Requiem Aeternam escrita por AnaBonagamba


Capítulo 19
Tempus


Notas iniciais do capítulo

Mais um com enrolação. Já já a ação começa!



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— Srta. Westwood, o professor Dumbledore a aguarda em sua sala.

A informante grifinória que simpaticamente me acolhera quando pairei sobre aquele castelo a primeira vez aproximou-se de mim cautelosamente, com os olhos colados em Tom, na mesa da Sonserina. Sua figura gentil estava enrijecida e fria, como se sofresse.

— Obrigada. Eu já vou.

Ao virar as costas e acelerar o passo, senti Tom ao meu ouvido:

— O que ele quer com você?

Respirei profundamente, engolindo seco um pedaço de pão da maravilhosa sopa de ervilhas servida no almoço.

— O que você fez com aquela garota? - repliquei.

Ele sorriu, revelando-se.

— Eu, nada. Talvez Lestrange tenha passado um pouquinho do limite no último treino técnico. - comentou simplesmente. - Acho que ela está magoada porque, como monitor, eu não lhe dei uma punição severa ao vê-lo testar suas habilidades com o irmãozinho trouxa.

 - Lestrange torturou o irmão dela? - quase engasguei, diminuindo meu tom de voz. - Por que você deu autoridade a ele para fazer isso?

— Não dei. - respondeu simplesmente. - Ele ainda vai responder por sua audácia.

Muitas vezes me perdi no Tom Riddle que era quando estava comigo. O verdadeiro, porém, nunca deixou de existir, mesmo que eu fizesse meu maior esforço para ignorar e continuar firmemente com meus planos. Entretanto, tenho sangue quente. É impossível ignorar algumas coisas.

Desviei do meu caminho para a sala de transfiguração antes que estivesse atrasada. Dumbledore havia me convocado, provavelmente, para alguma discussão singular: algo que Tom jamais poderia saber. Eu inventaria uma desculpa depois.

— Com licença! - chamei a moça. - Melanie, não é?

— Sim. - ela era bem mais alta do que eu.

— Percebi que você não estava no seu melhor humor agora pouco. Posso ajudá-la?

— Você? Dificilmente... - lamentou ela. - Eu pensei que, devido a sua situação, toda a história que circula da sua família ter sido dizimada, você seria diferente deles. Mas é só mais uma.

— O que quer dizer? - me senti ofendida por tamanha inércia.

— Você é dele. E ele compactua com as atitudes severamente preconceituosas, machistas e intimidadoras de seus amigos sonserinos. Apesar de ser uma pessoa extraordinária, Tom tem esse defeito. Não pode intervir. Nem você.

— Acha que eu tenho medo deles, Melanie?

— Não, não acho. - ela olhou pra baixo em sinal de rendição. - Mas também não acho que você poderia mudar alguma coisa. Só cuide da sua vida.

Melanie havia me dado, sem querer, uma imensa surra de realidade. Segui para o gabinete de Dumbledore em um silêncio mortal, quase de luto, pelo meu intelecto e pela minha ética. Mesmo que os motivos que me levavam ali não permitissem que eu discorresse intervenções menos diretas senão com Tom Riddle.

— Ah, finalmente minha cara, achei que tivesse se perdido. - Dumbledore levantou da enorme poltrona azul celeste que havia no canto da sala, próximo à janela, e abriu os braços para tocar meus ombros paternalmente. - Faz tempo que não conversamos.

Era março de 1943, e tempo era com certeza o que menos tínhamos. Em breve, no curto intervalo de 3 meses, Tom Riddle cometeria dois dos seus principais assassinatos, que teriam como consequência duas poderosas horcruxes. Em uma reunião, ele tentaria dialogar com Slughorn sobre estas e, de forma convincente, estaria preparado para romper sua alma na segunda parte - colocada sobre um anel, uma relíquia, adquirida com a morte do pai e consequente enquadramento criminoso do tio.

Eu estaria lá para ver. Era minha função.

A primeira parte, entretanto, seria obtida em Hogwarts. Minha análise experimental não permitira até o momento uma oportunidade que me colocasse em seus cômodos sem chamar a atenção dos outros alunos e, diante do experimento realizado durante o ano novo, eu teria que fazer muito mais que beijá-lo para distraí-lo e ir em busca do digníssimo diário que escrevera entre os anos de 1942 e 1943.

— O tempo é relativo. - inferi para Dumbledore, olhando seus olhos azuis tão claros como a cor da poltrona. Ela se destacava na mobília como se estivesse iluminada.

— Há coisas que preciso resolver, você sabe. Coisas que você provavelmente está acompanhando de tempo, mas teria vivenciado através da história.

— Não sei de nada. - sorri. - Estou concentrada em passar nos NOM's.

— Excelente, excelente... - ele sorriu de volta. - Sabe, eu imagino que sua dedicação para isso tenha sido exímia. Uma escolha perfeita da minha parte.

— Eu espero que sim, professor. Não sou a prova de falhas, mas executo o possível com destreza e organização.

— Como está Tom? Feliz? Ele sempre foi muito solitário...- lamentou ele, sentando-se de volta. - Um rapaz brilhante, mas cheio de, digamos, traumas.

— Eu conheço todos muito bem, - afirmei com convicção. - para saber que nada disso o impedirá de seguir em frente com seus planos.

— Sei. - ele se curvou, se apoiando nos cotovelos. - E você também.

— Sim. - respondi simplesmente. Não era hora de flertes. - Posso ser útil ao senhor?

— Existe uma coisa, Valery, que me foi dada há alguns dias atrás. Eu refleti muito sobre o que poderia significar, pode parecer ingênuo, mas tenho a impressão que não era apenas para mim. Era pra alguém que pode ver muito além do que os meus olhos conhecem.

Dumbledore tirou de seu casaco uma carta, parecida com a de um baralho, contudo, muito mais elegante. Possuía uma fina camada de couro que a entalhava de um dos lados e, do outro, a imagem de uma mulher egípcia muito bela, seminua, com hieróglifos ornamentais. Ele a entregou para mim com receio.

— Espero que não tenha interpretado erroneamente. - disse ele, preocupado. - Tem alguma relação para você?

— É uma carta de vislumbre. - expliquei, recebendo um olhar de estranheza por parte do professor. - Digo, uma carta de tarô. É uma prática trouxa de vislumbrar o futuro. Obter respostas para algumas perguntas, muito parecida com a disciplina de Adivinhação.

— Não temos essa disciplina em Hogwarts. - replicou.

Ainda não. - eu estava tão absorta na carta que mal notei sua face em represália. - Nunca fui a uma cartomante. Não me parece pertencer a uma leitora qualquer. Quem deu a você?

— Ela veio até mim. - Dumbledore balançou a mão num ato impensado de nervosismo. - Não sei quem a deixou, mas eu a encontrei.

— E por quê o senhor acha que deveria me encaminhar...?

— Intuição. Imaginei que pudesse ser algo relacionado ao futuro e, nesse caso, a única fonte que me confirmaria isso é você e, de fato, confirmamos. Além disso, - acrescentou, erguendo-se novamente. - eu conheço hieróglifos egípcios, Valery. Estes são Premeditação. - apontou novamente a carta, sob a escrita dourada dos ornamentos que ilustravam a figura elegante da mulher. - Mas nunca imaginei que fosse carta de um jogo...

— Um trouxa, por sinal. - comentei, quebrando a tensão. - Vou aceitar sua intuição, professor. Por outras vias eu já a conheço e sei que a conformidade com a qual dá ouvidos a ela geralmente discorre de maneira bastante centrada. Se pensou em mim, era pra mim, mesmo.

Dumbledore acompanhou-me até a porta com passos cansados, piscando para mim antes que se fechasse novamente na sala. Do lado de fora, observei na janela os primeiros sinais de que teríamos a tão aguardada primavera ensolarada - os raios amarelos teimavam em cruzar as densas nuvens que compunham o céu e, aos poucos, o ar gélido do inverno era substituído por uma brisa refrescante. Senti o vento erguer meu cabelo, respirando o aroma antigo das paredes de pedras.

Meu intervalo estava no fim, e logo encontraria minhas colegas de quarto para as aulas do período da tarde. Começaríamos a revisar todo conteúdo letivo até a aplicação das provas que definiriam muitos futuros por ali adiante. Alunos do quinto e sétimo ano pareciam sofrer de algum mal súbito, devido a quantidade estarrecedora de conteúdo praticada na Escola de Magia naquela época.

Não diminuindo nosso mérito, é claro. Mas eles com certeza eram mais puritanos.

— Já estou cansada. - comentou Margot, carregando todo seu material de Trato das Criaturas Mágicas nos braços finos. - O dia nem começou e já quero que termine.

— Não deve ter dormido bem. - tomei parte dos livros para ajudá-la. - Eu não dormi. Algo me incomodou durante a noite.

— Escutou alguma coisa? - questionou-me. - Sonhou algo ruim?

— Não. Eu apenas não consegui dormir.

— Estranho, você sempre dorme bem, um sono profundo... - disse ela, reflexiva. - Eu tenho sono leve. Dorea se mexe demais. Percebo quando se move na cama pelo barulho do colchão. - riu. - Pobrezinha, até nos sonhos é atormentada.

Dorea estava ao lado de seu amado Potter, bem distante de mim e Margot. Em instantes, Aurora aproximou-se de nós com semblante igualmente triste, como se carregasse os fardos de uma geração.

— Nem olhem pra mim, estou em frangalhos. - explicou-se, tentando corrigir o inchaço dos olhos com pó translucido. - Não sei se eu choro, ou se estudo. Ontem decidi que talvez eu tenha grandes chances se abandonar tudo agora e me dedicar à culinária bruxa.

— E vai cozinhar pra quem, pra Grindelwald? - retrucou Margot, empurrando outros livros para a amiga rudemente. - Estude para lutar! Estamos em guerra. Cozinhar agora não resolve nada.

— Eu acho que é uma profissão respeitável e necessária, Aurora. - intervi, sorrindo gentilmente para ela. - Mas Margot tem razão. Devemos fazer essa prova com intuito de aprendermos o máximo possível, especialmente em Defesas. A situação não está nada fácil.

— Percebemos como o número de alunos decresceu... - disse ela, espreitando pelas laterais do nosso grupo. - Éramos pelo menos trinta nessa aula...

 De fato, agora estávamos diminutos. Alguns realmente não voltaram e outros aproveitavam para estudar disciplinas mais exigentes.

— Você não vai precisar se preocupar. - Margot empurrou-me com o ombro divertidamente. - Tem o Tom. É claro que ele vai acertar tudo.

— Como se ela precisasse dele pra isso! - Aurora empurrou Margot de volta e, risonha, pairou na nossa frente. - Ela é inteligente e capaz. Precisou do Tom só na primeira semana, e veja bem, acho que agora é ele quem precisa dela...

Tom estava a poucos metros de mim, e sorria. Parecia ter se esquecido completamente da cara feia que fiz antes de ir até a sala de transfiguração.

— Voltou cedo, querida. - disse ele cordialmente. - Sinto muito tirá-la de vocês, senhoritas, mas Valery concordou em trabalhar comigo durante e após as aulas, afinal, somos parceiros.

— Ah, nem se incomode em pedir desculpas, Sr. Riddle! - Margot simulou um tom de voz mais grave, continuando a brincadeira de Aurora. - Sabemos que ela não faria questão.

— Neste caso, podemos nos encontrar depois. - ele me encarou confuso.

— Estão caçoando de mim.

— Falávamos de você, Tom, antes de chegar.

Ele sorriu, o que parecia um sorriso genuíno, mas completamente maquiado.

— E o que diziam?

— Sente a orelha queimar, Tom Riddle? - Aurora perguntou em meio às gargalhadas.

— Não, deveria?

— Pode levá-la, Tom. - Margot nos dispensou antes que o professor tomasse seu lugar frente à turma. - Nos vemos mais tarde, Valery!

— O que suas amigas diziam sobre mim? - perguntou Tom em direção às Masmorras. Era fim do expediente, mas ele se preparava para o turno da monitoria.

— Que você é muito inteligente e vai acertar todas as questões do nosso teste. - respondi desinteressada, exausta pelo dia intenso.

— Espero que sim. Meu distintivo depende desse resultado.

— Você não parece preocupado, aliás. - comentei observando-o. Estava calmo como usual.

— Sou bom em esconder como me sinto.

— Não precisa fazer isso comigo.

— Hum... - refletiu ele, acercando-se da entrada de nosso Salão Comunal. - Dou vazão a minha preocupação ocupando minha mente com outras coisas. A propósito, vou receber alguns galeões por trabalhos pagos em alguns dias. Gostaria de passear comigo?

Aquele convite não estava no roteiro.

— Passear? Onde?

— Fora de Hogwarts, é claro. - sorriu. - Podemos cruzar a passagem que você usou no ano novo para perambular no mundo não mágico. Vou trocar os galeões por libras. Devíamos ir num pub.

— Tom, você não acha que é muito jovem pra beber num pub? - ri pelo nariz diante de uma situação tão cômica. - Se olhar bem, nem nos venderiam bebidas.

— Nunca fui num pub. - comentou, passando os dedos longos pelos cabelos pretos já despenteados. - É um local que se vai somente para beber?

— Basicamente. - me joguei em uma das poltronas, curtindo o breve silêncio da sala comum. Os alunos ainda estavam no jantar. - Também tem alguns petiscos. Se você quiser ir, vou com você. Faz muito tempo que não frequento um  pub.

— Você já esteve em um com frequência? - perguntou-me franzindo o cenho. Era uma informação que vacilei ao compartilhar.

— Frequência é uma palavra forte. Já estive em alguns. E não, não fui para beber. Acompanhei meu pai em encontros, sem saber do que se tratava. No final, antes de partir, ele me comprava um doce ou uma porção de batatas fritas. - sorri, imaginando a cena na minha mente como se pudesse torná-la real. Era algo que eu costumava fazer com Victoria, já que pub's não eram lugar pra crianças, de qualquer modo. Quando tornou-se moça, a primeira coisa que me pediu foi visitar um tradicional pub escocês. E fomos.

— Podemos comer um doce ou batatas fritas. - respondeu com inerente animação. - Você escolhe o que quer fazer. Deve saber mais do mundo do que eu.

— Por quê acha isso?

— Escutei parte do que Aurora disse hoje mais cedo. - Tom sentou-se do meu lado, passando minhas pernas por cima das suas. - Ela tem razão. Você não precisa de mim.

— Quis elogiar-me sem comprometê-lo, Sr. Riddle. Não fique consternado. Para elas, você ainda é o número um.

Tom gargalhou deliciosamente, lembrando-me do jovem rapaz que era. Aquela máscara da sua personalidade perfeccionista derretendo sob o calor do meu corpo de encontro ao dele, enquanto o encarava de frente. Passei meus dedos sob seus olhos, a pele fina e firme corando a cada toque, enquanto eu o analisava de perto, coisa que virara uma prática velada entre nós dois. Analisar um ao outro.

— Você parece cansado.

— Se contradiz, querida.

— Agora eu posso vê-lo.

— Antes não podia? - sussurrou, acercando-se para me ouvir.

— Não exatamente.  

— E agora, pode me ver?

Tom estava a centímetros de mim, e sentia seu hálito quente em meu rosto. Mesmo estando impecável, era possível notar alguns pontos escuros sob as pálpebras, resultado do pouco sono, e linhas de expressão tênues em sua testa pálida. Os olhos acinzentados em nada mudaram e, seus lábios rosados, sempre convidativos.

— Quando está assim, prefiro não vê-lo. - beijei-o suavemente, fechando os olhos. - Prefiro sentir ao invés de ver.

Tom manteve os olhos abertos, degustando meu ato sobriamente.

— E o que sente quando me beija?

— Borboletas, no estômago, talvez? - arrisquei um sorriso. Tom permanecia sério.

— Acho muito vago. Sei que estamos apaixonados. Mas não sente nada além?

— O que você sente?

Tom sorriu maliciosamente.

— Você possui diversas qualidades reconhecíveis, e apenas um defeito. Compactuar com trouxas. - fiquei séria de repente, pronta para confrontá-lo. - Consigo entendê-la, entretanto, já que não foi o mundo trouxa responsável pela sua desgraça.

— E o mundo trouxa o desgraçou de alguma forma?

— Várias, minha cara. Poderia enumerá-las para você, mas prefiro responder sua pergunta antes. Sobre como me sinto.

— O que disse antes não vale como resposta? - argui. - Eu parei de escutar quando falou que tenho um defeito. Discordo. Acho que sou feita da mais pura perfeição.

Tom abriu mais um de seus sorrisos para mim; este, chegando até seus olhos. Gostava do meu humor - era parecido com o dele.

— Não sinto borboletas no estômago, - continuou ele. - sinto outra coisa.

Seu beijo era muito mais voraz e dominante que o meu anterior, mas parecia demais com a minha forma faminta de beijá-lo. Em segundos o peso de seu corpo pairava parcialmente sobre o meu, e sobre a base do sofá que nos acolhia. Suas mãos fechadas em minhas costas mantinham-me aninhada em si, engolida pela sensação de calor, luxúria e um resquício do perfume em suas vestes.

Retribuí avidamente, contornando seu corpo com meus braços para que caísse sobre mim. Éramos dois jovens recém despertos para as relações humanas e Tom parecia estar se divertindo com minha falta de pudor. Como foi observado por Dorea, o trato físico entre as pessoas daquela época era algo extremamente condenável e os meios contraceptivos pareciam ineficientes. Isso não seria um problema para mim.

Meu corpo havia sido modificado. Ele definharia de dentro pra fora em pouquíssimo tempo. Eu seria massacrada pelo universo ou morreria de alguma doença degenerativa, sendo incapaz de gerar filhos. Não tinha chance de causar tamanha intervenção ali. Não corria riscos.

Nos deleitamos por alguns minutos antes que eu entendesse o que quis dizer com sentir outra coisa. Era tesão. Uma sensação nova, imagino, já que em meus estudos sabia que Tom Riddle não havia se relacionado romanticamente com ninguém a céu aberto. Se o fizera, estava guardado em segredo e a garota não se vangloriara disso.

— Preciso ir. A ronda começa em meia hora. - disse ele, levantando-me do móvel com dificuldade. Ambos arfávamos e estávamos nitidamente amarrotados.

— Recuperou as forças? - provoquei-o. Tom me puxou de volta com a mesma intensidade de antes, me deixando suspirar.

— Vamos passear em Londres em breve. Isso se existir Londres até lá. - completou, arrumando o casaco sobretudo junto do distintivo, deixado exatamente no lugar que o coloquei meses atrás.

— Existirá, sim. - virei para a escada em direção aos dormitórios. - Lembre-se de punir Lestrange. Torturar trouxas é algo que não admito, você sabe. Fazê-lo contra a sua vontade torna isso pior. Ele deve saber que responde a ti.

Antes de partir, Tom me analisou novamente. Seus olhos percorreram-me de cima a baixo, parando excepcionalmente no brasão da Sonserina do casaco entreaberto. Ali, em um dos bolsos, eu havia guardado a cartinha entregue a mim por Dumbledore e descobriria mais tarde seu significado oculto. Tom sorriu. E eu, naturalmente, sorri de volta.


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