PS. Eu te amo escrita por Falling Apart Evans


Capítulo 1
Eu odeio te ver me odiar




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Bianca estava caminhando pela rua, estava indo para a escola. Já era o primeiro dia do primeiro ano. A escola onde ela estudava é a mesma escola agora no Ensino Médio, mas as turmas dos mais velhos era separada dos mais novos. Ela estava na mesma turma fazia muitos anos, na verdade, ela havia se mudado para lá logo no início da sétima série e desde sempre foi encantadora e muito inteligente.

E foi nesse ano que ela conheceu a pessoa que mais a irritou no mundo todo, que a provocava, que a fazia passar vergonha, mas claro, tudo na brincadeira, mas ela detestava.

[...]

Era o último mês de aulas do ensino fundamental.

— Isso não é engraçado, eu não gosto disso, Felipe. – ela cruza os braços.

— Eu só estava brincando Bia, qual é. – ele sorri olhando para ela.

— Sabe, eu estou te suportando todos esses anos, agora, que vamos para o Ensino Médio, por favor, me deixe me concentrar nos estudos. Eu já me meti em encrenca por sua causa. Será que você não percebe isso?

— Tá certo, Bia. Desculpa. Achei que éramos amigos. – ele fica um pouco triste.

— Só pode estar de brincadeira, não é mesmo? – ela revira os olhos e sai.

“Oi,

Como vai? Olha só, estou aqui mais uma vez. Sabe, eu realmente queria que fossemos amigos, mas parece que não vai ser possível. Faz muito tempo que eu estou vendo que é uma pessoa incrivelmente maravilhosa. É muito inteligente, tem carinho e empatia pelas pessoas. Faz algumas semanas que eu ando escrevendo essas cartas e eu fico pensando o quão idiota isso deve parecer, e meu Deus! Que você nunca leia isso... Seria muito embaraçoso, mas quem sabe um dia eu não te diga o que eu sinto... Talvez.

 PS. Eu gosto de você.”

 

Ensino Médio

Bianca chega na escola, indo para os armários onde abre o seu e guarda sua mochila. Logo ia começar a reunião de início às aulas. Um professor passa pelo corredor.

— Senhorita Bianca? – ele para ao seu lado sorrindo.

— Oi professor Briggs, como vai? – ela sorri de volta ao fechar o armário.

— A senhorita é amiga do Felipe Simons, não? Poderia chamar ele? – o professor aponta para a enorme janela do outro lado do corredor com vista para o estacionamento – Não quero que ele perca a reunião.

— Claro professor. – ela diz sorrindo de nervoso.

          O professor sai e a deixa ali observando Felipe pela janela. Ele estava andando de skate pelo estacionamento, uma total perda de tempo para Bianca. Ela caminha até a porta de saída para o estacionamento e caminha na direção de Felipe que estava de costas, até chegar em uma distância que seria o suficiente para que ele a escutasse.

— Felipe, o professor quer que vá logo para a reunião do início das aulas. – ela diz calmamente, de braços cruzados.

          Ele não responde ainda estava de costas tentando se equilibrar em uma ponta do skate.

— Felipe! – ela aumenta um pouco o tom de sua voz, mas ele ainda não responde.

          Já irritada ela dá passos firmes e nervosos na direção dele e pega em seu ombro com força.

— FELIPE! – ela diz alto.

          Quando ela faz isso, ele se assusta e se desequilibra, caindo de costas em cima dela.

— Ah! – ela grita.

— Ah, meu Deus! Que merda foi essa? – ele diz todo desajeitado no chão.

— SAI DE CIMA DE MIM, AGORA! – ela grita desesperada enquanto tenta empurra-lo.

          Felipe se levanta com um pouco de dificuldade e olha para Bianca que estava no chão recuperando o fôlego. Quando ela olha para ele percebe que estava de fones de ouvido, mas que por causa da queda, tinham saído de seus ouvidos.

— Você nunca, nunca mais faça isso com alguém que está distraído ou concentrado em alguma coisa! – ele fala um pouco alto com ela.

          O rosto de Bianca fica vermelho, isso acontece quando ela se irrita profundamente. Ela se levanta com um pouco de dificuldade, parecia sentir dor em algum lugar do corpo. Percebendo isso, Felipe estende a mão.

— Você está bem?

          Ela olha para a mão dele e dá um tapa, tirando o caminho e se levanta.

— Sr. Briggs quer que vá para a reunião. – ela limpa a roupa, se vira e sai andando, parecia mancar.

— Ei, Bia! – ele pega o skate e vai correndo para alcançar a garota – Você não parece bem. Tá doendo em algum lugar?

— Escuta aqui, Felipe – ela vira rapidamente para ele, o fazendo parar – Você cai em cima de mim, me machuca e a única coisa que você faz é gritar comigo. Eu nunca, nunca em todos esses anos que você me inferniza, jamais gritei com você. – o rosto dela ainda estava vermelho – Pode ficar tranquilo que de mim, nunca mais vai ouvir uma, uma palavra sequer ou me fazer de amortecedor dos seus tombos, nunca mais vou chegar perto de você. Vamos logo pra essa reunião e nem mais uma palavra.

          Ela se vira e volta a caminhar para dentro da escola. Felipe anda um pouco mais atrás dela, parecia um pouco arrependido.

[...]

A reunião termina e Felipe se levanta, indo junto com sua turma para a sala de aula, mas não vê Bianca em lugar algum, até que ao fundo, vê ela conversando com um professor. Ela estava de costas, mas o professor estava de frente. Dava pra ver que ele estava concordando com algo que ela estava dizendo, até que ela levanta a barra da calça mostrando a perna. Não dava para ver direito.

— Felipe! Vamos logo para a sala! – o professor responsável pela turma o chama.

— Mas e a Bianca? – ele gesticula para trás.

— Foi falar com o professor que também cuida da área da enfermaria, parece que ela machucou o pé. Vamos logo.

          Felipe sente um aperto. Ela realmente tinha se machucado, talvez por isso estivesse desesperada pra que ele saísse de cima dela. Ele não tinha outra escolha a não ser seguir para a sala de aula.

          Alguns minutos de explicação se passam, para a felicidade de Bianca, seu professor deixou a mesa da frente para ela, já que sempre ajuda todos com algo e ajuda os professores e, como é popular, se ela sentasse aos fundos ou ao centro, todos iriam querer conversar com ela o tempo todo.

          Logo alguém bate na porta, é Bianca.

— Com licença professor. – ela diz ainda parada na porta.

— Achei que teria que ir para casa. – o professor diz.

— Ah, não, a enfermeira me deu um remédio e enfaixou, está tudo bem. – ela sorri entrando para a sala.

          Todos a observam atentamente até que veem que a calça do lado esquerdo da perna estava levantada e a perna enfaixada. Logo todos começaram a cercar ela perguntando como estava.

— Gente, eu estou bem, é sério. – ela sorri – Foi só um tombo bobo, eu estava distraída.

          Felipe observava do fundo. Ela nenhuma vez disse que era por causa dele. Na verdade, nunca disse nada sobre ele a irritar ou algo parecido, já que era popular entre os garotos também, poderia causar alguma confusão.

— Pessoal, vamos deixar a Bia se sentar, ela está com o pé machucado, vamos, todos nos lugares.

— Bia, se quiser eu posso voltar para casa com você e levar a sua mochila. – um dos garotos diz para ela.

— Não precisa Diego, de verdade, não foi nada demais. – ela sorri, estava em pé de frente para o fundo da sala e Diego de costas.

          Ele se vira para ir para seu lugar, sendo observado por Bianca até que seu olhar se encontra com o de Felipe. Ela desvia o olhar, suspira e se senta. Felipe olha para baixo.

          Diego que senta ao lado de Felipe joga um bilhetinho para ele em sua mesa, então ele pega e abre, olhando para o professor, que estava virado para o quadro.

“Vi você chegando com a Bia no auditório e ela já estava mancando. O que aconteceu?”

 

          Felipe suspira e escreve uma resposta.

“Ela veio me chamar para a reunião e já estava mancando, deve ter tropeçado no caminho para a escola. Não sei.”

          Então joga de volta para Diego. Diego ergue as sobrancelhas e dá de ombros. Os dois eram amigos, mas de uns tempos pra cá, Diego anda um pouco distante de Felipe, já que começou a gostar de Bianca e Felipe só a irritava, mas ainda mais porque Felipe gostava dela. Ele sempre soube, mas agora, coloca pilha para Bianca odiá-lo ainda mais.

“Vocês chegaram depois de todo mundo. O que houve realmente?”

 

          Diego joga de volta o papel. Felipe dá um suspiro longo e começa a escrever.

“Não te interessa! E chega com esses bilhetinhos, não é mais meu amigo, esqueceu?”

 

          Felipe joga o papel de volta e começa a fazer as questões que estava no quadro. Diego fica furioso, mas não diz mais nada.

[...]

Já se passa as três primeiras aulas do dia e o sinal para o intervalo toca. Todos se levantam e saem da sala, mas Bianca fica, estava arrumando suas coisas. Felipe sai e com a pressa não vê Diego indo na direção dela.

— O que houve entre você e o Felipe hoje? – ele para ao lado da carteira dela.

          Do lado de fora, sem ter andando muito, Felipe acaba ouvindo e volta, ainda atrás da porta.

— Como assim, Diego? – ela olha para ele e se levanta.

— Vi vocês chegando juntos na reunião, atrasados. Você não é assim. – ele parecia um pouco nervoso.

— Não aconteceu nada, sério. O professor Briggs me pediu para chamar ele para a reunião e eu fui, foi por isso que...

— Não mente pra mim! – Diego bate a mão na mesa de Bianca.

— Aí! Qual é o seu problema, Diego? Você só me levou pro baile de formatura, não significa que temos alguma coisa pra você falar desse jeito comigo!

          Ele avança para Bianca, que recua alguns passos. Felipe entra na sala com tudo.

— Sai agora de perto dela! – gritando.

          Bianca olha fixamente para Felipe, Diego estava enfurecido.


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