A casa crepitava, tomada pelas chamas. O silêncio era quebrado apenas pelo estalar da madeira, consumida com avidez pelo fogo que em breve engoliria toda a construção.

“Agora não há como voltarmos atrás” Edward falou, na firmeza de quem toma uma decisão. O amadurecimento extrapolava a própria voz.

Pinako o observava, contemplativa. Apenas um ano havia se passado desde o episódio que lhe custara uma perna e um braço.

Ela sabia que o rapaz não ficaria sob sua tutela por muito tempo. Mas, a seus olhos, ele ainda era apenas uma criança. Indefesa e assustada.

Como pudera crescer tão rápido?