Noite Infeliz escrita por Darky Lilith


Capítulo 1
Noite infeliz




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- Eu quero estar com você, mas... Preciso ir para Nova York, ainda hoje. Te deixei um presente na cômoda. - a voz do rapaz era fria no telefone. Quase como uma mentira descarada. 

- Tudo bem, meu amor. Eu já encontrei seu presente. - Amanda olhava para o anel com desprezo. - Eu sei como você é ocupado. Prometo não chorar... Dessa vez. - Agora a mentira descarada era dela. Era impossível disfarçar que estava em lágrimas. 


- Você está bem? - perguntou o rapaz do outro lado da linha.

- Sim, claro. Sabe quando volta, Max? - perguntou a moça tentando disfarçar.

- Em dois ou três dias... - disse ele muito distante.

- "Talvez um mês..." - resmungou a jovem mentalmente - Tudo bem... Até breve... Feliz aniversário de namoro...

- Até logo, minha linda. - disse o rapaz desligando em seguida.


- Droga! - gritou Amanda pela casa. Olhou para o anel em sua mão e o atirou longe. - Como se eu não soubesse... Vai à Nova York... Sei... Sei...

Então a moça sorriu. Aquela era uma das noites que mais gostava. A neve londrina coloria os telhados com um manto branco.

Limpou as lágrimas que insistiram em cair. Foi até a cozinha e preparou um belo chá inglês.

Sentou-se numa poltrona com sua xícara de porcelana e finalmente tomou o primeiro gole. Néctar dos Deuses.

Olhou para o lado. Sobre a mesa continha um porta-retrato. Nele, uma foto de faculdade. Ela e Max abraçados, os amantes invejáveis que sempre foram. Eles eram o casalzinho perfeito desde o colegial. Daqueles que demonstram que o amor será eterno. Ledo engano. Hoje ainda namoram, talvez um dia, até se casem. Por puro protocolo. Toda a vida de Amanda havia sido assim. 

"Filha, faça isso por é belo."
 "Irmã, namore aquele pois é o mais conhecido."
"Namorada, seja uma tonta inutil e aceite os meus casos."

Sempre aceitando a derrota antes mesmo de lutar. Depois de pensar por alguns instantes, colocou novamente o porta-retrato na mesa, dessa vez, virado para baixo.

Seu rosto molhara-se novamente. Molhara-se de sofrimento.

Terminou seu chá. Colocou a xícara sobre a mesma mesa, mas o movimento fez com que derrubasse o porta-retrato no chão fazendo-o se quebrar.

A jovem ajoelhou-se. Começou a apanhar os cacos de vidro que encheram as proximidades. Ao sacudir um pouco o que restou, deixou cair um papel.


- Que é isso? - perguntou a si mesma.
ficou observando o papel durante alguns instantes.

Quando o abriu e notou do que se tratava, sorriu. Pegou a foto que estava no chão e a retirou da moldura. No canto esquerdo da foto, um rapaz de cabelos louros brincava com outros calouros.

- Steven... - sorriu ela novamente.

Foi para seu quarto. Vestiu sua melhor roupa. Um lindo casaco de pele tão branca quanto a neve daquela noite.

Deu um telefonema. Dois minutos talvez. Largou o papel em cima da cama e retirou-se da casa. Sumindo em meio à noite.


(Escrito no papel:


Amanda, 

      Você é a mulher que eu amo. Não importa se vai namorar esse babaca o resto de sua vida, vou te amar e te esperar. E numa bela noite de inverno, quando ele esquecer do seu aniversário de namoro, lembre-se que eu te aquecerei. Mesmo que seja apenas em meus sonhos.


Do homem que mais te ama e que sempre te amará,

Steven

PS: se algum dia quiser me procurar, sabe onde me encontrar... em algum bar lamentando sua ausência...)


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Notas finais do capítulo

Naum deve estar lah essas coisas. Mas estou tentando melhorar...



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