Yellow escrita por MidorimaNailss


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

— Era para essa história ter sido publicada no dia 20/04/2018, que é o aniversário do Bakugo, mas eu não consegui, então estou publicando agora hahaha.
— Espero que gostem. Desejo a todos uma ótima leitura! ♥
— Tive essa ideia após ler a fic "Red", da @ akemihime, pois fiquei pensando que gostaria de evidenciar a cor amarelo, por combinar com o Bakugo.



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Y E L L O W

Naquele dia, que era aniversário do Bakugo, o céu resolveu presenteá-lo com uma vista de tirar o fôlego: as cores amarelas e laranja se combinavam, entrelaçando-se, vez ou outra, com um tom vermelho, o qual surgia discretamente em alguns pontos, de maneira a formar um lindo e chamativo pôr do sol – este parecia se lançar sobre toda a cidade, praticamente implorando por atenção.

Kirishima estava ao lado dele, também aproveitando e apreciando o cenário em questão, permitindo-se sentir uma brisa suave lhe tocar a face, acompanhado de um silêncio acolhedor no caminho que faziam. No entanto, vez ou outra, inevitavelmente, lançava olhares para o loiro.

Logo de cara, percebeu que ele combinava com a paisagem. O cabelo dele parecia se juntar à imensidão daquele céu, enquanto seu rosto adquiria um brilho especial, tudo por causa dos pequenos raios de Sol que ainda se faziam presentes.

Ainda, naquele momento, Bakugo parecia emanar uma aura de calmaria. Com os olhos dele fechados, parecia permitir que o ambiente o levasse para um destino incerto, porém seguro.

O ruivo sorriu enquanto pensava nisso.

— Hoje está um dia... muito bonito. — Afirmara Bakugo, com um tom de voz baixo, como se não quisesse atrapalhar a natureza.  

— Sim! — Exclamou Kirishima, impressionado com o cenário. Em seguida, desviou o olhar, carregando consigo um misto de constrangimento e surpresa. O primeiro pelas palavras que proferiria em seguida, já, o segundo, por parecer que Bakugo lia seus pensamentos as vezes.   — Tá combinando com você. — O loiro abriu um dos olhos, fitando-o de soslaio.

— Oh... — Havia ficado sem palavras. — Eu imaginei o contrário. Do tipo, esse céu tá a sua cara. — Kirishima começou a rir.

— De verdade? Estamos em sincronia, então, parceiro! — Um sorriso discreto, e até meio sem jeito, apareceu no rosto do loiro.

— Tudo indica que sim. — Parou de caminhar, apoiando os braços na parte traseira da cabeça, enquanto fitava o céu.

Para a surpresa de Katsuki, uma borboleta amarela apareceu em frente ao rosto dele, pousando em seu nariz após voar por direções incertas.

Eijiro, assim como Bakugo, ficou observando a situação, extremamente quieto e imóvel. Os dois não queriam espantar o bichinho, que era tão delicado e ao mesmo tempo muito belo.

Infelizmente, Katsuki não conseguiu segurar, e soltou um breve espirro, suficiente para espantar a borboleta, que ficou sobrevoando entre os dois, porém mais distante.

— Eh... eu estraguei tudo. — A reação do amigo fez Kirishima gargalhar. Nunca tinha o visto tão desapontado.

— Parece que o universo sabe que hoje é o seu aniversário, e está te dando parabéns da melhor maneira possível. — O ruivo colocou um de seus braços sobre o ombro do amigo, puxando-o para mais perto, com um enorme sorriso no rosto. — Feliz aniversário, Bakugo!!!!! — Ficou parado ao lado dele, olhando na mesma direção, com o coração carregado de sentimentos bons.

— Oh...

— Oh???

— Hoje é meu aniversário. Eu tinha esquecido.

— Oh... Espera, é o quê? Você está de sacanagem, não é?

— Claro que não seu idiota, se eu estou falando que eu não lembrava, é porque eu não lembrava realmente. — Kirishima desatou a rir.

— Você é incrivelmente engraçado.

— E você é barulhento.

— Que seja! — Proferiu leves tapinhas nas costas do amigo. — Te comprei um presente, de qualquer maneira. — Vasculhou os bolsos da bermuda, ocasião em que suas mãos encontraram um pequeno embrulho. — Não é grande coisa, na verdade, eu não sabia com o que te presentear, então...

Entregou ao amigo, estava ansioso pela sua reação, mesmo sabendo que se tratava de algo mais parecido com uma lembrancinha do que um presente apropriado. Querendo ou não, tinha um significado especial.

— Um chaveiro, em formato de Sol. Com um rosto... fofinho? — Kirishima abriu um enorme sorriso.

— Sim! Você acabou de descrever o que eu te dei! Ah, e repara só, tem um dentinho pequeno aparecendo no traço da boquinha, é que nem o meu. Para você lembrar de mim. — Eijiro voltou a mexer no bolso de sua bermuda.

— E eu tenho um chaveiro de Girassol, também com rostinho. Só que ao invés de dentinhos, ele tem uma veia saltando. Tipo você, quando fica estressado. — O ruivo evitou olhar diretamente para Bakugo. Estava com medo de presenciar a reação dele e perceber que não havia gostado da ideia. Desatou a falar, deixando seu nervosismo a mostra.

— Eu que fiz! É de crochê. Não demorou muito. Queria algo diferente. Algo próprio. E que lembrasse a gente. Não sei. — Caso Katsuki não tivesse o interrompido, estaria falando até agora.

— Eu amei. Ficou ótimo. — Finalmente o amigo conseguiu encará-lo, com os olhos brilhando de felicidade. Por um breve instante, notou que Katsuki se encontrava um pouco corado. Talvez por não estar acostumado a elogiar os outros. — Obrigado. Pelo presente e também por se lembrar. — Colocou o chaveiro na mochila, numa parte bem visível. Na verdade, como a mochila era da cor preta e o chaveiro amarelo, era quase impossível não o notar.

— Não precisa agradecer... — O loiro tinha voltado a caminhar, indicando que estava prestes a ir embora. No entanto, instintivamente, Eijiro segurou na mão dele, impedindo que continuasse a andar. — Eu queria ficar um pouco mais por aqui, com você, se não se importar.

Katsuki apenas assentiu. Mais uma vez, o tom de pele dele parecia adquirir a cor vermelha, levemente.

Os dois se sentaram em baixo de uma árvore, lado a lado, de modo que voltaram a observar o céu e a sentir a natureza ao redor deles. Tudo aquilo era incrivelmente inspirador.

— Duvido que tenha sido rápido fazer esses chaveiros. — Bakugo lançou um olhar desconfiado para o ruivo. — Acho até que você teve que aprender como fazia. — Aproximou-se do amigo, encarando-o, como se tentasse arrancar uma confissão.

— T-Talvez...

— Aposto que precisou fazer e refazer. Até mesmo virar algumas noites...

— Não sei do que está falando... — Tentou desconversar, porém, falhou miseravelmente. Suas expressões eram suficientes para demonstrar que o loiro tinha razão.

— O que eu quero dizer é que, talvez, eu deva agradecer apropriadamente, Shitty Hair*... — E então, inesperadamente, Bakugo deixou que seus lábios tocassem os de Eijiro, virando seu corpo para ele, posicionando-se melhor.

Enquanto o beijava, enquanto o segurava desajeitadamente, o ruivo tinha sua mente inundada por sensações e lembranças boas. Pensava na mão do Katsuki tocando no rosto dele. Era suave, macia e quentinha. Também sentia o conforto dos lábios dele e a segurança proporcionada pela sua simples presença.

Eijiro gostaria de viver esse momento mais de uma vez.

Ou então, parar no tempo... e ali permanecer...

O ruivo permitiu que suas mãos pousassem nas costas de Katsuki, onde com o tempo ali percorreram, puxando-o para perto, acariciando-o. Permanecendo.

Kirishima admirava Bakugo. Inspirava-se nele.

E, por isso, pensou em lhe dar um presente com um significado especial — talvez Bakugo não soubesse, precisamente, a simbologia por trás daqueles chaveiros, mas, Eijiro esperava poder contar para ele um dia.

Aparentemente, depois de hoje, essa possibilidade parecia cada vez mais próxima.  Por enquanto, ele apenas aproveitaria o momento.

Para Kirishima, Bakugo era como o Sol – de modo que, tal qual o girassol, não importava em que direção ele fosse, o ruivo sempre o acompanharia.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Não deixem de comentar hihi ~
OBS:
*preferi não traduzir o shitty hair, pois ficaria estranho, mas o Kirishima é chamado assim pelo Katsuki em algumas histórias e até mesmo no mangá, se não me engano.



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