Paraíso escrita por Kori Hime


Capítulo 1
O paraíso de Alphonse


Notas iniciais do capítulo

Gente, estava aqui sem "nada" pra fazer (mentira, tem mil coisas) kk mas eu estava a fim de escrever e saiu esse conto fofo.

Espero que gostem



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O dia já havia amanhecido, passava das dez da manhã e Alphonse ainda estava na cama, as cortinas do quarto estavam fechadas, impedindo a claridade do sol entrar. Ele abriu os olhos e a primeira coisa que viu foram os cabelos negros espalhados pelo travesseiro ao seu lado. O cheiro de jasmim era doce e impregnava-se por todo o lugar. Al pensou se o paraíso era como aquilo.

Após um sorriso contido, Alphonse ergueu a mão e levou até o rosto tranquilo de Mei, que dormia pacificamente. Ela despertou após receber um beijo. A princípio, sorriu. Só que depois puxou o lençol para se cobrir até a cabeça, envergonhada por estar completamente nua, na cama, e ao lado dele.

Alhponse gargalhou, tentando puxar o lençol para vê-la, deitando por cima dela.

— Não há nada com que se preocupar, estamos sozinhos em casa. — Disse, com uma voz sutil. — Temos pelo menos até amanhã para aproveitar.

Não poderia dizer que a voz dele ainda era sutil, havia um tom malicioso que fez Mei soltar um gritinho agudo, mandando-o parar de falar daquela forma sedutora.

— Feche os olhos, eu vou sair da cama. — Ela ordenou e Alphonse concordou, manteve os olhos fechados, mas não resistiu em dar uma espiada. Mei havia se enrolado no lençol e estava em pé, de costas para a cama. Quando ela se virou, gritou novamente porque havia levado o lençol e agora Alphonse estava pelado na sua frente. — Cubra-se logo.

— Está bem, desculpe. — Al falou, voltando a sutileza anterior em sua voz. Ele pegou o travesseiro e colocou sobre seu colo, tampando apenas o necessário.

— Não está ajudando muito. — Mei apontou para o corpo dele, o tronco desnudo.

Ele possuía uma musculatura bem desenvolvida devido aos treinos diários. Havia completado vinte e seis anos recentemente, enquanto Mei estava prestes a fazer vinte e dois anos. Vinham mantendo um namoro a distância há três anos, e nunca haviam ficado tanto tempo distante um do outro desde o começo do namoro, até o momento. Foram oito meses que fulminou em uma noite completamente não planejada, mas totalmente desejada pelos dois.

Alphonse coçou os cabelos loiros, dando um sorriso envergonhado.

— Sinto muito, eu não queria... — Ele se levantou, ainda segurando o travesseiro na frente do corpo. — Se quiser posso esperar lá fora.

— Claro que não, você está no seu quarto. — Mei deu alguns passos para trás, tentando evitar o contato visual.

— Então...

— É melhor a gente se vestir. — Mei falou, virando-se de costas. Ela soltou o lençol, deixando-o cair no chão. Alphonse apreciou os belos cabelos soltos dela, tão negros e lisos que caíam por suas costas, com delicadeza até a cintura. Ela foi se vestindo e Al não imaginou que uma cena tão doce poderia fazer ele sentir os pelos do corpo se eriçar. — Eu sei que você está parado aí me olhando.

— Desculpe. — Ele sentiu o corpo enrijecer, virando-se de costas. Logo em seguida sentiu as mãos de Mei pousarem sobre seu corpo. — Eu te amo.

Era a primeira vez que dizia aquilo, não que ele não tivesse sentido vontade de falar antes. Sempre que pensava em Mei sentia o coração aquecer de amor, sempre que estava com ela sentia ser amado, mas ele possuía medo de dizer, de que aquele sonho chegasse ao fim, de magoar.

Deixou de ser uma armadura, cheia de desejos para realizar, e transformava-se em um homem com medo.

— E eu o amo mais do que tudo. — Mei falou, ficando na frente dele. Ela o abraçou, pousando a cabeça em seu peito.

Alphonse podia sentir o corpo quente de Mei aconchegar-se no seu, com a promessa de nunca o abandonar. Ela ergueu a ponta dos pés, alcançando seus lábios em um beijo apaixonado. Al rodeou as mãos em volta da cintura dela, apertando-a contra seu corpo. Sentia o peito aquecer, assim como todas as outras partes. Ele a ergueu com facilidade e a levou de volta a cama, beijando-lhe por toda a extensão do pescoço até os seios. Mei arfou, as mãos dela apertando suas costas.

Eles passaram o restante do dia no quarto, não todo, pelo menos Al desceu algumas vezes para buscar algo para comerem na cozinha. Pela noite, Mei achou que ele estava demorando muito e vestiu uma camisa de Al, desceu as escadas descalça, e o encontrou preparando omeletes e torradas, enquanto tentava espremer laranjas, mas não estava achando o espremedor.

Mei ajudou-o a preparar a refeição, mas antes de retornarem ao quarto, Alphonse a abraçou, beijando-a no pescoço. Eles não perceberam que a família havia retornado e estavam todos parados na porta da cozinha, observando os dois.

— Papai, o titio Alphonse tá beijando uma menina. — Yuri, o filho mais novo de Ed falou, apontando na direção dos dois.

— É, estamos vendo. — Ed, tampou os olhos do filho com as mãos.

— Vocês chegaram cedo. — Al falou, desconcertado, com Mei escondendo-se atrás dele, completamente embaraçada.

Assim que a situação se normalizou, e Mei declarou que jamais encararia Winry e a família dele novamente, os dois estavam um diante do outro na estação de trem. Ela retornaria para casa, onde o meio-irmão, imperador de Xing, precisava de seus serviços.

— Eu irei para Xing em breve. — Alphonse disse, passando a mão no rosto de Mei.

— É bom que não demore muito. — Ela fez um bico, mas depois desmanchou-se em um sorriso, pulando na direção de Al, com as mãos em volta de seu pescoço.

— Eu prometo, não vou demorar. — Al falou, sentindo o aroma delicioso de seus cabelos. — Não seria louco em demorar de te amar novamente. — Ele sussurrou em seu ouvido, apertando-a contra seu corpo, com as mãos em volta da cintura.

Mei sacudiu a cabeça e afastou-se dele, entrando no trem. Ela sentou ao lado da janela, acenando para Alphonse, com um olhar doce.

Ele acompanhou a locomotiva que se movia lentamente, aquecendo as caldeiras e produzindo vapor, transformando em energia para pegar impulso e aumentar a velocidade.

A plataforma do trem acabou e Alphonse ficou parado lá, acenando para Mei, até que não era mais possível vê-la. Ele suspirou, sentindo ainda o cheiro doce de Mei em sua camisa.

O sorriso findou quando Al encolheu os ombros, pensando que Ed o aguardava em casa.

— Ahh ele vai me perturbar para sempre por aquilo.


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Notas finais do capítulo

E aí, gente? gostaram? Eu amei escrever hahaha

A regra é clara, se leu tem que comentar :D

Beijos!



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