Watashi no Me Wa Sumini Yuu Tameni Jirasai escrita por Malifysence


Capítulo 5
Epílogo - Algo que Está para Começar


Notas iniciais do capítulo

Nunca pensei que lhe contaria algo sobre mim, mas meu passado me assombra desde aquele dia... Um dia do qual nunca me esquecerei...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/7618/chapter/5

 

            Num dia como outro qualquer eu tinha ido ao colégio como todo estudante comum faz, conversado com meus amigos normalmente até que aconteceu. Um aluno novo tinha acabado de chegar à sala e ia se apresentar a turma, esse cara era do tipo calado demais, isso se via de longe.

—Silêncio turma! Este é o novo aluno que veio de outro estado.

—Bom dia... Bem, meu nome é... Não preciso dizer meu nome, mas precisarei só dizer que vou estar nesta sala de aula com vocês até o ano acabar e somente isso...

            Aquela apresentação foi maravilindosa na opinião da classe, mas ainda assim ele estava impassível e estagnado na carteira. Eu senti um calafrio quando ele me olhou atravessado por trás e preferi não afrontar aquele olhar até que ele dissipasse aquele olhar medonho. Quando pensei que estava livre do frio de morte dos olhos de Yagami Hiruga, o aluno novo. Fui seguindo meu caminho para casa durante o anoitecer, mas logo percebi aquele olhar de novo e fiquei paralisado prestando atenção em cada mínimo barulho e mesmo assim não consegui saber de onde vinha esse olhar gélido. Então ouvi um zunido baixo que estava aumentando rapidamente em minha direção.

—Hã? Um papel? O que estará escrito?

 

Carta: “Aquele que preza a algo deve descobrir a verdade e nela sentir o peso da responsabilidade sobre si, pois é dela que se firma a certeza de estar vivo em prol de algo ou alguém...”

 

—Hã? O que será que quer dizer?

—Quer dizer que se você preza algo ou ama alguém deve saber a verdade sobre o mesmo e ter ciência de que sabendo dele você deve protegê-lo a todo custo e que agora você tem, não só um dever com isto, mas a prova de que sua vida não é em vão e que valeu a pena viver até este dia...

—Hiruga...

—Sim... Você não acha que estas palavras simplificam o próprio pensamento humano? Que elas minimizam a razão da existência da própria humanidade?

            Calei-me sem saber o que dizer e sem entender completamente as palavras de Hiruga, mas sabia que seu olhar agora não era mais frio e sem vida, agora ele parecia apenas vazio e sem foco no céu. Comecei a ouvir algo estranho que parecia com o ranger de metal.

—Abaixe-se!

—O que?

            Hiruga havia pulado me agarrando para me jogar no chão e eu pude ver quando ele girou o corpo para cair sem me machucar que algo o havia cortado como a um papel, porém somente de raspão.

—O que foi isso? Hiruga!

—Corre...

—Não! Primeiro me explica o que está havendo?

            Ele que estava com um corte nas costas me empurrou para o lado esquerdo e rolou para o direito deixando o que quer que o tenha cortado atingir o chão num súbito.

—Soihiro... Se você quer saber o que é primeiro tem que poder vê-lo...

—Mostre-me então, mas não quero fugir e deixar alguém que é meu amigo morrer nas mãos de algo que desconheço...

            Hiruga tinha se levantado e começou a riscar o ar a sua frente com a ponta dos indicadores que cintilavam com uma fraca luz branca que pairava como se fosse a tinta de uma caneta que riscou o papel que tocava. Ele desenhou um triangulo com cada mão de forma que formassem uma estrela de seis pontas na união dos dois triângulos e logo os tinha circunscrito.

—“Aqueles que vêm da escuridão profunda do caos que vivem nas sombras cruéis das vidas mortais que desejam consumi-las consumando o pecado de tua infiel inveja audaz... Mostrem-se a este descrente para que em meu nome possa este poder enxergar!”

            Um brilho ofuscante vindo do estranho círculo a frente de Hiruga me fez fechar os olhos por um instante e quando os abri pude ver nitidamente uma armadura negra como a de um cavaleiro medieval se movendo em prol de me matar e ao Hiruga.

—O que é isso?

—Isso é um servo do caos, uma criatura vinda das profundezas do inferno para me matar...

—Mas por que querem matar você?

            Nós esquivávamos dos ataques e investidas da armadura mesmo quando conversávamos.

—Por que sou um renegado, um desertor...

—Como assim?

—Melhor eu terminar com ele que depois eu lhe explicarei... “As penas que já me foram asas tornem-se lâminas e ceifem este ser que me almeja morto!”

            A sombra dele o cobriu por uns instantes e logo se abriu em forma de asas negras dissipando-se em penas negras que caíram em alta velocidade como agulhas negras sobre a armadura despedaçando-a em fragmentos que pareceram evaporar.

—Como você fez isso?

            Hiruga havia desmaiado e eu o segurei para não cair no chão, pois tinha medo de que abrisse ainda mais as feridas que a armadura lhe causou.

—Hiruga! Acorda! Cara não faz isso comigo não!

—Ah... Ca... Cala a boca...

            Ele havia desmaiado de vez agora e eu em desespero o levei ao hospital, mas ninguém via a ferida dele além de mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que é isso? Uma ferida que só eu vejo e que não sangra... Um garoto misterioso que pareceu me proteger... Uma armadura negra que quase me matou sem aviso... Que merda! Por que ninguém me explica nada? (Não percam a continuação "O Anjo da Profecia")