Apesar de não se darem completamente bem. Os 4 filhotes acabaram de alguma forma mantendo a paz. As vezes brigavam, mas logo era resolvido. Mhonikr e Aya continuavam bastante próximos e juntos. Mas a relação entre Mhonikr, Ravkar e Wan teria voltado a ser boa. Mas Ravkar e Wan com Aya, eles ainda tinham um tanto de receio do contato com ele. Mas, todos se mantinham o respeito.

No fim das contas, toda a conciliação fez com que eles parecessem uma pequena família. Mesmo que não se entendendo e aceitando 100%. Suas rotinas e a convivência querendo ou não, gerou o apego e a consideração pelo outro. Eles viveram juntos por cerca de mais ou menos 2 anos. Mais tempo do que era o previsto. Mas com a criação de novas regras, novos reis, e uma espécie de governo, o que era para ser algumas semanas virou-se anos. E após todos os acordos feitos, foi decidido que cada região teria para si um dos dragões elementais. Como guardiões, protetores e também se um dia possível, uma arma. Além de, prevenir que eles ficassem todos juntos, aos cuidados de uma só região podendo torna-la completamente superior as outras. O medo era que por causa de suas existências, a guerra de antes, acontecesse de novo, e para que não os tivessem num local só, então que fossem divididos.

Aya ficou em Arborea, Wan ficou em Ghi’lea, Mhonikr ficou em Nimsuit’leht e Ravkar em Ex’karlt. Por longos anos eles ficaram e tiveram de estar “presos” nestes locais. Mas os países e regiões foram fazendo acordos entre si, o que acabou permitindo que eles pudessem circular e ir para outros países e aliados. Entretanto, deveria ser considerado que, mesmo com a possibilidade de passeio e vinculo. Eles sempre deveriam obedecer as regras e serem fieis aos seus líderes e países origem. E por incrível que pareça, eles obedeciam com honra. Pois pra eles isto era o seu legado e proposito de vida naquele mundo. Tinham orgulho de serem o que eram. E isso foi feito também, graças a alienação que sofreram quando filhotes.

Dos quatro, Aya sempre permaneceu em Arborea, chegou a visitar outros lugares, mas ele preferia o comodismo e não gostava dos holofotes atoa. Preferia usar o impacto de seu nome e imagem só quando necessário ou quando estava afim de inflar um pouco do ego. Mas isto era difícil de acontecer. Já que sendo alguém que acreditava adorar a solitude, ele passava a maior parte do seu tempo dentro de casa na própria companhia, ou com Ellian e Arla, estudando e aprendendo bastante com eles e ajudando-os em suas tarefas ou só na companhia já que Ellian sempre foi bastante apegado a ele.

Mhonikr depois de um tempo se encontrou com Wan e os dois tornaram-se um casal. Estando quase sempre juntos. Ravkar, decidiu ficar explorando o mundo e aprendendo sobre todos os tipos de culturas. Mas não por pura vontade de estudar, mas porque ele queria saber todos os pontos fracos e fortes dos inimigos. Ele estudava porque queria ser superior.

E por assim ficaram, cada um em seu canto e vivendo a sua vida. Os quatro juntos aconteceram raras as vezes. E desta vez estão os três juntos. Mhonikr olhava a situação e cuidava de seu filhote, Wan e Aya em suas formas originais e em um momento tenso onde se espera o primeiro ataque.

— Desta vez não vai ter Ellian pra te salvar. — Wan começou a reunir uma grande quantia de magia ao seu redor. Carregando seu ataque. Aya permaneceu quieto. Como se estive em espera. Não demorou muito para que uma forte rajada fosse lançada, era uma concentração de gelo tão concentrada e forte que se assemelhava a um laser. E este ataque que foi direcionado a Aya, foi bloqueado e uma fumaça enorme, que impossibilitava toda a visão do local se criou. Wan rapidamente começou a bater suas asas para que ela se dissipasse. E assim que conseguiu o que queria, percebeu que quem bloqueou o ataque e ficou em frente de Aya, que inclusive já havia se destransformado e fugido dali nessa questão de tempo. Era Mhonikr. Transformada em sua forma original, um belo dragão esguio esverdeado. Com suas plantas ela bloqueou o ataque e forrou o chão. Wan ficou tempo em silêncio tentando entender o que era aquilo.

— Mhonikr? Você está traindo tudo? — Ele estava incrédulo. Já ela, assim que viu o choque do marido, se destransformou e logo utilizou de sua magia para que o chão, a terra se separasse, com as raízes criadas. E em baixo desta terra, estava o filhote que lhe faltava. Aquele que Aya teria se transformado. E resultando na causa de sua confusão. A magia que ela sentiu, era realmente a de seu filhote, e Aya teria sido capaz de esconder totalmente a sua e ainda reforçar a do filhote que ele escondeu. Este filhote que, só tinha sua boca amordaçada para que não falasse, mas não tinha nenhum ferimento. Mhonikr, sabia que Aya não faria mal. Mas sabia que assim como ela, ele teria que fazer um teatro. A verdade é que ambos por mais que não tivessem contato, ainda mantinham a sua promessa. A promessa da última vez que dormiram juntos lá no castelo de Arla. Naquela noite Mhonikr disse que independente de tudo, ela sempre iria cuidar dele, pois ele era como o seu irmão mais novo. E apesar dos apesares, Mhonikr não queria o mal de Aqua, por isso tomou a frente e judiou dele, pois sabia que se fosse outro, faria pior. Assim ela teria controle. E Aya, escolheu e escondeu seus filhotes confiando que ela escolheria protege-lo, ou proteger a Aqua naquela situação. Foi uma confiança mutua. Onde ela cuidou do filhote dele, e sabia que ele não faria algo com os dela. E ele confiou nela na mesma proporção, de que um não faria mal ao outro. No fim, suas confianças foram certas. E eles ainda mantinham seus laços. Mesmo que muito bem ensaiados.

— Eu não vou deixar que a birra de vocês acabe machucando meu filhote. Você como pai deveria entender e saber que sua cria estava escondida em baixo da terra, assim que ele se transformou as magias se dissiparam e deu para distinguir e localicar! — Ela abraçou sua pequena filhote, fazendo-lhe carinho e tirando os resquícios de terra que tinha em seu cabelo. Wan enraivecido, urrou. Pôde ouvi-lo por toda a cidade. Ele estava inacreditado do que aconteceu, além de perder Aya de vista e não sentir mais a magia dele a ponto de conseguir rastrea-lo. Ele ainda teria levado um xingo de Mhonikr. Mari por sua vez, olhou para Mhonikr de canto. Desconfiada da situação. A dragão percebeu tal feito, mas ignorou completamente. Se levantando e pegando seus dois filhotes.

— Vamos meus amores, vamos sair daqui, vocês passaram por coisas muito difíceis hoje...

[...]

Já estava de noite, Aqua e Akai já estavam deitados e escondido numa espécie de caverna ou gruta em meio a mata. Aqua depois de muita espera conseguiu dormir. Mas demorou bastante. Já Akai estava de olhos fechados, respiração pesado porém não estava dormindo, era como um cochilo porém acordado e atento a tudo. Durante a madrugada, Aya os encontrou. Akai o olhou e deu um sorrido junto a uma piscadela. Aya o olhou, com sua expressão séria de sempre. Se aproximou de ambos e se deitou perto de Aqua, ficando então, Aya no canto esquerdo, Aqua no meio e Akai no direito. Aqua continuou a dormir, sem perceber que a pessoa que ele mais sentia falta teria retornado. Já Aya, conseguiu matar um pouco da preocupação e saudade que sentia, ao estar deitado junto dele, e lhe fazer carinho e deixar a mão apoiada sobre o corpo do pequeno, que já não estava mais tão pequeno assim. Da mesma forma que deixava quando ele era um filhotinho. Akai observou o cuidado que Aya tinha com o humano, e se admirou de perceber que o conhecido era tão zeloso. Ele sorriu e deu um suspiro cansado. Podendo agora dormir sem ter que esperar ou vigiar. Um tempo depois, Aya também acabou pegando no sono. E agora o dragão e o filhote de humano estavam juntos novamente.