No meio de tudo escrita por lissaff


Capítulo 6
Capítulo 5 (+18)


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira cena de amor escrita, peço desculpas por qualquer pressa na escrita ou qualquer incomodo que sentir. Espero que gostem :)



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Helena

 

Não sei como aceitei ir para o apartamento dele.

A noite saiu totalmente do meu controle, ele contando sua história, a comida, o vinho, a dança, o beijo. Foi uma quebra de expectativa para o que eu pensei que seria, saiu tudo do meu controle, mas eu não podia estar mais feliz.

Nathália tinha razão, eu não iria dormir em casa hoje.

Estava no banco do passageiro do carro dele, o admirando. Bernardo era ainda mais bonito de perfil, seu queixo arredondado, a barba que ele não fazia desde do tiroteio dava um realce na cor dos olhos que eu tenho certeza que ele não entendia. Não tem um ângulo que este homem fique feio.

Ele estava dirigindo, concentrado, quando percebeu que eu o olhava sem parar, pegou minha mão e a beijou.

— Tudo bem?

— Tudo. - Respondi com a voz leve, sorrindo.

Apesar dos perigos os quais estava correndo como médica, estava realmente tudo bem. Nunca tinha sentido essa felicidade com outro homem, nem essa certeza e esse desejo de querê-lo para mim, para todo sempre. Pensava que já tinha me apaixonado antes, mas hoje sei que estive errada.

Chegamos no seu prédio, era um estilo antigo, rustico, tinha mais andares do que os prédios desse modelo normalmente tinha. Entramos no elevador, ele se encostou no canto e me puxou para ir junto. Fiquei de costas pra ele, sentindo todo o seu corpo contra o meu, seus braços me envolviam e apesar de não estar correndo nenhum perigo, eu me sentia protegida. A energia que senti no hospital e no beijo estava quieta, mas presente, parecia como um leve ima nos unindo para nunca mais soltar.

Uma de suas mãos colocou meu cabelo todo para um lado, deixando meu pescoço a mostra e ele começou a beijar. No simples toque de sua barba ao meu pescoço eu arrepiei, quando seus lábios chegaram a minha pele, gemi baixo, perdendo o controle de meu corpo, fui mais para trás, o pressionando no canto do elevador. Ele não reclamou, um de seus braços segurou meu braço mais forte enquanto a outra ainda me segurava pela cintura. Nós dois estávamos para fazer amor ali mesmo.

A porta do elevador se abriu.

Eu me assustei e Bernardo acabou me empurrando para longe dele no susto, as portas se abriram para uma senhora que aparentava ter seus 80 anos. Andando com a ajuda de uma bengala, cada passo parecia ser um grande esforço, ela sorriu.

— Boa Noite.

— Boa Noite. - Respondemos juntos, meu rosto latejava e eu sabia que estava parecendo um tomate. Olhei para Bernardo e ele colocou a mão nos bolsos.

A senhora posicionou sua bengala ao seu lado, no meio do elevador. Bernardo tinha espaço por estar no canto, mas eu estava totalmente espremida no lado dela.

Bernardo tentou me puxar de novo e eu repreendi com os olhos, ele tava ficando louco? Ficar se beijando com a senhora ali no meio do elevador? Minhas costas já estavam doendo de ficar contraída, meus braços tremendo de ficar segurando meu corpo, finalmente o elevador parou no andar de Bernardo. Saímos dando pequenos pulos para não incomodar a senhora, ela somente acenou.

— Se eu te falar que ela sempre faz isso, você acredita? - Bernardo falou, eu ri imaginando a situação.

Ele me conduziu para a porta de seu apartamento, enquanto procurava a chaves e abria a porta, fui tomada por uma parte de mim que era levada, vontade de deixar as coisas mais leves. Apesar de nos beijarmos, passar a noite juntos era uma coisa mais séria, tinha um certo nível de tensão na situação e eu queria me livrar de tudo, só queria estar relaxada com ele. Curtindo o momento.

Fiquei atenta, não escutei direito suas desculpas de que o lugar era pequeno e estava bagunçado. A porta se abriu totalmente, Bernardo estava levando as chaves ao seu bolso, eu me apressei e tomei de sua mão. Comecei a entrar no apartamento de frente pra ele.

Balançava as chaves em minha mão sorrindo maliciosa, ele riu, entendendo. Toda tensão estava indo embora. Ele passou pela porta lentamente, analisando cada movimento meu, deve ser coisa de policial. Bernardo fechou a porta e se virou totalmente para mim, soltei as chaves em meu decote, senti elas pararem em meu sutiã.

— Você pode pegar suas chaves de volta. - Minha voz saiu aveludada, joguei todo o meu charme. Desfilei até o fundo do sofá, que estava de costas pra mim,  e me encostei. - Com a boca.

Ele se espantou, mas logo se animou. Bernardo veio em minha direção, seus braços entrelaçaram na minha cintura e ele me beijou. Fogo, fogo, um incêndio acontecia dentro de mim, meu estômago parecia estar em uma rave, meu coração tão acelerado que me sentia humilhada por ele fazer me sentir assim tão fácil.

Suas mãos desceram para minha coxa, me fazendo entrelaçar-las nele, não nos paramos de nos beijar nem para respirar. Não sabia para onde ele estava me conduzindo, só senti a parede em minhas costas, ele me parou de me beijar,, seus olhos procurando um feicho e suas mãos procurando um zíper. Enquanto respirava, notei suas intenções.

— Não rasgue. - Falei o advertindo.

— Eu compro outro. - Suas mãos já estavam por cima de meus seios, ele rasgou meu vestido em uma força tamanho que o rasgo foi parar em meu umbigo, minha lingerie estava a mostra. Lingerie preta, sutiã sem alça, cobria só a parte de meu mamilo, o resto era uma renda bem desenhada que ia até minhas costas. Entre meus seios, a chave.

— Meus Deus. - Ele falou ofegante, parecia me admirar. Não pude evitar um pouco de constrangimento.

Porém, se consegui sentir tal coisa, não durou muito tempo. Bernardo já estava beijando meu colo, diferente do beijo em que estávamos, esse estava delicado, romântico, ele beijava cada canto de meu colo, cada beijo me trazia um arrepio diferente, complementar ao anterior. Minhas mãos estavam em seu cabelo, o segurando, quase o puxando, em uma selvageria em que eu não conseguia explicar.

Antes de beijar meus seios ele me olhou, nossos olhares se encontraram, eu só conseguia mostrar para ele o tanto que eu o queria. Ele parece entender e logo começou a beijar meus seios, ele me tirou da parede e me colocou da do outro lado, não percebi nessa mudança de lado que meu sutiã já estava solto.  E então ele riu, uma risada gostosa, de campeão, maliciosa, antes que o sutiã caísse por completo ele pegou a chave com os dentes, me olhou rindo e a cuspiu para longe.

— Ganhei. - Ele disse entre beijos em meu colo.

— Isso está injusto, eu estou praticamente pelada e você ainda de blusa. - Ele riu

— Vamos pro quarto.  - Não sei de onde essa ousadia estava surgindo em mim, mas eu estava gostando.

— Pra que? A gente tem o lugar inteiro. - Ele me olhou confuso, mas não deixou isso atrapalhar o clima.  Me tirou da parede e me colocou no chão delicadamente.

O chão estava frio, mas meu corpo estava tão quente que não me importei, foi a primeira vez que percebi que estávamos em um corredor, não tinha nenhuma decoração, nenhuma foto ou estante. Percebi que ele tinha me soltado completamente no chão, não perdi tempo e tirei sua blusa enquanto ele desabotoava o cinto e a calça, joguei a blusa para trás e apreciei seu corpo usando as mãos, passando por cada canto.

Ele não era travado,apesar de eu ter achado que era,  mas tinha a quantidade certa de músculos por todo corpo, algumas veias eram destacadas em seu braço, porém não era exagero. O corpo dele tinha a quantidade certa de tudo, parecia ter sido desenhado por um artista. percebi que as mãos não era o suficiente e me levantei para beijá-lo, comecei por sua boca, desci para pescoço - ele prendeu um gemido, pude sentir seus arrepios aos meus beijos. Isso me deixou feliz, por ele ter a mesma reação que tenho aos dele. - cheguei ao peito e só parei quando minha coluna reclamou por causa da posição ruim.

Voltamos a nos beijar, o incêndio entre nós dois parecia ficar maior. Apesar de estar os dois só com roupas íntimas no chão de um corredor, eu queria ele mais perto do mim, queria que nós fossemos um, queria ele dentro de mim.  Nossas peles roçavam, nosso suor se misturava apesar do chão frio e o desejo aumentava cada vez mais.

Ele partilhava do mesmo ao finalmente tirar minha calcinha, cada movimento um beijo, eu não aguentava mais tanto esperar. Ele jogou longe minha peça íntima e  logo tirou a dele e, enfim, nos tornamos um.

Nós fizemos amor no corredor até o chão ficar tão frio que começou a me incomodar, Bernardo me pegou no colo como uma príncipe faz como uma princesa e fomos para cama. Em meio aos lençóis, com a visão de todo corredor, comecei a ter um ataque de risos, ele ficou confuso, ofendido.

— Ai meu deus. - Respirei fundo para contar a ele. - Eu não tenho roupa para voltar para casa.

Bernardo soltou uma risada, mas não porque achou graça, era uma risada de alívio.

— Eu te empresto uma minha sua boba.  Agora vem aqui. - Ele me puxou para perto dele, não pude conter um gritinho.

E nos amamos de novo, de novo e de novo, vemos o sol nos dar bom dia. Só dormimos quando nossos corpos já entraram em exaustão pelo exercício, ao perder a consciência nos braços deles, eu só sabia pensar o tanto que não queria voltar para casa.





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