Punhos Queimados escrita por A car a man a macara


Capítulo 3
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo contém:
— Um bar
— Linguagem Vulgar
— Um personagem novo
— Fogo ( Sentido Literal)



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PRIMEIRO CAPÍTULO

“No princípio houvera a chama

Cujo Assolador frio Baniu

Trazendo a bela ciranda

Que o primeiro verão possuiu”

            Estrofe da poesia “As Estações”, Tradução livre.

Então cara, o quê cê tá fazendo aqui? - O bafo alcoólico do homem só era interrompido pelos goles que tomava da bebida

Negócios colega - Disse seu novo parceiro de bebida, sem tocar nela. - Certo, fiquei sabendo que a Guarda deu um arrastão por aqui, sabe quem foram os azarados que foram pegos?

Pra quê tu quer saber disso? - A voz do bêbado começou a beirar o escárnio - Tu tem um dedo nisso né? Tá com medinho que te peguem depois?

Mais uma bebida para nosso campeão! - Gritou o rapaz para o dono do bar - Talvez isso possa reviver sua memória?

Claro que ajudaria - Disse o Bêbado - Não ouviu a porra do meu amigo?? Me traz outra! - Gritou para o dono do bar enquanto batia o caneco na mesa. - Qual seu nome mesmo? Athur né? - Disse enquanto um impaciente garçom enchia a caneca do Homem.

Hatur. Mas enfim, você disse que estava perto quando atacaram a carroça. Tem ideia de quantas pessoas foram presas? Alguma foi executada ali mesmo?

Olha só, que eu lembre bem.. - Ele esfregou uma mão calejada na cabeça, mesmo para uma pessoa acostumada como ele a dose de álcool estava passando dos limites -... Foram presos cinco pessoas, cinco, sim, cinco pessoas, tudo bandido, mas não estavam com nada, só uma papelada que um deles estava carregando, Cê acredita? Uma porra de um vadio com poesia? E eu achando que já vi de tudo - Deu um longo gole, e bateu com força a caneca na mesa - Nenhum foi morto, tudo levado pra prisão daqui. Me diz cara, Athur né? Qual é a sacada? Algum deles trabalhava para você?

Acho que você fica melhor de boca fechada e de copo cheio, o que acha? - Hatur disse, já sabia o que precisava, precisava reportar a Ahadal, o mestre mais próximo no momento. Até onde sabia ele e seu assistente estavam se direcionando ao vilarejo mais próximo, em busca de um refúgio. Até lá era questão de procurar um jeito de saber se o prisioneiro estava vivo ou morto. As ordens locais eram para matar qualquer membro da ordem diretamente. Como se fossem animais. O pensamento fúnebre o fez beber um gole da bebida, amarga e repulsiva.

Então, tem alguma ideia de onde eles estejam? Quais são as prisõ..

            Neste momento dois guardas adentram no pequeno bar, ambos ostentavam armaduras e bainhas que denotavam uma alta hierarquia no escalão militar.

Temos uma ordem de busca e aprensão. - Disse um deles, com uma mão na bainha

Esse mimados vem fazendo isso direto, buscando por aqueles punhos queimados, - Disse o colega de Hatur.

Seus arrombados, - Disse um cliente cuja mesa estava próxima dos guardas - Não vieram aqui semana passada? Aqui, meus punhos estão intactos - Disse ele mostrando ambos para os guardas

O guarda mais próximo do cliente marchou em direção ao mesmo e deu um soco que o derrubou. Após isso ele pegou a cadeira mais próxima e arremessou contra o homem de bruços, ainda falando entre soluços “Olha aqui, punhos intactos, sem aquela maldita tatuagem”. Isso enfureceu o guarda que pegou a mesma cadeira e continuou a bater no homem caído até seu mantra virar murmúrios incompreensíveis.

Feito isso ele virou em direção ao bar, todas as faces o encaram sérios, embora não surpresos com a demonstração gratuita de violência.

Punhos a mostra - Disse secamente o outro guarda


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