Miraculous - Um Novo Início escrita por Ben10


Capítulo 2
"Está Ronronando"




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POV Marinette

    - Marinette, você não vai acreditar, mas eu consegui gravar a luta de bem pertinho! – Ela diz, animada – Não posso acreditar que Ladybug e Chat Noir estão de volta!

    - Como assim, Alya? – Perguntei, arqueando uma das sobrancelhas

    - Bom... Eu subi no prédio onde estava a luta e me escondi atrás de uns tijolos gravando tudo – Respondeu, com mais animação ainda

    - Alya! Tem noção de como aquilo era perigoso?! – Exclamei, preocupada – Não faça mais isso! Poderia ter acontecido algo ruim com você!

    - Sim... Mas eu não podia perder a Ladybug em ação! – Se justifica, choramingando – Se ela voltou, então a comandante do Ladyblog não podia perder!

    - Senhor... – Bati a mão na testa, balançando negativamente a cabeça

    - A Mari tem razão... – Adrien veio em minha defesa – Você se arriscou muito

    - Bla, bla, bla! – Revirou os olhos – Meu Deus! Eu só segui os super-heróis de Paris para uma batalha perigosa! Só isso! – Levantou os braços, gesticulando freneticamente

    - Nem adianta tentar discutir – Disse para o loiro – Ela sempre tem algum motivo na ponta da língua para continuar dando respostas

    - Mas, sério, foi bem da hora! – Exaltou-se – Primeiro foi um pof bem na cara daquela falsificação de Tocha-Humana do Quarteto Fantástico! Depois um cataplam! Um pa pum para lá e um pof paf para cá! – Tentava fazer efeitos sonoros que, segundo ela, baseavam-se na luta – E a Ladybug e o Chat Noir arrasaram a cara dele!

    - Enquanto você falava, eu vi o vídeo no Ladyblog e foi bem top mesmo! Eles arrasaram! – Adrien entrou na onda da minha amiga, animado

    - Né? – Nino chegou por trás de Alya, parecia que estava ouvindo conversa – Alya me mostrou esse vídeo um monte de vezes – Se justificou, dando de ombros

    - Totalmente! – Alya e Adrien gritam juntos

    - Vocês estão parecendo duas fangirls animadas – Disse, rindo

    - Ei! – Reclamaram, cruzando os braços

    - Mas é verdade! – Levantei as mãos para cima

    Os dois emburraram feito dois bebês chorões

    - Eu acho que podemos ir, né? Porque, afinal, só sobramos nós aqui, na porta da escola – Olhei para os lados, e não havia uma alma viva por lá

    - Que tal irmos lá para a casa da Marinette, ver algum filme? – Sugere Alya, como se fosse dona da casa

    - Bora! – Confirmou Nino

    - Por mim tudo bem – Respondeu Adrien – Só preciso avisar meu pai

    - E a dona da casa aqui, por acaso, convidou todo mundo para ver um filme? – Cruzei os braços, ironizando. Os três me olharam com súplica e eu revirei os olhos – Tudo bem... Vamos!

[...]

    - Terror!! Terror!! – Gritavam os três em coro, enquanto tentávamos escolher algum filme para assistir

    - Terror não! – Gritei de volta, ligando a televisão

    - Terror sim! Somos três contra uma! – E, assim, botaram um fim na discussão usando a democracia, ou seja, como crianças birrentas

    - Está bem... – Resmunguei, colocando o DVD no aparelho, ainda relutante

    Por que sempre sou eu a que cedo rápido?

    Eu sabia o que Alya estava planejando. Ela sabe do meu medo com filmes de terror e também tinha conhecimento que logo eu estaria agarrando Adrien, sem ao menos perceber, e ela iria ter zilhões de fotos para me chantagear ou algo do tipo... Mas dessa vez isso não irá acontecer!

    Porque, dessa vez, eu tenho um plano!

    A cada vez que ficar com medo, me beliscarei sem dó ou piedade! E isso vai ter que funcionar, porque não tenho mais nenhum outro plano bom que possa dar certo.

[...]

    - Credo, ela levou um tanto de bichinhos para casa! – Alya fez uma cara de nojo, mirando a tela da televisão

    Suspiro, aliviada, ao saber que logo o filme acabaria. Aquela tortura já estava me matando! Eu não aguento ficar tanto tempo assim me beliscando! E... Acho que minha estratégia não deu muito certo...

    Já que, quando percebo, estou abraçando o braço de Adrien com força, praticamente o esmagando. Coro levemente ao perceber que estou agarrando o garoto. Sem querer, acabo contribuindo para o plano de minha amiga, o que me faz xingar ela e a mim mentalmente.

    - Desculpa – Me separei dele, constrangida

    - Eu posso postar essas fotos no Facebook, Snapchat, Instagram, Twitter e o vídeo no YouTube? – Pergunta Alya, passando o dedo pela tela do celular, como se passasse fotos e mais fotos em seu celular. Não acredito que ela me fotografou e filmou enquanto estava morrendo de medo!

    Devo ter gritado muito, já que até vídeo ela gravou.

    Bem, eu não acho que deva ter tantas fotos assim...

    Do outro lado do sofá, Nino ria da minha cara, ignorando o fato de, no filme, ter uma mulher sendo estrangulada. Joguei uma almofada em sua cara, o mesmo a segurou facilmente

    - Aprenda a jogar uma almofada melhor, Mari – Ele continuou rindo, bufei e cruzei os braços

    - Acha que eu posto no Twitter qual das trinta fotos? – Perguntou Alya, me mostrando a tela de seu celular

    - O que? – Exclamei, sem acreditar que havia mesmo tirado muitas fotos

    - Eu não ia perder essa – Deu uma piscadela, sorrindo de canto

    Passamos um tempo conversando, até que eles decidem que está tarde e vão para casa. Subo para meu quarto e, logo após um banho, vou deitar.

    Estava sonhando tranquilamente, quando acabo sendo acordada por um certo gato de rua batendo na porta de minha varanda. Ainda relutante, tenho de me levantar das cobertas quentinhas e ir até lá.

    - O que está fazendo aqui? – Perguntei, enquanto abria a porta

    - É assim que me recebe, princesa? – Fez um biquinho engraçado, me fazendo rir um pouco

    Dei espaço para que ele entrasse e o mesmo se deita em minha cama, espreguiçando-se como um verdadeiro gato de rua

    - Folgado, né – Coloquei os braços na cintura, o olhando e fingindo estar irritada

    - Só estou com sono – Sussurrou, se remexendo na cama, provavelmente tentando achar uma posição confortável, talvez.

    - Então porque veio aqui?

    - Sei lá – Deu de ombros – Matar a saudade

    - Nós nos vimos a pouco tempo – Resmunguei, não muito a vontade com o felino se esfregado na minha cama

    - Mas eu fiquei com saudade – Mostrou a língua, como uma criança

    Eu reviro os olhos, sentando-me ao seu lado. Então tive uma ideia. Comecei a acariciar seus cabelos, para confirmar minha teoria

    - Não! Não! – Ele suplica, mas logo o que imaginei começa a acontecer – Pur... Pur...

    - Está ronronando – Continuei com o cafuné no loiro, sorrindo com ternura

    - Não... Pur, pur – Tenta negar, inutilmente, corando

    - Que fofinho! – Um gritinho sai de minha boca – Seu gato de rua sapeca

    - Isso é... Pur, pur... Constrangedor pur, pur – Reclamou, se sentando ao meu lado

    - Não, é fofinho – Pisquei com um dos olhos, sorrindo

    - Eu acho que... Pur, pur – Ele se levanta, livrando-se de minhas mãos e vai até a varanda. O sigo e paro ao seu lado – É melhor eu ir, mas antes... – Chat segura meus ombros e dá um beijo em minha testa – Até amanhã, princesa

    - Até... – Sussurrei, enquanto ele corria entre os telhados das casas e sumia no horizonte

[...]

    - Marinette, você não vai acreditar! – Alya disse, em um gritinho de felicidade

    Ela está muito animada, bem mais que o normal. Está me dando medo toda essa alegria as sete da manhã...

    Sim... Alya veio até minha casa as sete da manhã, toda animadinha, me contar uma super-novidade e conseguiu me tirar da cama, infelizmente.

    - Conseguiu uma mega amizade com a Ladybug? – Provoquei-a e a mesma mostrou a língua para mim

    - Ainda não – Cruzou os braços

    - Fale logo, Alya... A aula começa as oito e eu nem troquei de roupa ainda... – Resmunguei, ainda sentada na cama e enrolada nas cobertas

    - Certo! Certo! – Puxou a cadeira de rodinhas que tinha em meu quarto e sentou-se nela, ficando de frente para mim

    Abriu sua mochila, um pouco receosa e começou a sussurrar coisas que não compreendi. Mas, antes que eu possa falar, uma miniatura de raposa sai de dentro de sua mochila, olhando para os lados como se procurasse algo.

    - Marinette, essa é a Trixx. Minha...

    - Uma kwami! – Corto minha amiga, gritando em tom de espanto. Ela me olha confusa – Isso é uma kwami! – Aponto para a raposinha, que voava por meu quarto, ainda procurando algo

     - Onde está a Tikki? – Sussurrou, mas consegui escutar, já que estava quase ao meu lado, fazendo-me arregalar os olhos

    - Sabe o que são kwamis? – Alya perguntou, confusa

    - Experiência própria... – Me levantei e fui até onde Tikki se escondia. Ela ainda dormia, tranquilamente – Tikki... – A cutuco e a mesma acorda – Pode sair

    Pude ver a cara de surpresa de Alya, ao ver a pequena saindo e se encontrando com Trixx

    - Você... Você é... – Não conseguia terminar a frase, então dei uma ajudinha:

    - Ladybug, prazer – Lhe estendi a mão

    - Rena Rouge – Apertou minha mão em um cumprimento – E você me deve uma entrevista – Piscou com um dos olhos

    - Claro – Assenti – Mas, se a gora tem um Miraculous, por que me contou? As identidades devem permanecer em segredo!

    - Trixx me disse que podia contar. Segundo ela, era o certo a se fazer e também porque precisava ver Tikki – Apontou para as duas kwamis, ambas conversavam seriamente

    - Entendi...

    - Olha só, parece que eu tenho mesmo uma mega amizade com a Ladybug agora – Nós rimos juntas com o comentário de minha amiga

[...]

POV Adrien

 

    Eu estava quase morrendo! Nino estava aqui em casa fazendo suspense fazia meia hora! Como costumam dizer: A curiosidade matou o gato

    Disse que tinha uma coisa importante para contar e coisa e tals... Mas estou é boiando com isso tudo.

    - Fala logo, caramba! – Exclamei, perdendo a paciência

    - Que pressa é essa? Senta aí, jovem, vamos conversar... – Diz num tom calmo, o que me assusta já que, geralmente, ele é o desesperado e eu o calmo da situação

    - Você está enrolando faz um tempão! – Respondi, em minha defesa

    - Bem...

    Nino não termina, porque uma miniatura de tartaruga sai de seu boné. Aquilo é um kwami?

    - Esse é Wayzz, meu kwami – Apresentou a criatura, que acenou para mim, sorrindo

    Nem tive tempo para falar algo, já não bastasse o susto, Plagg saiu voando de onde estava escondido e começou a conversar com Wayzz

    - Chat Noir? – Arqueou uma das sobrancelhas, sorrindo fraco

    - Sou eu

    - Prazer, Carapace – Estendeu a mão e nos cumprimentamos

    - Só uma pergunta, não é meio que errado revelar a identidade de herói? Ladybug sempre me diz isso... – Resmunguei, emburrando ao lembrar quantas vezes já havia sido barrado por ela nesse quesito

    - Foi o Wayzz que pediu para contar para você, no começo não entendi muito bem... Mas de boas! Só vamos! – Deu de ombros – Vamos falar de uma coisa importante agora...

    E eu sabia exatamente a tal “coisa importante”

    - Qual sua frase de transformação?! – Perguntamos, juntos, com ânimo e empolgação

    - A minha é: “mostrar as garras”! – Respondi, me achando o tal com minha frase bacana. Mas Nino começa a rir, explodindo em gargalhadas

    - Sério? – Seca algumas lágrimas, ainda se recuperando

    - Qual a sua então? – Revirei os olhos

    - “Sair do casco” – Dessa vez, eu que explodi em risos

    - E onde é melhor que a minha? – Indaguei, com ironia

[...]

POV Narradora

 

    - Bom dia, alunos! – A professora disse a costumeira saudação ao entrar em sala, sendo respondida com desânimo. Só revirou os olhos e continuou – Gostaria de apresentar duas novas alunas – Gesticulou para que duas garotas entrassem na sala

    - Ah, oi – A que parecia estar observando cada detalhe da sala acenou – Eu sou a Pâmela

    A outra olhava para um canto qualquer, distraída e não se pronunciou. Só percebeu o que estava acontecendo quando fui cutucada pela garota ao seu lado.

    - O que? Ah, certo! Sou a Iasmin, mas podem me chamar de Ben 10! – Disse num tom brincalhão e alguns riram, já que havia uma coincidência da cor de seu cabelo com a coloração tema do personagem, verde – Não, é sério – Continuou, de uma forma com mais seriedade

    - Nós somos do Brasil e, acreditem, lá o Chat Noir rende uma boa quantidade de memes

    Nino riu da cara que o amigo fez, Adrien havia feito um bico estranho

    - Podem se sentar na última carteira – Senhoria Bustier apontou para o fundo da sala

    Ambas se olharam de uma forma estranha e disseram com empolgação:

    - Fundão!

    Juntas, correm até a carteira, sentando-se lá

    - Então aqui podemos sentar de dupla? – A morena ergueu as sobrancelhas, sugestivamente

    - Sinto o cheio de zoeira – Piscou a de cabelos verdes, sorrindo


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