Boa Vizinhança escrita por LaviniaCrist


Capítulo 5
O inquilino


Notas iniciais do capítulo

Finalmente um com mais de 2k!
Podem ficar tranquilos, apesar de ser O Inquilino, ninguém quer matar o menino Iruka... ou será que não?



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O coração do pobre Iruka batia rápido o bastante para ele senti-lo pulsar por todo o corpo. Suas mãos trêmulas jogaram o cobertor de lado enquanto uma força provinda do medo o fez se levantar e procurar um canto seguro para se esconder, porém, o pânico fez com que seus joelhos não conseguissem mantê-lo em pé por muito tempo e o rapaz se viu obrigado a ficar apenas encostado na parede.

— Quem é!? — a voz saiu e levou consigo o pouco de coragem que o Umino ainda tinha.

Sem respostas, o garoto já estava quase certo de ter sido tudo fruto de sua imaginação quando, subitamente, a porta foi um tanto empurrada.

Iruka respirou fundo, descompassadamente, porém fundo e tentou manter-se firme até chegar na janela. Rastejar pela escada de incêndio seria sua fuga perfeita, porém, ao observar melhor, o rapaz constatou que a tal escada ficava na parede da cozinha. Cair alguns andares não seria tão mal assim, certo? Tem muitas pessoas que sobrevivem a esse tipo de queda...

Quando ele já estava com as mãos posicionadas para abrir a bendita janela, viu um vulto branco entrar no quarto.

Neste momento, Iruka já começou a gritar de olhos fechados e tentar estapear qualquer coisa que chegasse perto dele. Na mente dele, havia um fantasma de algum morador antigo querendo vingança, sacrifícios, ou seja lá o que fantasmas fossem querer!

Como se já não bastasse, o “fantasma” ainda acendeu as luzes só para vê-lo morrer de pânico melhor.

— Iruka! — uma voz senil e rouca esbravejou.

— COMO VOCÊ SABE MEU NOME!? EU NÃO QUERO MORRER! NÃO ME MATA!!! — o rapaz gritava com ainda mais medo.

A essa altura, os moradores daquele bloco já estavam estranhando toda a gritaria, inclusive Asuma e Kurenai. O casal, já imaginando o pior dos piores, se armaram de uma vassoura e um taco de basebol (sim, novamente) e partiram para o apartamento de Iruka.

Dessa vez, o cara ao menos se lembrou de não arrombar uma porta enquanto fumava um cigarro, mas nada que mudasse a idiotice que ele fez:

Vendo apenas alguém vestido de branco atormentar o vizinho novo, Asuma jogou o taco de basebol – acertando a janela indefesa – e em seguida fez uma tentativa de voadora, mal calculada ao ponto de apenas cair em cima do “fastasma” e de Iruka, imprensando os dois contra o chão.

Kurenai, em pânico, ergueu a vassoura e foi para cima daquele bolo de gente caída no chão. Ela acertou várias vassouradas neles, porém, sem nem ao menos tentar ver em quem estava acertando, o que resultou em Asuma levando a maioria dos golpes.

— CHEGAAA! — a voz senil novamente esbravejou — Estão loucos!?

— Pa-pai!? — Asuma perguntou confuso, se agarrando nas pernas da namorada em uma tentativa cômica de se defender dela própria.

— Senhor Hiruzen!? — Kurenai berrou, tentando se afastar e acabando por cair já que uma certa pessoa estava agarrada nas pernas dela.

— Vocês são pesados! — a voz abafada de Iruka finalmente foi ouvida.

Depois de todos conseguirem se levantar e recuperarem o folego, um clima pesado se instalou e ficaram um encarando o outro, até que Hiruzen finalmente falou algo:

— O que você faz aqui a essa hora? — ele apontou para o filho que, sem saber bem como responder, apenas tossiu um pouco e tentou se esquivar.

— Sabe como é, né? Eu... Bem... O que VOCÊ está fazendo aqui? Porque eu tenho motivo para estar aqui, você tem motivo? Heim? Eu tenho, você também tem?

— Claro que sim, eu sou o dono de tudo isso! Em casa conversamos sobre você... — o mais velho suspirou — E você? — ele encarou Iruka.

— Eu moro aqui! — o rapaz esperneou — Vocês que entraram na minha casa e eu quem deveria estar perguntando o porquê de estar todo mundo aqui!

— Viemos ver se estava tudo bem... — Kurenai respondeu enquanto pegava o bastão de basebol que foi arremessado e empurrava os cacos de vidro da janela com o pé — Já estamos de saída, certo? — ela encarou Asuma que apenas acenou positivamente.

— Eu vim ver se estava tudo bem, mas a porta estava só encaixada no portal e as luzes apagadas, eu achei que poderia ter acontecido alguma coisa... — Hiruzen ergueu os ombros.

— Eu perguntei quem era um monte de vezes! — ainda irritado, o Umino mantinha-se sem olhar para os outros.

— Mesmo? — o mais velho pareceu surpreso.

— Mesmo, mesmo!

— Não liga não, é a idade... — Asuma brincou antes de sair pela porta com a namorada e deixar os dois sozinhos.

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Momentos depois, já podia ser dito que nada havia acontecido. Iruka estava preparando um chá para o senhorio do apartamento e os dois conversavam casualidades sobre o início das aulas, como em uma segunda tentativa de começar as coisas.

— Espero que as crianças não te assustem muito no primeiro dia — o mais velho começou — elas costumam ficar aborrecidas até se acostumarem com a rotina de aula.

— Adoro crianças — Iruka sorriu — E entendo perfeitamente como é “chato” — ele fez aspas com a mão — ter que estudar ao invés de brincar, por isso vou tentar algumas abordagens diferentes... se forem permitidas, claro.

— Sinta-se à vontade, mas siga as orientações do professor.

Hiruzen adorava novas abordagens para que as crianças se sentissem mais interessadas em aprender, mas também tentava manter certo “controle” para que nada perigoso fosse feito, nada que prejudicasse nenhuma das crianças e que elas realmente aprendessem algo de uma forma divertida ao invés de apenas brincarem no ambiente estudantil.

— Sobre o professor...

— Sim?

— Eu gostaria de conhece-lo antes do primeiro dia de aula — o mais novo encarou o outro — Claro, se for permitido que eu saiba quem é e onde mora... não que eu já invadir a casa dele ou algo assim, mas... Droga! Eu não quis insinuar nada, eu juro! Eu só queria...

Iruka só parou com seus pedidos desajeitados de desculpas quando a chaleira começou a apitar, indicando que o chá estava pronto. Enquanto ele servia o liquido fumegante para os dois, como se já não bastasse ser, de certo modo, humilhante servir chá em embalagens de vidro de ervilha; só então o rapaz notou que aquele chá poderia estar vencido há meses, quem sabe até mesmo anos!

— Espera! — ele gritou, quanto Hiruzen colocou o copo rente aos lábios — Er... Açúcar?

— Não, obrigado — o idoso retomou seu ato e, novamente, foi interrompido.

— Espera! Espera! Quer um biscoitinho para acompanhar?

— Não...

— E que tal um sanduíche?

— Estou sem fome, Iruka... — o mais velho levou mais uma vez o copo até a boca.

— E ensopado!? Eu sei fazer um ótimo, com cebolas e tomates! — o mais novo foi para os armários, com medo de presenciar um “suicídio por chá vencido”.

— Mas ensopado nem sequer combina com chá — o outro contestou já sem entender onde tudo aquilo levaria.

— Sem problemas, eu tenho suco de uva na geladeira!

Umino apressou-se em pegar os copos de chá e colocar na pia, longe da visita, enquanto já se perguntava como fazer um ensopado sem nem ao menos ter feito compras dignas.

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Enquanto isso, em um apartamento próximo de lá, Kakashi se preparava para saborear um belíssimo peixe grelhado acompanhado de verduras e um bom vinho. Porém, antes de conseguir dar a primeira garfada, sua porta foi aberta e os cães logo cuidaram de ir ver quem era.

— Calma ai, crianças! — Gai falava rindo, enquanto tentava entrar no apartamento — Espera, deixem o tio Gai entrar!

Vendo que teria companhia para o jantar, Kakashi se levantou e pegou o que precisaria para arrumar a mesa para um jantar de duas pessoas. Quando finalmente se sentou novamente, Gai já havia conseguido chegar até a cozinha com um par de tênis pendurados na mão.

— Aqui estão! — ele disse sorrindo — Aposto que nem sentiu falta deles!

— ... Realmente não — o de cabelos brancos concordou, começando a mexer na comida — porque eles não são meus.

— Eu sabia que você não ia conseguir mudar esse seu estilo de velho intelectual! — o outro riu, riu até se cansar e recuperar o fôlego — Heim, como assim não são seus?

— São do Iruka.

— Iruka...?

— O passeador de cães...

— Iruka, I-ru-ka... Iruka?

— O rapaz que você levou para o hospital porque algum IDIOTA bateu nele com um taco de basebol! — Kakashi se alterou, mas em seguida começou a comer como se nada tivesse acontecido.

— Ah! — Maito Gai sorriu, estalando os dedos — Foi a Kurenai quem bateu nele!

— Eu não ligo pra quem bateu ou não, não deixa de ter sido algo menos idio... — vendo que não iria adiantar em nada aquele tipo de conversa, Kakashi retomou a questão inicial — Por que você está com os tênis dele?

— Porque eu achei que eram seus — Gai respondeu enquanto se sentava à mesa.

— E por que achou que eram meus? — Kakashi tentou manter a paz interior lembrando-se que a chama da juventude da qual o amigo tanto falava já deveria ter torrado os neurônios dele.

— Porque os cães marcaram território nele. Eu não queria falar nada, mas eu tenho quase certeza de que foi o Pakkun...

— NÃO ME INTERESSA SABER QUEM FEZ XIXI NO TÊNIS, SÓ O MOTIVO DE VOCÊ ESTAR COM ELE!!! — em um estouro, Kakashi deixou o jantar de lado e se levantou — Gai... Somos amigos, certo? Certo!? — ele já estava ao lado do homem, que parecia não entender o quanto Kakashi estava irritado.

— Certo! — sorriu.

— Então por que você me odeia? Por que você faz isso comigo, Gai!?

— Porque... — sem entender absolutamente nada daquela conversa louca, Maito Gai chutou a única parte que havia entendido de tudo aquilo: — Porque somos amigos?

O senhor Hatake apenas bufou, tomou os tênis da mão do amigo e saiu do apartamento sem nem ao menos de despedir dos cãezinhos. Ele iria devolver aquilo ao dono e contar apenas que estavam esquecidos lá, como se realmente alguém pudesse esquecer os tênis na casa de alguém e não notar que estava descalço.

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Voltando ao apartamento de Iruka:

Hiruzen estava completamente tocado com a situação do pobre rapaz – leia com bem mais entonação na palavra pobre – o qual tinha contratado como estagiário: não tinha comida em casa, mal tinha móveis, estava sozinho naquela cidade nova e só poderia receber seu salário depois das aulas começarem, coisa que ainda faltava certo tempo. Ele não deixaria aquilo assim, mas também não poderia correr o risco de ofendê-lo oferecendo ajuda...

— Tem certeza que não quer um biscoitinho de polvilho? É gostoso! — já era a quinta ou sexta vez que Iruka oferecia a mesma coisa ao mais velho, isso só no trajeto dele até a porta.

— Não, meu rapaz — o idoso bagunçou os cabelos dele, como se fosse um avô falando com o neto — Eu preciso ir para casa resolver algumas coisas importantes...

— Já está se preparando para a volta às aulas? — surpreso, Umino se lembrou que nem ao menos sabia o que iria ajudar a lecionar.

— Não, não. São apenas assuntos, er... pessoais, entende? Coisas como ajudar pessoas, pessoas que as vezes eu nem conheço tão bem, mas ajudar quem precisa é importante, entende?

— Claro! — o rapaz sorriu — Fazer o bem não importando à quem!

— Isso mesmo! Não importa quem! Pode ser um desabrigado, vítimas da guerra, até mesmo algum conhecido que está passando por uma situação complicada na vida e tudo o que precisa é de uma forcinha extra...

Iruka apenas acenava positivamente e sorria. Não tinha coragem de falar o quão entediante este tipo de assunto conseguia ser e, principalmente, a voz rouca de Hiruzen deixava tudo como um sermão sobre como ser um bom rapaz. Quando aquele discurso imenso finalmente acabou, Iruka agradeceu aos céus pelo idoso se despedir, finalmente.

— Eu mando alguém vir consertar a porta amanhã mesmo, por minha conta. Eu deveria ter notado esse defeitinho quando coloquei para alugar...

— E a janela? — o rapaz não queria parecer um aproveitador, principalmente por não ter contado o motivo da porta estar solta. Mas a janela quebrada não foi culpa dele, na verdade, era mais culpa de Hiruzen.

— E a janela também. Portas e janelas serão consertadas amanhã, por minha conta. Pode ficar tranquilo! — o idoso novamente bagunçou os cabelos do Umino, deixando “despercebidamente” uma nota cair de sua mão.

— Ei, Senhor Hiruzen... — de nada adiantou Iruka tentar falar, o outro já estava descendo as escadas.

O rapaz ficou parado um tempo, analisou a nota – que era de um valor alto – e, por fim, seu senso de justiça falou mais alto. Ele saiu correndo atrás de Hiruzen, ou melhor, desceu as escadas praticamente saltitando para tentar alcançar ele.

Por sorte, nenhum acidente como cair das escadas aconteceu, principalmente para a sorte de Kakashi, que estava apoiado logo no começo da escada conversando com o dono do lugar.

— Deveria colocar elevadores logo...

 Kakashi saiu com tanta pressa de casa que nem ao menos pegou suas muletas. Quando notou que estava andando apoiado nas paredes, já estava nas escadas de seu bloco e não quis voltar e explicar mais nada a Gai. Foi custoso descer os degraus, pior ainda ir pulando em um só pé por todo o gramado até chegar no bloco de Iruka.

— Em breve! — o mais velho riu.

— Er... Com licença, senhor Hiruzen... — Umino falou completamente envergonhado por interromper a conversa e, também, por ainda não ter se desculpado com o Sr. Hatake.

— Iruka, eu queria mesmo falar com você! — o policial levantou os tênis, fazendo com que o rosto do rapaz ficasse ainda mais vermelho.

— Oh, ótimo! Continue ajudando quem precisa, principalmente o Iruka! Ele é um ótimo rapaz e merece muita ajuda, de todos nós! — o velho começou novamente com o discurso.

—  Senhor Hiruzen, o senhor deixou cair essa nota e... — antes de completar a explicação, foi interrompido pelo outro.

— É apenas um trocado, pode ficar por ter sido honesto. Até outro dia, rapazes! — Hiruzen acenou, mais uma vez andando apressado.

Enquanto Kakashi esperava até ser notado, Iruka estava a cada segundo mais envergonhado. Se Hiruzen encarava tudo aquilo como um “trocado”, o que não iria pensar de Iruka usando vidros de ervilha como copos!? Ele iria virar motivo de chacota se alguém soubesse daquilo...

Os pensamentos negativos continuaram até que o moreno teve seus tênis arremessados em sua cabeça, um atrás do outro.

— MASOQ...!?

— Eu queria muito entregar ele em mãos, mas não vou subir até ai com a perna assim... — Kakashi se explicou, antes de dar meia volta e começar sua caminhada em um pé só até em casa.

— E-Espera! Quer ajuda? — Iruka rapidamente foi até ele, calçando os sapatos desengonçadamente.

— Achei que não ia oferecer — sem cerimónia alguma, Kakashi passou um dos braços ao redor do pescoço do rapaz, apoiando-se somente o necessário para não forçar a perna quebrada no chão.

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A caminhada foi demorada, subir as escadas foi tortuoso e complicado, mas em fim os dois estavam de frente para a porta de Kakashi. Durante todo o caminho, Iruka foi implorando perdão por todas as bobagens que fez, inclusive, falou do motivo de seus tênis terem ficado com Gai e como tinha terminado no hospital também.

— Chegamos... — o de cabelos brancos comentou tranquilo, normalizando a respiração.

— Finalmente... — Iruka parecia ter corrido em uma maratona.

— Bem... Quer entrar? — o mais velho o encarou — Bull deve estar com saudades de você.

— Mas eu não vou atrapalhar se ficar brincando com eles? Já é meio tarde e eu ainda nem... — antes de conseguir terminar sua explicação, o estomago se meteu na frente e rangeu, indicando toda a fome que o rapaz estava sentindo.

— Que tal jantarmos juntos? O Gai não deve ter me esperado e eu odeio comer sozinho.

— Se é assim... — apesar de muito envergonhado com tudo, Iruka aceitou. Melhor comer vermelho como um tomate do que jantar apenas um biscoito de polvilho com suco de uva e chá vencido.

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A porta do apartamento foi aberta apenas o suficiente para que Kakashi entrasse e os cães começassem a pular em cima dele, dando as boas-vindas. Quando a comemoração terminou, foi a vez de Iruka ser lambido por todos eles.

Kakashi foi direto para a cozinha, ignorando completamente um certo cara vestido com roupa de ginástica que estava jogado em seu sofá, no décimo quinto sono e parecendo ter uma motosserra na boca.

Quando os animais já estavam mais calmos em rever sua “babá”, Iruka finalmente conseguiu se levantar, mas só para levar um susto com a postura assustadora com que Kakashi estava: uma frigideira em uma mão, uma tampa na outra, um avental já vestido e uma cara com o mais profundo ódio.

O homem de cabelos brancos caminhou até o sofá, lenta e silenciosamente, se apoiou no braço e, com uma “arma” em cada mão, começou a bater a tampa contra a frigideira. Aquele som agudo fez com que os oito cães se espremessem todos na pequenina varanda, Gai acordou assustado, pulando do sofá e perguntando coisas como “É fogo!?”, “É o alarme de incêndio!?”. Iruka observava a tudo, tentando não rir.

— VOCÊ COMEU TODO O MEU PEIXE!!! — irritado, o Hatake apontou a frigideira para o amigo, em acusação.

— Estava delicioso! E-Eu achei que você fosse demorar e...

— COMEU TUDO! — novamente, Kakashi o acusou — Eu tinha feito o suficiente até para o almoço de amanhã! Não é à toa que você estava babando no meu sofá!

— É sempre bom tirar uma soneca após as refeições. Ajuda na digestão — Gai tentou se defender.

Kakashi estava realmente irritado. Irritado ao ponto de tocar em uma grande ferida que o amigo tinha:

— É por isso que você tem essa pancinha ai... — ele indicou o lugar com a frigideira.

— Pança!? — Maito Gai começou a se apalpar em todos os lugares, procurando qualquer que fosse o indício de “pancinha” que poderia ter. Claro, não havia nenhum sequer, mas a mente obsessiva dele fez questão de fazê-lo ver em algum lugar.

— Eu acho melhor uma maratona de abdominais e coisas do tipo...

— ISSO! Obrigada por me fazer notar isso, rival!

O homem com roupas de ginastica saiu rápido o suficiente para não ouvir as risadas roucas e discretas de Kakashi, muito menos as altas e contagiantes de Iruka. Os dois riram por certo tempo, tempo o suficiente para aquela nuvem de raiva passar e tempo para que os bebês da casa voltassem a se espalhar pelos cômodos.

— Se importa em jantar um pouco mais tarde? — Kakashi perguntou enquanto se levantava do sofá.

O rapaz acenou negativamente, limpando as lagrimas vindas da risada e depois perguntou:

— Quer ajuda?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Caso queiram ler mais:
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