POV Jasper

— Querida aqui está as maquiagens que você me pediu para comprar na farmác… – parei assim que percebi que Alice não estava sozinha, e uma morena de costas com cabelos ondulados e longos estava segurando Peter.

— Ah obrigada Jaz, essa aqui é minha chefe que te falei Heide Hernández- ele havia vindo até minha direção, pegado a sacola da minha mão e apontado para mulher que virou.

— Olá Jasper Withlock , prazer em conhecê-lo! No outro dia não tivemos oportunidade de nos conhecer– ela se vira e sorri para mim, não sei oque aconteceu mais tive uma sensação ruim e não sabia ao certo, algo em seus traços me lembrava algo, mas não sabia oque. Talvez estava só traumatizado com pessoas de traços mexicanos, balancei a cabeça para disfarçar meu incomodo.

— Sim sou… eu – olho para Alice que me observava com um ar preocupado, sorrio para ela não continuar preocupada que eureprovasse a presença de sua chefe depois do que disse outro dia.

— Desculpe eu apareci de surpresa e Alice não teve tempo de avisar, mas eu já estou de saída tenho um compromisso aqui perto então aproveitei antes para dar uma passadinha aqui – ela entregou Peter para Alice.

— Tudo bem… Ah já não nós conhecemos já de algum lugar?… Seu rosto me é familiar… - estreitei meus olhos.

— Oh não acho difícil… meus traços são comuns deve ser por isso que lembro alguém-- ela sorri nervosamente e estende a mão para mim – Foi um prazer conhecer você Withlock – sinto um olhar de ódio a mim que rapidamente ela disfarça, mas suas emoções não negam ela estava carregada de ódio que me pego de surpresa.

— Eu te acompanho até porta, Jaz segura o Peter para mim, por favor – ela entrega meu pequeno que batia as mãozinhas no meu rosto e no meu peito brincando.

Heide pega a bolsa no sofá do quarto e sai seguida por Alice, fico olhando para parede sem realmente enxergar algo… Por que aquela mulher me odeia se nem me conhece direito? Minutos depois Alice volta e me dá um beijo carinhoso no pescoço e a sensação de raiva que fico em mim começou a diminuir com seus bons sentimentos.

— Alice precisamos conversar – coloco Peter no berço e beijo sua testa – Papai já volta filhão! – pego ela pela mão e a conduzo até a sala e sentamos no sofá.

— Jaz me perdoa eu sei que você dize para eu ter cuidado, mas ela apareceu e…

— Calma não estou bravo amor, mas eu li as emoções dela e me deixou preocupado – afago sua mão e a olho intensamente.

— Oque você leu? – ela pergunta apreensiva.

— Ódio, muito ódio.

— Ódio? Tem certeza? Mas como pode ela mal te conhece? – ela parecia confusa.

— Sim tenho e também me pergunto isso… e os traços dela me lembra de algo…

— É mesmo você perguntou isso a ela…

— Será … que é coisa do Benito? – pronuncio esse nome com desdém.

— Não sempre converso com a Irina e ela me garante que Benito está arrependido e porque ele tentaria algo de novo, ele está preso e sempre vigio suas decisões – ela olha pensativa para a mesa de centro – Não tenho uma conexão forte ainda com a Heide então não consigo ver suas decisões …

— Vou pedir para aquele detetive que me ajudou a te procurar para investigar essa tal de Heide Hernández – pego suas mãos em meus rosto – E por favor não confie nela e não deixe ela ficar vindo aqui, não quero que nada e ninguém te machuque ou as crianças, me promete fadinha?

— Prometo amor… me desculpa eu sou tão tola e acabo pondo em risco as pessoas que eu amo – seus olhos começam a transbordar.

— Shhh não se sinta já dize não é culpa sua, as pessoas que são ruins – beijo delicadamente seus lábios e a abraço – Vamos ter que redobrar os cuidados e acho melhor você ficar na casa de seus pais e pedir seguranças e…

— Não Jaz… você vem comigo não é? – ela soluça.

— É melhor e talvez ajude a saber quem está por trás disso, e vai ser melhor para vocês já que o ódio é por mim, talvez usem vocês para me atingir e isso não posso permitir. – tentava enxugar com o dedo as lágrimas que jorravam.

— Não por favor Jaz e como você acha que vamos ficar se algo te acontecer?

— Eu vou me cuidar prometo, fica tranquila senhorita mais lindo do universo – sorrio para ela e emano calma. Ela suspirou me abraçando forte.

No dia seguinte telefonei para o detetive, ele me dize que logo que levantasse todo tipo de informação entraria em contato comigo. Liguei para Esme a informando sobre a situação e pedindo sua ajuda para levar Alice e os gêmeos para casa dela, prontamente ela concordou e ia falar com Carlisle sobre contrata pelo menos um segurança, avisei que Alice tinha pedido o dia de folga para Reneé e estava ajeitando as coisas em casa. Hoje estava cheio de pacientes para atender e no almoço ainda não tinha nenhuma ligação do detetive. Suspirei quando finalmente terminei o último atendimento, o meu telefone toca e imediatamente atendo.

— Detetive, conseguiu? – falo ansioso.

— Não consegui muitas coisas, é como quase se ela não existisse… e muitas informações que ela utiliza são falsas ou pegas de outras pessoas.

— Isso complica as coisas… e de onde ela veio e a família?

— Parece que do Texas senhor Jasper, seus pais morreram quando era bem pequena e foi criada por uma tia … e ela tem uma irmã mais velha chamada deixe me ver aqui… Maria Hernández.

— Não pode ser … Maria? – Eu fiquei alarmado, será que era a Maria que estava atrás de mim, depois de todos esses anos.

— Esse nome te lembra algo senhor?

— Sim tive um relacionamento com uma mulher chamada Maria e … – contei tudo oque aconteceu para ele tirando a parte do meu dom.

— Entendo isso pode ser uma possibilidade, pelo que me dize ela dize tinha outro sobrenome e nunca havia falado sobre sua família, bom acho que ela mentiu seu sobrenome se for a mesma não encontramos nada sobre essa Maria, é também como se não existisse, vou mandar uma foto que consegui dela adolescente e você me confirma se é a mesma – rapidamente meu celular apitou e abri a imagem e gelei era mesmo ela, não iria esquecer nunca esse rosto que me trouxe tanta dor.

— Sim… é ela – engoli em sec.

— Pelo que me dize nunca mais teve notícias dela e acha estranho ela ter aparecido agora com uma possível irmã para te assombrar, é realmente estranho ela poderia ter feito isso a muito tempo… Vamos continuar investigando senhor Jasper… mas por experiência geralmente nesses casos tem mais pessoas envolvidas ou outro elemento de interesse,consegue lembrar de alguém?

— Não por enquanto, obrigado pelas informações tenho que desligar, até mais!

— Até senhor Jasper.

Minha mente fica um redemoinho com mil pensamentos, perguntas e temores. Será uma vingança pela irmã, mas não via motivo para essa atitude de Maria eu era útil para ela sim e a deixei, mas isso não era suficiente para uma vingança e porque agora e não antes. Dirigi cuidadosamente, pois ainda estava abalado com essas novas informações. Finalmente chego em casa e noto algo estranho a porta de entrada estava aberta, entro imediatamente e me deparo com a sala toda revirada e tinha uma folha grudada na televisão.

“SE NÃO QUISER QUE EU DESTRUA SUA FAMÍLIA ASSIM COMO DESTRUIU A MINHA ESTEJA NO LOCAL E DATA ABAIXO COM 2 MILHÕES DE DÓLARES, SE ENVOLVER A POLÍCIA QUEM VAI PAGAR VAI SER SUA QUERIDA ESPOSA, FILHOS, SOGRA E AH A EMPREGADINHA TAMBÉM!”

Desabei de joelhos no chão, a folha caiu da minha mão e senti uma dor esmagadora no peito, bato com força no chão berrando e amaldiçoando Maria com todas minhas forças, agarrando meu cabelo com força. A culpa me acertou com ondas devastadoras e me sentia o pior e mais inútil dos homens. Depois de um bom tempo juntei forças e me levantei. Não ia deixar Maria ou a irmã dela se safar dessa vez,iria acabar com elas custe oque custasse.

Isso era uma promessa que não quebraria.

Jamais.