Os Visitantes de Nárnia escrita por SnowShy


Capítulo 2
Manjar Turco e Bolinhos de Chuva


Notas iniciais do capítulo

Oi, genteeee! Muito obrigada a todos que comentaram, colocaram a história nos acompanhamentos e à Phoenix que, além de tudo, favoritou ❤❤❤ Vocês me deixaram muito feliz! Aaaaaaa
Enfim, aqui está o próximo capítulo, espero que gostem! :)



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— Então quer dizer que colocando um monte de ingredientes malucos nesse caldeirão sinistro você vai ter poder suficiente pra dominar o mundo e quer que eu te ajude? — Perguntou Edmundo a Cuca após esta explicar por que o menino estava em sua caverna. Ele ainda estava com medo, mas tentava demonstrar o mínimo possível.

— Primeiro o Sítio do Picapau Amarelo, depois o mundo, isso. Mas eu não quero só que você me ajude, quero que me oriente. Você um rei e quem vai governar é você.

— Eu vou governar o mundo inteiro?

— Isso.

— E você acha que eu acredito em você? Você é uma bruxa! Eu já conheci uma e ela tinha um discurso bem parecido com o seu, não vou ser enganado de novo. E mesmo que eu nunca tivesse lidado com uma bruxa antes, você me amarrou nesta cadeira, eu teria que ser muito burro pra achar que quer o meu bem!

— Ah, você tem razão, onde eu estava com a cabeça? — Cuca, então, estirou a mão e uma espécie de raio chegou às cordas que amarravam Edmundo à cadeira e as partiu.

— Incrível! Mas eu ainda estou dentro de uma cela.

— Se eu te tirar daí, você vai fugir. Eu sei que ainda não confia em mim. Quando confiar, eu o tiro da cela. Enquanto isso, vou preparando a minha poção.

Enquanto colocava ingredientes malucos no caldeirão, Cuca olhou para o Rei Edmundo, analisando-o, e disse:

— Você está tão magrinho, deve estar fome. Quer algo pra comer?

Edmundo ficou com medo de ser envenenado, mas estava realmente com muita fome, não havia comido desde que fora capturado pela Cuca. Ele hesitou, mas acabou respondendo:

— Eu aceito. Mas só se você comer primeiro.

— Acha que eu vou te envenenar? Ah, não, você não serviria pra mim envenenado. Mas tudo bem, vou te provar como só quero que você seja uma criança saudável. O que gosta de comer?

— Manjar turco.

Edmundo teve péssimas lembranças quando Cuca fez uma tigela de manjar turco aparecer magicamente. Cumprindo com sua palavra, a bruxa experimentou um dos cubinhos, provando que a comida não estava envenenada. Em seguida, entregou a tigela para Edmundo, que praticamente devorou o conteúdo.

***

Emília e Visconde ficaram impressionados com a história dos Pevensie e muito sentidos pelo irmão desaparecido. Quer dizer, Visconde ficou, a parte que mais interessou a Emília foi a que a Rainha Susana tocou a trompa para pedir ajuda. Ela tinha uma trompa mágica, era isso mesmo?! Como Susana era boazinha, deixou a boneca dar uma olhada na trompa. Emília estava encantada!

Eu ainda não falei por que ela e Visconde estavam andando pela mata antes de encontrarem os Pevensie, não é? Acontece que, naquele dia, a boneca de pano havia tido a sensação de que encontraria algo muito interessante na mata para guardar em sua canastrinha e chamou Visconde para ir procurar por esse algo com ela, mas acabaram encontrando o Rei e as Rainhas. Quando a Marquesa contou isso, Lúcia achou que essa sensação dela era, na verdade, parte da magia da trompa, que fez Emília e Visconde estarem no Capoeirão no momento certo para ajudá-los. Já a boneca,  achou que talvez o "algo muito interessante" que ela encontraria fosse alguma coisa deles, como aquela trompa... Não, mas Susana não lhe daria a trompa, ela sabia, por isso não disse nada daquilo em voz alta. De qualquer forma, os irmãos perceberam que ela gostava de colecionar coisas interessantes, então prometeram que, após salvarem Edmundo, lhe dariam alguma lembrança para guardar na canastra, e a bonequinha ficou super feliz.

Logo que chegaram ao Sítio, conheceram Narizinho. Ela estava desesperada procurando Emília, pois esta não havia lhe avisado que ia sair e a menina ficou achando que algo ruim podia ter acontecido com ela, ainda mais porque Visconde também havia sumido. A boneca, então, lhe explicou o que estava acontecendo e lhe apresentou aos três visitantes.

— Que coincidência, o meu nome também é Lúcia! — Ela disse, ao ser apresentada à Rainha Lúcia, que, na verdade, era acostumada a ser chamada de "Lucy", mas, por alguma razão, desde que saíram de Nárnia, os irmãos Pevensie estavam falando português fluentemente e chamando uns aos outros pelas traduções de seus nomes. Bom, isso acontecia com a maior parte dos estrangeiros que iam ao Sítio, como os personagens de contos de fadas, eles também começavam a falar português do nada. Enfim, vamos voltar à fala de Narizinho: — Mas não se preocupe porque não vai haver nenhuma confusão por causa do nosso nome, já que todo mundo só me chama de Narizinho e geralmente até esquece que o meu nome verdadeiro é Lúcia hahaha.

Outra coincidência de nome aconteceu: o Rei Pedro tinha o mesmo nome do primo de Narizinho, a quem todos chamavam de Pedrinho. Falando nisso, ele apareceu logo depois, dizendo que ainda não havia encontrado o Visconde e a Emília.

— Ah, vocês tão aí! — Ele disse, ao notar a presença dos bonecos. — E quem são eles? — Perguntou, referindo-se ao Rei e às Rainhas.

— Aaaahhh eu não vou explicar tudo de novo! — Reclamou Emília. — Fala você, Visconde, ou você, Narizinho.

Então aconteceu o mesmo que acabara de acontecer com Narizinho: explicações e apresentações. Depois, os Pevensie foram levados para conhecer todo o Sítio do Picapau Amarelo. Eles acharam tudo muito lindo e diferente, desde a vegetação até a comida, a única coisa familiar eram os animais falantes. Dona Benta e Tia Nastácia foram extremamente bondosas e, mesmo sendo da realeza, os irmãos não esperavam ser tão bem recebidos no Sítio. Elas falaram que ajudariam na procura por Edmundo e que avisariam a todos os conhecidos a respeito do caso.

Dona Benta, além de pedir que se sentissem em casa, achou que estivessem com calor usando aquelas roupas de reis e rainhas e disse que providenciaria roupas mais leves. Eles disseram que não precisava (apesar de estarem realmente com muito calor), mas Narizinho foi logo dizendo que podia emprestar as dela a Lúcia e eles perceberam que as moradoras do Sítio fariam questão de fazer essa gentileza. Elas eram muito legais! Tudo o que os Pevensie podiam fazer era agradecer pela hospitalidade.

Enquanto isso, Tia Nastácia, que já estava fazendo bolinhos de chuva antes d'eles chegarem, disse que deviam estar com fome (e eles estavam mesmo, não haviam comido nenhuma vez depois de começar a procurar por Edmundo lá em Nárnia) e os convidou à cozinha. Eles nunca tinham ouvido falar em bolinhos de chuva e o que imaginaram quando Tia Nastácia falou neles foram muffins feitos com água da chuva, mas sabiam que não devia ter nada a ver. Hummmm o cheiro era bom! E, ao experimentarem, perceberam que o gosto era ainda melhor! Os três não paravam de elogiar os bolinhos e a Tia Nastácia e de agradecê-la por deixá-los comer.

— Ah, que é isso? Eu é que agradeço a realeza por gostar tanto da minha comida! — Tia Nastácia sempre ficava feliz quando gostavam de sua comida (e todo mundo sempre gostava).

Mas quem mais estava gostando era Lúcia. Não, ela não tinha gostado, tinha amado! Estava pensando que queria comer aqueles bolinhos todo santo dia! Porém, ao mesmo tempo, ela estava triste. Pensava se Edmundo estaria com fome naquele momento e até se sentia mal por estar tendo o privilégio de comer algo tão bom enquanto o irmão estava em perigo...

Após o lanche, Lúcia vestiu roupas de Narizinho, Susana, roupas antigas de Dona Benta e Pedro, de Tio Barnabé, e todos do Sítio e de todo o Arraial dos Tucanos passaram o resto do dia procurando por Edmundo. O Coronel Teodorico até teve a ideia de pedir para os irmãos fazerem uma descrição física do Rei para alguém desenhá-lo em cartazes e distribuí-los. As pessoas (animais falantes e bonecos também) procuraram pelo Sítio, pela mata, pela cidade... Porém, infelizmente, não acharam nem sinal de Edmundo em lugar algum.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Espero que eu não tenha feito vcs ficarem com fome! Kkk