Ela era como a Lua.

Como a lua que iluminava seu corpo perfeito, o qual mexia-se sensualmente à sua frente, sem a interferência de qualquer coisa que pudesse atrapalhar o espetáculo.

Ela era como a Lua.

Misteriosa. Provocante. Hipnotizante.

Porque embora sua vontade fosse ignorar os braços que o seguravam ao sofá e levantar-se para puxá-la também para o móvel, ele sabia que ela não precisava sequer de seus poderes para mantê-lo atado ali; mesmo livre da akuma, ele estaria completamente impotente diante do que assistia, hipnotizado pelos movimentos ritmados e envolventes.

Ela era como a Lua.

Encantadora. Poderosa. Irritante.

Ele a odiava. Odiava-a junto de todo o poder que ela possuía sobre ele. Odiava-a por ter um perfume tão embriagador. Odiava-a por ser dona de um sorriso que o enfeitiçava. Odiava-a por ser irritantemente perfeita.

Ela era como a Lua...

Ela não era como a Lua.

Ela não precisava de nada para torná-la bela. Ela não precisava de um Sol para fazê-la brilhar. Nico Robin brilhava por si mesma, e com seu brilho enfeitiçava corações por aí, assim como havia enfeitiçado o seu.