Cama de Gato escrita por calivillas


Capítulo 14
Testando os limites




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/761651/chapter/14

Não conseguia pensar direito, nada mais me importava, concentrada nas mãos deles ávidas sobre o meu corpo, por baixo da minha blusa, em compensação fiz o mesmo, sentindo a sua pele quente sobre os músculos firmes, ao mesmo tempo que prestava atenção aos sons à minha volta, atenta a qualquer barulho diferente. Sua boca roubava ao meu ar, suas mãos possessivas, meus sentidos no limite, o mundo parou a nossa volta. Tudo foi rápido e urgente, não dava para demorar muito por ali, contudo, foi muito audacioso, excitante e prazeroso.            Terminamos, bem no instante que ouvimos uma porta bater, então, fechamos nossas roupas rapidinho e descemos para o meu andar e entramos no apartamento, rindo muito.

— Isso foi demais, gata! Devemos repetir mais vezes.

 Ele agarrou o meu quadril e puxou para junto dele, com uma expressão maldosa, aquilo me deixou ao mesmo tempo assustada e empolgada. Afinal, o que ele desejava de mim?

— Sobre o que você e George estavam conversando quando cheguei? — ele me pergunta de um jeito sério, olhando bem dentro dos meus olhos.

— Nada em especial, assuntos genéricos? — Dou de ombros

— Sobre mim?

— Também.

— Falavam mal de mim — ele dá um sorrisinho sarcástico.

— Não!

— Não?

— Não — sacudo a cabeça para enfatizar a minha resposta. — Só estava curiosa para saber em que, exatamente, você trabalha.

— Por que não perguntou a mim?

— Sei lá, foi só para ter assunto.

— Ou você não confia em mim?

Reviro os olhos e solto o ar com força.

— Por que tudo isso? Então, no que você trabalha?

— George já falou para você. O sempre confiável George — diz, com um tom de ironia.

Eu saio dos seus braços, dou um passo para trás e cruzo os braços.

— Por que isso agora? Vocês são amigos.

— Sim, somos muito amigos. Preciso ir – ele disse, depois de me beijar —Tenho um trabalho hoje à noite. A gente se fala depois.

— Está bem. A gente se fala — murmurei, para as costas dele.

 Já saía do trabalho quando recebi uma mensagem.

 “Coloque uma roupa de arrasar que temos uma festa hoje. ”

Mais uma festa! Respirei fundo. Vamos lá! Reviro os olhos.

Como pediu, eu me visto para arrasar, capricho na produção e na maquiagem, sem ter a menor ideia para onde estamos indo. Uso um vestido preto lindo com detalhes em tecido transparente, que usamos em uma produção e que consegui comprar por um preço superbom, completei com sandálias de salto alto.

Inacreditavelmente, Elias chegou bem no horário combinado, estava usando uma roupa um pouco mais formal do que costume.

— Você está bonita — disse-me assim que entrei no carro.

— Você também. Que festa é essa que nós vamos?

 — Não é uma festa, na verdade, é um jantar.

— Um jantar?

— Sim, mas não se precisa se preocupar, você está muito bem assim.

— Afinal, de quem é esse jantar? De algum amigo?

— Você irá ver quando chegarmos lá — Ele olhou para mim, com um sorriso seguro. Não entendia porque tanto mistério, Elias gostava de me provocar, de me deixar curiosa. Assim, não tinha escolha, teria que esperar para ver.

Por fim, chegamos a um restaurante desses bem chique, com muitas estrelas e chef renomado. Ele entregou a chaves do carro para o manobrista e, para minha completa surpresa, me deu a mão e entramos juntos.

— Estamos sendo esperados — disse a hostess, sem dar tempo da pergunta, continuou me guiando para o fundo, até uma mesa com quase todos os seus lugares ocupados.

Ele parou, antes que percebessem a nossa presença, na mão que segurava, senti uma pressão maior nos meus dedos. Ele estaria nervoso? Foi quando perceberam a nossa chegada, todos os olhos voltaram-se para nós. Notei que não era o tipo de gente com quem estava acostumada a ver com Elias.

— Elias, até que fim você chegou — o homem mais velho disse, de um modo um tanto brusco.

— Boa noite para vocês também. Mãe, pai, essa é Sabrina. Sabrina, meu pai Jonas, minha mãe Raquel. Minha irmã Sara e o marido dela, Jason, você já conheceu — Elias disse de um modo educado e eu engoli em seco.

Mãe? Pai? Era isso mesmo? A irmã dele!

— Por favor, sente-se – Raquel nos convidou.

Sentamos nos lugares desocupados, bem na frente da irmã de Elias, que me encarou com ar de desdém, afinal, nós havíamos transando na cama dela.

— Hoje é aniversário do meu pai, esse jantar é uma tradição, desde criança viemos aqui para comemorarmos — Elias me explicou, enquanto olhávamos o cardápio.

Demos parabéns ao aniversariante, que recebeu sem muito entusiasmo.

— Você não quis vir aqui, sozinho? — sussurrei, para só ele me ouvir, que sorriu, confirmando.

— Podemos pedir? — Jonas indagou, quando o garçom se aproximou.

Todos concordaram com a cabeça. Fizemos a nossa escolha, brindamos o aniversariante, que fez um breve discurso sobre a importância da família na sua vida. Um pequeno bolo com muitas velas chegou nas mãos de um garçom, cantamos parabéns e um garrafa de champanhe foi aberta. Um novo brinde, nesse momento, com um gesto desajeitado, Elias derruba o copo e derrama a bebida no meu lindo vestido, gemi, inconsolada, peço licença e vou ao banheiro tentar limpar.

Felizmente, o banheiro está vazio, posso ficar mais à vontade, tentando reverter o estrago com toalhas de papel, quando ouço a porta se abrir e fechar, ergo a cabeça para ver quem chegou e, para o meu espanto, é Elias.

— O que está fazendo aqui? Esse é o banheiro feminino!

Ele apenas sorri e me empurra para dentro de uma das cabines.

— O que você está fazendo? — falei, quando ele me encurralou de cara contra a divisória.

— Não resisti, você está tão gostosa — sussurro no meu ouvido, se esfregando em mim. — Apenas relaxe e aproveite — diz, abrindo suas calças, levantado meu vestido, afastando minha calcinha e entrando em mim, com uma fúria quase selvagem.

Estava assustada, por um segundo, só desejei que ninguém entrasse ali, principalmente, a mãe ou a irmã dele, depois, não pensei em mais nada até ter um forte espasmo de prazer e ele grunhir no meu ouvido.

Ainda atordoada com o que aconteceu, tentando respirar, com o corpo dele ainda me comprimindo contra a parede.

— Sai daqui! — ordeno, irritada.

— Tudo bem — Elias levanta as mãos em rendição, ergue as calças, se arruma rapidamente no espelho.

Eu ando com dificuldade, ainda tonta, apoio-me na bancada, respiro fundo para me tranquilizar, depois, me vejo no espelho, deparo com o meu rosto corado e desconcertado, ajeito o meu vestido e meu cabelo e saio, querendo parecer o mais natural possível.

 De volta à mesa, encontrei os familiares conversando, Elias é o mais animado de todos.

— Conseguiu limpar o seu vestido? — Sara me pergunta, com dissimulado interesse, tenho uma sensação que ela desconfia de alguma coisa, sacudo a cabeça, afirmativamente, e tomo o meu lugar.

Pego a minha taça de champanhe esquecida sobre a mesa e dou um longo longe, dou um olhar pelos cantos dos olhos para Elias, que me devolve um sorriso provocante.

­

Não estou nada satisfeita com que aconteceu hoje, no restaurante, e estava na cara, pois mal abri a boca, dentro do carro, quando voltávamos para o meu apartamento.

— Por que está com essa cara?

— Eu não gostei em nada do que você fez, naquele restaurante, hoje.

— Achei que havia gostando pelos barulhos que ouvi você fazer — ele me deu um olhar malicioso.

— Não foi isso! Você foi atrás de mim no banheiro, no jantar de aniversário do seu pai, por que fez isso?

— Porque tive vontade — Deu de ombros. —Você precisa abrir seus horizontes, testar seus limites, Sabrina.

— Eu quero abrir meus horizontes, mas não dessa forma.

— Então, acho que você não vai querer que eu suba, não é? — Ele presumiu, assim que estaciona o carro.

— Achou certo. Boa noite, Elias.

— Boa noite, Sabrina. A gente se fala.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cama de Gato" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.