O amor é um mistério escrita por Manusinha Mayara


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oie.

Uma amizade nova sempre vai bem não é?!



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Cumpri minha ameaça e chamei a polícia, quando chegaram Max estava desmaiado de bêbado deitado em minha entrada. O xerife disse que não deveria me preocupar com ele, que não me faria mal, mas como ele era padrinho de Max sua opinião não contava.

E eu pensando que teria um fim de semana de paz sem ter que me preocupar com mamãe.

No dia seguinte...

 

Aproveitei para dormir até mais tarde. Quando acordei fiz minha higiene e organizei meu quarto. Tinha uma vida tranquila e bem chata antes do acidente, estava mais que acostumada e gostava dela.

No lindo fim de semana de sol, os clientes presentearam a Senhora Jones lotando a lanchonete. Trabalhei muito e no domingo à noite senti minhas pernas bambas de tanto ficar de pé.

— Estive pensando em contratar mais alguém para te ajudar com os clientes Anna. Você se importa? – ela questionou enquanto me dava o pagamento.

— Se for somente pelos fins de semana vou adorar. -Respondo, não iria abrir mão das minhas gorjetas de segunda a sexta.

— Combinado, somente para sábado e domingo. – Ela retrucou, despedindo-se logo em seguida.

Caminhei tranquila para casa, feliz por saber que no dia seguinte, depois da escola poderia descansar.

— Anna? – Derek me chamou. Esse garoto deu pra me perseguir agora? Estava começando a me irritar.

— O que você quer? – perguntei, demonstrando meu desafeto por ele. Derek desencostou de seu carro e aproximou-se de mim.

— Está de mal humor hoje? Ou só cansada? – ele perguntou parando de frente para mim.

— As duas coisas. – Respondi, sem encara-lo.

— Então hoje vai facilmente aceitar minha carona? – ele questionou, coçando levemente seu queixo. Não pude deixar de notar a barba que havia recomeçado a crescer.

— Precisa de outro favor? – Pergunto friamente. Derek solta um suspiro, aparentemente frustrado comigo, e aproxima-se ainda mais.

— Anna, só quero ser gentil. – Ele diz, fazendo-me mergulhar na piscina que eram seus olhos.

— Vai me dizer que veio aqui só para ser gentil? – Pergunto, desconfiada, desviando meu olhar do dele.

— Para isso e para saber se está bem. Eu soube do que o Max tentou. -Ele diz e volto a encara-lo.

— Claro, a essa altura todos já sabem, não é?!-  retruco com indignação.

— Benefícios de cidade pequena. – Derek, diz sorrindo e se afasta, abrindo a porta do carona. – Não me faça implorar por sua companhia. – Ele diz de um modo pidão, como um garotinho e simplesmente não consigo resistir.

Entro no carro e fico em silencio. Ele senta-se do lado do motorista e dá a partida.

— Você está bem? Aquele idiota tocou em você? – Derek pergunta encarando a estrada.

—Não, tive um pressentimento ruim sobre suas intenções e fui embora mais cedo naquela noite. Quando ele me alcançou, eu já estava em casa. – Respondo, optando pela sinceridade.

— Fico contente por isso. Como fez para ir embora aquela noite? Estava uma chuva bem forte. – Ele perguntou ainda sem me olhar.

—Fui correndo, não tinha outro jeito. – Digo como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Derek dá um murro no volante, me fazendo saltar no assento. Fico em silencio, olhando pela janela para não o encarar. Afinal, o que eu havia dito de errado?

O resto do percurso foi silencioso, não estava incomodada com aquilo, estava seriamente desconfiada de que este garoto era bipolar. Quando ele estacionou em frente à minha casa, agradeci e desci depressa.

Para minha surpresa, escutei quando Derek abriu sua porta e veio em minha direção. Ao contrário do que houve com Max, eu não sentia medo.

— Me empresta seu celular? – Ele pergunta estendendo uma de suas mãos para mim.

— Pra que? – pergunto desconfiada.

— Anna, por favor. – Ele retruca de forma autoritária. Retiro o aparelho do bolso da calça e entrego para ele. O vejo digitar rapidamente um telefone.

— Esse é meu número, quero que me ligue sempre que estiver em uma situação difícil, desde uma chuva até um maníaco como Max te perseguindo. Você promete? – ele questiona me deixando boquiaberta. – Ei, você promete? -ele me pressiona por uma resposta.

— Por que está fazendo isso? Não somos amigos. – Pergunto incrédula.

— Porque eu me importo, e você salvou minha vida, estou te devendo. – Ele responde com seriedade.

— Mesmo assim... – Começo a reclamar, mas ele me interrompe estendendo uma de suas mãos.

— Vamos ser amigos? Quero que pense em mim quando estiver em dificuldade. – Ele diz.

—Não tenho muito tempo para isso e você não parece ter muito a ver comigo. – Continuo a dizer todos os motivos pelos quais ele deveria se afastar de mim.

— Anna, você venceu, eu imploro, por favor seja minha amiga? – Ele pergunta com as duas mãos unidas, implorando minha aceitação.

Esse garoto ia acabar comigo, eu podia pressentir.

— Ok, mas não espere muito de mim. – Respondo. 

Derek devolve meu celular e olha em meus olhos por alguns segundos.

— Entre, vou esperar você entrar para poder ir embora. – Ele ordenou de uma forma que me lembrou de meu pai. Revirei os olhos e fui para casa.

Depois de alguns segundos escutei seu carro ir embora.

Isso sim eu podia chamar de uma estranha amizade, mas tenho certeza que Patrick não aceitaria isso facilmente. Seriamos amigos só nos meus casos de necessidade? Ele falaria comigo em público ou ninguém poderia saber disso?

Encarei seu número em meu celular, por que ele se importava comigo?

Naquela noite eu tive vários sonhos diferentes, Derek como protagonista da maioria deles. Eu nunca iria ligar, não queria mais ninguém envolvido na minha vida complicada.


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Notas finais do capítulo

O que o futuro reserva...

Até a próxima.



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