P.O.V. Hope.

Hoje é a minha primeira festa. A tia Rebekah me ajudou com a maquiagem e a roupa, e o cabelo.

—Pronto querida, está linda.

—Obrigado. Eu tenho que ir agora, eu não quero me atrasar.

Eu sai praticamente correndo, encontrei com o tio Elijah no caminho.

—Oi tio Elijah, tchau tio Elijah!

Quando eu finalmente cheguei ao endereço, dava pra ouvir á música tocando e tava lotado. Eu ia entrar, mas fui barrada.

—O que?

—A dona da festa tem que te identificar.

—Tudo bem.

—Senhorita Cullen!

Ela passou pelo corredor, olhou e gritou:

—Deixa ela entrar.

—Bem vinda senhorita.

—Obrigado.

Assim que eu cheguei ela veio me cumprimentar.

—Uau! Tá uma gata. Seja bem vinda. Desculpe, o segurança, mas quando você tem meio mundo atrás de você... precauções são necessárias. Ainda mais em eventos como esse. Cuidado tá, o ponche tá batizado.

Eu tive que rir. Quando ela falou cuidado, ela falou tão séria que eu até fiquei meio temerosa, mas quando ela completou a frase e fez aquela cara eu soube que era piada.

—Eu não sei dançar.

—Sabe sim. É só... seguir o ritmo. Por enquanto, tenta não falar o seu sobrenome. Tipo, você tá segura aqui, mas... o povo tem medo. Saca?

—Tudo bem. Eu sei o poder desse nome. Espanta qualquer um.

Eu comecei a tentar me misturar, consegui conversar com algumas pessoas, eu até dancei. Uns garotos me paqueraram, mas então eu vi aquelas duas pessoas.

Elas eram as cópias fiéis da minha mãe. E a outra era a cópia fiel da minha tia Rebekah.

Eu decidi ir falar com elas.

—Oi.

—Oi. Eu nunca tinha te visto aqui antes.

—Eu sou a Hope.

—Você tá bem?

—Eu... meio que não sei como dizer isso. Eu... eu sou sua sobrinha.

—O que?

Eu tirei o casaco, afastei o cabelo e mostrei a minha marca.

—Caramba! Eu nunca tinha visto outra além de mim e da Faye. Eu sou a Cléo.

Respirei fundo e tirei a foto da bolsa.

—Essa era minha mãe. Foi o tio Elijah que tirou.

—Nossa! Outra gêmea. Você... você disse era?

—Ela morreu quando eu nasci.

—Oh, eu sinto muito.

Ela me abraçou.

—E o seu pai?

—Ele e a minha mãedrasta me criaram.

—Mãedrasta?

—Caroline. Ela é minha mãe pra todos os efeitos, me criou como se fosse mesmo minha mãe, mas quando eu fiquei mais velha eles me contaram que... ela não era minha mãe biológica, falaram que a minha mãe morreu quando eu nasci. O nome dela era Hayley. Ela me deixou uma carta, ela tinha medo de que alguma coisa ia acontecer com ela algum dia e por isso ela escreveu a carta. E fez o tio Elijah prometer que se acontecesse alguma coisa com ela, ele ia entregar a carta pra mim quando eu tivesse idade suficiente.

—Eu sinto muito. Eu aposto que ela te amava, afinal o que não se tem pra amar. Você é bonita, parece ser gentil, deve ser muito inteligente. Acho que ela ficaria orgulhosa.

—Obrigado. Vocês sabem que...

—Somos adotadas? Ficou meio óbvio quando nos conhecemos pela primeira vez.

—E sobre... a...

—A magia? A gente sabe.

—E a maldição do lobisomem?

—O que?!

—A nossa linhagem, a linhagem Labonaire somos os primeiros lobisomens do mundo. Se vocês tirarem uma vida, mesmo que seja um acidente vocês destrancam a maldição.

—Credo! Valeu por avisar.

—Você tem um sotaque diferente.

—Eu fui criada na Austrália. Nos mudamos por causa do serviço do meu pai.

—Oh! Oh, que legal, vocês tem colares combinando.

—São medalhões. Eles são... o símbolo da nossa amizade.

—Own. Que fofo.

—Você não tem nenhuma melhor amiga?

—Eu nunca tive uma amiga.

—Cara, que triste. Você é o que? A Rapunzel, que viveu sempre trancada na Torre?

—Mais ou menos isso.

—Caramba!