Watashi no Me Wa Sumini Yuu Tameni Jirasai escrita por Malifysence


Capítulo 3
Capítulo 2 - Algo que Arde em Mim


Notas iniciais do capítulo

Parece que hoje não vai ser um bom dia "T_T"... Mas pra mim... Nenhum dia é bom desde que ele chegou a minha existência... Malifysence, seu maldito! ">—



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               Era segunda e já tinha acabado as aulas do primeiro período o que significava uma única coisa... Intervalo pra lanche, mas eu não conseguia perder meus olhos na comida quanto mais conseguia deixar de pensar na conversa maldita entre Malifysence e Serenith... Preferi deixar de lado os meus devaneios para volta a comer.

—O que houve? Você está aqui sozinho no telhado do colégio como se fosse um excluso da socialização dos alunos lá de baixo... Você está bem?

—Hã? Ah! Sim, eu estou ótimo... (rosto pensativo e distante) E você? Veio aqui apenas pra saber de mim?

—Ah... Não vem me dizer que eu apenas vim pra te ver! (virou o rosto vermelho e fechado em recusa)

— (sorriso de estranha alegria) Você é mais criança a cada dia que o conheço melhor.

—Não sou não! (cara fechada encarando-me) Mas mudando de assunto... Você vem comigo depois da aula? É que eu quero falar contigo uma coisa...

               Quando eu observei melhor Chris estava tão próximo que eu podia tocá-lo, mas mesmo tentado eu me segurei. Mas ainda assim como nem tudo são flores...

—Que conversa empolgante será essa que o casal do ano está tendo escondidos no telhado? (rosto de brincalhão de Soihiro retrucado com rostos de raiva dos dois) Será que interrompi alguma coisa?

—Se eu fosse você não apareceria tão repentinamente, por que um dia desses... Você pode levar um soco não do Koichi, mas de mim ta? Hiro-sempai... (rosto de raiva fechado e falando entre dentes cerrados)

—Tudo bem... (sem graça) Eu falo com vocês na sala quando nenhum de vocês estiver mais de TPM... (sorriso brincalhão e correndo escada abaixo)

—Vamos dar a ele cinco segundos de vantagem? (rosto sem emoção de Koichi e aceno de confirmação com a cabeça de Chris)

               Em instante estávamos atrás de Soihiro como guepardos em caça e ele era a presa. Mas logo que chegamos ao corredor ele já estava nas nossas garras e nós do jeito que somos bonzinhos o jogamos no banheiro das meninas totalmente amarrado e amordaçado depois de observar nossos olhares de morte e sorrisos assassinos. Dai... Acredite... Se ele sobreviveu? Eu não sei, mas tínhamos saído do colégio e ele nem se pronunciou dando o ar de sua graça.

—Então? Você vem comigo?

               Chris tinha me falado com tanta seriedade que nem parecia o sujeito que conheci a pouco tempo, mas esse ar de sério me fez lembrar Malifysence por um breve momento, mesmo que eu deteste admitir ele tinha a mesma postura do maldito anjo caído.

—Sim... Vamos? Mas o que você quer tanto falar comigo?

               Não é que ele tenha me ignorado, pois estava observando seus dedos tamborilarem a mochila que ele segurava pela alça superior, mas ainda assim ficamos um bom tempo sem falar nada e ficamos observando o caminho que percorríamos sem destino algum.

—Koichi...

—Hã?

—Você...

               Eu pensei que ele fosse perguntar alguma subjeção que fosse relacionada aquilo que havia falado sobre coração.

—Koichi... Você me ama?

—Hã? Como assim?

               Eu não estava pronto psicologicamente pra essa pergunta, mas esperava qualquer coisa menos uma declaração indireta.

—Bem... Não sei dizer... Isso não é algo com que estou acostumado...

—Você pode pensar em mim da mesma maneira que eu penso de você, mas é que eu simplesmente me apaixonei por você quanto mais estive ao seu lado... E queria saber se você gostava de mim tanto quanto eu... Mas... Você parece não ter o mesmo sentimento que eu... (rosto corado de vergonha) Me desculpe por ter te dito essas coisas, acho que não devo te aborrecer com uma coisa dessas...

               Inconscientemente eu o agarrei pelo braço e o beijei de uma só vez, sem ao menos pensar no que fazia, mas meu corpo não mais me obedecia. Senti-me como se tivesse quebrado uma montanha que havia em minhas costas.

—Koichi...

—Shh... (pensei em aproveitar aquele mero momento que poderia dizer que foi único e o beijei de novo ainda mais apaixonadamente como se agora nós tivéssemos o tempo do mundo para nós)

               Depois daquilo acabamos por selar um namoro sem palavras e nos despedir numa esquina que dividia nossos destinos, logo que cheguei em casa dei de cara com meus pais brigando.

—... Como você ousa me chamar disso? Mamãe estava certa... Você não presta!

—Se eu não presto por que você quis se casar comigo? Não me venha dizer que estava sem opções...

—Estou de volta! Será que a terceira guerra mundial começou e eu não fui convidado?

—Bem vindo filho... Desculpe-nos por você ter presenciado uma cena dessas, mas acho que nós não fomos uma boa escolha um pro outro...

               Meu pai parecia ter ouvido uma piada e quase entrou numa gargalhada súbita das quais ele só saia depois de cair no chão e rolar, mas mamãe parecia observar meu pai se segurando a parede com o rosto vermelho e quase não se agüentando em pé.

—O que é tão engraçado assim pra você?

—A... A sua... A sua opinião... (gargalhada contagiante)

               Mamãe parecia tentar não rir junto, mas já não agüentava segurar e eu sem entender nada simplesmente os deixei rindo defronte a porta e subi pra meu banho. No dia seguinte meus pais já estavam se beijando e se amando como sempre, e eu que na opinião de minha mãe, estava radiante está manhã.

—Até mais mãe! Estou indo para a escola!

—Cuidado no caminho e se comporte! "O que terá acontecido com esse menino?"

               Eu chegava ao meio do caminho pra escola e já tinha percebido que havia alguém ali, mas não era qualquer um era Chris.

—Bom dia Chris!

—Bom dia Dachi-kun!

               Os olhos de Chris me penetravam como se quisessem me atravessar e nesse olhar acabei me hipnotizando.

—Koichi, olha lá é o Soihiro!

               Olhei para a direção que Chris tinha me apontado como se ali houvesse um fantasma e quase saltei no mesmo lugar.

—Bom Dia Soihiro!

—Bom Dia pra vocês dois! "Como é que eu falei mesmo? Você ta feito! Ele gosta de você, você gosta dele... E só me faltava ver um beijo de onde eu tava..."

—Bom Dia Hiro-kun! "Melhor você calar a sua boca se não quer mais um soco só que dessa vez na boca do estômago..." Então por que não vamos pra escola acho que já estamos bem na hora, não é?

—Que isso Koichi? Nós estamos bem adiantados, nem sequer deu dez minutos pro portão fechar?

—Bem... Por que não gastamos esse tempo extra caminhando pelo parque? (rosto de embaraço)

               Eu sabia que ir ao parque era pegar o caminho mais longo e sabia que aquele parque seria um dos melhores lugares para estar ao lado de Chris, mas havia o elemento Soihiro no local e tudo que podia fazer era conversar.

—Koichi... (rosto corado) Você realmente fez aquilo ontem?

—Do que você está falando Chris? (rosto de desencontrado e picada de olho de Chris) Ah! Ta... (rosto corando) Aquilo... Bem, é verdade sim, mas isso é um segredo nosso ta?

               Soihiro já não entendia mais uma palavra e simplesmente ficava a par da situação assim como um observador de um microscópio, simplesmente sabia o que estava contido, mas não o que realmente acontecia. Eu e Chris riamos com a curiosidade superlativa de Soihiro que estava frustrado em ver duas pessoas, as mais próximas dele que não eram nem seu irmão nem sua mãe ou pai, guardarem um grande segredo só delas e bem diante dele! Nós riamos também pelo fato de estarmos um na companhia do outro, mesmo que não tão próximos para parecermos um casal, mas sim bons amigos indo para o colégio.

               Chegamos na sala e nos sentamos como sempre eu no lado de Chris e Soihiro atrás de mim a espreita como sempre, mas hoje foi diferente... Nem eu nem Chris nos olhamos firmemente, pois nós já não precisávamos de nos comunicar pelo olhar já tínhamos um a companhia do outro no dia a dia e agora estaríamos mais junto pelo que nós sentíamos um pelo outro. A aula acabou como sempre demorada e chata com o meu incrível desejo de ir embora de lá e minha vontade monumental de abraçar Chris novamente que quase o fiz durante o intervalo... Nós fomos despedindo-nos e após isso ficamos eu e Chris na sala ainda arrumando nosso material escolar pra irmos embora.

—Até amanhã Chris, até Dachi-kun!

—Até amanhã Hiro-kun! (simultaneamente)

               Olhamo-nos naquele momento e isso pareceu despertar em Soihiro uma curiosidade ainda maior, capaz de fazê-lo espreitar ainda mais nós dois. Estávamos corados pelo momento de aparente solidão, mas ainda em recinto escolar.

—Koichi... Melhor nós irmos não?

               Respondi que sim com a cabeça e o segui bem ao seu lado, mas ainda não tão perto dele. Nós chegávamos à esquina de minha casa e já estávamos tão juntos que só me faltava abraçá-lo para parecer um casal, mas isso só dava a Soihiro um sorriso de escárnio e um pensamento pervertido em mente. Não me agüentando o beijei como antes, mas dessa vez eu sabia que não faria isso para mostrar a ele o que eu sentia, mas sim para perpetrar ainda mais a falta de palavras que nós tínhamos nos deixando naquele instante, tão juntos como uma só alma que sentia a mesma coisa.

               Quando percebemos que já estava prestes a anoitecer e que estávamos a muito ali apreciando a presença um do outro sem olhar nada mais além do céu e de nós mesmos, resolvemos no despedir e isso foi suficiente para Soihiro me abordar depois que Chris já havia sumido.

—Que isso? Pegador! (sorriso de escárnio e olhar de "eu lhe disse")

—Hã? (saltei no mesmo lugar com o susto) Soihiro? O que você faz aqui? Você não tinha ido pra sua casa?

—Sim... Mas não se preocupe... Eu não vou contar pra ninguém esse seu romance com o Chris! (piscada de olho e sorriso de escárnio ainda maior) Mas você vai ter que me prometer uma coisa...

—E o que seria? (rosto de embaraço)

—Que vai me tratar melhor e quando falo melhor eu quero dizer obedecer cada pedido e desejo que tiver em mente. (olhar imperioso de satisfação pela chantagem)

—O que?! Nunca que eu vou fazer isso!

—Você é que sabe... Espera só até sua mãe ficar sabendo que você gosta do seu melhor amigo... (malicia e olhar de “o tenho nas mãos”)

               Nada pude fazer se não acatar tal coisa e baixar a cabeça como um obediente servo. Mas eu sabia que pelo menos isso valeria à pena se fosse para proteger Chris e eu, mesmo que isso fosse me expor a um ridículo absurdo como servir ao Fujiyoka.

               O dia tinha começado e eu já me levantei cansado e frustrado com o ocorrido na noite passada, mas logo que cheguei à esquina de sempre onde encontrava o Chris percebi a companhia indesejável de Soihiro a quilômetros de distancia.

—Bom dia Dachi-kun!

—Bom dia Chris...

—Que belo dia não é queridíssimo amigo?

               Olhei-o com desdém percebendo em seu rosto um sorriso maior que o de qualquer dia e por algum acaso isso parecia estar ligado com os pedidos e desejos que ele havia falado.

—Hiro-sempai o que você está carregando na mochila hoje? Ela parece ter dobrado de tamanho.

—É verdade... O que tem nela?

               Realmente ele tinha colocado muito mais do que o seu estojo e seu caderno de sempre e isso ainda me assustava na tentativa de imaginar o que seria.

—É uma surpresinha minha, Chris... (olhando em minha direção e me causando calafrios com tal olhar)

—Ai... Isso não parece nada bom... Não devia ter levantado da cama hoje...

               Fomos pro colégio e Chris ficou confuso com meu desanimo inesperado e a felicidade transbordante de Soihiro. Chegamos lá pouco antes do professor chegar a sala, mas tivemos uns contratempos com Soihiro que esteve conversando com Saito no caminho.

—Sentados! Hoje o professor Sousuke não pode vir por estar de cama, mas eu vou dar aula em seu lugar. Meu nome é Akihiko Kaname sou a professora substituta e darei meu melhor para ensinar o máximo que puder a todos vocês!

—Seja bem vinda Senhorita Kaname! (a sala gritou em coral)

               A aula de história tinha começado e eu só tramava sair antes que algo vindo daquela mochila tentasse me constranger, mas foi inútil... O sinal tinha tocado quando eu estava saindo e logo senti o calafrio repentino de novo.

—Aonde você vai com tanta pressa Koichi?

—A lugar nenhum... Pelo menos não mais...

—Que bom por que você tem que cumprir uma promessa.

—Ai... Eu sabia que devia ter dito que estava com febre ou algo assim...

—Ora o que é isso caro amigo... Quanto desanimo... Você só vai ter que pagar um mico!

               Ele tinha mostrado uma peça da veste que estava na mochila e eu corei instantaneamente.

—Não! Não vou vestir isso! Nem por toda a renda anual mundial eu visto isso!

—Pode até ser, mas pelo bem de um segredinho você faz não é?

               O pior é que ele estava certo, só tive uma escolha... Segui-lo até a quadra vazia pelo intervalo e obedecer às ordens dele.

—Me dá logo essa porcaria para eu vestir e voltar a minha vida desgraçada!

               Ele me deu o vestido de noiva simples que estava lá na mochila e que ainda por cima tinha adereço para combinar e eu corado de raiva e vergonha fui ao reservado do banheiro do vestuário masculino me vestir. Quando voltei, ele tinha tirado uma foto de minha vergonha.

—Hei! Nada de fotos! Você não disse nada de tirar fotos!

—Espera um pouco... Você se lembra? “cada pedido ou desejo de minha mente...”?

               Maldito seja! Ele me pegava pelas entrelinhas e clausulas de um contrato fajuto que mal pude prestar atenção... E para variar ele tirava fotos com sua câmera digital gravando minha vergonha em 15 Mega pixels de resolução.

—Hei! Dá para você se mover? Senão não terei mais do que uma pose em vários ângulos...

               Nada pude fazer senão o obedecer era pelo bem de Chris... Mas ainda assim era constrangedor. Ainda mais pelo fato dele me forçar a ficar em poses femininas dizendo coisas como “Bom! Bem kawaii” ou “Com um batom você é uma linda menina!”.

—Pronto! Já pode se trocar querida noiva... (rosto de graça e alegria)

               Injuriado me postei ao reservado tirando o constrangedor vestido de noiva e pondo meu uniforme do colégio.

—Droga! Esse Hiro-sempai me paga! Espera até eu não dever mais nada a ele para ele ver o que é bom para tosse!

               Eu pensava no que dizia... Não dever nada a Fujiyoka, ou seja, todos saberem de mim e Chris e pensava em como seria viver com Chris sem dever nada a ninguém... Mas Fujiyoka estava me observando colocar a camisa enquanto devaneava sobre meus pensamentos com um olhar de expressão singela, cálida e sedutora.

—Koichi você é tão kawaii... (abraçando-me pelas costas)

—O que? O que houve com você Soihiro?

               Eu o tinha expulsado do abraço que me proporcionou e ele pareceu ter praticamente acordado de um transe auto-induzido.

—O que? O que eu fiz? Eu não acredito que... (rosto de dúvida e desorientação)

—Soihiro?...

               Ele tinha corrido e esquecido da câmera de tamanho susto e indecisão, mas eu fui pedir-lhe explicações, uma besteira como uma chantagem e um abraço a sós não ficaria por isso mesmo... Busquei pelo colégio inteiro e ele não tinha aparecido... Então me lembrei de quando tínhamos seis anos e estudávamos aqui, que ele sempre que apanhava ou se chateava corria pro terraço e lá ficava chorando vendo o pôr-do-sol até melhorar ou eu o reanimar com a notícia de que espanquei os safados que ousaram bater em um amigo meu e seguíamos como bons amigos. Fui até o terraço e o vi lá sentado observando o pôr-do-sol.

—Cara, você está bem?

—Todas as vezes que você vinha me consolar no terraço eu lembro que via em você um anjo da guarda que nunca tive mesmo meu irmão não se esforçava como você para me proteger e olha que ele é mais forte que eu e você juntos...

—É verdade... Ele batia em quem quer que tentasse alguma coisa com a gente, mas ele era da turma no fim do corredor e nós éramos da turma do andar de baixo...

—Lembro que há três anos eu vi em você algo mais, mas não quis admitir...

               Observei o rosto sempre sorridente de Fujiyoka Soihiro se tornar triste e confuso como se houvessem sentimentos contraditórios se chocando por dentro dele e suas lágrimas que antes só mostravam dor, agora eram de tristeza também.

—Akadachi... Eu não sei o que achar ou o que dizer...

—Apenas fale o que quiser... Só assim sua dor irá sumir, mas diga apenas o que realmente quer contar. O desnecessário é ruim em qualquer ocasião...

               Ele não parava de lacrimejar, mas eu via nos olhos dele que era algo sério... Algo que nunca aconteceu antes com ele.

—Koichi... É impossível! Simplesmente impossível resolver meu problema...

—Por quê? Diga-me o que posso fazer para te ajudar.

—Não vai adiantar... Você não vai poder fazer por mim...

—Não há nada que eu não possa fazer por meu melhor amigo!

—É por isso mesmo que é impossível... Koichi... Eu estou apaixonado por você...

               Fiquei estático... Observando meu melhor amigo dizer tais palavras e eu como amigo simplesmente pude dar-lhe um consolo para acalmar-lhe beijando sua testa.

—Sei como é sentir isso por alguém, mas mesmo confuso, estranho ou desorientado você tem que seguir... Seguir com sua vida mesmo que eu não participe dela do jeito que você deseja eu estarei sempre ao seu lado para te proteger e te ajudar quando precisar...

               Em silêncio ele chorou no meu colo sentindo minha mão acariciar-lhe a nuca e os cabelos castanhos lisos. Depois de ter aquela conversa preferi não contar ao Chris, mas matei aula para consolar o Fujiyoka dando uma desculpa de que o machuquei novamente sem querer e desta vez foi mais sério do que um soco no nariz e que estava na enfermaria com ele o tempo todo.

—Koichi! Como você consegue ter a proeza de ferir seu melhor amigo DUAS vezes?

—Desculpa, mas não posso dar detalhes ainda...

—Como assim?

—Que isso Chris ele só me contundiu... Nada de mais além de que eu já to conseguindo andar já.

—Mesmo assim ele precisa levar uma bronca!

—Ta bom mamãe, mas eu já pedi desculpas e já o socorri...

—Não venha com essa de mamãe de novo que isso não pega duas vezes... (Calado por um beijo)

—E por isso?

—Koichi... (corado e apontando para o Soihiro)

—Ele já sabe, mas depois eu dou explicações... Agora temos que ir para sala já vai começar a aula de gramática!

               Fomos os três caminhando pelos corredores do colégio vazios e Chris observava o desanimo de Fujiyoka que de vez em vez me olhava dos pés a cabeça e depois fitava o chão.

—O que há com o Fujiyoka? Ele parece abatido...

—Como falei antes explicações mais tarde...

               A aula terminou com a tensão de uma gincana coisa que a professora de Gramática adorava fazer no fim do semestre letivo e nós depois da saída fomos juntos em direção ao parque conversar.

—Certo... Explicações! Agora!

               Contei-lhe da chantagem e depois das fotos, além do caso do Fujiyoka que tinha se declarado, mas logo Chris não sabia se brigava, se consolava ou se ficava quieto mesmo parte de tudo isso tendo sido ele.

—Peço desculpa pelo que fiz... A você Koichi e a você Chris... Eu tentei arrancar de você o Koichi...

—Bem que eu não iria aceitar ficar com você por ameaça ou chantagem, mas se você tivesse me dito isso antes talvez...

—Não... Passado é passado e não pode ser modificado... Vocês vivem o presente juntos e eu não posso viver o meu presente com você Koichi... Essa é a verdade suprema de minha vida...

               Ele tinha segurado a minha mão e a de Chris juntas e depois pegou a mochila e foi embora.


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Notas finais do capítulo

Meu melhor amigo... Aquele que chamava de irmão quase... “”_”” É triste quando se é cego... Quando seus olhos não vêem mais do que está a sua frente... Mas quando a ilusão se esvair meus olhos devem ver além! “T_T”