Jamais Te Esquecerei escrita por Beatrice Ricci


Capítulo 1
A Primeira vez que nos falamos


Notas iniciais do capítulo

Decide escrever essa short fic para o desafio do grupo do Nyah, da semana dos dias dos namorados. Boa leitura.



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O notório cheiro do chocolate quente o distraiu enquanto olha pela janela do centro pokémon, esperando a chuva cessar. Em seu colo o amigo, pikachu, roga as carícias em seu pelo amarelo, ainda dormindo solta pequenas faíscas elétricas, causando cócegas na mão do treinador.

Viu de relance um garoto conversando com a enfermeira Joy, mas foi a bicicleta que chamou sua atenção, escutou-o agradecer a mulher de cabelos rosas o concerto do meio de transporte. Aquilo o fez remoer lembranças jamais esquecidas.

A parte de Ash que abriga a memória de destruir a bicicleta de uma líder de ginásio está desperta, tão acustumado a saudade e a tristeza que não sente nada.

Todavia, recorda-se de conhecê-la quando roubou sua bicicleta, e destruí-la completamente, causando a perseguição a ele, talvez fosse engraçado na época, no entanto, o sentimento de culpa o invadia. Sorriu tristonho, a personalidade da treinadora era incrível.

— Talvez eu deveria ligar para ela. — falou pensativo. Pikachu o respondeu e como se entendesse: — Você tem razão, eu devo ligar. — engoliu o nó na garganta, no espaço de dar última golada na bebida e acordar o pokémon, qual sentou na mesa, analisando-o. — Ainda tenho a mini-Misty.

Mostrou a isca de pesca para o amigo amarelo, esse cheirou o objeto e voltou a face para o mestre.

— O que foi? — questionou envergonhado da maneira qual ele o olhava. — Foi um presente, okay, mesmo que a muito tempo. — levou o objeto a altura dos olhos e sorrindo continuou: — Mesmo estando longe ela está aqui comigo.

Levantou-se com confiança, decidido escutar novamente a voz da amiga e após Pikachu pular em seu ombro, seguiu determinado.

***

Ash não pode olhar para tela de chamada, por medo dos sentimentos que contorcem dentro de si chegue à superfície.

Está ciente do proprio temor, quase pode ouvir os pensamentos de Pikachu o encorajando, no tempo que sua mão trêmula o tenta a desistir. Cravando com força os dedos no telefone, ergueu os olhos para a tela, concordado consigo que era apenas Misty, sua amiga...

Ao vê-la a poucos centímetros, o mesmo rosto, os olhos azuis, como a águas do oceano, o cabelo ruivo, teve a certeza que deveria ter ligado antes, havia esquecido a beleza intoxicante de sua fisionomia, logo se tornou hipnotizado a sua figura, esquecendo-se da realidade.

Misty, vê o amigo observa-la. Um sorriso singelo surgiu em seu rosto, espantada e alegre pela ligação repentina e ali quis atravessar aquela parede computadorizada e abraça-lo.

— Olá Ash.

Isso o supreende, o tirando do transe que estava. Ele está um pouco perto de mais da tela, quase encostando seu nariz, buscou em meio as palavras respondê-la, contundo foi interrompido por Pikachu, com a mesma felicidade do treinador.

— É bom vê-lo também, Pikachu. — sorriu, inclinado a cabeça para o lado.

Uma sensação de derretimento o atravessa, como se o sorriso dela o beijasse na face. Então notou, ela estava embaixo de uma guarda chuva, e chovia, pois as gotas de água salpicavam o seu fronte.

— Oi Misty.

Encontrou ânimo para cumprimenta-la, conquanto não soube o que fazer em seguida, tal modo que ficara em estado de congelamento.

— Está tudo bem? — indagou Misty, preocupada e como não obteve retorno disse: — É a primeira vez que nos falamos depois de tanto tempo e você está parado aí, sem dizer nada.

Essas palavras chegaram a seus ouvidos em tom de zombaria.

— Não, quer dizer, eu na verdade… — expressou com nervosismo. Para manter o espírito em ordem, deu um leve suspiro, quase imperceptível. — Queria ver como você está. Se…continua sendo a líder do ginásio da cidade de Cerulean?

— Contínuo, mas nesse exato momento estou em viagem para um show beneficente, parece que a sereia "Misty" está de volta.

— Parece ser legal.

— Estou praticamente a tarefada com esse show, por isso Tracey vai me substituir no ginásio.

O simples mencionamento de seu nome, deixou um gosto amargo na mente do treinador.

— Tracey… — murmurou, apertando um dos punhos contra o bolso da calça.

— Ele tem sido tão amável, adoro a maneira que cuida dos pokémons, e você tem que ver seus desenhos. — riu levemente.

Raiva, preocupação ou medo, não sabe o certo o quê. As palavras de afeto sobre tal amigo lhe atingem como um tiro no estômago, tendo vergonha de seu próprio ciúme, talvez… Era esse o sentimento? Ciúme?

— Vocês dois estão bem amigos não?

A líder de ginásio o encara, ri profundamente do que está testemunhado, seu coração dando pulos de alegria a ter na sua frente um "Ash ciumento" , embora fosse divertido decidiu acalma-lo.

— Certamente somos, afinal como cunhada devo ser.

— Cunhada?

— Daisy e Tracey iram se casar.

Com um suspiro de alívio mal disfarçado, ele sorriu e parabenizou os dois, esquecendo-se completamente do desdém de sua alma.

Gostaria de ter continuado a conversa, mas a tela do computador desligou derrepente, trazendo a sua fisionomia estranheza. Ainda com o telefone no ouvido, tentou liga-lo novamente, seus dedos apertado cada tecla do teclado e por fim sem nenhum resultado.

— Pikachu será que quebrou? — Depois de outras tentativas desistiu de retomar a chamada. — Tudo bem, eu posso ligar para ela depois. Mas… — Com certa aflição interna pegou do bolso a mini-Misty, levantando-a ao olhos e sorriu. — Eu deveria ter dito a ela.

— Dizer o quê Ash?

Assutando-se deu um pulo para trás, tal ato lhe causou a queda ao chão, atordoado vislumbra o semblante da dona da voz e ali teve a certeza de um ataque cardíaco.

— Misty?

Pikachu, com felicidade correu até a treinadora e a recebeu em seus braços, a jovem riu levemente, ao mesmo tempo, cujo acariciava a cabeça do pokémon.

— É bom vê-lo novamente Pikachu.

Até então estava aturdido; ficou sem reação apresencia-la, sondando à procura da mesma Misty que conheceu anos atrás, quão conversava minutos antes, e descobriu entre os cabelos e roupas molhadas na capa de chuva rosa, sua presença é real.

— Ash. — chamou-lhe atenção.

Os dois ficaram em silêncio por algum tempo, o treinador desconfortável no chão duro e Misty o encarando-o. Ash sentindo inumeros pensamentos brigando dentro da sua cabeça, predominando também a aflição, não por si próprio —, mas também o fato de não saber o que um abraço e palavras presas a tanto tempo causaria e achou melhor não fazer nada.

— Ei, essa não é a primeira vez que nos falamos. — Buscou acabar o clima estranho.

— Obrigado. — agradeceu ele.

— Pelo quê?

— Por quase me matar de susto.

E ambos riram.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler até aqui, desculpe alguns errinhos, fico feliz e cometários são bem vindos. Até o próximo.



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