tivesse crescido sua cabeça ainda cabia na palma da minha mão. Aninhei-o em meu colo e beijei sua testa, que agora aproximava-se muito mais da temperatura normal.

— Eu vou te proteger Teddy. — prometi. — Eu posso fazer as coisas errado, posso ainda estar aprendendo, mas eu prometo que vou dar o meu melhor para te proteger.

Ele bocejou, tinha sido uma longa noite, seus olhos fecharam e eu aguardei pacientemente ele pegar no sono. Quando acreditei que o pequeno tinha, enfim, dormido, ele se mexeu, abrindo os olhos, agora castanho-esverdeados, e surpreendendo-me ao falar pela primeira vez:

— Papa.

Após isso Teddy fechou os olhos novamente e dormiu.

 

Harry dobrou a carta e suspirou. Quando Teddy passou a ter um pouco mais de ciência ele se sentara junto ao rapazinho e Andrômeda para conversar sobre os pais do garoto. Mesmo tão pequeno Teddy parecia ter entendido, mas naquele momento tudo que ele queria fazer era brincar, então apenas saiu correndo.

A batida na porta chamou a atenção de Harry, que guardou a carta em uma gaveta e desceu as escadas para atendê-la. Andrômeda estava lá, parecia cansada, feliz e ao mesmo tempo triste. Teddy estava ao seu lado, os cabelos laranjas e os olhos roxos, suas orelhas eram de coelho e seu nariz de porco, Harry riu.

— Eu não esperava vê-los hoje! — Harry garantiu, afastando-se da porta para que eles entrassem, Andrômeda negou.

— Teddy insistiu em vir. Sei que vocês não estavam preparados, mas eu apenas não consegui negar mais. Ele exige passar o natal com você e Ginny. — Confessou Andrômeda, Teddy pareceu entender sua deixa, correndo até Harry e abraçando-lhe as pernas.

— Papai. — Gritou ele, correndo para dentro da casa em seguida.

Harry sorriu e então entendeu. Uma lágrima escorreu por seu rosto.

O homem de cabelos castanhos não era Remus, o rabisco no rosto do homem desenhado não era relativo às cicatrizes do pai do menino, mas aos óculos de Harry. A mulher de cabelos vermelhos não era Nymphadora, mas, sim, Ginny.

— Teddy! — A voz da esposa soou de dentro da casa, o som de risadas e beijos a seguiram.

— Mamãe! — A criança saudou, Andrômeda se despediu, desejando-lhes feliz natal.

Naquela noite Ginevra dera uma grande notícia e anunciara sua novidade afirmando que Teddy tinha um irmãozinho a caminho. Futuramente os Potter teriam mais dois filhos, os jornais e revistas sempre dariam à James o destaque como primeiro filho do casal, mas a verdade que Harry e Ginny guardavam entre si era que, seis anos antes de James nascer eles tinham ganhado um filho. Mesmo que ele não fosse completamente deles, mesmo que honrasse os pais biológicos em diversos aspectos, Teddy Lupin era o filho primogênito dos Potter.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Pensaram numa outra forma que Harry e Teddy se conhecem? Gostaram desse jeitinho? Contem para mim! Façam pedidos, deixem sua imaginação fluir nos comentários, quem sabe eu não crio um conto legal com base nela? Hahah
Beijos e abraços ♥



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