Ponto fraco escrita por Ryou


Capítulo 2
Prólogo 2 – Contexto do brasileiro.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/761245/chapter/2

Eram quase dez horas, mas o rosto de Luffy ainda estava morto desacordado. O jovem caminhava pesadamente pelo Rio-Galeão A. C. Jobim, se arrastando de sono apoiado em uma bela moça de silhueta curvilínea, que se agarrava ao seu corpo, chorosa pela despedida.

Luffy a carregava, quase que em rastejo, mesmo que só estivesse levando consigo sua pequena lancheira, além do chapéu de palha característico, e o cavaquinho que não havia sido incluído nas bagagens das malas, pois poderia ficar danificado.

— Ô Luffy, presta atenção no que a gente ta te falando, cara! – Reclamava Ace pela sei lá qual vez, carregando quase todas as malas do irmão mais novo folgado, que só parou de caminhar pesadamente quando se jogou em qualquer uma das cadeiras que havia encontrado, buscando dormir novamente. Ace lhe chutou a canela, sem muita força. – Luuuuffieee!

— Luffy, - Sabo iniciou, com as passagens nas mãos. – Olhe só, preste atenção. Tu vai descer em Garulhos, pegar o avião pra Madrid e só depois ir pra Servilha. Tome cuidado, cheque as malas, e quando chegar em Servilha, ligue pra gente i-me-di-a-ta-men-te! Tu entendeu?

Luffy murmurou coisas sem sentido e virou-se para Hancock, de olhos entreabertos. – Chuchu, me compra uma coxinha? – Fez ênfase com as mãos. – Uma coxinha bem grande, e recheada, e ahhh!

— Compro sim, meu gatinho! – Disse, e logo após se levantou apressada e correu em direção à lanchonete.

Ace grunhiu, sentando-se ao lado do irmão e Sabo o fez também, do lado oposto. – Espero que tu esteja pronto para isso mesmo... – Disse o loiro, enquanto encarava o mais novo, sonolento.

— Queria ter essa sorte. O máximo que eu conheci foi Londrina, por causa da Hancock, e Salvador, por causa desse aí. – Disse Ace referindo-se à Sabo, emburrado pelo irmão sonolento, mas verdadeiramente orgulhoso pela sua oportunidade. – Espanha é da hora, a gente vai te visitar também, Luffy. – Disse, fazendo um carinho no cabelo do preguiçoso, que só se atentou à Hancock, quando essa chegou com sua coxinha, dando fome também nos outros dois.

De cócoras em frente ao namorado, a paranaense recebeu um selinho demorado do moreno antes de ele lhe agradecer a coxinha com um sorriso de orelha a orelha. Engoliu vorazmente todo o lanche, em questão de segundos. Hancock sorria saudosa, para o rapaz que tanto amava. – Lulu, vou sentir sua falta...

— Eu volto, eu volto! – Ele falou, sorrindo.

Com a chamada para o check-in de sua linha aérea, Sabo e Ace lidaram com toda a documentação do irmão e a bagagem enquanto, um pouco de longe, esse trocava carinhos devassos com a namorada, constrangendo estranhos no ambiente. Com suas bagagens no avião, Luffy se despediu com um grande abraço caloroso em cada irmão e com vários selinhos em Hancock, que já deixava lágrimas escorrerem. Foi caminhando de modo a adentrar no avião, segurando sua lancheira, o pequeno cavaquinho e um headphone gigantesco que estava enrolado em seu pescoço, conectado ao seu smarthphone e já tocando música.

Aconchegou-se em sua poltrona, gostando do ambiente por ser confortável. Colocou os fones e ficou se mexendo, aproveitando a música, sem nem mesmo notar o momento que o avião tinha decolado. Só percebeu depois que a aeromoça, que havia lhe perguntado algo que ele ignorou e respondeu apenas com um positivo com o dedo polegar, tinha saído de seu campo de visão, e seu rosto virou-se para a janela, que não estava tão perto de sua poltrona.

Abriu a boca, abismado, e os olhos de mesmo modo ao perceber, de longe as nuvens e o céu. Passou se mexer, ainda aproveitando a música, virado para a janela e para a visão que essa lhe permitia.

Não demorou em pousar em Guarulhos. Luffy deu tchau aos que trabalhavam lhe acompanhando durante a curta viagem, e desceu do transporte aéreo, mexendo-se ainda conforme a música, causando risadas carinhosas nas aeromoças.

Continuou a mexer-se animado até pegar o avião para Madrid, o qual entrou cumprimentando os trabalhadores com um “hello” de pronúncia imatura. Dessa vez, sua poltrona ficava ainda mais difícil de enxergar a janela, por conta do preço acessível, mas era igualmente confortável e isso bastou para o rapaz.

Aconchegado, guardou o cavaquinho no suporte da poltrona e abriu sua lancheira, engolindo o baião de dois com farofa em segundos. Passado o tempo, voltou a se sentir sonolento por conta da comida, e adormeceu, relaxando o corpo para se preparar para a digestão. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ponto fraco" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.