Heart in Flames escrita por Vingadora


Capítulo 7
Bomber


Notas iniciais do capítulo

Ah, amoras, voltei!

Sentiram saudades e/ou estão ansiosos para este capítulos??

Queria contar que no meu tempo vago, tenho feito algumas capas com o photoshop e fico sempre querendo mudar as capas das fanfics novamente. Aí percebi que não perguntei pra vocês o que acharam da capa desta temporada. Está aprovada?? Depois me falem se gostaram ou não!


Dedico esse capítulo à Gabs que fez 493853 comentários que ainda não consegui responder e me sinto mal por isso. Mas não significa que eu não tenha lido e vibrado junto de ti...

Aproveitem o capítulo e tudo de surpreendente que vem com ele.


Alguém vai usar seus poderes e surpreender a todos com uma nova habilidade.

OBS: Agendei esse capítulo pela madrugada quando perdi o sono, então tenham paciência comigo, caso eu ainda não tenha respondido nenhum comentário. Me perdoem pelos atrasos, mas minha vida, está muito agitada. Juro que sempre leio os comentários, mas nunca consigo responder (vou passar a responder os comentários pelo celular agora).



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/761515/chapter/7

Não havíamos voltado a velha amizade, mas respirar ao lado de Tony não parecia mais um insulto a ele a todo segundo.

Depois de nossa longa discussão, voltamos até onde Harley me esperava, agora com um casaco mais grosso em volta de seu corpo que, de acordo com ele foi presente de uma senhora que passava ali ao lado de seu filho.

Como prometido, ele nos esperou e, ao contrário do que imaginávamos, ele afirmava prontamente que ainda não estava pronto para ir embora para casa. Ao invés disso, insistiu para me carregar até onde mais desejava: o local da explosão do Clad Davis.

Apesar da confusão, por conta dos acontecimentos recentes, ninguém ousava passar no fim da rua onde um pequeno e fúnebre espaço era disposto na calçada com o que restara de tijolos e cimentos, junto de velas e dedicatórias aos cinco dos seis mortos numa terrível explosão.

Tony deixou-me ir na frente, acompanhada de Harley, que explicava minimamente os principais fatos sobre o lugar.

O grupo ao qual Mandarim comandava possuía como nome Dez anéis, e há anos promovia terrorismo nas regiões mais remotas do mundo. Contudo, recentemente, o líder deste grupo resolveu que era hora de atacar aos Estados Unidos e, assim, ensinar-nos uma lição sobre nossa própria nação.

Depois que Harley explicou-me, à sua maneira, sobre os acontecimentos, pedi que ele me deixasse uns minutos quieta e sozinha no centro de onde havia ocorrido o ataque.

Fechei meus olhos e deixei que todo o espaço tomasse forma em minha cabeça. Quando abri os olhos novamente, senti algumas correntes de fogo escaparem das minhas mãos e tomarem forma entorno do meu corpo. Não era um fogo prejudicial e sim algo controlado. Eu controlava aquilo. As chamas então começaram a revestir os espaços vazios e trazer a tona as antigas paredes, levantando consigo a fundação que um dia estava de pé ali, junto de todos os fios de iluminação, acabamentos de janelas, vidraçarias, portas, interruptores, lâmpadas, móveis, pisos, objetos decorativos... Cada mínimo pedaço foi moldado e formado à sua maneira particular de forma alaranjada e com labaretas vivas promovidas pela extensão do meu poder. Até que, no centro daquele lugar, um corpo começou a tomar forma. Não havia um rosto exato, com feições detalhadas, mas evidentemente era um humano ali. Aquele era Chad Davis.

Naquele espaço, naquela mísera construção, naquele instante, éramos somente eu e Clad Davis.

Ele estava ansioso, olhando para os lados em busca de ajuda. Parecia que havia algo de errado com ele. Algo que não devia estar acontecendo. Suas mãos se ergueram em minha direção e sua silhueta de boca se abriu, querendo falar algo, querendo gritar alguma coisa.

ㄧO que foi? ㄧresolvi indagar à lembrança de Davis, mas não obtive resposta.

Ele começou, então, a fazer movimentos entorno de seu corpo, como se tentasse segurar alguma parte que estava prestes a sair... como se segurasse uma parte de si que estava prestes a explodir.

 

Foi aí que saquei. Ligando ao acontecimento anterior na minha vida, em que o imenso homem com quem eu lutara explodira bem diante de meus olhos, eu pude entender, enfim. Não eram bombas... pelo menos, não bombas de verdade.

No exato momento em que me dei conta daquele fato, a silhueta de Chad Davis começou a tomar uma cor mais avivada, brilhante e então... tudo ficou claro demais, quente demais e, como num sopro do vento, desapareceu.

ㄧEle explodiu... ㄧsussurrei parecendo alguém que revelava um segredo surreal.

ㄧUaaaau. ㄧfui cortada de meu devaneio por Harley, que se encontrava exatamente ao lado de Tony, na calçada, bem longe de tudo o que eu havia moldado com meu fogo ㄧCaramba, você é mesmo uma domadora do fogo.

ㄧUma o que? ㄧStark indagou, olhando confuso pro garoto, mas logo em seguida desdenhou ㄧAh, deixa pra lá. Lizzie, vamos! Precisamos ir.

ㄧEle explodiu, Tony. ㄧvirei em direção à minha plateia e falei mais alto que anteriormente.

ㄧÉ, é. O cara explodiu feito vagalumes. Muito legal sua representação, apesar de eu não ter visto muita coisa com todo aquele fogo. Podemos ir agora?

ㄧNão, não! Você não está me entendendo. Foi ele que explodiu. Ele e não uma bomba. ㄧquando falei aquilo, Tony finalmente parou para prestar atenção no que eu tinha para dizer ㄧEle era a bomba e não... bom, o C4 como todos imaginavam. Era ele o tempo todo.

ㄧTipo... uma bomba humana viva? ㄧStark encarou-me confuso, mas aproximou-se em alguns passos, querendo se aproximar do meu raciocínio, como costumávamos fazer antes.

ㄧÉ... quase isso. Mas é mais. A bomba era feita dele, eu acho. Não sei explicar ainda, mas... era um efeito colateral de alguma coisa. Não foi um ato suicida. Ele não queria se matar. Ele foi parte de algo... ele foi tão vítima quanto todos.

Tony encarou a nossa volta e focou-se nas cinco sombras formadas nas paredes.

ㄧPor isso não há 6 sombras. ㄧele sussurrou ㄧPorque... a bomba era ele. A bomba era ele, Lizzie! ㄧe então olhou-me estupefato. ㄧMas como?

Neguei com a cabeça enquanto falava:

ㄧIsso não deu pra saber, mas já sabemos que há algo maior por trás disso do que esperávamos.

ㄧÉ... definitivamente, há algo maior por trás disso. ㄧStark concordou, enquanto passava a mão pela sua boca, averiguando melhor a situação à nossa volta, agora buscando olhar por uma nova perspectiva.

Era absurdo pensar nisso, mas uma leveza maior surgiu naquele lugar quando identificamos a causa da morte. Não sabia se realmente era um efeito da descoberta ou o simples fato de eu e Tony termos pensado em conjunto para desvendar mais um mistério, como costumávamos fazer antigamente e funcionava perfeitamente.

ㄧVamos, precisamos ir. ㄧele cortou o silêncio, de repente, e lançou-me um objeto que peguei prontamente ㄧMe espere no carro preto, em frente ao bar onde eu quase fui morto por aquela megera. Tenho que pegar uma coisa e já encontro vocês. ㄧe saiu correndo na nossa frente, nos deixando lá feito manequins.

Fui acompanhada por Harley, que andava lentamente ao meu lado e me observava estupefato.

ㄧVocê domina mesmo o fogo. Tipo... você tira o fogo das suas mãos... quer dizer... ele sai das suas mãos, como se fossem parte de você. ㄧ a euforia na sua fala foi tão contagiante, que tive que complementar:

ㄧE são. ㄧsorri ㄧSão parte de mim, você tem razão.

ㄧComo? Quer dizer... você é um tipo de deusa ou coisa assim?

ㄧDigamos que sim. ㄧlimitei-me a responder aquela pergunta, por razões óbvias: não queria ser considerada uma deusa na Terra.

ㄧTem algum parentesco com o Thor? Quer dizer... você apareceu aqui na mesma época que ele, então... meio que dá a entender que vieram do mesmo lugar.

ㄧ Nós viemos do mesmo lugar sim ㄧafirmei ㄧ, mas não, não sou parente dele e não, não vim com ele na mesma época. Eu estou aqui desde que eu... bom... eu nasci aqui na Terra.

ㄧSe você nasceu aqui, como veio do mesmo lugar que o Thor? Ele é de Asgard, não é?

ㄧOlha, Harley... é muito difícil de explicar e eu estou com coisa na cabeça demais para esse tipo de conversa. Fica pra depois, pode ser?

A frustração em seu olhar era evidente, mas, diferente do que eu imaginei, ele não insistiu no assunto. Acho que ele já estava ficando cansado por conta das inúmeras aventuras vivenciadas ali naquela única noite. Ao invés de continuar com o assunto, ele resolveu perguntar algo que parecia o incomodar mais ainda:

ㄧEntão... eu estava aqui pensando... como você já falou, você meio que domina o fogo... Mas... o que foi aquilo lá atrás? Quer dizer, eu percebi que você meio que trouxe a tona os momentos finais do bar, mas como? Você nem estava lá para saber o que aconteceu e fez tudo parecer tão real. Como você fez isso?

De início pensei simplesmente em ignorá-lo e prosseguir com a caminhada. Claro que, ele prosseguiria com os questionamentos até me irritar o suficiente para responder, porque algo me dizia que esse tipo de criança se encaixava muito bem com Harley.

ㄧSabe as lendas da fênix? ㄧresolvi começar com o mais fácil. Ele simplesmente assentiu com a cabeça e me encarou ansioso, respeitando totalmente meu momento para falar ㄧ Bom... acabei descobrindo que eu meio que tenho o poder de uma. Na verdade, a denominação correta é Phoenix. É uma espécie de... Hmm, como explicar?... Dom... ou melhor, poder que recebi quando nasci. Agora eu tenho todas as vantagens desse dom e uma delas e, talvez, a principal, é a de controlar o fogo.

Sem esperar por continuação, ele me interrompeu.

ㄧUau, irado! Mas, Ellie, como você sabia tudo aquilo do Chad? Quer dizer, você não estava lá, estava? Quando tudo aconteceu.

 

Pigarreei antes de prosseguir, pois sabia que talvez ele não fosse compreender bem o que eu estava prestes a contar.

ㄧFoi o que disse, Harley. Eu controlo o fogo. Como houve uma explosão ali, eu ainda conseguia captar algumas... energias que estavam presentes. Eu só uni tudo e transformei em informações. Esse meu poder me dá a chance de reviver momentos antes do fogo consumir tudo. Como no caso do Chad, por exemplo.

ㄧPorque ainda haviam composições químicas do fogo ali. ㄧEle traduziu minhas informações de maneira que ele compreendesse também ㄧApesar de não ter sido uma bomba, foi o Chad que explodiu, né? E, bom, ele queimou todo o espaço. 

ㄧExato. ㄧconcordei no mesmo instante.

ㄧNossa... Magia e ciência trabalhando junto! Que demais!

Entendi que o assunto havia morrido verbalmente ali, pois, de repente, um sorriso cresceu em seu rosto e ele começou a balançar os braços animados em volta de seu corpo enquanto apressava o passo.

ㄧÉ melhor irmos ao encontro do Tony, Ellie. ㄧele sugeriu antes de avançar um pouco mais na rua, ultrapassando-me fácil.

Deixei que ele caminhasse em minha frente, enquanto refletia sobre o que eu acabara de contar e os possíveis efeitos que isso teria na minha vida.

 

Estava tão absorvida neste universo de Phoenix que ainda não dediquei um tempo de qualidade para refletir na nova utilidade que eu tinha para a Terra... ou melhor dizendo, para a S.H.I.E.L.D.. Será que seria mesmo uma boa ideia voltar a ser uma agente? Ser útil? Viver a vida que Tony Stark garantia que era a minha e que eu estava fugindo por ser medrosa?

Não tive muito tempo para refletir, pois não demorei a me aproximar do carro que possivelmente era o que Tony indicara, já que era o único que estava estacionado em frente ao bar.

Parei ali mesmo em frente e estava prestes a fazer um comentário irônico sobre o carro, quando comecei a notar olhares acusatórios das pessoas que passavam em minha direção, em que claramente indicavam que havia alguma coisa errada. E havia mesmo, já que eu estava sem calças, usando apenas um casaco, ao lado de um menino jovem demais para estar na rua uma hora dessas.

ㄧAcho que vou esperar dentro do carro, Harley. ㄧavisei, enquanto apertava o botão do alarme e já abria a porta do carona para me acomodar no banco de dentro.

ㄧVou esperar junto. ㄧele indicou, mas Tony logo estava de volta para discordar da sua proposta.

ㄧNão, senhor! Você vai pra casa. ㄧele logo alertou enquanto apontava para o menino que se encolhia no casaco por causa do frio que se aproximava cada vez mais. ㄧ O que eu perdi?

ㄧEu. Salvando a sua vida. ㄧHarley falou e sorriu para o homem a sua frente.

ㄧÉ. A. Eu te salvei primeiro. B. Valeu, médio, né? A Lizzie também teve um trabalho duro com o outro cara. C. Quando fizer um favor a alguém, não faz um escarcéu, não seja idiota. Fica na boa, se não parece que quer chamar atenção.

ㄧAo contrário de você? ㄧHarley revidou, enquanto via Stark entrar no carro. ㄧAdmite. Precisa de mim. Vocês dois precisam. Estamos conectados.

Sorri, achando graça da situação que o garoto estava criando.

ㄧO que nós precisamos é que vá pra casa, fique com sua mãe, cale a sua boquinha, guarde a armadura e fique grudado no telefone, porque se eu ligar, é melhor atender, sacou? Deu pra entender? Então vai. E sai da minha frente, se não eu passo por cima.ㄧe fechou a porta do carro.

Stark ligou o carro e começou a dar ré, mas percebeu que Harley não sairia do seu caminho nem tão fácil. Resolveu abrir a janela do carro e falar:

ㄧFoi mal, garoto. Mandou bem. Salvou o dia.

ㄧFez mais até do que eu poderia fazer por Tony, Harley. ㄧ falei e logo em seguida sorri amigavelmente para o menino.

Ele havia me explicado que, na verdade, ele usara o projétil que ganhou de Stark para afastar o homem que o fizera de isca. Assim, Tony teve a chance perfeita para se soltar de uma viga na qual estava preso e atacar o maldito com um protótipo mal feito de arma em sua mão que ligou ao seu reator Ark para usar a energia produzida em seu peito.

ㄧEntão vocês vão me deixar aqui, como o meu pai? ㄧa voz tristonha e o olhar de cachorro abandonado de Harley foram o jogo mais baixo que já vi uma criança fazer em toda minha vida.

ㄧVou. ㄧStark respondeu, curto e grosso, mas depois refletiu sobre a fala do menino e disse: ㄧPera aí, quer que eu me sinta culpado?

ㄧTô com frio. ㄧele se encolheu mais ainda no casaco que usava e piscou seus enormes olhos azuis em nossa direção.

ㄧTambém tô. ㄧStark fingiu uma voz melosa para responder ㄧE sabe por quê também tô? Estamos conectados. ㄧe acelerou o carro, dando partida e deixando Harley para trás.

ㄧVocê será um péssimo pai. ㄧafirmei enquanto sorria abertamente para o homem ao meu lado que avançava com o carro rumo a sabe-se lá onde.

Como não obtive resposta para minha alfinetada, resolvi fazer uma pergunta mais séria:

ㄧQual é o plano?

ㄧ O plano é o seguinte: encontrar Mandarim. Matar Mandarim. A parte do matar você sabe bem como funciona.

ㄧE a parte do encontrar?

ㄧEssa, vamos ter que descobrir um jeito para agir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que vocês estão achando até agora??
Eu to louca para chegar num certo capítulo eletrizante que se aproxima (na verdade eu estou escrevendo ele ainda e vibrando com cada cena).

Aguardo vocês nos comentários!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Heart in Flames" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.