My Fault escrita por Hi Aniki


Capítulo 1
And My Apologies


Notas iniciais do capítulo

Devo admitir que (ainda) não joguei Overwatch, mas logo logo irei :p
Manjo um pouco dos paranauê a respeito da história do game e tudo mais, mas espero não ter ficado muito OOC os personagens.
E sim, o casal é McGenji (mas sim, eu shippo McHanzo também, shippo McShimada na real :p)
Créditos ao autor da capa.
Espero que gostem :)
Postada no Nyah também.



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Depois de uma sangrenta batalha contra seu irmão Hanzo, Shimada Genji ficou extremamente ferido mas vivo, e foi resgatado por membros da Overwatch e curado, entretanto, houve um grande preço, que foi a conversão de seu corpo por partes robóticas, se transformando assim em um cyborg. Com essa grande mudança, Genji se tornou outra pessoa, cheio de amargura, raiva e sem misericórdia, mas se dava bem com os outros membros do grupo, pois os mesmos eram toleráveis, até que seu chefe, Reyes, o convocou para participar da Blackwatch, uma divisão da Overwatch que trabalharia nas sombras e usaria de métodos mais, entre belas aspas, radicais. Na Blackwatch, ele conheceu um rapaz dois anos mais velho que si, um cowboy, antigo membro da temível gangue Deadlock Rebels, Jesse McCree, um cowboy de araque e piadista, que virou seu parceiro de missões, mas o mesmo praticamente não calava a boca um instante e adora tirar sarro de si quando tinha oportunidade – um pouco parecido com si antes do acontecimento. O homem era muito bom com as pistolas e tinha uma mira impecável e um ataque melhor ainda, na qual acertava várias pessoas quase que de uma só vez, em um intervalo de tempo muito curto. Mas isso não tirava a chatisse dele para consigo.

Jesse era muito brincalhão e sempre fazia piadas, estando em missões ou não, estando sério ou não, e aquilo ia cutucando sua curta paciência em um nível que ele se perguntava porque não havia lançado seu dragão contra o outro ainda (ou até sabia, pois se o fizesse, iria receber uma bronca de Reyes). McCree gostava muito de contato físico, e sempre colocava a mão em seu ombro esquerdo, mesmo ele dizendo que não queria que ele o tocasse, parecia que o cowboy fazia de propósito para medir sua paciência.

Mas chegou um dia que Genji já não estava mais com paciência para aturar as brincadeiras de Jesse e o incômodo que sentia, causado pelo cowboy, entretanto, o que era pra ter sido só um susto ou outra brincadeira mais pesada, uma extravasada, se transformou em uma verdadeira tragédia...

 

 

 

 

~*~*~*~*~*~

 

 

 

 

Genji e McCree haviam acabado de voltar de uma missão exaustiva e complicada, mas nada que eles não pudessem dar conta, eram incríveis de qualquer forma mesmo. Mas naquela noite, por volta das dez, o japonês não estava de bom-humor, na verdade, parecia ter acordado com o diabo encarnado e sentado em seus ombros, pois durante o dia inteiro ficou com as sobrancelhas franzidas e uma aura de pura raiva rondava seu corpo; Reyes e a Dra. O’Deorain preferiram manter certa distância do cyborg e não o estressar demais, mas seu parceiro, Jesse, não fez o mesmo. Ele ficou grudado em si praticamente o dia todo, falando com ele sobre qualquer coisa que fosse, não se importando se Genji lhe respondia ou se ao menos prestava atenção no que ele dizia. Ria alto perto do outro, abraçava-o pelos ombros, cutucava sua máscara onde ficaria sua bochecha, bagunçava seus cabelos...o mesmo de sempre, e ele apenas iria descontar sua raiva no boneco de treino depois, como sempre fazia, mas naquele dia ele não estava com essa paciência.

Durante a missão, tudo correu bem, apenas fora um pouco complicada e levemente estressante, mas deram conta, o pior foi quando voltaram. Genji não sabia até quando iria segurar aquela raiva dentro de si sem explodir tudo pelos ares com seu dragão. Reyes e O’Deorain notaram isso e nem pediram o relatório para ele quando o mesmo chegou, então ele foi para seu quarto de uma vez, mas o que ele não queria que acontecesse ocorreu: Mccree ainda não havia desgrudado de si. Ele falava algo sobre a missão, dizendo que havia matado mais membros da Talon que ele e que o mesmo estava lento e enferrujado, que precisava de óleo nas parte mecânicas. Ria e dava tapinhas em seu ombro, mas aquilo foi a gota d’água.

— McCree, cala a porra da boca pelo menos uma vez na sua vida de merda. – Ele disse com uma voz mais grossa e grave, parando no meio do corredor, com o cowboy atrás de si, surpreso pelo jeito que Genji reagiu.

— Ah, vamo’ lá darling, não precisa disso tudo. – Ele disse debochado, e no momento em que ele foi colocar a mão esquerda na cabeça de Genji, o mesmo desviou para o lado rapidamente, o olhando com os olhos vermelhos afiados de raiva

— Eu já te disse várias vezes, não toque em mim. – Ele falou entre os dentes, com as mãos em punho, por um fio de não atacar o outro. McCree o olhou perplexo, e com isso, deu as costas e voltou a andar, só que com passos apressados e fortes. Mas Jesse o seguiu, decidido á falar com o outro.

— Espera aí Genji. Genji! Escuta aqui seu... – Ele andou rápido para alcançar o outro e colocou sua mão esquerda sobre o ombro esquerdo do japonês, que sentiu que sua paciência havia se esgotado. Ele nem comandou seu corpo, sentindo seu braço se dirigir até sua espada e seu corpo se virar rapidamente.

Ryjin No Ken Wo Kurae

Aconteceu tão rápido que nem Genji nem Jesse sentiram bem o que havia acontecido de primeira. O dragão verde se fez presente, mas sumiu tão rápido quanto apareceu. Segundos depois, Genji sentiu estar sujo no rosto e no corpo, além de notar uma poça vermelha se formando ao redor, e o braço de Jesse, com a tatuagem dos Deadlock Rebels caído no chão. Ele arregalou os olhos e olhou para sua espada, vendo o sangue de McCree escorrendo sobre ela e pingando no chão. Ao olhar para o homem á sua frente, ele notou que ele olhava aterrorizado para seu braço decepado e em choque, e depois olhou para si, com os lábios trêmulos, antes de cair no chão desmaiado, com a falta de sangue. Genji não sabia o que fazer, e aquela cena era tão familiar.... Ele pareceu entrar em transe naquele momento, vendo o volume de sangue aumentar de pouco em pouco, até que ouviu a voz de seu chefe na dobra do corredor.

— O que é que vocês pirralhos estão faz- JESSE! – Gabriel estava bocejando e parecia pronto para dormir quando viu a cena, correndo desesperado para perto de McCree, pegando seu casaco e colocando sobre o braço decepado, olhando para Genji, que os olhava sem qualquer foco nos olhos, tão aterrorizado quanto ele. – MOIRA, PREPARA UMA SALA DE CIRURGIA PRA AGORA. – Ele gritou enquanto pegava o cowboy nos braços, ouvindo passos se aproximando, sendo eles da doutora ruiva e de outros membros da Blackwatch, vendo a cena com espanto.

— Abram espaço, e alguém leve o Genji daqui. – A mulher falou com autoridade, afastando qualquer um em seu caminho, dirigindo Gabriel e Jesse para a área hospitalar.

Genji viu eles sumirem pelo corredor e sua mão esquerda estava tremendo, não sabendo se largava a espada ou se a segurava mais forte. Algumas pessoas tentaram se aproximar dele com receio de serem cortadas também, mas antes que alguém chegasse perto o bastante, o japonês saiu correndo em direção ao seu quarto, trancando a porta e largando a espada ali do lado, enquanto se ajoelhava sem forças á frente da porta trancada. Suas partes humanas tremiam e seus olhos não olhavam com foco para lugar nenhum; ele conseguia sentir o sangue quente de Jesse em seu rosto e braço, esfriando aos poucos. O que ele havia feito? Ele precisava se limpar, agora mesmo. Pegou sua espada e entrou no banheiro, ligando o chuveiro na água quente e entrando debaixo do mesmo em seguida, vendo o sangue escorrendo pelo seu corpo com a água e descendo pelo ralo. Tirou a máscara e a deixou no canto do banheiro, junto da espada e ficou ali por um tempo, naquela água que quase queimava sua carne, mas ele não parecia sentir, pelo contrário, ele esperava que aquela água de alta temperatura pudesse limpar a amargura que ele sentia em seu corpo, como se limpasse sua sujeira, o sangue que já não existia em seu corpo, mas que ele cismava em acreditar que ela estava ali.

Ele havia arrancado o braço de Jesse fora em um momento de fúria, e o que ele lembrou ao ver a cena foi a batalha entre si e Hanzo, quando decepou suas pernas. Lágrimas começaram a descer por suas bochechas, se misturando com a água, como se elas não existissem. Ele fechou a torneira e se sentou em outro canto do Box e escondeu o rosto entre os braços apoiados nas pernas, chorando baixinho, se arrependo amargamente do que havia feito.

 

 

 

 

~*~*~*~*~*~

 

 

 

 

O braço de McCree já estava todo deteriorado, provavelmente pelo contato direto com o dragão de Genji, não poderia ser salvo de maneira nenhuma. Foi isso o que Moira disse á Gabriel depois de operar Jesse, estancando o sangramento e costurando o braço do cowboy em um procedimento de emergência. Ele havia perdido bastante sangue, mas teve sorte de que foi levado rapidamente para a sala de cirurgia, mais cinco minutos e poderia ser que as sequelas fossem piores. Jesse estava estável agora; recebendo sangue, soro, medicamentos e descansando na cama do pequeno quarto reservado para os feridos, sendo que apenas estava ele ali. Apesar de não estar mais correndo risco de vida, ele ainda não havia acordado, e com certeza iria sentir a maior dor de sua vida quando o fizesse. Reyes agradeceu o trabalho bem feito da doutora e a dispensou, assim como os outros. Ao perguntar sobre o Shimada, alguns membros disseram que o mesmo havia se trancado no quarto e que eles não queriam chegar perto do mesmo, com receio de serem cortados também.

O que diabos havia acontecido entre eles? Reyes se perguntava enquanto olhava para McCree dormindo na cama, suspirando. Era melhor deixar ele ali, de nada ia adiantar ficando com o homem. Olhou para o relógio, marcando duas e quarenta e um, nem parecia que fazia apenas quase cinco horas que aquele escândalo havia acontecido. Pediu para que alguém ficasse de guarda, para o caso de McCree acordar, e que se alguém visse Genji, que era para levá-lo até sua sala imediatamente. Sendo assim, ele voltou para seu quarto, já sem muito sono, mas precisava descansar um pouco, pelo menos esperar amanhecer.

Quando deu três e meia da manhã, Genji destrancou a porta de seu quarto e foi á passos rápidos mas silenciosos para a ala médica, escondido nas sombras, como o ninja que era, sem ser visto, notado ou sentido. O membro que estava de guarda estava tirando um cochilo, o que facilitou sua entrada furtiva no quarto, tendo sorte de que as portas não faziam barulho ao abrir ou fechar. Ele ficou sabendo que não haviam conseguido salvar o braço do cowboy, devido ao poder de seu dragão, e aquilo o deixava magoado. Jesse iria precisar de uma prótese robótica, assim como si. Ele se sentou silenciosamente na cadeira ao lado da cama, tirou a máscara em respeito e segurou a mão direita do homem com a sua esquerda, se desculpando baixinho com ele, pedindo perdão e chorando silenciosamente. Ele sentiu um leve aperto e olhou para cima, vendo Jesse o olhando com ternura e um sorriso de lado, dolorido, mas ainda um sorriso.

— Olha só...acho que é a primeira vez que vejo você sem a máscara Genji, haha – Ele reclamou de dor, apertando os lábios para não reclamar alto demais.

— JE-McCree. – Genji ia se levantar de supetão e praticamente chamar alto o nome do outro, até que se lembrou que não poderia fazer barulho. – McCree...você.... Eu sinto muito Jesse, por favor, me perdoe – Ele não sabia o que dizer, apenas olhou para baixo, apertando mais forte a mão do outro e sentindo mais lágrimas escorrerem por suas bochechas com cicatrizes.

— Ei honey...olhe pra mim. – McCree disse, soltando a mão de Genji e a levando para seu rosto, limpando suas lágrimas. – Porque está chorando cariño? – Ele perguntou com um pequeno sorriso, tentando não reclamar da dor que sentia em ambos os braços – já que o braço direito estava com a agulha para os medicamentos.

— Porque? McCree, eu arranquei o seu braço fora e você está apagado á horas, e ainda faz piadinhas depois que acorda e me sorri desse jeito. Como você quer que eu não chore? – Ele disse em tom baixo, assim como o cowboy, segurando a mão em seu rosto, sentindo o calor da palma grande.

— É porque você tem um rosto tão bonito Genji...não deveria chorar assim por minha causa. – O japonês ficou estático ao ouvir McCree falar, corando de leve.

— Deixe de falar besteiras Jesse, você está grogue por causa dos medicamentos e por ter acabado de acordar. – Ele falou tímido por causa do elogio, tentou virar o rosto, mas Jesse não deixou.

— Eu falo sério Genji. Você é realmente muito bonito, deveria ficar sem a máscara mais vezes. – McCree lhe sorria gentil, mas seu olhar era sério. Aquela não era uma de suas brincadeiras, e só fazia o ninja ficar corado e tentar não chorar mais.

— McCree...você...não está bravo comigo? – Ele perguntou limpando as lágrimas que teimavam descer por suas bochechas.

— É claro que estou com raiva de você Genji. Você arrancou a porra do meu braço fora com sua espada e seu dragão. Como eu não ficaria com raiva? – Ele estava quase levantando a voz, com raiva, mas se acalmou. – Mas eu tenho de admitir que eu pedi por isso. Você não estava num bom dia e eu fiquei te pressionado. Eu sei que posso ser bem chato as vezes contigo sweetheart, mas eu prometo que isso não vai voltar a acontecer. Me perdoa?

— Eu que deveria pedir por perdão McCree, já que cortei seu braço fora. – Ele riu baixinho da carinha de cachorro perdido do cowboy.

— Ei Genji, vem cá, vamos dormir juntos, você deve estar cansado. – Ele sorriu travesso, indo um pouco para o lado, chamando o ninja para se deitar ao seu lado esquerdo.

— Nani? Mas Jesse...voc-

— Só vem cara, deixe de enrolar. – Ele inflou as bochechas como uma criança. O Shimada revirou os olhos e fez o pedido, deitando a cabeça em seu peito, sendo abraçado pelo braço esquerdo do cowboy, ou o cotoquinho que havia sobrado.

Por alguns segundos, eles ficaram em silêncio, mas não um silêncio desconfortável. McCree cantava baixinho uma música country bem brega, mas o outro não reclamava, ela quase o fazia dormir. E então, vindo de seu braço, uma pequena luz verde se fez presente, se enrolando no braço esquerdo de Jesse. Era o dragão espiritual de Genji, só que em miniatura; nem é preciso dizer que Jesse achou o máximo.

— Ele muda de tamanho? Seu gato estranho é bem fofinho quando quer. – Ele disse rindo, vendo o ser de luz verde se acomodar em seu braço, como se desculpasse pelo o que avia feito.

— Ele não é um gato Jesse, é um dragão espiritual lendário e...quer saber? Deixa pra lá, vai dormir cowboy. – Ele levantou um pouco a cabeça, olhando diretamente para McCree, que o encarava de volta.

— Você tem olhos bonitos sabia? – Ele piscou para o outro.

— Damatte cowboy baka. – Genji falou colocando um dedo na boca do outro, que levantou um pouco o corpo e, quando o japonês retirou o dedo do caminho, beijou-lhe os lábios com cicatrizes, um breve selinho.

— Okay senhor. – Ele riu e os dois voltaram a se deitar.

Por alguns minutos, eles apenas ouviam os batimentos um do outro, visto que a sala estava em puro silêncio, e com isso, adormeceram por fim.

 

 

 

 

~*~*~*~*~*~

 

 

 

 

Quando Gabriel acordou, a primeira coisa que ele fez foi checar seu “filho” Jesse, mas ao chegar na sala, viu um tumulto de pessoas, que estavam cochichando. Abrindo espaço entre elas, ele entendeu o que se passava: McCree e Genji estavam dormindo juntinhos na cama, e muito bem aparentemente, num sono pesado, já que o ninja não havia percebido a presença deles ali. Moira olhava para a cena com um sorrisinho de canto e com o celular na mão, assim como outros, provavelmente haviam tirado fotos da cena. No primeiro momento, Gabe quis dar um piti ao ver o culpado por ter arrancado fora o braço de Jesse, mas a doutora o olhou de uma forma que ele se acalmou. O que passou, passou, e era melhor eles dormirem, o momento deveria ter sido difícil para o japonês também. Obviamente tirou uma foto e mandou todos irem embora – nem reclamou com o guarda por não ter percebido a entrada do Shimada no quarto – e pediu que quando Genji acordasse, era para que alguém o mandasse para sua sala imediatamente.

Algumas horas depois, Genji e McCree acordaram e o japonês decidiu ir arcar com as consequências, e foi direto para a sala do chefe Reyes, onde recebeu um sermão daqueles e cara, nem seu pai dava sermões daqueles quando vivo, isso fora quando Reyes teve de contar o fato para Morrison, que quase teve um treco ao ficar sabendo do caso e por pouco não ia no QG da Blackwatch meter uma bala na cara do japonês por ter feito aquilo com seu “filho” – pense numa treta que foi entre Gabriel e Jack, com o negro argumentando que fora um acidente e que queria o rapaz na equipe; foi difícil, mas Jack aceitou a situação e disse perdoar Genji – que agradeceu por ter mantido a cabeça no lugar. McCree era atendido pela doutora O’Deorain, que providenciou um braço robótico para si e iria ajudá-lo na recuperação. Ela era bem legal, fora parecer e agir as vezes como uma cientista maluca, que dava um belo dum medo quando eles a encontravam coberta de sangue depois de uma operação ou com alguma seringa com líquido misterioso na mão.

As semanas foram se passando e Jesse se recuperava bem rápido – graças aos soros milagrosos de Moira – e já havia se acostumado com a prótese mecânica, mas as vezes ela dava uma falhada por ele ainda não estar 100%, e por isso, ele não era permitido ir em missões, o que deixava o americano bem bolado, enquanto via Genji rir contido enquanto no avião para sair em missão.

E então três meses se passaram. McCree havia finalmente recebido alta da doutora ruiva e iria para sua primeira missão depois da recuperação, com seu novo braço. Ele estava emocionado em ir para a missão, que apesar de não ser tão complexa, ele iria poder voltar á ativa. Genji não iria consigo dessa vez, e enquanto se preparavam, viu o japonês encostado na parede do hangar, com os braços cruzados, numa posição bem de deboche. McCree, que adorava cutucar a onça com vara curta, foi em direção ao japonês, com seu maior sorriso travesso.

— Veio se despedir? Que meigo da sua parte darlin’~ - Ele apoiou o braço ao lado do outro, que apenas piscou.

— Quem sabe né? Vim apenas para dizer para tomar cuidado, não quero que volte com outro braço faltando.

— Não obrigado, um já é o bastante. – Eles riram. – Mas sabe o bom desse braço robótico?

— O que seria Jesse? – perguntou arqueando uma sobrancelha.

— É que nós combinamos. – Ele se referia ao braço robótico do outro, que ficou corado e olhou para baixo.

— Tome cuidado cowboy, volte inteiro está bem? – Ele retirou a máscara e se ergueu na ponta dos pés, dando um beijo nos lábios de McCree, que retribuiu brevemente, disfarçando a cena para que passasse perto, colocando seu chapéu do lado, cobrindo os rostos.

— Claro mi luna, voltarei para você e seu gatinho. – Ele colocou o chapéu e foi se distanciando, indo para o avião ao ouvir a Dra. O’Deorain lhe chamar.

— Ele é um dragão Jesse. Dragão! – Genji – que já havia recolocado a máscara – lhe falou, sendo recebido apenas com um acenar e depois viu seu...hm...ficante(?) entrando no avião e o mesmo indo embora.

Apesar do que havia acontecido, nem Genji nem Jesse poderiam dizer que foi ruim. Afinal, se não fosse por aquilo, nunca teriam se tornado tão íntimos.

 

 


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Notas finais do capítulo

E é isso, espero que tenham gostado da fanfic, pois em breve irei voltar com mais histórias de Overwatch :3



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