Out escrita por King


Capítulo 1
Capítulo 1




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Yatosani Haru – um garoto por volta dos seus dezesseis anos, de pele clara com cabelos castanhos lisos e de olhos marrons escuros, usando uma camisa vermelha escura e uma calça preta com alguns bolsos e tênis escuros – a passos lentos caminhava pelos longos corredores de seu colégio.

—Francamente. Esse é o quinto aviso somente esta semana. Você deveria vir de uniforme e não com essas roupas.

O estudante mexeu sua cabeça e olhou para trás. Ao professor atrás dele que segurava uma revista enrolada. Mikisugi Aiko – um homem na casa dos trinta anos, de pele clara com cabelos escuros e incrivelmente longos e olhos castanhos e cansados e uma barba para ser feita, usando uma camisa listrada combinando com uma calça e um jaleco branco e sapatos escuros – caminhava pouco atrás do estudante.

—É ridículo o uniforme desta escola. – Haru respondeu e continuou voltando sua atenção para frente. —Tão ridículo quanto essa sua barba. –

—Seu garoto atrevido. – Aiko sussurrou e bateu com a revista enrolada na cabeça do estudante. —Falarei com seus tios na próxima reunião. –

—À vontade. – Haru respondeu e pôs as mãos nos bolsos da calça.

—Eu cuido dele, professor. –

Os olhos sérios do garoto miram outra pessoa. Takomaky Sakura – uma garota de quinze anos, de pele clara com cabelos marrons longos e de olhos castanhos, usando uma camisa de manga longa bege e uma saia listrada acima dos joelhos, meia calça escura e sapatos também escuros – estava terminando uma conversa com outra garota que ao notar o homem mais velho e o estudante rebelde deixou a colega o mais depressa possível.

—Takomaky-chan. – Aiko comentou e já foi empurrando o garoto para próximo da aluna. —Tudo bem, leve-o ao diretor. Espero você na aula daqui dez minutos. –

—Estarei lá. – Sakura respondeu e terminou sorrindo.

Aiko segurou mais firme sua revista dobrada e virou para a mesma direção que tinha seguido pelos sete minutos com o aluno rebelde e passou para outro corredor. A estudante manteve-se imóvel até o professor desaparecer, e isso não demorou a acontecer.

—Ainda bem que estava aqui. – Sakura começou. —E você é de uma teimosia sem fim, Haru. Se não quiser uma suspensão é melhor usar o uniforme. Tá me ouvindo? –

Finalmente ela olhou para onde o Yatosani deveria estar, que era do seu lado direito, mas ele já tinha a deixado. O rapaz estava já a uns dez metros andando como se nada tivesse acontecido e com as mãos atrás de sua cabeça. Ela de inicio ficou zangada, mas enquanto o via caminhar com uma aura quase negativa, sem corresponder aos inúmeros “Bom dia” que escutava pelo seu solitário caminho, seu pequeno ódio tornou-se pena. Em pouco tempo ela o alcançou e caminhou ao seu lado mesmo que recebesse dele um olhar gélido.

—Sua sala é naquela direção, Takomaky. – Ele apontou para a mesma direção que o professor tinha retornado.

—A sua também. – Sakura olhou séria para o estudante. —Porque o uniforme estava no seu lixo? –

—Verificando o lixo dos outros agora? – Ele perguntou.

—Tá na rua é público. – Sakura respondeu.

Haru deu de ombros com aquela resposta e continuou caminhando pelo corredor até encontrar o que estava procurando, a escada para o terraço da escola, um lugar que os alunos costumam ir para conversar e almoçar, ele olhou para Sakura e depois para todo o caminho percorrido até aquele ponto.

—Vá para aula. – Haru comentou. —Já que estou cansado vou cochilar até o almoço. –

Ele subiu as escadas e não se importou com a colega pouco atrás dele fazendo a mesma coisa. A presença dela era uma das poucas que era minimamente agradável a ele. Depressa passou pela porta de acesso ao terraço e cobriu seus olhos marrons com ambas as mãos, corredores iluminados por lâmpadas eram bem diferentes de um espaço aberto iluminado por um sol. Malditos olhos que se acostumam rápido.

—Amanhã vai fazer quatro anos. – Sakura comentou logo atrás. —É por isso que você está mais rabugento esses dias? –

—Vai pra aula, Takomaky. – Haru repetiu cruzando os braços. —Se eu não conseguir cochilar eu apareço na sala. –

—Acertei. – Sakura comentou com um evidente orgulho. —Tudo bem, é bom você aparecer. Tchau! –

Ela devagar retornou por onde acessou o terraço e olhou para o garoto que bocejou por um longo tempo. Haru esperou até a porta se fechar para descarregar um peso imaginário em seus ombros.

—Dormir. Até mesmo um cochilo. – Ele sussurrou. —Até parece que vou conseguir isso nesta semana. – Ele se sentou enquanto terminava de falar com ele próprio. —É mais fácil me medicarem. – Aquelas palavras quase não saíram. —Droga, para que vim aqui se não consigo isso? Só posso ser um idiota. –

Mesmo contra a ideia de estudar, era a única coisa que teria para fazer naquele dia que ocuparia sua mente, depressa se levantou e depois de tirar a poeira do corpo foi para a porta e levou sua mão para a maçaneta e ficou parado por bons segundos.

—O que é isso? – Se perguntou olhando para a mão direita.

Sua mão estava rodeada por uma energia azulada. Não. Sua mão era aquela energia azulada. Ele olhou para sua mão esquerda e estava acontecendo à mesma coisa nela. Na mesma velocidade que aquilo apareceu em suas mãos, seu corpo inteiro foi tomado por aquilo. Agora ele brilhava em um azul bem claro. Depressa ele abriu a porta do terraço e desceu as escadas mais rápido ainda. “Takomaky” pensou enquanto descia ainda mais rápido. O sinal de inicio da aula tocou. “Sakura” pensou e seu corpo desapareceu no mesmo instante que o sinal iniciou.

Haru abriu seus olhos e via-se em um lugar completamente oposto de uma cidade grande. “Que lugar é esse? Isso são mesmo árvores?” um dos inúmeros pensamentos dele. “Isso daqui é terra?” pensou segurando em suas mãos um pouco do que tirou do chão com ainda alguns matos.

—Que lugar é esse? – Ele se perguntou.

—DigiMundo. –

Olhou depressa para trás. Não estava sozinho naquele lugar. E seu sangue gelou com o que estava não muito longe dele. Um dinossauro em coloração âmbar e imensos olhos verdes, braços achatados com garras incrivelmente afiadas, uma cauda curta e um focinho. Aquela coisa talvez fosse metade do seu tamanho.

—Quem é você? – Haru perguntou.

—Eu sou o Agumon. – O Digimon respondeu. —E bem vindo ao DigiMundo. –

 


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Notas finais do capítulo

Seguinte.
Desculpem a simplicidade do primeiro capítulo. Caso consiga e não esteja fazendo nada - nunca faço mesmo - é possível que essa história ganhe um capítulo lá pelo dia 08/06



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