Prometidos escrita por Carolina Muniz


Capítulo 43
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Aaaaaah mano, acabou, vou sentir falta de escrever essa fic, mas tem q acabar né?



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  | Epílogo  | 

Sete meses depois.

Então era isso: Marie Sarah Steele Grey.

Aquele era o nome da - agora legalmente - mais nova membro da família Grey. Foram seis meses de enrolação - como Ana dizia - até a garotinha ser oficialmente filha de Christian e da morena. Sarah tinha apenas cinco anos, seu cabelo claro e os olhos cinzentos destacavam uma aparência que dizia com toda a certeza do mundo que era filha de Christian Grey, e o gênio forte e ao mesmo tempo delicado mostrava muito da personalidade de Ana. E quem diria que Sarah não era filha do casal? Ainda mais agora com todos aqueles documentos que diziam que ela era deles perante a lei. E não importava sua nacionalidade, ou qualquer outra coisa. Ana entendia isso agora.

Por muito tempo ela não imaginou que sentiria o mesmo amor por uma criança que não saíra de sua barriga. Mas, na verdade, aquilo não era o que a fazia amar Teddy. Era tudo. Era saber que ele era seu, que ele existia e estava no seu mundo, aquilo a fez amá-lo incondicionalmente. E com Sarah havia sido instantâneo.

A morena havia ido fazer uma ação humanitária num dos orfanatos de Nova York, numa das áreas mais precárias, e lá estava a pequena - encolhida num canto da sala, segurando um ursinho de pelúcia feio e sujo, com medo até do vento.

Sarah tinha quatro anos na época, havia sido abusada pelo próprio pai e não confiava em ninguém. Talvez fosse por a menina ter a abraçado quando chegou perto, ou por ela ter aberto aquele lindo sorriso tímido quando Ana a disse que era linda, Ana realmente não sabe, mas havia se apaixonado por ela e iria levá-la para casa.

Christian achou que ela havia pirado, afinal a mulher sai para doar dinheiro para um orfanato e volta dizendo que eles tem outra filha agora. Sim, ela disse exatamente aquelas palavras.

No começo foi difícil, Christian se recusou até mesmo ir até o local ver a pequena, ele não queria aquilo. Não o leve a mal, mas ele não sentia que poderia amar uma criança já de quatro anos e que não era sua filha, e ele não queria ser injusto. Ele tentou fazer Ana apenas ser uma benemérita para a criança, lhe dando tudo o que precisava mas a deixando lá. Ana não quis saber daquela história.

No fundo, Grace e Carrick sempre foram melhores com toda a tradição do casamento, eles apenas queriam seguir e cuidavam para que Ana fosse bem tratada quando casada com Christian. Eles fizeram um bom trabalho, a morena era tratada como uma verdadeira rainha pelo marido. Então, desde que Teddy nascera, lá estava Grace e Carrick paparicando o neto, e até mesmo a nora. Mia era outra que sempre estava por perto. Ana desconfiava que toda aquela aquela coisa era por Mia ter se revelado uma "revolucionista", a garota se recusava a ser uma submissa, e seu marido era um cara legal, pelo visto ele também odiava as tradições Búlgaras, e depois de cinco anos de casados, ainda não decidiram que queriam filhos.

Carrick e Grace pareceram se acostumar com a decisão dos filhos de seguirem por caminhos diferentes, o que só lhes deram recompensa, pois agora eles estavam lá, participando da vida dos dois finalmente.

Então, agora Ana podia ameaçar o marido com a frase "vou contar para sua mãe", pois Christian não tinha medo dela, mas odiava os discursos que ela lhe dava em forma de bronca.

Mas enfim Christian conheceu Sarah, a um pedido "delicado" de sua mãe. Claro que durou bastante tempo para que o mesmo pudesse se aproximar da menina como Ana já podia, o tempo de Sarah era respeitado. Todos entendiam como podia ser difícil para uma criança.

Depois de algumas sessões com Flynn, ao qual conseguia milagrosamente - e psicologicamente é claro - arrancar mais do que palavras monossilábicas da menina, Christian - já apaixonado mesmo sem se aproximar da pequena - foi instruído de como convencê- la de que ele nunca a machucaria.

Um ano inteiro desde que Ana conhecera Sarah, e apenas há nove meses ela estava morando com eles.

A documentação foi difícil e demorada, mas foi possível que a menina - devido às suas limitações de conversa e comportamento ao redor de outras pessoas - ficasse com o casal antes da lei aceitar.

E ali estavam eles, no aniversário de cinco anos de Sarah, uma festa apenas para os íntimos - como sempre, respeitando as limitações da pequena.

Teddy - com seus dois anos - corria pelo jardim com seu gatinho atrás de si e sua irmã mais velho logo ao seu lado, pronta para segurá-lo caso caísse. A proteção que Sarah tinha com Teddy era bonita - e até mesmo possessiva algumas vezes.

Ana avistou seu marido conversando com o pai caminhou até ele, abraçando-o por trás o pegando de surpresa, o que fez Carrick rir com amor.

— Bom, eu vou lá impedir sua mãe de comer todos os cupcakes da mesa - disse o mais velho, o que fez o casal olhar, e de fato Grace estava pegando um dos bolinhos recheados já com o canto da boca sujo de chantili.

Ana sorriu enquanto Carrick seguia em sua direção e foi virada de repente para a frente do marido.

— Oi, coisa - Christian murmurou.

Ana bufou, abotoando mais um botão da camisa do marido.

— Eu vou te mostrar a coisa - resmungou ela. - E o que já conversamos sobre esses botões? Eu não gosto de você se amostrando desse jeito para todo mundo, cheio de mães aqui e você assim?

Christian revirou os olhos reprimindo o riso.

De fato algumas mães - casadas e com seus maridos ali - dos amigos de Sarah da aula de balé o encaram com desejo explícito, mas não era como se ele tivesse que usar uma burca por causa daquilo.

Bom, Ana não concordava, claro.

— Sabe o que eu acho? - ele comentou, abraçando a cintura da garota e a trazendo para mais perto. - Que você é a única que pode olhar e tocar, então porque a preocupação com as outras mulheres?

Ana suspirou enquanto fazia carinho em seu cabelo.

— Porque você é meu e eu não quero ninguém olhando o que é meu. E também se alguma delas tocarem eu corto a mão delas - disse simplesmente.

O outro balançou a cabeça em negação.

— Eu te amo - disse simplesmente e sem ao menos dar tempo de Ana responder, ele beijou os lábios da garota, não conseguindo mais do que um selinho pois logo o choro de Teddy fora audível.

Ana foi deixada por Christian seguindo o som do filho e logo o encontrando no prado, a morena ao menos tinha processado a sensação e já via seu marido agachado frente à Teddy, que aparentemente havia caído.

A garota seguiu até eles e parou ao lado de Sarah, que como a irmã preocupada que era, estava com seu irmão, segurando sua mão enquanto tinha os olhos marejados.

— Eu fui pegar a Lady e não vi ele caindo, papai, desculpa - ela lamentou.

Ana passou a mão por seu cabelo e teve sua cabeça encostada em seu peito.

— Não se preocupe com isso, meu amor - Christian garantiu a ela. - Vem, vamos levar seu irmão lá para dentro para fazer um curativo.

Foi apenas um arranhão, mas Teddy era mimado - como não seria? - e ele gostava de atenção, então é claro que ele iria pedir o colo do pai e quando fosse colocado no chão iria mancar até se esquecer do "lesão".

Ana pegou Sarah pela mão e as duas foram com Teddy e Christian até o banheiro mais próximo do andar debaixo, com Christian tendo de dizer a muitas pessoas que o pequeno estava bem, que não fora nada, e a atenção só fazia o menino fazer mais cara de acidentado.

Como seu filho ficou daquele jeito? Ana queria rir, mas se segurava.

Christian colocou Teddy na bancada da pia e pegou o kit de primeiros socorros enquanto Ana colocava Sarah ao seu lado, que prontamente segurou a mão do irmão e com a outra acariciou seu cabelo lhe dizendo que não ia doer nada, fazendo Ana morrer de amor.

Um curativo no joelho e uma promessa de que sim, Teddy não iria perder a capacidade andar, fora o suficiente para as crianças voltarem a ativa.

Theodore fez manha e disse querer a mãe - que prontamente o pegou no colo - enquanto Sarah já se ajeitava com Christian lhe contando sobre mais um de seus sonhos com histórias.

Eram realmente interessantes.

A hora do bolo - como Teddy chamava quando cantavam o parabéns chegou - e Sarah tinha seu vestido de princesa e sua vela linda de aniversário com o número cinco.

— Faça um pedido - Ana sussurrou quando a menina se inclinou para soprar a vela.

A garotinha sorriu para a mãe e então para do seu outro lado, que tinha Teddy nos braços, e então balançou a cabeça.

— Eu já tenho tudo o que eu quero - garantiu e logo apagou sua vela.

Ana sentiu o coração disparando de amor por aquela garota, por Christian, por Teddy.

Como era possível ela ser tão sortuda?

Sarah se virou de onde estava em pé na cadeira e abraçou Ana, logo se virando para abraçar o pai junto de Teddy também, ainda puxando a mãe para um abraço em família porque Sarah amava abraços ainda mais os em família.

Ana olhou ao redor, seus pais estavam ali, sorrindo - talvez pela primeira vez apenas por estarem felizes por outras pessoas - e também seus sogros. Eles eram o motivo de tudo aquilo se você visse do começo de tudo.  Mas as tradições e os costumes não foram a resolução de nada. Christian e Ana sabiam disso, passaram por muita coisa para não terem dúvida sobre aquilo.

Ana sentiu um beijo em seu cabelo.

Christian.

Ela olhou para cima, ainda tendo Sarah com os braços em volta de si, e sorriu para o marido.

Ela o amava. Ele a amava. Simples assim. E aquilo era contra todas as probabilidades.

Eles foram prometidos um ao outro antes mesmo do nascimento, e com certeza nenhum dos dois jamais imaginou que se sentiria tão feliz por aquilo.

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Notas finais do capítulo

Booooooom, difícil agradecer com as palavras certas, hein, mas então, manas, muuuuuuuuito obrigada, muito mesmo, gente, vcs foram incríveis em cada capítulo - mesmo com algumas ameaças - eu amei cada comentário, cada favorito, cada simples "continua", cada coração. Vocês não tem ideia de como vcs me motivaram a continuar escrevendo, de como me fizeram rir, de como me fizeram me sentir incrível escrevendo uma história que os fazia parar o tempo de vocês para ler e ainda comentar :D eu nem sei como descrever como estou me sentindo agora, depois de postar o último capítulo dessa história que eu me apaixonei também, espero não ter decepcionado ninguém, espero ter retribuído esse carinho que vocês me deram com a mesma proporção. Obrigada, obrigada, obrigada à todo muuuundo, espero que a gente curta mais algumas histórias minhas e até de vocês tbm ;)
I love do coração todas vocês :D



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