Há coisas piores do que desarmar uma bomba relógio escrita por Carenzinha


Capítulo 1
Mas, nem sei se isso importa para o incrível Cody




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Gwen e Trent estavam abraçados sentados em um banco. Eles saíram cada um de seus chalés dando sorrisinhos bobos e olhares distantes e apaixonados. Eu estava fora do meu chalé, com as mãos apoiadas em uma cerquinha enquanto espionava aquele casal. Em minha defesa: eu era um cara curioso.

Eu sei, para alguns poderia ser uma grande loucura só de pensar naquela gótica suspirando ao ar enquanto admirava seu príncipe encantado. Mas, por mais que a garota tentasse esconder seu grande amor, ele estava revelado. Não digo isso apenas porque o diário dela foi lido a quatro ventos para o mundo todo ouvir (o que fez meu coração ser quebrado em mil pedacinhos ao notar que eu não era a verdadeira paixão da Gwen). Digo porque estava pra lá de óbvio.

Por mais que eu queria admitir que ”o incrível Cody é um gênio que merece ganhar um prêmio na categoria esperteza”, a paixão que ela escondia ter pelo músico não era difícil de perceber. E mesmo assim, eu tentei de tudo para ver se ela aceitava algum lance comigo. Acabei ficando na cola dela mesmo sabendo que ela não estava muito a fim e fui um iludido de chamar ela para ir na canoa comigo, além de insistir que ela deveria sair comigo várias vezes.

“Argh, Cody você é um baita manézão!” Murmurei para eu mesmo enquanto abaixava a cabeça tentando esconder a vergonha que eu estava sentindo.

A lua estava alta no céu, era época de lua cheia, e o céu estava estrelado. Ótimo dia para um encontro romântico, assim como aquele que a gótica e o músico estavam tendo. Eu suspirei, querendo eu estar no lugar do Trent enquanto via os dois trocando amassos como se não houvesse amanhã. Mas, estava tudo bem, já tinha ficado mais do que claro que não era eu quem ela queria. Ou pelo menos eu tentava tentando me convencer que estava tudo bem.

Por mais que a noite estava bonita, estava ventando bastante. Sentia que pegaria um resfriado logo por causa do vento indo de encontrão com o meu nariz. “Como aqueles dois aguentavam?” Eu pensava.

“E porque eu tenho que aguentar?” Rebati com a minha mente.

Por que eu estava nessa? Por que eu estava espionando eles? Qual é a da minha obsessão pela Gwen? E por que seguir o casal de pombinhos me fazia tão mal, mas ao mesmo tempo me fazia tão bem?

Eu não conseguia entender.

Os dois murmuravam palavras um para o outro, de modo que era impossível eu conseguir ouvir. Eu só sabia que ela estava feliz, pois dava um sorriso verdadeiro e bonito, daqueles que ela nunca daria para mim. Trent estava animado, colocou sua mão no ombro dela e os dois ficaram olhando fixamente para as estrelas, enquanto conversavam sobre um assunto que parecia mais para quebrar o tédio.

Apontavam o dedo para as estrelas enquanto desenhavam no ar algo que parecia mais uma tentativa de fazer uma constelação. Volta e meia olhavam de canto do olho um para o outro enquanto soltavam palavras bobas que eram seguidas de risadas.

Suspirei enquanto olhava para Gwen. Os cabelos verdes e pretos da gótica pareciam cintilar com o brilho da lua (que na verdade, não brilha), mas a garota, ao contrário da lua, possuía um brilho próprio. Algo que permitia que, todos os que estivessem dispostos a olhar mais a fundo, pudessem comentar:

“Woah! Por trás dessa expressão gélida existe um coração!”

Trent era sortudo por ter essa visão dela, por poder beija-la, abraça-la e fazer todas as “melações” de casal. Por ser o cara que ela gostava, ao contrário de mim.

“Quem precisa da Gwen? Eu sou o incrível Cody. Posso conquistar quantas gatinhas eu quiser!” Eu pensei comigo, mas no fundo eu sabia que eu estava apaixonado pela Gwen, apaixonado de verdade. Ou seja, as outras gatinhas teriam que esperar mais um pouquinho.

Suspirei novamente. Flertar com outras meninas não teria tanta graça do que andar de mãos dadas com a Gwen até o cais enquanto entramos no barco do amor rumo ao nosso destino romântico.

Eu sairia ganhando nesse barco da vergonha rumo a Perdolândia. Porque Gwen estaria comigo e eu estaria com ela.

Eu cocei meu nariz, o vento estava realmente ruim. Cobri minha boca com minhas mãos evitando um espirro, não podia fazer o casalzinho perceber minha presença.

O músico abraçava a garota, trazendo o corpo dela mais perto do dele, fazendo os dois se envolverem em um beijo caloroso (senti o clima do acampamento até esquentar.) e demorado. Os dois fecharam os olhos e, junto com as estrelas, selaram o amor que um sentia pelo outro.

Um desconforto percorreu minha espinha. Não era raiva da Gwen e muito menos do Trent. Era apenas um desconforto.

“Bah, ela não está preparada para o gatão aqui!” Pensei, tentando aliviar o que eu sentia. Mas, eu não obtive sucesso pois aquele desconforto foi se transformando em queimação em meu estômago.

Trent disse alguma coisa para Gwen e depois saiu de cena, provavelmente foi pegar ou fazer alguma coisa, pois, como o sorriso estava estampado no rosto da gótica, era perceptível que ela não tinha tomado um fora.

A garota olhou para cima bem na direção que eu estava e, rapidamente saiu do banco e começou subir o pequeno barranquinho para me alcançar. Minhas bochechas ficaram vermelhas e eu senti minhas pernas tremerem.

“O que a gótica quer comigo?” Eu pensei.

Suas botas batiam na grama e terra do acampamento, dando sinal de que ela estava chegando. Já eu, parecia uma pedra imóvel incapaz de sair de onde eu estava. Sentia meu coração bater mais forte. Talvez ela tivesse dado um fora em Trent, afinal.

“Cody?” A voz forte da garota me chamou.

“Pois não, gata?” Eu soltei, em um tom de flerte.

“Não quer que eu pegue o remo de novo, ou quer?” Ela perguntou desafiante, o que fez um suor gelado percorrer meu corpo. Por algum motivo, ela me enfrentar fazia eu me apaixonar ainda mais.

“Nã-não.” Eu disse me lembrando da dor de hoje de manhã.

Ela sorriu, fazendo seus olhos escuros como a noite brilharem. A gótica assentiu com a cabeça, com um ar de: “espero que você tenha entendido o recado”.

“Na verdade, Cody, eu vim aqui para...”

“Para finalmente sair comigo no domingo?” Eu arrisquei.

Ela cerrou seu punho direito e o levantou.

No que eu estava pensando ela gostava do Trent.

“Droga, Cody!” Eu pensei comigo.

“Eu tinha vindo para agradecer por você ter colocado eu e o Trent na mesma canoa.” Ela suspirou desapontada me olhando nos olhos. “Mas, acho que perdi meu tempo vindo aqui.” Ela disse de um modo seco.

“NÃO! NÃO... EU NÃO QUIS DIZER O QUE EU DISSE!” Tratei de tentar me corrigir, o que fez ela revirar os olhos.

“Olha, eu só queria dizer que foi bacana você ter trocado de lugar na canoa. Mesmo que isso tenha me custado uma peça de roupa intima.” Ela deu de ombros, mas logo depois cruzou os braços e pareceu me fuzilar com o olhar.

Eu engoli a seco.

Confesso: eu duvidei que a Gwen me entregaria um sutiã dela. No começo resolvi arriscar pedir como chantagem para trocar de lugar no barco. Mas, depois de ter levado aquela remada percebi que aquilo estava fora de questão. Fui surpreendido com a peça perto do meu travesseiro. Eu nem conseguia acreditar.

Porém, acho que minha alegria durou pouco com aquele olhar gélido dela. Eu não poderia culpar a gótica, já que achava que eu só troquei de lugar na canoa por causa do sutiã. Eu nem queria mais aquilo, tinha certeza de que não conseguiria mesmo (claro, fiquei animado quando consegui).

Só tinha trocado de lugar porque a Gwen gosta do Trent e o Trent da Gwen. Eu sabia que eles ficariam felizes juntos e eu só queria ver a Gwen feliz.

“Olha se você quiser eu devolv...”

Um barulho de passos interrompeu minha fala, olhei para baixo onde Trent estava voltando.

“Vai usar meu sutiã para se vestir de princesa e cantar coisas motivacionais?” Ela perguntou de braços cruzados, me olhando de forma sádica.

“Não. Eu vou pendura-lo na cabeceira da minha cama para dormir com o seu cheiro.” Eu respondi provocante, mas um provocante falso. Trent era meu amigo, eu apoiava eles se gostarem. Mas, não posso garantir que a parte de “dormir com o cheiro dela” era mentira.

Ela revirou os olhos e esboçou uma careta.

“Espero que desmaie ou tenha asfixia.” Ela rebateu. Dessa vez, eu revirei os olhos.

“Gwen?” Chamou Trent.

Gwen suspirou, conseguia ver em seus olhos a felicidade que ela estava em estar com o Trent. Sorri enquanto eu encarava aquela cara marrenta.

“Ele está te esperando.”

Gwen assentiu, deu alguns passos com a intenção de descer o barranquinho, quando se virou para mim e disse:

“Você vai achar alguém legal, Cody.”

“Desde que essa pessoa esteja preparada para Cody, o super incrível e maravilhoso!” Eu respondi, o que fez a gótica revirar os olhos novamente, mas dessa vez sorrindo. Logo depois, Gwen desceu do barranquinho e sentou-se novamente no banco. Eu voltei a me apoiar na cerquinha, onde continuei a assumir minha posição de stalker curioso.

Trent tinha ido buscar o violão, onde tocava enquanto cantava uma música feita para Gwen. Algo sobre como os lábios dela são maravilhosos (o cara canta bem alto). Pude me lembrar do trecho do diário da garota em que ela falava sobre como se amarrava em garotos que tocavam violão. Eu abaixei minha cabeça, derrotado.

Eu não tocava violão.

Não me lembrava de quantas horas faziam que eu estava apoiado na cerquinha observando os dois. Eu também tinha perdido a conta de quantos beijos eles já tinham dado um no outro. Teriam sido mais de 100?

Meus pensamentos, e até mesmo tédio (ver “melação” cansa) foram interrompidos pela voz de Duncan.

“Por que você ainda não foi dormir pirralho?” Perguntou o cara de topete verde, grosso como sempre. Mas, antes que eu pudesse responder ele se apoiou na cerquinha, olhou para baixo e logo depois para mim. O cara me encarava incrédulo.

“Então além de pirralho é espiãozinho?” Ele perguntou com um olhar de: “eu já saquei tudo”.

“O QUE?! Nã-não... e-eu não estava espiando eu...” Eu gritei enquanto torcia um pedaço da minha blusa com as mãos, tentando disfarçar o nervosismo de ter sido pego no ato.

“Sei...” Ele me encarou. “Mas, de qualquer forma não ligo. Pode espiar a Gwen e o Trent quanto quiser.” Ele deu de ombros.

“E-EU NÃO ESTAVA ESPIANDO! EU... eu só estava vendo se o Trent manja das técnicas de sedução de garotas que eu ensinei para ele.” Fiz questão de enfatizar bem a palavra “eu”, coloquei meu polegar próximo do meu peito para incrementar aquela mentira.

“Sério? Vai vir com mentiras pra cima de mim, Cody?” Ele perguntou, me encarando de braços cruzados.

“Mas, eu não estou mentindo.” Menti.

“Quer saber? Que se dane, eu não ligo.”

“Certo.” Continuei a observar o casal.

Duncan suspirou entediado.

“Por que você age desse jeito?” O garoto de topete verde perguntou.

“De que jeito?” Eu olhei de um modo desentendido para Duncan.

Ele revirou os olhos.

“Você sabe, se fingindo de gostosão.”

“Mas, eu sou.” Tapei a boca envergonhado, eu nem acredito que tinha falado aquilo em voz alta.

“Então por que não está beijando a Gwen?” Ele cruzou os braços.

“Bah, você sabe. Ela ainda não estava pronta para mim.” Respondi.

“É disso que eu estou falando! Você é um grande otário! E ainda por cima fica espionando!”

“Ah e você? Não foi dormir ainda porque vai sair com a Courtney?”

Foi quando Duncan me agarrou pela blusa e me ergueu.

“O que eu estou tentando te dizer, Cody, é que sons de guitarra falsa no banheiro enquanto se acha o maioral não é uma coisa boa!” Ele disse com raiva, sem a menor intenção de não cuspir na minha cara. “Agora, se você falar sobre mim e a Courtney mais uma vez eu juro que te jogo dessa droga de barranco bem na fuça da Gwen e do Trent!”

Eu gelei, chutei o ar procurando o chão.

“Ce-certo.” Eu disse enquanto Duncan me colocava no chão.

“A Gwen já tinha dito que não queria sair com você. Tinha escrito no diário dela que ela gostava do Trent e mesmo assim você insistiu.” Ele me olhava com nojo.

“Só achei que ela conseguiria ficar a fim de mim, sem eu tomar toco.” Respondi.

“Você mal chegou nessa droga de acampamento e já foi tirando onda com todas as meninas, foi se achando o maioral sendo que você... como eu posso explicar, carinha? Você não é tanto assim não.” Ele falava em um tom de voz seco e até mesmo indiferente.

“Sei que sou alguma coisa, você deve estar é com inveja.”

“Inveja do que?” Ele perguntou me olhando de cima a baixo com uma vontade de rir. “Como se tivesse algo para inveja.” Ele murmurou.

“EI! Se você é tão bom me fala porque você ainda não beijou a Co...” Duncan me encarava com um olhar mortífero, cortando minha fala.

“Certo, eu acho que fui gentil demais. Eu te disse que ‘você não era muita coisa’, mas eu vou retirar: você não é nada mesmo.”

“O QUE?” Eu sentia meu orgulho sendo ferido, como se eu já não estivesse chateado o suficiente por causa da fria que eu tomei da Gwen.

“E aquela cena da canoa? ‘Eu não preciso de ajuda, eu estou bem’... patético!” Ele continuava.

“Você não tem nada melhor para fazer sem ser ficar me enchendo aqui? Você não precisa dormir não?” Eu perguntei irritado. “Eu já sei que sou um cara legal!”

“Esse é seu problema, Cody. Quando uma pessoa deixa uma fraqueza sua nítida você age na defensiva falando que é alguém show, sendo que nem sempre você é.” Ele disse, com um tom de voz grosso e indiferente.

“EU NÃO AJO NA DEFENSIVA!” Gritei, mas logo depois abaixei a cabeça derrotado. Duncan poderia estar certo.

“Não é por mal, Cody. Mas, acho que você seria alguém mais bacana se fosse você mesmo.”

“E o que você sabe sobre ser bacana?” Eu arqueei minhas sobrancelhas.

“Eu pelo menos não finjo ser quem eu não sou.” Duncan disse irritado.

Eu já estava irritado.

“Fingir ser quem eu não sou? EU MIJEI NAS CALÇAS EM REDE NACIONAL!” Eu gritei, eu não conseguia acreditar que Duncan me achava um falso.

“Beleza você se borrou todo, ok. Então por que quando você está perto dos outros finge ser o maioral?”

“Eu não finjo ser o maioral, eu perdi ao tentar desativar uma bomba relógio!” Eu disse, cansado daquela conversa.

“UMA BOMBA RELÓGIO? Olha, pirralho, você diz que seu maior medo é desativar a droga de uma bomba relógio. Mas, eu sei que você tem um medo maior!”

Eu ia revidar, mas parecia ter perdido as forças, eu estava imóvel e sem ação.

“Seu maior medo é as pessoas descobrirem que você não passa de um nerd idiota e escroto que se acha superior aos outros, mas não passa de um lixo. E é melhor você acordar logo para a vida para não ficar pior do que já está!”

Eu ouvia tudo aquilo perplexo, eu precisava revidar, mas não conseguia. Falhava porque ele tinha razão. Eu sempre me achei popular, mas a verdade é que eu não passava de um nerd com cantadas baratas e flertes de vídeos de tutorias da internet. Eu abaixei a cabeça, derrotado.

“Ah, não me entenda mal ‘incrível Cody’.” Ele pronunciou “incrível Cody” com duas aspas enormes nas mãos. “Sempre da tempo de mudar!” Ele disse enquanto dava um tapa em minha cabeça, com a intenção apenas de irritar e não de machucar.

 “Agora, acho melhor ir dormir, se pretende ver mesmo o casal purpurina é melhor perder a prova de amanhã por causa do sono.” Duncan disse e se virou para descer o barranquinho.

“Espera, Duncan.”

Ele se virou e me encarou.

“Por que fez isso? Quero dizer: por que me disse tudo aquilo?” Eu perguntei.

“Bom, primeiro porque você estava passando muita vergonha com esse lance de ‘incrível Cody’ e segundo, você é da equipe rival, então é lucro se eu conseguir te desestabilizar.” Ele disse, me deixando perplexo, e logo depois foi embora, fazendo eu me sentir um grande lixo.

Fiquei debruçado na cerca, admirando a lua, sentindo o vento e olhando a Gwen e o Trent. Olhando como estavam felizes juntos. Suspirei, nem sabia mais o que pensar. Tudo foi jogado na minha mente em um nível tão intenso...

Os dois se cansaram e foram embora, cada um para seu chalé. Antes de entrarem os dois tentaram me fazer entrar, dizendo que amanhã teríamos uma prova e que eu precisava estar disposto. Ambas as minhas respostas foram um “já vou entrar, me deem um minuto” melancólico que nenhum dos dois se importaram em perguntar o motivo.

Foi quando eu me vi sozinho com a lua, o céu e a cerca, me achando um completo fracassado e pensando como eu fui um grande idiota.

Duncan tinha total razão quando disse sobre meu medo.

Há coisas piores do que desarmar uma bomba relógio sob pressão, como por exemplo: todos do acampamento descobrirem que, por trás de um incrível Cody com seus flertes, existe um cara medroso, impopular e muito inseguro.


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Notas finais do capítulo

É ISSO!
MINHA PRIMEIRA FANFIC DESDE 2016!!! AEEEEEE EU NEM ACREDITO
desculpa gente Cody é o meu favorito



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