Little Grimm escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 6
Linhagem


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/fERhVMc30JU-Melinda conhece Vanessa
https://youtu.be/WedkwElgLMs-Melinda mostra sua magia pra Vanessa.



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P.O.V. Melinda.

Eu estava no shopping, com as minhas amigas e estava lembrando de quando descobri que estava grávida e quando contei pro meu pai.

Flashback On.

Eu to atrasada. A minha menstruação tá atrasada e isso não acontece. Não acontece nunca. E eu to enjoada, passando mal. Então fui até a farmácia e comprei uma dúzia de testes de gravidez de várias marcas diferentes e vim pra casa o caminho todo bebendo uma garrafa de três litros de suco.

Depois de fazer muito xixi em muitos palitinhos diferentes e esperar, o resultado saiu.

—Cacete. Como eu vou contar isso pro meu pai?

Eu passei a semana inteira escondendo isso dele, então nós fomos jantar na casa do Monroe e da Rosalie. 

P.O.V. Nick.

Estávamos todos conversando e comendo quando de repente, Melinda fala:

—To grávida.

—O que?

—To grá-vi-da. Com g maiúsculo.

—Isso é alguma pegadinha?

—Não é pegadinha não. Eu transei e agora eu vou ter um bebê. Sabe, um pequeno ser humano sobrenatural meio Real.

—Meio Real?!

—O primo do Sean. O Kenneth, primeiro tentamos matar um ao outro, ai, ele me beijou, eu beijei ele e eu transei com ele. E agora eu vou ter um bebê.

—Ele tentou te matar?

—Eu invadi o quarto de hotel dele e tentei matar ele, ele me prensou contra a parede e a gente transou. Foi uma coisa meio violenta. Nós quebramos o quarto todo. Encima da mesa, depois na parede e depois na cama.

—Tá. Eu... não quero saber os detalhes. E o que pretende fazer agora?

—Bom, aguentar o enjoo, comprar roupas de maternidade e... depois parir e ser uma boa mãe pro meu bebê.

—Pretende criar?

—É.

—Eu preciso de ar.

Flashback Off.

P.O.V. Melinda.

Minhas amigas foram embora mais cedo e eu fiquei olhando as lojas. Quando uma mulher veio falar comigo.

—Com licença?

—Pois não?

—Meu nome é Vanessa Morgan e...

—Você quer ser mãe, mas não consegue.

—É.

—Quer um conselho? Para de tentar, desiste. Se você fica muito bitolada nisso, não funciona. Planejar demais, estraga.

—Quantos anos você tem?

—Vinte. Eu tive que voltar um ano pra trás por isso ainda to no ensino médio.

—E você tava planejando ter um filho?

—Não. E eu não planejo dar pra adoção. Eu sinto muito.

—Tudo bem. Eu... eu posso... tocar na sua barriga?

—Pode.

Ela colocou a mão.

—Devia tentar falar com ela, os médicos dizem que ela pode te ouvir mesmo estando a vinte mil léguas submarinas.

—Oi bebê. Meu nome é Vanessa. Eu queria muito conhecer você, queria ser a sua mãe. Você pode me ouvir bebê? Anjinho.

Eu senti a minha menininha chutar.

—Nossa! Isso... foi mágico.

—Você nem faz ideia.

—Obrigado.

Ela começou a se afastar. Eu respirei fundo.

—Ai, Vanessa?

—O que?

—Você quer mesmo ter um filho?

—Sim. Eu quero.

—Posso te ajudar com isso.

—E como você poderia me ajudar? Vai dar seu bebê pra adoção?!

—Não. Eu não sou como as outras pessoas, mas nem de longe. Você acredita no sobrenatural?

—Que tipo de pergunta é essa?

—Acredita ou não?

—Não.

—Então tenho que provar minha força.

—Sua força?

—Tá vendo aquelas garotas de rosa ali naquela mesa? Elas me enchem o saco na escola. Acho que elas vão ficar bem felizes em serem minhas cobaias.

Uma nuvem negra se formou sob a mesa e começou a chover sob as meninas, haviam pessoas filmando e então, raios.

As meninas começaram a gritar. E a correr.

Então a nuvem sumiu.

—Você... você fez aquilo?

—Fiz.

—Como?

—Magia.

Eu abri as mãos quando falei.

—Você é uma bruxa?

—Sou. Uma bruxa Grimm.

—Grimm?

—É. Meu pai é Grimm, minha mãe era bruxa.

—Grimm? O que é um Grimm?

—Já ouviu falar de Jacob e Wilham Grimm?

—Os escritores de contos de fadas?

—Ai é que tá. Todos os bichos das histórias são de verdade. Eles se chamam de Wessen. Os Grimms são caçadores. Nós caçamos os que nos caçam.

—Caçamos os que nos caçam?

—É o código. Vem, você quer dar o fora daqui? Ai eu explico.

P.O.V. Vanessa.

Bruxas e caçadores de seres sobrenaturais? Nossa!

—Fala mais.

—O meu pai tem esse lugar especial, onde ele guarda todas as coisas que foram passadas para ele através das gerações. Livros com relatos de vários tipos de Wessen, suas habilidades, sua aparência quando wogan e como matá-los. Ai ele tem nesse lugar especial, um armário. Lindo, o armário todo entalhado em madeira e dentro do armário... tem bestas, machados, estrelas da morte, espingardas para matar elefantes.

—Espingarda pra matar elefantes?

—É pra matar um tipo específico de Wessen. É um ogro. O bicho é feio que só ele. Ele tem ossos densos, por isso as balas normais não penetram, ai o meu pai... pega essa bala, coloca num veneno chamado Siegbarste Gewer, veneno para Siegbarst. É o nome do wessen. Ele enfia a bala na arma e bang. O veneno calcifica os ossos e ele morre. Eles são rancorosos, violentos e praticamente indestrutíveis.

—E o seu bebê é Wessen?

—Não. É muito provável que ela seja Grimm e que tenha magia.

—Então Grimm não é Wessen?

—Não. Os Grimm veem através da escuridão. Nós conseguimos ver os Wessen sem eles quererem, eles não precisam wogar para que possamos vê-los.

A garçonete veio com os nossos pedidos.

—Prontinho.

—Obrigado.

Ela olhou para a garçonete e então ela se afastou correndo.

—Grimm!

—Oi. Relaxa, eu não vou encostar um dedo em você. Você já matou um ser humano?

—Não!

—Ótimo. Continue assim.

A garçonete saiu correndo.

—Ela era Wessen?

—É. Fuchsbau. Parece uma raposa. Meu pai tem uma amiga Fuchsbau que é casada com um Bluthbat. Todos os Wessen que olham pra mim ou pro meu pai reagem assim. Eles correm.

—O que é um Bluthbat?

—Tipo um lobo.

—Lobisomem?

—Não. Lobisomens são diferentes, eles só se transformam na lua cheia e lobisomens não são Wessen. Eles não Wogam, eles se transformam completamente. É uma maldição. Uma vez ativada não tem volta e eles tem que se transformar toda a lua cheia e quando o fazem, quebram todos os ossos do corpo.

—Credo.

—Nunca chame um lobisomem de lobisomem. Eles preferem Lycans. Chamar um Lycan de lobisomem é como chamar um homossexual de viado. É pejorativo.

—Você falou que pode me ajudar a ter um filho.

—Isso não é ciência, é magia. Não tem garantia de nada. Vou falar logo porque não quero problema depois.

—Tudo bem.

—Vou fazer uma poção, e vou ter que matar um coelho.

—Porque?

—Precisamos do pé dele. Quanto mais fresco o pé do coelho, mais chance tem de dar certo. Vou fazer a poção, você bebe a poção, coloca o pé do coelho embaixo da cama e... faz sexo com o seu marido. E desse ponto em diante, é sua responsabilidade. Certo?

—Certo. Quando começamos?

—Temos que esperar a lua crescente. Lua crescente representa o renascimento e a fertilidade.

Quando a lua crescente finalmente chegou, eu estava no lugar onde marcamos. Ela trouxe a poção e o coelho ainda estava vivo.

—Mas, ele tá vivo.

—Mais fresco, mais fertilidade.

Ela fez carinho no coelho, cantou pra ele, então... quebrou-lhe o pescoço e cortou o pé fora.

—Vai pra casa, bebe a poção, coloca o pé do coelho embaixo da cama e... manda ver.

—Obrigado.

Eu fiz tudo o que ela mandou e... deu certo.

—É um milagre!

—Algo assim.

P.O.V. Kenneth.

Estava bolando um plano para pegar a criança, Diana quando um dos meus informantes entra na sala.

—Não vê que estou planejando?!

—Desculpe, Alteza, mas... há algo que precisa saber.

—E o que é?

—Alguém fora da família está carregando sangue real. E pelo o que me foi dito, essa criança será ainda mais poderosa do que a anterior. Diana. A nova criança não é plebeia. Ela tem sangue real dos dois lados da família.

—Como assim?

—A mãe é da realeza e o pai também.

—E quem é o pai?

—Você é. Alteza.

—A bruxa.


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