Antigravity escrita por Grimmliz


Capítulo 1
Is it gravity or are we falling in love?


Notas iniciais do capítulo

Presentinho pra @Anastasys que postei no Spirit e trouxe pra cá também. ♥
Enjoy.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/761611/chapter/1

 

Uraraka acordou com o celular vibrando na mesa de cabeceira. Ela gemeu baixinho, preguiçosa demais para abrir os olhos, ou mesmo, apalpar o móvel em busca do aparelho. Acabara indo dormir tarde na noite anterior, e tudo por culpa de Bakugou. Ochako girou o corpo na cama, e por fim, atendeu, com a voz rouca de sono.

— Alô?

Ela levou uma mão ao olho, coçando-o.

— Uraraka-san, te acordei?

— Hm? Deku-kun? Não, tudo bem, eu já estava acordada… — mentiu.

— Desculpe ligar tão cedo, mas eu precisava tirar algumas dúvidas sobre a missão de amanhã.

— Claro, claro... só um minuto.

Uraraka afastou os lençóis, tentando alcançar o roupão, com a intenção de deixar o quarto, mas um braço forte enlaçou sua cintura e impediu que levantasse. Ela olhou sobre o ombro apenas para encontrar a carranca de Bakugou a encará-la; uma parcela de sono, outra por ela estar falando com Deku, e a maior, pelo simples fato de se tratar de Bakugou.

Ela tentou se soltar, mas o aperto dele apenas aumentou, a ponto dela perder na disputa de força e se ver novamente deitada ao lado de Bakugou, que se manteve a segurá-la pela cintura, aproximando-a mais de seu corpo. Uraraka suspirou.

— Volte a dormir, não quero incomodá-lo.

— Agora já acordei. — grunhiu.

Ochako ficou a encará-lo, fazendo sinais para o telefone, mas acabou desistindo, já que Bakugou não parecia estar dando a mínima para seus esforços. Por fim, ela repousou a cabeça no travesseiro, e continuou a conversa ali mesmo.

— Continue, Deku-kun…

Midoriya começou a falar e falar, palavras as quais ela ofereceu toda sua atenção, já que apesar de Deku exagerar em seu “falatório”, sempre havia muito sentido no que dizia, o que poderia ser de extrema ajuda na execução da missão. Uraraka apenas o interrompia quando surgia algo a acrescentar, ou um questionamento na infinidade de sugestões dele. Nisso, os minutos foram se passando, e Katsuki começou a ficar entediado, e principalmente irritado, por Deku estar roubando sua manhã com Ochako.

De repente um sorriso misterioso rasgou a boca de Bakugou, resultado da ideia que se ascendeu em sua mente parcialmente sonolenta. Katsuki moveu o braço com o qual segurava Uraraka, apenas para utilizá-lo para outros fins, como por exemplo, mover a mão pelas pernas dela.

Ochako apenas lançou um olhar de sobrancelhas franzidas para Bakugou, que novamente, serviu para nada. Ele apenas continuou, subindo através da coluna dela. Um arrepio a tomou.

— D-Deku, você pode repetir a última parte, por favor? A ligação cortou. — mentiu novamente.

O sorriso de Katsuki aumentou, o vermelho de seus olhos crepitando. Desde quando ela havia se tornando uma garota mentirosa? Ele se apoiou no outro cotovelo, elevando o tronco, a fim de aumentar o alcance de seu toque. Bakugou conseguia ver o quão zangada Ochako estava ficando, estava claro em seus olhos, nos movimentos do corpo, e isso só servia para incentivá-lo. Com a outra mão, ele afastou o cabelo do pescoço dela, onde colocou os lábios, deixando um rastro de beijos, desde a nuca até os ombros. Uraraka praticamente engasgou quando ele mordiscou sua orelha. O celular deslizou, indo ao chão num baque surdo.

Ela o fitou, corada e quase desesperada, antes de pegar novamente o aparelho.

— Desculpe, Deku-kun. Estou com um probleminha no momento. Posso te retornar depois?

Ouvindo a resposta do outro lado da linha, ela desligou, abandonando o celular na mesa antes de focar em Bakugou.

— Bakugou-kun, o que pensa que está fazendo?!

Ele a encarou, sério, ainda apoiado no cotovelo, a sombra de seu cabelo bagunçado se lançando sobre o rosto de anjo dela.

— Então agora eu sou a droga de um “probleminha”, ?

— Sim, é. — Uraraka praticamente inflou as bochechas, o que quase arrancou um riso dele.

— Pois eu deveria, no mínimo, ser o maior dos seus problemas, ou o criador deles, como preferir.

— Talvez você seja!

Desta vez ele riu, o tipo de risada que ele só dava quando encontrava um rival à altura de suas habilidades, e Uraraka definitivamente valia o esforço.

Bakugou se abaixou sobre Ochako, apoiando ambas as mãos ao lado da cabeça dela. Ela se manteve imóvel, piscando quase nervosamente, conforme ele aproximou a boca de seu ouvido, sussurrando.

— Bem, já que você é uma super-heroina, vejamos como consegue lidar com isso.

No minuto seguinte, ele a beijou, longo e ferrenho, porém, com um toque de afeto; típico dos atos de Bakugou Katsuki em relação à Uraraka Ochako. Suas mãos lhe percorriam o corpo, enquanto a boca mantinha-o longe das reclamações dela, que ele sabia, durariam por pouco tempo. Os dedos de Ochako subiram pelos braços de Bakugou, tímidos, apenas para enlaçarem-se em seu cabelo, trazendo-o ainda mais perto. Ela suspirou quando ele lhe mordeu o lábio inferior, e cravou as unhas em suas costas quando Katsuki desceu através de seu pescoço e tronco, voltando a subir só para beijá-la novamente.

Quando Bakugou se afastou o suficiente para encará-la, Uraraka devolveu o olhar, acanhada, para meio segundo depois começar a rir. Katsuki ofereceu sua careta usual antes de perguntar o que estava acontecendo, quase rosnando, já que paciência era uma virtude que ele não possuía, e uma risada aleatória não ela bem a reação que ele esperava naquele momento.

— Eu estava apenas pensando que, se eu tivesse que agir como uma heroina agora, as coisas seriam um pouco diferentes.

— É? E como seria isso-...

Bakugou não teve tempo de terminar a frase, já que Uraraka foi mais rápida, e inverteu suas posições, sentando-se sobre o quadril dele.

Katsuki piscou atordoado, mas ficou perfeitamente satisfeito ao entender a situação. Um sorriso malicioso lhe tomou a face.

— E agora, Uraraka?

Ela subiu as mãos pelo peito dele. Tomando-lhe o rosto, aproximou os lábios dos de Bakugou, para então murmurar, próximo demais.

— Depois de dominar o meu alvo… — ela sorriu, a troca de olhares quase elétrica — eu volto pra cama para dormir — concluiu bem humorada, oferecendo apenas um selinho antes de se deixar cair o lado dele novamente.

Katsuki encarou o teto até que a ficha caísse, por fim, virou-se para Ochako, com toda a intenção do mundo de explodir, mas acabou encontrando-a sorrindo para ele. Bakugou desistiu no ato, e qualquer outra intenção futura de discussão se dissipou quando ela se aconchegou a ele, e finalmente, pôde aproveitar sua manhã ao lado dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deu pra sentir o trocadilho do título da fanfic com o do capítulo? rs
Beijinhos. ♥

✧ Título da fanfic retirada da música: "Gravity, Timeflies".



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Antigravity" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.