El Uno Para El Otro escrita por MAYONESSYMOON


Capítulo 1
Um para o outro


Notas iniciais do capítulo

Essa one é um especial do grupo SasuSaku de dia dos namorados.
A proposta é fazer uma one baseada numa imagem recebida. Bom, a história se baseia na imagem da capa.
Tenho que dizer, muito complicado escrever uma one com mil palavras, eu extrapolei um tiquin kkkk

Qualquer erro de português me perdoem!



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12 de junho de 2017.

No horizonte o céu acinzentado mostrava camadas alaranjadas além das montanhas, anunciando mais um pôr do sol . Enquanto sobre a cidade de Bariloche, flocos de cristais de gelo caiam do céu. Era a primeira noite que nevaria, por isso, alguns permaneciam no conforto de suas casas aquecidas por lareiras e observando, através da janela, a cortina de pequenos pontos brancos que caia sobre o chão deixando-o com um grande tapete branco sobre as ruas. Algumas outras pessoas apreciavam esse momento na rua mesmo. O que era o caso dele. Aquela visão era um dos charmes da tranquila cidade da Argentina.

Atravessou o cruzamento da avenida a passos lentos, enquanto abria o guarda-chuva. Ele não fora pego de surpresa, antes de sair de seu quarto de hotel sabia que nevaria essa noite. As botas escuras afundavam trazendo pequenos ruídos a seus ouvidos. Cruzou com algumas poucas pessoas. Enquanto muitas estavam dentro de cafés e restaurantes, observando a verdadeira chegada do inverno através das grandes vidraças.

Parou em frente a uma cafeteria, os olhos percorreram a fachada do lugar, que possuía um clima intimista, enquanto uma placa de madeira destacava o nome .

‘’Vertiente café con ideas ‘’. Ressoou na mente o nome do local, treinando seu espanhol para que adaptasse a frase para sua língua de origem

“Que diabos é Vertiente ?”. Antes que a dúvida perdurasse mais, enfiou a mão dentro do bolso da calça e retirou o celular. Digitou a palavra no google translate, que lhe apresentou rapidamente a resposta.

—Galpão...- Estranhou como palavras, escritas e faladas, tão diferentes no final tinham um só significado- Hn.

O celular marcava seis e quinze. Poderia toma rum café ali, mas tinha coisas a fazer. A noite seria longa e solitária.

Um casal, sentado perto da janela do café, trocava sorrisos e frases. Observou como a garota de cabelos escuros parecia tímida em frente ao jovem rapaz loiro.

Aquela seria somente mais uma data que passaria sozinho, e quanto menos visse romantismo estampado em cada esquina daquele lugar, melhor seria.

Soltou o ar pela boca, que saiu como uma nuvem de fumaça.

Colocou-se a caminhar através da calçada que o levaria de volta ao pequeno hotel que estava hospedado. O vento batia mais frio do que nunca contra seu rosto. Deu mais uma volta do cachecol azul-escuro no pescoço e cobriu minimamente seus lábios.

Virou a esquina e assustou-se quando esbarrou em uma moça morena.

Lo siento! - Ouviu a voz firme. E antes que pudesse dizer qualquer coisa ela saiu apressada. Mas ainda o olhou brevemente, com um pequeno sorriso sugestivo.

Voltou a caminhar e sentindo que seus dedos poderiam congelar a qualquer momento. Arrependeu-se como nunca por não ter trazido consigo uma luva.

Enfiou o celular de volta no bolso aproveitando também para esconder a mão dentro do tecido jeans escuro, enquanto a outra mantinha -se firme segurando o guarda-chuva de material transparente. Mas seus dedos tatearam somente o fundo do bolso, não encontrando algo muito importante que sempre carregava.

Virou o rosto para o caminho que tinha feito, observando o rastro dos seus passos sobre a neve. Voltou pelo lugar de onde tinha vindo, com sua atenção voltada ao chão, enquanto sentia um incomodo crescente no peito.

“Não posso perder o pingente. É a única coisa material que me remete a ela…”

Os olhos escuros, varriam a neve enquanto caminhava com pressa.

Sua busca parou, quando a alguns metros à frente, envolta a um grande e pesado casaco vermelho, uma jovem abaixada tocava a neve. O vislumbre brilhoso chamou sua atenção, estava ali, nas mãos dela o seu pingente. Expirou o ar tranquilamente.

Não o havia perdido afinal.

Aproximou-se a passos lentos. E quando estava perto o suficiente da moça, ela ergueu a cabeça para si.

Assustou-se quando viu o rosto da mulher. Era belo. Poderia dizer o mais belo que já teve o prazer de encarar.

Os grandes olhos com íris verde-esmeralda pareciam chocados. Notou as maçãs do rosto dela avermelharem-se, e ela ergueu-se rapidamente. Poderia dizer que ela estava tão surpresa quanto ele.

Preparou-se mentalmente pra dizer o que precisava dizer. Só que em espanhol.

Mas ela cortou as pequenas frases montadas que sua mente começava a formar quando sua voz baixa rompeu aquele silêncio entre eles.

— É seu? - Perguntou com um forte sotaque em inglês, e mostrou-lhe a palma da mão, onde um pequeno leque Uchiwa prateado com pedras vermelhas reluzia.

—Sim !- Disse tocando a mão fria dela, recolhendo o pequeno objeto. Colocou-o de frente a seus olhos, sorriu minimamente. Aquela era uma das melhores lembranças que tinha de sua mãe, Mikoto.- Obrigado!

Mas seus olhos mudaram o foco do pequeno objeto cintilante para o rosto redondo e vermelho da moça que o observava, com um tímido sorriso. Sua mão desceu, parando ao lado do corpo, enquanto apertava o pequeno objeto em sua palma, sentindo-se estranho. Não sabia porque, mas uma forte lembrança de sua mãe lhe veio à mente…

—olhe só que gracinha, Sasuke! Ela não para de te encarar!- Virou -se para onde Mikoto tanto olhava, e rolou os olhos quando a jovem de cabelos castanhos assustou-se e escondeu-se atrás de uma barraca.

—Mãe!- Sussurrou, sentindo-se estranho. Enquanto Mikoto parecia divertir-se com seu constrangimento.

—É dia dos namorados...Você nunca levou alguém lá em casa.- Ela enganchou o braço no seu, enquanto ele pagava os tomates na pequena barraca perto do mercado- Gostaria tanto de ver meu bebê acompanhado de uma moça bonita e gentil. Ah meu coração não ia aguentar! Me promete que ano que vem, nesta mesma data, você vai me aparecer com a nora dos meus sonhos?!

Observou os olhos negros brilhantes em expectativa. Sua mãe sabia muito bem como manipulá-lo quando queria.

—Claro!- disse mais pra encerrar o assunto do que qualquer outra coisa. Mikoto socou o ar, com um sorriso vitorioso. Riu divertido.

Fechou os olhos suspirando fundo. A saudade de sua falecida mãe o arrebatou como se tivesse levado um soco no estômago.

—Porque você não entrou?

Seus olhos abriram-se e encarou de cenho franzido a mulher a sua frente. Ela parecia ansiosa. Aquela pergunta só poderia ser pra ele, mas o que ela queria dizer afinal?

— Onde?

—No café - Ela virou o rosto e seu olhar a acompanhou, as sobrancelhas ergueram-se em surpresa ao ver o letreiro do Vertiente café con ideas ao seu lado. -Bom, pode parecer estranho, mas eu vi, lá de dentro, quando você parou em frente ao lugar- Ela parecia envergonhada em confessar aquilo, pois estava entregando que o estava observando antes– Parecia querer conhecer… Mas de repente foi embora.

Observou alguns fios rosas desprenderem-se de dentro do casaco que a protegia do frio, quando um forte vento soprou tudo a seu redor, fazendo flocos dançarem entre eles.

— Eu não tinha nenhum bom motivo para entrar -Disse. E ela cruzou as mãos em frente ao corpo, parecendo um pouco mais nervosa.

—Se eu te chamasse pra tomar um café comigo, seria um bom motivo?

Após o convite, sua surpresa deve ter sido evidente até para ela, que enfiou as mãos no casaco vermelho e começou a dizer baixo:

—Me desculpe!- Ela riu nervosamente – Eu sou mesmo idiota, nem te conheço e to te chamando pra sair comigo…Não pense que é carência, por favor!- Ela olhou para o lado enquanto o rosto parecia queimar- Eu só te achei bonito e…Esquece! Foi um prazer conhecê-lo!

Ela virou-se apressadamente, fugindo. Mas tão rápido quanto o primeiro passo apressado dela, foi sua mão que segurou o punho da estranha mulher de cabelos rosados.

—Tudo bem! - Disse rápido demais. Mais até do que gostaria.

Ela o olhou chocada por um instante, mas depois a expressão suavizou.

O sorriso quente dela o fez ignorar o receio por ter aceitado algo assim tão inesperadamente.

Caminharam timidamente ate a frente do café. Enfiou o pequeno pingente de volta ao bolso, depois de uma breve olhadela. Onde quer que sua mãe estivesse, ela deveria soltar fogos de artifício naquele momento.

Abriu a porta de vidro do local, dando passagem à jovem sorridente. Ela parou em sua frente, seu rosto menos enrubescido.

—A propósito, meu nome é Sakura!

—Prazer, Sasuke!


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Notas finais do capítulo

Como eu mencionei nas notas iniciais , muito difícil escrever com uma meta de palavras. Eu sou muito fresqueteira e as vezes coloco detalhes que parecem desnecessários e isso dificulta mais ainda quando eu poderia escrever um desenrolar melhor(como eu bem queria ter feito) eu simplesmente encho de pequenas coisinhas. Ai gente, complicado kkkk Mas não consigo evitar!

Espero que tenham gostado, e até a próxima ! ♥



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