Vermelho e Cinza escrita por LIESEL


Capítulo 2
O sangue que não está nas mãos de Draco Malfoy.


Notas iniciais do capítulo

Acabei de escrever, dei uma revisão duas vezes, espero que não tenha erros.



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O trabalho em Hogwarts seguia a todo vapor. Passavam o dia nas áreas do castelo usando feitiços de reconstrução, e só paravam quando a magia negra escondida em algum lugar se manifestava causando acidentes.Gritos assustavam todos, um tijolo possuído ia com tudo pra cima deles, ou a própria vítima que entrava em contato com a magia começava a machucar-se.

 

Não foi surpresa pra ninguém  quando Minerva anunciou que Draco Malfoy seria o responsável por inspecionar o castelo em busca dessas anomalias e pôr um fim às mesmas. - No entanto, ele vai precisar de uma ajudante.

 

—Na verdade, não preciso. - Draco falou, e era a primeira vez que  elevava a voz, durante todo aquele tempo o garoto continuava recluso, só falava o necessário e na hora de dormir ia cedo pra sua barraca e ali ficava até o clarear do dia, e fazia questão de tomar café cedo o suficiente pra não topar com o resto do grupo.

 

—Não perguntei sua opinião Senhor Malfoy. - A diretora o cortou, voltando o olhar pro grupo que tinha as cabeças baixas, exceto por uma garota de cabelos vermelhos que olhava o loiro com uma expressão indecifrável.

 

Durante aquelas semanas os outros tinham se acostumado com o Malfoy, eles não eram alunos da escola, então logo não reagiriam como tal com a presença dele. Draco sabia que se fosse seus colegas, ele teria que lidar com olhares não tão amistosos e vai saber o que mais.

 

Pra quem conhecia ele, a coisa  mudava completamente, Ginna e os outros dois alunos, Alicia e Edward, uma vez durante a noite, falaram sobre a atitude dele.

 

—Não sei o que ele faz aqui sinceramente. - Edward , um garoto da lufa-lufa falou. - Tipo, levando em conta tudo que aconteceu, é muita cara de pau até pra ele, da uma de bom samaritano ajudando na reconstrução do colégio que ele ajudou a destruir.

 

Alicia, que andava nos encalços de Ginna desde do primeiro dia discordou. - Fala sério Edward, qualquer um que olhar pra cara do Malfoy, sabe que ele não está aqui por vontade própria.

 

Ginna que estava presa nos próprios pensamentos, não percebeu quando perguntaram o que achava. - O que?

 

— O que você acha que o Malfoy está fazendo aqui?

 

Ela olhou pra barraca dele que ficava o mais distante possível das outras. - Não sei, mas a Diretora o aceitou, então não devemos nos preocupar. - Falou simples olhando pros dois que ficaram surpresos.

 

— Pra uma Weasley, você não parece odiá-lo. - Alicia disse antes de medir suas palavras

 

E então Ginna sorriu. De alguma forma aquilo a lembrou dos tempos onde Hogwarts estava de pé, e as ofensas trocadas entre Malfoy e seu irmão Rony não passava de implicâncias bobas.

 

— Ela é estranha. - Ouviu Edward dizer enquanto seguia pra sua barraca deixando os dois sozinhos.

 

Ginna se lembrava dessa conversa enquanto Minerva esperava que alguém se voluntariar pra fazer dupla com o Malfoy.

 

E ela deu alguns passos a frente de modo que ficasse lado a lado de Malfoy. O garoto a olhou no mesmo instante, e seus olhos se encontraram. Ginna sorriu ao notar que ele estava com raiva. Ela tinha decidido que apesar de Malfoy claramente querer se isolar, ela não facilitaria.

 

—Perfeito. - A diretora falou depois de alguns segundos surpresa. - Não causem tumultos. Essa vai ser uma oportunidade para trabalhar na segunda parte do meu projeto para a volta das aulas. -Disse e os dois se voltaram pra ela.

 

—Segunda parte? - Malfoy perguntou não gostando de não saber o que estava acontecendo.

 

—Depois conversamos. - E saiu

 

Draco deu meia volta na mesma hora decidido a não aceitar aquilo. Ele não iria ficar perto da Weasley. Não mesmo.

 

—Vamos lá Malfoy. Não seja covarde. - A garota vinha em seu encalço. - Vamos apenas trabalhar juntos, e não virar melhores amigos. - Continuou lhe ignorando se dado conta que a diretora desapareceu.

 

Se virou de supetão atingindo o corpo de Ginna com força, a segurou pelos ombros. - Fique longe de mim Weasley. - Disse firme olhando nos seus olhos.

 

—Não manda aqui Malfoy. - Devolveu – Vamos conviver juntos querendo ou não.- Nem mesmo ela sabia por que estava tão interessada.

 

—Qual o seu problema? - Perguntou aumentando o aperto nela, sua voz agora era carregada de raiva.

 

— Nenhum Malfoy. Nenhum. Eu ganhei a guerra, lembra? - Cuspiu as palavras pra ele e sorriu vitoriosa, observando sua expressão mudar e a soltar.

 

—Se ganhou a guerra, o que está fazendo aqui? Não devia está no felizes para sempre com sua família e o Potter? - Perguntou e Ginna pode perceber que ele estava realmente curioso.

 

—Não é da sua conta. - Disse e decidiu sair dali, não queria pensar sobre aquilo, sobre como tudo estava em casa depois da morte de Fred.

 

Agora fora a vez de Draco seguir no seu encalço. - Problemas no paraíso Weasley? -O tom zombeteiro dele a fez se lembrar do quanto isso era irritante.

 

—Pelo menos eu tenho a idéia do que é um paraíso. - Respondeu e ele sorriu com a resposta rápida.

 

—Venenosa. - Disse

 

—A cobra aqui é você Malfoy.

 

Naquele momento, os dois sem querer já estavam envoltos numa bolha de curiosidade mútua. Ginna queria saber o que diabos Malfoy estava fazendo aqui. E ele queria saber o que podia ter acontecido pra Ginna está ali e não com a família mais feliz do mundo Bruxo.

 

Já tinha escurecido muito quando chegaram na área onde ficavam as barracas, e notaram os olhares sobre eles.

 

—Depois temos que decidir como vamos fazer. - Ginna apontou os dois.

 

—Vai se arrepender de ter se oferecido pra fazer dupla comigo. - Falou sombrio.

 

—Você não me assusta Malfoy. - Olhou o desafiando. - Já você claramente está fugindo de velhas lembranças.

 

—Eu não faço bem as pessoas. -Disse pra ela que ficou sem saber o que falar pelas verdades em suas palavras. - Então me deixe trabalhar sozinho.

 

— Por que raios quer tanto se livrar de mim? - Perguntou

 

—Okay Weasley, vou ser bem sincero, quem sabe assim você me deixe em paz de uma vez por todas. - Sua voz era cheio de sarcasmo, e Ginna soube nesse instante que se arrependeria de fazer aquela pergunta.

 

Draco respirou fundo,e pausadamente despejou a verdade . - Não consigo lidar com as consequências dessa guerra, do fato que estou do lado perdedor, e de que minhas mãos estarão pra sempre sujas de sangue. Inclusive, caso não se lembre, seu irmão seja lá qual for o nome dele, morreu nessa guerra. Entende isso? Lados opostos Weasley, vocês estavam lutando contra as forças de Voldemort e adivinhe só? Eu estava do lado dele.

 

Draco não esperou a reação de Ginna e seguiu pra sua barraca.

 

Silenciosas lágrimas percorriam seu rosto. Malfoy estava errado. Ele não tinha culpa de nada. Aliás aquele filho da puta não sabia nada. Ela tinha provocado a morte do irmão.

 

Ginna estava atordoada olhando pros lados procurando por Harry, e não percebeu os escombros vindo em sua direção. Fred percebeu. Ela sempre se lembraria do seu sorriso. -Cuidado irmãzinha- Disse vindo a seu lado a empurrando, e então foi ele que recebeu o choque.

 

Ele devia ter pensando que seria simples, não devia ter calculado a velocidade com que aquilo caia. Ele se fora tão rápido e por culpa dela.

 

Draco Malfoy de fato não sabia de nada.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem.



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